ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01522</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Ao pé da letra - O uso do telejornalismo como propagador da cultura popular</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kamila Pereira dos Santos (Universidade Positivo); Gabriela Lourenço de Lara (Universidade Positivo); André Luiz Slosavski (Universidade Positivo); Shara Karoliny Santos Miranda de Souza (Universidade Positivo); Italo Ricardo Sestari Sasso (Universidade Positivo); Sandra Nodari Romano (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Expressões idiomáticas, História, Telejornalismo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"Ao pé da letra" é uma série de interprogramas jornalísticos com duração entre 1 minuto e meio a 3 minutos, que apresenta e explica expressões idiomáticas utilizadas diariamente pelos brasileiros. Em cada programete é apresentada uma expressão e por meio de enquetes busca-se saber quão familiar é o ditado. As expressões idiomáticas são explicadas de forma simples e didática, por meio de animações que sempre trazem o contexto histórico do surgimento da expressão, ajudando assim na compreensão do significado, mesmo que figurado da mesma.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Todos os dias os brasileiros utilizam-se das expressões idiomáticas para se referirem à situações específicas. As expressões são caracterizadas por frases ou termos que assumem significados diferentes daqueles já conhecidos quando empregados na mesma frase. Em NASH e FERREIRA (2008) expressões idiomáticas são definidas como "Parte do discurso cotidiano, e tendem a dar um tom mais divertido e informal à nossa fala". Partindo da premissa de que muitas pessoas não conhecem o verdadeiro significado da expressão e, apenas a reproduzem por definir muito especificamente uma situação, surgiu a necessidade de criar o interprograma. O formato audiovisual foi escolhido por entendermos como Arlindo Machado (2000) que a televisão é um dos fenômenos culturais mais importantes do nosso tempo. Além de exibir programas de entretenimento, a televisão brasileira também dedica uma parte da sua programação ao telejornalismo, que tem por objetivo, levar informação e conhecimento aos telespectadores. Apesar da importância que vem ganhando a internet, a TV continua ocupando papel importantíssimo no cotidiano da imensa maioria da população brasileira, pois a TV "tem sabido conviver bem com a internet, se apropriar de seus recursos e estabelecer com ela uma relação não de concorrência, mas de extensão" (França, 2009,pág. 28). Ao tornar-se uma extensão das aulas de Telejornalismo, o projeto proporcionou a prática de conceitos de jornalismo para televisão, audiovisual e roteirização, além de um conhecimento sobre a própria história, ao se trabalhar com uma pesquisa anterior a elaboração dos roteiros que seriam gravados. Entre as várias funções cabíveis ao jornalismo, destaca-se aqui seu caráter social, tendo em vista que o programas contribui para o resgate histórico, de conservação memorial, e para levar informações sobre situações e curiosidades que talvez não sejam contempladas pelos veículos diários, cujo maior objetivo é trabalhar com material factual.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro objetivo desta atividade é proporcionar aos futuros jornalistas uma prática aliada à teoria vista durante as disciplinas de telejornalismo e produção audiovisual do curso. Ao permitir aos alunos desempenhar funções correlatas às praticadas por jornalistas nas redações de televisão, como repórter, pauteiro, produtor, editor e cinegrafista, têm-se o objetivo também de vivenciar a prática jornalística no dia-a-dia da formação acadêmica. O segundo objetivo é entender o telejornalismo como uma janela para o conhecimento e a informação, proporcionando um olhar diferenciado ao jornalismo de televisão, e a hardnews exibida nos telejornais. Através disso, é possível utilizar a televisão e o jornalismo como meios sócio-educativos. Na descrição de Joan Ferrés, seria a utilização do meio audiovisual para um programa motivador: "(...) Não se trata de imagens a serviço de um discurso verbal, mas de uma integração de imagens, música, texto falado e efeitos sonoros, formando uma unidade expressiva indissolúvel, com um ritmo, um desenvolvimento e uma duração previamente estabelecidos. " (FERRÉS, 1996, p. 24). O terceiro  e principal objetivo  é fazer com que os cidadãos conheçam o real significado da expressão, a partir da explicação do contexto em que ela foi dita e/ou criada. Aqui, o telespectador também conhece mais sobre a história do Brasil, pessoas, símbolos e datas. Com estes objetivos, o fazer telejornalismo no curso se coaduna com a fala de Demo quando cita a importância de o aluno ultrapassar a barreira do aprender para chegar ao apreender, "caminha na perspectiva da apropriação e reconstrução do conhecimento, procurando desenvolver no aluno competência questionadora reconstrutiva" (1998, pág. 55).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A experiência laboratorial permite aos alunos a oportunidade de praticar o telejornalismo em um ambiente que simula a redação de um veículo tradicional. Um dos principais objetivos do laboratório é instigar os alunos a desempenhar funções praticadas por profissionais como apresentador, editor-chefe, editor, pauteiro, repórter e cinegrafista. Além disso, na universidade é possível testar experiências em vídeo, o que nem sempre é frequente nas redações, por conta do ambiente de produção que exige uma produção rápida, como resposta a exibição de uma grande quantidade de produções diárias. Desde 2016 os produtos laboratoriais práticos em todas as áreas são exigidos pelas novas diretrizes do curso de jornalismo. A forma de se fazer Jornalismo com um objetivo além do de informar: "um Jornalismo preocupado em informar, formar e educar, com uma clara função social. É, em suma, um jornalismo com as premissas de televisão de qualidade" (AZAMBUJA, 2008, pág. 23). Este projeto permite aos alunos exercitar a produção de vídeos educativos com qualidade audiovisual jornalística. Além disso, pretende-se contribuir com o resgate histórico das expressões idiomáticas ao fornecer um material que privilegia a pesquisa e o conhecimento, pois "Essas expressões idiomáticas maiores, compostas de verbo e substantivo, que são geralmente difíceis de serem encontradas em um dicionário convencional" (NASH e FERREIRA, 2008).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Ao pé da letra possui um manual próprio que descreve como deve ser realizada a produção, desde o roteiro, passando pela produção e para a edição. Abaixo, trechos do manual disponibilizado na disciplina: 1) O Ao pé da letra não tem um roteiro específico, mas precisa conter características como Fala Povo, animação ou arte para explicar a expressão idiomática, off, sonora e passagem. 2) O Fala Povo e a passagem (ou passagens) devem ser gravados em lugares que apresentem relação com a expressão trabalhada ou um local que você escolher. 3) O enquadramento do Fala Povo também é padronizado. Quem aparece na imagem é apenas o entrevistado, em um plano médio. 4) Ao captar imagens do local escolhido, preze primeiro por imagens estáticas, sem qualquer tipo de movimento, dos principais pontos. Lembre que o ideal é captar pelo menos 10 segundos de imagem (mesmo que seja estática) e também mais de um take do mesmo plano. 5) Após a primeira leva de imagens, alterne os planos e só depois insira os movimentos que você tem vontade de realizar. 6) As animações podem ser feitas de forma livre, por meio de arte, Stop motion ou outra técnica. Ela pode apresentar, além de imagens, texto e número. 7) Organize bem o material antes de agendar horário na ilha de edição. Você deve levar o roteiro, o off gravado e o material bruto. Se quiser usar artes, fotos, imagens de arquivo, músicas, leve este material também. A escolha da expressão idiomática leva em conta a popularidade ou seu uso cotidiano. O programa tenta de forma lúdica apresentar a expressão, como por exemplo "A cobra vai fumar" que tem como significado algo difícil de ser realizado, mas que se acontecer pode gerar sérios problemas, em forma de animação. O especialista de cada interprograma é escolhido de acordo com a sua proximidade com o tema, como por exemplo pessoas que viveram em determinada época ou especialistas, professores e pesquisadores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Ao pé da letra é um programete ou interprograma que tem duração entre 1 minuto e meio e 3 minutos, ideal para ser exibido nos novos formatos de audiovisual da internet. Os vídeos têm locução, passagens e arte que trazem informações sobre as expressões idiomáticas, enquetes para saber se as pessoas conhecem o significado das expressões, sonora de uma fonte ligada ao tema, trilha sonora, além de material de arquivo. Os alunos de telejornalismo e Práticas Contemporâneas de audiovisual ficam responsáveis pela produção do interprograma. Somente os vídeos tecnicamente satisfatórios são disponibilizados no canal da TV Teia, veículo de comunicação do curso de Jornalismo, no youtube (youtube.com/tvteia). Os interprogramas são produzidos durante o contraturno e os alunos desempenham funções correlatas às praticadas por jornalistas nas redações de televisão, como repórter, editor, produtor e cinegrafista. A partir da expressão idiomática é montado o roteiro com as informações históricas e demais curiosidades encontradas sobre o tema. Constatou-se, após as primeiras gravações, que os participantes das enquetes, na maioria das vezes, principalmente os mais jovens, não sabiam ou nunca ouviram falar sobre a expressão idiomática. Por outro lado, também foram encontradas pessoas que não sabiam a origem ou o significado real da expressão, mas conseguiam compreender o que ela significava, a partir de exemplos contemporâneos. Depois de a expressão ser escolhida, o aluno procede à uma pesquisa sobre o mesmo e escreve um roteiro (no modelo de roteiro literário). Este roteiro é revisado pelo professor que pode aprovar ou solicitar novo roteiro. Quando aprovado, a equipe pode sair para gravar imagens, enquetes, entrevistas, passagens. Por fim, o material é editado utilizando trilha sonora, artes e arquivo. O professor revisa a edição e se tiver qualidade de exibição aguarda ser enviada ao canal da TV Teia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O caráter educativo e de compreensão, apreensão e aplicação das atividades relacionadas ao "Ao pé da letra" tem sido alcançado por meio dos programas realizados pelas equipes. A veiculação e a constante reformulação do conteúdo para a internet é um avanço tanto no sentido didático quanto no de produção de conhecimento, o que alavancou o curso de Jornalismo do UP e redimensionou a estrutura didático-pedagógica ao ampliar o espaço para o estabelecimento da prática social e da cidadania, formando um corpo discente com experiências que os levam a compreender a sociedade e seu entorno. Além disso, todo o projeto laboratorial ajuda os acadêmicos a vivenciarem, não apenas as glórias de um bom trabalho jornalístico televisivo, mas também ensina os futuros jornalistas a lidar com problemas reais que a profissão enfrenta. Portanto, além da função laboratorial, o Ao pé da letra contribui com o resgate da cultura por meio das expressões idiomáticas e seus significados, além do acesso democrático à informação, proporcionado uma vivência de um novo telejornalismo, mais próximo e preocupado com o cidadão e a sua história.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AZAMBUJA, Cíntia Neves. Jornalismo educativo: da teoria à prática na tv universitária, Estácio de Sá, 2008.<br><br>BECKER, Beatriz. Telejornalismo de qualidade: um conceito em construção. Revista Galáxia, São Paulo, 51n. 10, p. 51-64, dez. 2005.<br><br>CARVALHO. Guilherme. O drama da comunicação pública no Paraná: o caso da RTVE-PR. Famecos: 2016. In: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/22092/13704<br><br>NASH, Mark G; FERREIRA, Willians Ramos. MICHAELIS: Dicionário de expressões idiomáticas. São Paulo, Melhoramentos, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>