ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01426</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Brasil Repórter: Discussão Social Por Meio Do Telejornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MARIA EDUARDA BISCOTTO (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Gisele Krodel Rech (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Aliana MACHADO (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Kevin Daniel CAPOBIANCO (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Arthur NEVES (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Larissa de Oliveira (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Gloria Fernanda AZEVEDO (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Jessica de Paula GONÇALVES (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Mariana Becker dos SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER); Leticia Lorena de Jesus OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Grande Reportagem, Programa de Televisão, Telejornalismo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa de televisão Brasil Repórter é fruto de um projeto do Centro Universitário Internacional Uninter criado para o exercício das práticas aprendidas nas disciplinas de telejornalismo. O produto tem o objetivo de ofertar aos estudantes a possibilidade de aprofundamento das teorias e práticas desenvolvidas em sala de aula, que fazem parte da rotina do profissional de jornalismo que trabalha em televisão. Além disso, por focar em temas de relevância social, os alunos também têm a chance de se aprofundar em assuntos que muitas vezes ficam em segundo plano nas conversas do dia a dia. Com duração média de doze minutos, o programa é dividido em três blocos, mesclando os depoimentos de personagens com entrevistas com fontes oficiais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa de televisão Brasil Repórter surgiu como proposta de produto telejornalístico vinculado aos projetos de extensão do Centro Universitário Internacional Uninter. Uma das máximas, desde a sua criação, é promover o aprofundamento em temas que, muitas vezes, acaba não tendo muito espaço na mídia, seja em função da programação das grades das emissoras comercias, seja por conta da linha editorial dos veículos. Na sua concepção, o Brasil Repórter foi pensado para trazer conteúdos de relevância social com foco total nos personagens inseridos no contexto que se discute a cada programa. No que se refere aos aspectos técnicos e estéticos, originalmente o produto mantinha a apresentação no estúdio da Uninter, mas a maior parte das gravações eram constituídas de externas. Em 2017, o programa passou por uma reformulação, modernizando seu formato com a pretensão de se tornar mais atraente ao público, especialmente àqueles acostumado com a linguagem audiovisual praticada na internet. O programa tem veiculação no YouTube, com ancoragem no portal da Agência Experimental de Jornalismo Mediação e repercussão nas redes sociais tanto da agência, quanto do curso. Assim, é possível que o conteúdo seja compartilhado para diferentes públicos no Brasil, promovendo a democratização do debate público. Hoje a apresentação é gravada em externas, dando mais dinâmica e agilidade na construção do processo produtivo. No trabalho diário, os alunos exercitam, também, a capacidade de produzir texto de apresentação sem o apoio do teleprompter (TP). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O principal objetivo do Brasil Repórter é dar visibilidade a temas que nem sempre, por questões editoriais ou influenciadas pelas grades das emissoras de televisão, ganham o devido espaço na mídia convencional. A intenção é, por meio da abordagem focada em personagens, trazer à discussão e ao debate público assuntos de relevância social. O formato proposto para o desenvolvimento do trabalho  uma grande reportagem com até 12 minutos de duração - permite um tratamento mais aprofundado das temáticas escolhidas a cada edição, ampliando as entrevistas para fontes oficiais, que mesmo com papel mais discreto auxiliam no processo efetivo de comunicação. Na primeira edição, por exemplo, a ideia era não apenas apresentar como é feito o processo de seleção dos indígenas que frequentam as universidades, como também, trazer ao debate como se dá o processo de inserção destes alunos no Ensino Superior. O resultado foi um programa que desmitificou o sistema de acesso dos estudantes indígenas ao mundo universitário e fortaleceu o entendimento do processo inclusivo destes alunos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa consiste na produção de grandes reportagens na atividade de extensão e é de extrema importância para o treinamento prático de produção jornalística, voltada para televisão e o audiovisual. Somar a experiência prática às pautas sociais de proporcionar aos alunos participantes uma visão mais crítica sobre a sociedade e seus desafios, trabalhando noções de cidadania e luta contra desigualdades, que também é papel do Ensino Superior qualificado. Ao optar pela produção de um trabalho mais aprofundado, com ampla utilização de fontes e espaço para colocar os personagens da vida real em protagonismo, o trabalho se aproxima da lógica de uma reportagem mais aprofundada, que dialoga com o documentário. Segundo Jorge Pedro Souza (2003), o conceito de grande reportagem cabe, também, nos meios audiovisuais, uma vez que as grandes e pequenas reportagem do trabalho diário utilizam as mesmas ferramentas e técnicas em seus processos produtivos. Neste exercício se incluem imagens, áudios, entrevistas, comentários sobre imagens e protagonismo dos personagens, que em geral expressam algo relevante para a sociedade. Utilizar a televisão como meio possibilita trabalhar de um modo mais efetivo a emoção, já que como reforça Paternostro,  na prática do trabalho com imagem a sensibilidade também se desenvolve. Unir imagem, informação e emoção é uma boa saída para transmitir a notícia com a qualidade ideal . (PATERNOSTRO, 2006, p.87). Tratar de temas tão delicados em um meio que tem vocação para informar explorando muitos sentidos é uma forma de fazer ecoar o debate público, tão necessário para a sociedade e para a quebra de paradigmas e preconceitos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As atividades são realizadas, primordialmente, às quintas-feiras, em um período total de cinco horas. No entanto, como nem sempre as fontes estão disponíveis neste espaço de tempo, algumas externas são gravadas em horários distintos. Para que todas as funções jornalísticas sejam aprimoradas, a cada programa é feito um rodízio nas funções, forçando os estudantes a saírem da zona de conforto e experimentar atividades diferentes daquelas que habitualmente desenvolve. Todo o processo produtivo começa com a discussão de pauta, feita de maneira democrática. A partir do consenso em relação a um tema, os responsáveis pela produção de cada programa partem para a pesquisa que vai embasar todo o processo produtivo. Nesta etapa, os produtores fazem a seleção das fontes que serão utilizadas e partem para o processo de agendamento de entrevistas. Para Cruz Neto (2008), como é reforçado em qualquer manual de redação, o produtor ou pauteiro deve sempre estar em busca de algo. É necessário ser incansável e bem informado. Precisa ter visão sobre o que desperta interesse e saber repercutir os acontecimentos. Além de tudo, precisa ter agilidade e um talento especial para lidar com pessoas; deve ser capaz de convencê-las de que, o mais importante naquele momento, é atende-lo. (CRUZ NETO, 2008, p. 21) É exatamente esta postura exigida pela professora no processo de condução dos trabalhos. E como há um rodízio nas funções exercidas, todos passam por esta experiência, que aprimora o repertório de cada um e desenvolve a capacidade de uma abordagem eficiente às fontes. A apuração, no entanto, não fica apenas a cargo dos produtores. Os repórteres, que além das entrevistas fazem as vezes de apresentadores, também têm a oportunidade de retirar mais informações relevantes da entrevista. Isto é feito no momento da entrevista, que segundo Cruz Neto (2008) é o meio pelo qual o repórter obtém algumas informações que poderão ser utilizadas na construção do texto (off). A gravação nas externas é, na maioria absoluta das vezes, feita pelos próprios alunos, para que tenham a oportunidade de aprimorar o olhar pautado pelo cuidado com a imagem, um dos elementos primordiais para a comunicação televisiva se fazer eficiente. Quando retornam à redação, o material passa por uma rápida decupagem, que inclui uma pré-edição. Cumpridas todas as externas, o grupo decide, coletivamente, qual a ordem de utilização das fontes fica mais interessante na divisão de blocos. Uma vez definidos estes critérios, o repórter/apresentador parte para a redação do roteiro que, depois de revisado, é lido em voz alta para que eventuais falhas sejam detectadas e, depois, o texto é gravado na cabine de áudio da instituição. As cabeças do apresentador, que chamam as atrações dos blocos, também são gravadas após a construção do roteiro, em um cenário condizente com o tema abordado em cada edição. Por fim, chega-se ao processo de edição, no qual são cobrados, em especial, cuidado extremo com o uso das imagens para o enriquecimento da narrativo. A sintonia entre imagem e texto é uma das maiores exigências </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Brasil Repórter é um programa telejornalístico com duração média de doze minutos, dividido em três blocos, nos quais são as entrevistas são distribuídas com personagens e fontes oficiais e os conteúdos resultante do trabalho realizado nas externas. A ideia é sempre estruturar o roteiro por meio de uma narrativa lógica, que vai oferecendo elementos e repertório para a reflexão acerca de questões socais. A primeira edição após a reformulação do Brasil Repórter, por exemplo, traz a questão do indígena na universidade. Para o programa, a intenção era mostrar como é o processo de entrada dos indígenas nas universidades por meio do vestibular indígena, desconhecido por muitas pessoas. O objetivo era, ainda, mostrar quais são as expectativas destes estudantes para o futuro e descobrir se, de alguma forma, pelo fato de terem acesso ao Ensino Superior em um processo exclusivo, geram algum tipo de preconceito. Por fim, e não menos importante, o programa reforçou a importância de políticas inclusivas na educação. No segundo programa elaborado em 2017 a opção foi direcionar o olhar aos refugiados. Nas proximidades da instituição, na Praça Tiradentes, é possível encontrar vários sotaques destas pessoas, que buscam no Brasil uma nova oportunidade de vida. Como sempre, o processo começou com uma pesquisa apurada sobre o tema, que incluiu cuidadosa coleta de dados. A partir do conhecimento das estatísticas de povos que vêm a Curitiba, delimitaram-se três personagens, que foram entrevistados, além das fontes oficiais. A ideia foi mostrar quais os pontos positivos e negativos que encontram no Brasil e como, de uma maneira geral, é o tratamento recebido por eles, seja no âmbito pessoal ou profissional. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Para os estudantes, participar de modo intenso da produção do programa é importante para o aprimoramento das técnicas utilizadas no exercício do telejornalismo, bem como na ampliação do repertório sobre assuntos que, nem sempre, ganham a devida atenção. O revezamento das funções também é eficiente para vencer barreiras e desenvolver habilidades que, no futuro, podem ser exigidas pelo mercado de trabalho. O foco nas questões relevantes à sociedade, que carecem de maior debate no âmbito social, o programa vem cumprindo, à risca, a intenção de chamar a atenção muitas vezes esquecidas pelo público. Ao público, cabe a possibilidade de acessar um conteúdo elaborado com muita dedicação dos alunos, que se esforçam para abordar, em aproximadamente dez minutos, toda a amplitude de questões muito maiores do que é possível comprimir em um produto televisivo. O retorno da audiência, mensurada pelo portal, tem sido bom e, inclusive, a partir de algumas críticas construtivas, o processo tem, vez ou outra, um detalhe ajustado, a fim de torna-lo um programa cada vez melhor no cumprimento de sua missão de informar e fortalecer o debate público não apenas no ambiente acadêmico, mas também disseminá-lo, por meio da internet, para todos os cantos do Brasil. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CRUZ NETO, João Elias da Cruz. Reportagem de televisão. Petrópolis: Vozes, 2008. <br><br>PATERNOSTRO, Vera Iris. O texto na TV- Manual de Telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.<br><br>SOUZA, Jorge Pedro. Técnicas jornalísticas nos meios eletrônicos. Porto: Edições Universidades Fernando Pessoa, 2003.<br><br> </td></tr></table></body></html>