ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01422</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Jornal laboratório Capital da Notícia - Zona Leste</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Felippe Matheus de Jesus Salles (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Thais Mendes Vieira (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Leonardo Pino Gomes (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Yasmin Ferreira (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Marieli Prestes (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Nycole Soares (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Rodolfo Stancki Silva (Centro Universitário Autônomo do Brasil); Yasmin da Silva Luiz (Centro Universitário Autônomo do Brasil)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Zona Leste de Curitiba, Jornal Laboratório, Jornalismo de bairro, Curitiba, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto do jornal laboratório multimidiático "Capital da Notícia &#8208; Zona Leste" é voltado para a produção de conteúdos jornalísticos para os bairros Bairro Alto, Cajuru, Capão da Imbuia, Jardim das Américas e Tarumã, em Curitiba. Durante um semestre, foram realizadas nove edições, além do portal de notícias, radiojornal e mídias sociais voltadas para a Zona Leste da cidade. Foram privilegiadas matérias que fiscalizassem o poder público e promovessem um senso de comunidade na região. Para a realização do jornal, os repórteres fizeram encontros com as fontes, submeteram os textos a duas revisões e diagramaram as edições. Tiragens especiais com as melhores matérias circularam pelos bairros no fim do ano de 2017.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornalismo hiperlocalizado, voltado para os bairros das grandes cidades, é quase sempre defasado. Em Curitiba, os poucos grandes veículos não podem se preocupar com as notícias que interessam exclusivamente a certas regiões da cidade, pois precisam se focar em temas mais amplos. Os jornais de bairro, por sua vez, possuem redações pequenas, muitas vezes compostas por apenas um profissional jornalista, que nem sempre dá conta de atender a demanda da população por informação. O projeto do jornal laboratório "Capital da Notícia  Zona Leste" surge como uma tentativa de suprir essas demandas, servindo à população por meio da informação e da opinião. Formada por 12 estudantes de jornalismo, o produto caracteriza-se como um jornal comunitário de bairro, voltado e aberto para a população da região informalmente apelidada de zona leste de Curitiba, que contempla o Bairro Alto, o Cajuru, o Capão da Imbuia, o Jardim das Américas e o Tarumã. Segundo Dornelles (2012), o jornalismo de bairro é feito por pessoas que "fornecem um fluxo de notícias específicas sobre o bairro onde atuam num contexto significativo e afetivo, relatando, ainda, os acontecimentos externos que são importantes para a comunidade alvo". Utilizava-se também as pautas sugeridas pela comunidade (DORNELLES, 2012). O projeto Capital da Notícia  Zona Leste é realizado por alunos do quinto período do curso de Jornalismo do UniBrasil Centro Universitário. O produto laboratorial integra a rede Capital da Notícia e existe desde 2004, embora tenha deixado de ser produzido entre os anos de 2009 e 2017. No ano passado, foram feitas nove edições entre agosto e dezembro. Uma edição especial com 12 páginas também foi impressa com as melhores matérias e distribuída nos bairros de cobertura. O portal de notícias também foi criado com a marca para ampliar o alcance dos conteúdos produzidos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do Capital da Notícia Zona Leste foi criar um jornal que buscava ampliar o protagonismo das pessoas que integram a comunidade dos bairros da zona leste de Curitiba (Bairro Alto, Cajuru, Capão da Imbuia, Jardim das Américas e Tarumã) por meio da informação, da opinião e do entretenimento. Dar voz a esses moradores que estão integrados nas comunidades a partir da informação hiperlocalizada produzida pelo jornal laboratório, para que o leitor refletisse sobre os problemas que ele não encontra no noticiário tradicional mas que são relevantes ao seu cotidiano.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornalismo é um ofício de inúmeras funções sociais. Uma das mais relevantes, nos lembra Bill Kovach e Tom Rosenstiel (2004), é a prestação de serviço à comunidade. Segundo os autores, "a principal finalidade do jornalismo é fornecer aos cidadãos as informações de que necessitam para serem livres e se autogovernar" (2004, p. 31). Pauta por pauta, buscamos por representantes locais (como associações de moradores), em fontes públicas de informação, dar voz a quem quer ter voz. Por conta disso, entendemos que o fato de não termos compromissos publicitários, de termos espaço para a comunidade, de termos este interesse é um dos principais motivos para o projeto ter funcionado. Assim como descreve os professores da Universidade Anhembi Morumbi, Dra. Cleofe Siqueira e Ms. Francisco Bicudo: Nesse sentido, e em comparação com os chamados veículos da grande imprensa, não se importa em ser pequeno, de conversar com grupos limitados, em termos quantitativos. Essa, aliás, é vista como uma de suas grandes virtudes qualitativas, pois o fato de aproximar-se de seu público permite que dialogue com ele mais com profundidade e intensidade. (SIQUEIRA; BICUDO. 2007, p. 9) Nesse sentido, em uma democracia, o jornalismo deve fiscalizar o poder público, informando a população do que acontece no mundo. Um jornal comunitário, além disso, também precisa "informar os fatos que acontecem dentro de uma região específica (ou comunidade), de interesse para seus moradores, com participação do público alvo" (DORNELLES, 2012). Esses veículos se tornam porta-vozes dos locais em que estão inseridos, dando ouvidos a uma população geralmente ignorada pela grande imprensa. A prática laboratorial justificasse também por aproximar o estudante com a realidade prática do mercado de trabalho, produzindo conteúdos diversos para o veículo. Acreditamos que a atividade laboratorial contribui para a formação profissional dos estudantes ao experimentarem a realidade dos bairros, seus dramas, sofrimentos e alegrias, como afirma Lopes: Instrumento fundamental de um curso de Jornalismo, o jornal-laboratório dá condições ao estudante de realizar treinamento na própria escola, possibilitando que coloque em execução, ainda que experimentalmente, os conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas da área técnico-profissionalizante. Integra os alunos na problemática da futura profissão, tornando possível que obtenham uma visão global do processo jornalístico, não apenas no aspecto conceitual, mas também na prática do dia-a-dia das redações. (LOPES, 1989, p. 49) O Capital da Notícia  Zona Leste justifica-se na tentativa de realizar uma produção de conteúdo jornalístico voltada para informar e servir à população dos bairros da zona leste de Curitiba. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a elaboração do projeto Capital da Notícia  Zona Leste, os estudantes de Jornalismo, em um primeiro momento, entraram em contato com membros da associação de moradores dos bairros que são foco da cobertura do veículo (Bairro Alto, Cajuru, Capão da Imbuia, Jardim das Américas e Tarumã). Nesse encontro, eles conheceram um pouco das demandas da população e aproveitaram para pegar dicas de pautas para as edições. Em seguida, os estudantes foram divididos por equipes nos bairros. Cada um deles, deveria trazer ao menos quatro pautas para compor as edições que seriam fechadas. Após cada reunião de pauta, coordenada pelo professor da disciplina de Redação Jornalística IV Rodolfo Stancki, as propostas eram aprovadas e os alunos tinham uma semana para finalizar a apuração e apresentar a primeira versão do texto. O processo de apuração usou largamente de relatórios dos bairros publicados pelo IPPUC e da plataforma Dados Abertos, da Prefeitura de Curitiba. Após a entrega da primeira versão, a matéria passava por uma revisão do professor e era entregue novamente ao aluno para as devidas correções. Depois desse processo, o texto era submetido a revisão de outro aluno, que geralmente ficava responsável pela diagramação da página, feita em equipes, que se dividiam para fechar, no mínimo, quatro páginas para cada edição. Os grupos também escreviam o editorial, notícias diversas, chamadas de capa e o expediente. A revisão do material final era feita por duas monitoras veteranas que, se encontrassem problemas, submetiam a edição toda para novas correções. Após a finalização das revisões, a edição era lançada na plataforma ISSUU e os alunos deveriam compartilhá-las em grupos do bairro do Facebook e do Whatsapp. Um portal de notícias adicionou novas matérias e textos de opinião ao projeto, que também contou com uma página do Facebook, um grupo do Whatsapp, um programa em vídeo para o YouTube e um radiojornal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Capital da Notícia  Zona Leste é um jornal impresso que teve circulação pelos cinco bairros cobertos pelas reportagens. A turma, composta por 12 pessoas, foi dividida em quatro grupos, que ficaram responsáveis por duas diagramações cada. Esta foi feita no formato tabloide simples. A capa sempre deve ter uma foto de destaque e duas chamadas para as matérias internas, no mínimo. A segunda página é voltada para os textos de opinião, como editoriais e colunas e, ocasionalmente, pode ter notícias. O número de páginas varia entre 4 e 12. Todas as páginas devem ter imagens que ilustrem uma ou mais matérias. As imagens eram feitas pelos próprios alunos que escreviam as reportagens. Assuntos de maior relevância (geralmente a de destaque na capa) iam na página três. As reportagens foram divididas entre as edições de modo que contemplasse todas as editorias existentes em uma edição, como saúde, política, curiosidades locais etc.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Enquanto experiência pedagógica, o Capital da Notícia &#8208; Zona Leste se tornou um exercício bastante proveitoso e produtivo. Os alunos produziram mais de 50 conteúdos inéditos sobre os bairros, conteúdos esses que foram feitos em diversas mídias, como o impresso, rádio e internet, o que demonstra o compromisso do curso em preparar o acadêmico de jornalismo para a realidade do mercado, em que o conteúdo produzido converge em diversas mídias para alcançar o público ao qual se destina em maior proporção. Também o contato efetivo com a comunidade para realizar as pautas e entregar o jornal em versão impressa, mostrando que a voz dos moradores foi ouvida por um veículo de comunicação, demonstrando a importância da população no cenário local em que estão inseridos. O projeto estabeleceu um caminho para as próximas turmas, que podem seguir um caminho muito semelhante para produzir o jornal laboratório do UniBrasil Centro Universitário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DORNELLES, Beatriz. O local em destaque: jornais de bairro x cadernos de bairros. Estudos em Jornalismo e Mídia - Vol. 9 Nº 1  Janeiro a Junho de 2012.<br><br>KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do jornalismo. São Paulo: Geração Editorial, 2004.<br><br>LOPES, Dirceu. Jornal laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor. São Paulo: Smmus, 1989.<br><br>SIQUEIRA, C. BICUDO, F. Importância, conceitos e desafios contemporâneos. 2006. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/diretorio-academico/importancia-conceitos-e-desafios-contemporaneos/. Acesso em 17/11/2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>