ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01405</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp; Um livro feito por adultos que parece ser para crianças, mas é para ensinar qualquer um sobre gênero e a importância da aceitação </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Letícia Alves Graton (Universidade Federal do Paraná); Bárbara Coelho Marcolino (Universidade Federal do Paraná); Carolina Previatto Melete (Universidade Federal do Paraná); Danielly Zuza (Universidade Federal do Paraná); Bruno Oliveira Alves (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Gênero, Estereótipos, Representação, Fotografia, Publicidade em outros meios</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Um livro feito por adultos que parece ser para crianças, mas é para ensinar qualquer um sobre gênero e a importância da aceitação  é um livro pensado e produzido durante as aulas de Fotografia Publicitária, no curso de Comunicação Social  Publicidade e Propaganda da UFPR. A proposta foi criar um ensaio que abordasse um tema social relevante através da linguagem fotográfica. O tema escolhido foi a desconstrução de estereótipos de gênero, assim, o ensaio que compõem o livro apresenta um olhar diferente sobre objetos e hábitos considerados de  homem ou de  mulher . O trabalho teve uma abordagem interdisciplinar, aproveitando não apenas a fotografia, mas também outras linguagens, como o design gráfico e de produto. Como resultado final, sua relevância se dá tanto pelo conteúdo quanto pelo crescimento pessoal e acadêmico proporcionado às alunas participantes do trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante as aulas de Fotografia Publicitária, no primeiro semestre de 2017, ministradas pelo professor Bruno Oliveira Alves, os alunos foram convidados a pensar na arte fotográfica como um meio para questionar imposições sociais. Ao longo do semestre foi discutido como a fotografia contribui para a representação de diversos temas, podendo, inclusive criar ou reforçar estereótipos. Posteriormente, foi proposto que os alunos se dividissem em grupos para desenvolver um ensaio fotográfico livre que envolvesse um tema social. Assim, o livro  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças, mas é para ensinar qualquer um sobre gênero e a importância da aceitação  foi construído pensando em incitar debates sobre as normas impostas sobre o que é ser homem e o que é ser mulher. O livro é composto por oito páginas com texto e sete com fotos que se complementam e compõem uma narrativa didática sobre estereótipos de gênero e aceitação de diferenças.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como objetivo geral, tem-se a criação de um ensaio fotográfico que levanta-se questionamentos e debates sobre temas sociais. Ao propor a atividade, o professor também passou três objetivos específicos que deveriam estar presentes no ensaio: &#9679; Produzir um ensaio fotográfico apresentado de forma criativa. &#9679; Utilizar o conteúdo técnico e teórico da disciplina. &#9679; Atingir o público-alvo através de uma estratégia de marketing eficaz. Dessa forma, além do seu objetivo geral,  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças também tem como objetivo mostrar como o conceito de gênero foi construído socialmente e passou a influenciar os nossos gostos, preferências e aquilo que nós consideramos normal. Como afirma Joan Scott, o gênero: (...) torna-se uma forma de indicar  construções culturais - a criação inteiramente social de ideias sobre os papéis adequados aos homens e às mulheres. Trata-se de uma forma de se referir às origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e de mulheres.(SCOTT, 1995, p.75) Portanto, o livro pretende, através de uma linguagem lúdica e direta, tirar o leitor da sua zona de conforto, fazendo-o se questionar, por exemplo,  Quem definiu o que seria considerado feminino e masculino? , para entender qual é o papel dos estereótipos na construção de identidades subjetivas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento deste livro teve como justificativa inicial fazer com que os alunos trabalhassem a criatividade e a técnica da fotografia em um produto que gerasse questionamentos ao público. Uma vez que, ser um profissional da área de publicidade significa entender as diferentes formas de impactar as pessoas através de diferentes mídias. O formato  livro foi escolhido para apresentar o ensaio, pois considera-se que além de ser uma mídia que conta histórias, propaga ideias e entretêm os seus leitores, o livro também possui uma função pedagógica e didática, que é adequada para falar de temas importantes. Um exemplo é o livro infantil  Faca sem ponta, galinha sem pé da Ruth Rocha: Pedro implicava com a irmã por ela querer fazer coisas de meninos tais quais jogar bola, subir em árvore; Joana implicava com o irmão por ele às vezes ter "atitudes femininas" como chorar por causa de um filme triste, ou ficar olhando-se no espelho. Os dois sofriam cobranças de atitudes correspondentes com seu sexo [...] Um dia, voltando da escola, passam por debaixo do arco-íris e mudam de sexo. (ROCHA, 1998, p.1-5) No final da história os dois irmão voltam ao normal, mas aprendem que não precisa haver diferenças entre hábitos e brincadeiras de meninos e meninas. Portanto, é essa narrativa simples presente na literatura infantil que o produto decidiu utilizar para conversar com um público que nunca questionou estereótipos de gênero antes, sendo ele infantil ou não. Para essa estratégia de marketing funcionar, poderiam ser utilizados clientes que já trabalham com esse assunto, como por exemplo a ONG Plan International Brasil que propõe a discussão de gênero nas escolas para combater o machismo através de diferentes ações e campanhas. Além disso, do ponto de vista mercadológico a escolha de utilizar um livro torna a campanha ainda mais relevante ao fazer parte do conceito de Branded Content, definido como: Abordagem em que a marca deixa de falar apenas de si mesma com o uso de formatos publicitários tradicionais para fazer-se presente e contextualizada no universo de seus consumidores, de modo a trazer contribuições e soluções para seus desafios na vida. Para isso, ela passa a se comunicar por meio de produção de conteúdos relevantes, em diferentes formatos. (OLIVEIRA, 2014, p.13). Tem-se então a justificativa do porquê o desenvolvimento do produto é relevante. Entretanto, é importante compreender também a relevância do tema explorado pelo livro. Segundo Joan Scott, questionar os estereótipos daquilo que foi definido como  gênero gera conflitos, pois  Este tipo de interpretação torna problemáticas as categorias de homem e mulher, ao sugerir que o masculino e o feminino não são características inerentes, mas constructos subjetivos. (SCOTT, 1995, p. 82). Entretanto, esses conflitos se tornam cada vez mais necessários na medida em que os estudos feministas demonstram a relação entre esses estereótipos e a desigualdade presente na sociedade. Como define a autora:  o gênero é uma forma primeira de significar as relações de poder. (SCOTT, 1995, p.21). São essas relações desiguais de poder que criam a situação atual mostrada em pesquisas como a do Datafolha1 lançada ano passado que relata que 40% das mulheres acima de 16 anos já haviam sofrido algum tipo de assédio e 4,4 milhões foram vítimas de agressão física em 2016. Dessa forma, nota-se a importância de debater, ensinar e refletir sobre esse assunto para que seja possível construir uma sociedade onde homens e mulheres possam conviver em equidade. Assim, justifica-se o desenvolvimento do livro  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças tanto por sua relevância acadêmica, quanto pela temática e contexto abordados, uma vez que o tema abordado no ensaio é de extrema relevância social, como visto nos dados apresentados. 1Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/os-numeros-da-violencia-contra-mulheres-no-brasil/> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A criação de  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças é o resultado do trabalho final da disciplina Fotografia Publicitária, na qual o docente propôs a construção de um Ensaio Conceitual. Deste modo, a primeira etapa do processo para o surgimento do livro se deu na busca por um conceito. Os alunos deveriam refletir sobre temas sociais que fossem relevantes para os mesmos. A partir de temas pré-expostos pelo professor e após a divisão da sala em grupos, iniciou-se debates em sala de aula, permitindo uma rica discussão com os demais grupos sobre os mais diversos assuntos e possibilitando por fim a decisão final de cada grupo aos temas escolhidos. Cada integrante trouxe então as suas experiências individuais e definições do que poderia ser considerado um estereótipo, e o quanto isso pode ser prejudicial para as pessoas. Foram discutidas questões como:  o que já me disseram que eu não podia fazer por ser menina? ,  que tipo de conteúdo disseram que eu não podia consumir por causa do meu gênero? ,  o que teria sido diferente nas minhas escolhas e nas minhas preferências se eu não vivesse em um mundo que define o que é para homem e o que é para mulher? . A construção do conceito continuou por meio de pesquisas a respeito do tema que deveriam levantar o problema a ser resolvido a partir do ensaio, trazendo informações como o histórico do assunto abordado, dados e etc. O cenário a respeito da construção de gênero foi estudado e um objetivo para o ensaio estipulado: mostrar como os gêneros "feminino" e "masculino" são construídos socialmente e acabam assim restringindo as nossas formas de se expressar, estimulando os leitores a refletir e questionar os papéis impostos pela sociedade por meio do gênero. Estipulado este fim, foi possível definir o público-alvo a ser atingido com o ensaio: todos àqueles que de alguma forma não pensem a questão de gênero como uma questão social e significativa para a sociedade, seja por suas razões políticas ou por desinformação. E assim, foi definida também a estratégia de utilizar o Branded Content para atingir esse público através de um produto, já que a proposta de utilizar meios alternativos de publicidade condiz com o objetivo do ensaio. Por fim, o conceito pôde ser consolidado com a consulta de referências estéticas por meio dos trabalhos de Juno Calypso *2, Álvaro Peñalta *3, Samantha Fortenberry *4 e Pol Kurucz *5 a respeito da paleta de cores e a evidência de objetos em cena. Além das referências conceituais que permeiam o tema como o trabalho de Laurence Philomene *6, retratando seus amigos não binários da maneira como eles gostariam de ser vistos, Ben Hopper *7, sobre a beleza natural das mulheres, Joseph Wolfgang Ohlert *8, mostrando uma série de identidades e experiências que se enquadram nesse amplo espectro de identidades de gênero, e Hannah Altman *9, que trabalha com objetos do cotidiano feminino trazendo-lhes uma nova conotação para gerar reflexões de teor feminista. A partir do conceito criado e o cliente escolhido definiu-se o formato final de veiculação do ensaio conceitual: um livro de aparência infantil que utilizaria uma linguagem descontraída e didática para mostrar como o tema deve ser simples para todos, mesmo aqueles que não debatem questões de gênero e sexualidade, entenderem. Com isto foi possível a elaboração do tratamento, com o intuito de criar uma pré-visualização do ensaio e facilitar a produção das fotos. Nele, foram referenciados filmes, como Edward mãos de tesoura, O grande hotel Budapeste e Maria Antonieta, animações, como Os Rugarts, Frozen e Sakura Cardcaptors, e clipes musicais da cantora Megan Trainor e do grupo CLC para retratar a paleta de cores que seria utilizada no livro: (anexo 1) (anexo 2) (anexo 3) (anexo 4). Além disso, foram selecionadas também algumas referências de pessoas andrógenas presentes na mídia, como o cantor David Bowie, a atriz Tilda Swinton e a obra de arte de Leonardo da Vinci, Monalisa, para indicar o tipo de modelo que iria compor as fotos do ensaio. A ideia era escolher pessoas que não se encaixam no estereótipo de  homem e  mulher para que o próprio conteúdo do livro já funcionasse como uma quebra de paradigmas em comparação com as imagens que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia. (anexo 5). Com um sólido embasamento teórico foi dado início a parte prática do trabalho. Para isto foi essencial a criação de um planejamento de execução do ensaio que contém o cronograma envolvendo casting das modelos, pré-produção (locação, figurinos e objetos), execução, tratamento e diagramação do livro. O ensaio foi então realizado em estúdio com modelos andrógenas, que posaram de acordo com o que era imaginado para cada cena em relação aos objetos que depois seriam inseridos nas imagens. Além disso, foi utilizado também um jogo de luzes e pós-produção com o programa Adobe Photoshop, principalmente ao que se dá nas cores do cenário criadas após o recorte do fundo branco das fotos, e tratamento com programa Adobe Lightroom. A diagramação do livro também foi executada no programa Adobe Photoshop por envolver em maior parte imagens em relação aos textos, priorizando o ensaio e a linguagem infantil. Por fim, a finalização do livro se deu de forma manual com a colagem das páginas entre folhas de imãs e pedaços de espelho em sua última página, possibilitando para o leitor interação por meio de desenhos que constróem as imagens do ensaio,enriquecem a experiência de leitura e geram reflexão, ainda remetendo ao universo da infância. Essa ideia de enriquecer a linguagem e o conteúdo do livro com elementos como os imãs e os espelhos surgiu no processo de execução, não estando planejada inicialmente, e se tornou a principal característica que destaca o livro de outros produtos e proporciona uma experiência de leitura que vai muito além da tradicional proposta por esse meio de comunicação. *2 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <https://www.junocalypso.com/>. *3 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <http://alvaropenalta.com/portfolio/post-party/>. *4 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <http://www.samanthafortenberry.com/suds-and-smiles--nsfw.html>. *5 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <https://www.instagram.com/polkurucz/>. *6 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <https://broadly.vice.com/en_us/article/evgd5p/laurence-philomene-non-binary-photos-interview>. *7 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em: <https://www.therealbenhopper.com/Projects/Natural-Beauty/1/>. *8 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <https://www.huffpostbrasil.com/entry/spectrum-of-gender-identity_us_57278077e4b0b49df6abd4c5> *9 Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em <https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2015/11/feminismo-fotografa-usa-glitter-pra-criticar-padroes-de-beleza.html>.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças, mas é para ensinar qualquer um sobre gênero e a importância da aceitação é composto por 15 páginas que seguem uma paleta em tons pastéis e que intercalam conteúdo de texto, em uma fonte que remete ao giz de cera e a caligrafia infantil, e as fotografia que compõem o ensaio, além de possuir imãs com formatos em desenhos que brincam com os conteúdos de cada página. A narrativa inicia-se com um pequeno depoimento do próprio livro, que desde suas primeiras linhas contesta as preposições intrínsecas que cada um tem e questiona as origens e necessidades dessas:  quais são as coisas que fazem você tão você? Se perguntarem para mim, eu diria que são as minhas escolhas. E não se sou menino ou menina. . A construção da história é feita com a junção de todos esses elementos, de forma didática e lúdica, como seria em um livro para crianças, por exemplo, na página ao lado da que fala  Maquiagem não é coisa só de menina. Nem só de menino há uma foto da modelo de olhos fechados e três imãs com uma boca pintada de batom e dois olhos maquiados, que o leitor pode colocar em cima do rosto da modelo ou não. Assim, ao fazer a escolha de colocar ou não o imã em cima de uma imagem que poderia ser tanto de um menino quanto de uma menina, o leitor passa a perceber como o ato de colocar maquiagem deve ser apenas isso, uma escolha, que pode ser feita ou não independente de gênero. Da mesma forma, na próxima página que apresenta a frase  Meninas não precisam ter cabelo comprido e meninos cabelo curto. Mas se quiser, pode. há uma foto da modelo de costas, com cabelo raspado e loiro, e um imã de cabelo comprido que o leitor pode colocar em cima ou não da imagem, então ele passa a se questionar porque é socialmente esperado que meninas tenham cabelos compridos e meninos curto? As fotos e os imãs mostram essas questões levantados pelo livro de uma forma simples e interativa, desconstruindo ideias que outras mídias constroem na sociedade sobre o que é ser homem e o que é ser mulher. A cada página, o leitor se depara com rotineiras situações que são colocadas sob um novo olhar pelos elementos do livro. Olhos maquiados, luvas de boxes, cabelos e até mesmo um bigode, são componentes que além de fazerem parte da história já escrita, permitem a cada leitor fazer e questionar suas próprias escolhas. Já em suas últimas páginas, o livro trás um espelho que, sem palavra alguma, questiona: o que lhe foi condicionado ao decorrer da vida por questões de gênero? E o que ele tem condicionado à vida dos que estão em sua volta? </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Todo o processo de execução do trabalho foi de grande importância, tanto de envolvimento social quanto academicamente para o grupo. Como estudantes de Fotografia Publicitária, a disciplina e o exercício enriqueceram a experiência de aprendizado, pois possibilitaram às alunas a oportunidade de desenvolver um produto que funciona ao mesmo tempo como mídia, como arte e como expressão política. Além disso, as discussões e as pesquisas feitas trouxeram à tona debates importantes sobre a construção social dos papéis de gênero para dentro da sala de aula, e para a vivência das alunas. Em síntese,  Um livro feito por adultos que parece ser para crianças, mas é para ensinar qualquer um sobre gênero e a importância da aceitação potencializou o lado profissional e técnico do grupo, mas também despertou ainda mais questionamentos e aprendizados para cada uma das integrantes. Os problemas dos estereótipos de gênero puderam ser explorados dentro de um conceito artístico com uma linguagem simples que consegue atingir o seu público-alvo. Dessa forma, o produto final cumpre o seu papel publicitário, social e acadêmico, influenciando a vida das alunas e da sociedade ao seu redor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">OLIVEIRA, Vinícius Riqueto de. A evolução estratégica da comunicação de marca: um enfoque ao Branded Content no ambiente digital. 2014. 73 f. Monografia (Especialização em Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas), Universidade de São Paulo, São Paulo. 2014.<br><br>Estadão. Ong Propõe discussão de gênero nas escolas. Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em:<http://emais.estadao.com.br/blogs/familia-plural/ong-propoe-discussao-de-genero-nas-escolas-para-combater-o-machismo-institucional/>. <br><br>Exame. Os números da violência contra mulheres no Brasil. Acesso em 4 de abril de 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/os-numeros-da-violencia-contra-mulheres-no-brasil/> <br><br>ROCHA, Ruth. Faca sem ponta, galinha sem pé. São Paulo: Ed. Ática, 1996.<br><br>SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, 1995.<br><br> </td></tr></table></body></html>