ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01527</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vermelhas: Projeto Experimental de um Comicbook temático sobre protagonismo feminino</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Francielle Fanaya Réquia (Universidade Federal de Santa Maria); Liliane Dutra Brignol (Universidade Federal de Santa Maria)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;comicbook, HQ, mercado editorial, mulheres, representação feminina</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho visa apresentar a produção  desde a criação do conceito, até a concepção e disseminação - de um comicbook ilustrado em formato digital com enfoque no protagonismo feminino, com o objetivo de enaltecer o papel da mulher na sociedade. Este protagonismo é retratado através de três mulheres reais com perfis distintos e escolhidas previamente sendo, cada uma delas, personagens principais de um capítulo do comicbook. Palavras-Chave: Mulheres; Protagonismo Feminino. Representação Feminina. Representação Feminina na Mídia. Comics. Ilustração. Mercado Editorial.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Projeto Experimental, denominado como Projeto Vermelhas se concretiza através da produção de um Comicbook - conceito de história em quadrinho que nasceu nos Estados Unidos e é conhecido aqui no Brasil como gibi - em versão digital com livre acesso ao público. O comic retrata as histórias curtas, separadas por capítulos, com três protagonistas femininas da vida real. Cada capítulo conta a(s) história(s) de uma protagonista, focando em suas experiências como mulher. As histórias alternam entre momentos decisivos da vida dessas mulheres e as inúmeras diferenças que as fazem protagonistas. A escolha de protagonistas "da vida real" e não fictícias ou famosas, se deve justamente à necessidade de compreender essas mulheres como protagonistas das suas próprias vidas. Para que essas mulheres e o próprio leitor possam desconstruir simbolicamente a ideia preestabelecida dos moldes de protagonismo que estão muito alinhados com a padronização da beleza e comportamento. Essa escolha conceitual é sentida também através das próprias ilustrações, que foram personalizadas de acordo com a personalidade, com as características físicas e com o estilo de cada uma das mulheres.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste trabalho é desenvolver um comicbook temático sobre protagonismo feminino, no formato digital, a partir da criação de roteiro, ilustração e edição de histórias baseadas em entrevistas. " Justificar o desenvolvimento do projeto, a partir de temáticas relacionadas ao mercado editorial, mulheres nas HQ's, gênero e representações da mulher; " Utilizar o potencial da comunicação por meio do recurso e formatos previamente escolhidos, para possibilitar a difusão da força da mulher e a reconfiguração simbólica da representatividade desta; " Experimentar processos e técnicas de produção desde a busca por referências até a finalização do projeto. " Desenvolver ações de convergência para a divulgação e circulação do projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha de fazer um projeto experimental com enfoque na produção de um comicbook se deve a motivos diversos. Tanto pelo gosto pessoal na área das artes e por perceber a ilustração como recurso diferenciado e altamente relevante na produção, divulgação e convergência de projetos inovadores e de grande impacto, quanto por acreditar na tendência deste recurso no mercado editorial. Também por me identificar muito com o universo das HQ's e estar inserida nele como consumidora e produtora independente desde 2004, optei por usar este formato para atribuir ao projeto, de forma sensível e delicada, uma luta que propõe inúmeros debates: o feminismo. Neste projeto, o feminismo é o fio condutor entre uma protagonista e outra. Ainda que algumas delas não demonstrem empatia ou conhecimento do movimento, o projeto surge como uma ferramenta comunicacional em prol do reconhecimento do papel da mulher na sociedade. A escolha do formato (comicbook) foi influenciada diretamente pelos fortes estereótipos construídos a partir deste meio. Como padrões de corpos, atitudes previsíveis e apelos extremamente sensualizados das personagens femininas. Assim como a notável falta de enaltecimento de mulheres no papel de produtoras de HQ's.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Projeto Vermelhas surge através de competências desenvolvidas no curso de Produção Editorial, passando pelo pensamento crítico desenvolvido a partir da compreensão da mídia no processo histórico da comunicação. &#9679; Mulheres nas histórias em quadrinhos  Abordagem de temáticas feministas em produtos editoriais e técnicas de ilustração que serviram como inspiração para a execução do Projeto Vermelhas. &#9679; Compreensão de gênero e representação da mulher na mídia e nas histórias em quadrinho  Não à toa que os signos são representados por interpretações e construções sociais, o entendimento dessas construções ajuda a guiar o debate dos estereótipos femininos reafirmados com o passar das gerações. &#9679; Enfoque experimental: O Projeto Vermelhas passará pelos diversos processos de elaboração de um produto editorial em formato digital e detalhará esses processos na produção, como um "diário de produção". Esta etapa conterá imagens, rascunhos e materiais complementarem que podem estar anexados neste trabalho. O enfoque experimental terá dois vieses, a serem aprofundados na parte escrita, são eles a abordagem editorial do produto e as ações de convergência. Foi utilizado o procedimento metodológico de entrevistas semiestruturadas, que foram feitas prévias à produção. Essa metodologia se baseou em um roteiro-guia, que serviu como direcionamento, sem pretensão de limitar o desenvolvimento natural das entrevistas. Roteiro das entrevistas: Perfil " Nome: " Idade: " Cidade/local de residência e naturalidade: " Nível de escolaridade: " Profissão: " Signo: " Religião: Perguntas de contexto/identificação " Uma característica que define a sua personalidade? " O que você costuma fazer no seu dia? " O que você costuma fazer nas horas de lazer? " Um lugar? " Um filme? " Um personagem? " Com quem você vive? " Quais são as pessoas mais importantes na sua vida? " Tente lembrar de um momento da sua vida que foi definidor de quem é hoje? " O que você mais gosta em você? " Como você se vê no espelho? " O que você mais gosta e o que não gosta quando se vê no espelho? Perguntas condição como mulher " O que é ser mulher para você? " Você acredita em igualdade de gênero? " Ser mulher, em algum momento, é difícil? Por quê? " Lembra de um momento em especial que sofreu algum obstáculo/dificuldade por ser mulher? Qual? " O que entende por feminismo? 3. PRODUÇÃO Após a seleção da linha editorial e das características principais do produto, como formato, técnica e abordagem, a produção aconteceu de forma muito natural. Priorizando sempre a qualidade e não a quantidade, foi determinado que cada protagonista teria de 8 a 12 páginas de histórias, distribuídas em tirinhas individuais  cada tirinha com um momento distinto da vida dessa protagonista - que poderiam preencher ½ página ou até 2 páginas. O comicbook foi dividido em três capítulos e cada um deles aborda a história de uma das mulheres, sendo simbolicamente o capítulo daquela vermelha em destaque. Cada prévia de capítulo e, consequentemente cada mudança de protagonista, é iniciada com uma ilustração de página inteira. Fora essa distribuição, o comic é composto de capa, 1 folha de rosto, 1 página de introdução ao projeto, 3 páginas de apresentação da autora  em formato de quadrinhos ilustrados -, 1 página de conclusão e uma contracapa. A composição dos elementos e a escolha da plataforma de hospedagem foram pensadas para parecer com uma revista, quando há a possibilidade de "passar a página" e ter a sensação mais semelhante à de uma leitura impressa. Para que isso acontecesse no meio digital, optei por utilizar a ferramenta Issuu. 3.1. MATERIAIS DE PRODUÇÃO Mesmo tratando-se de um produto digital, grande parte da produção se deu no meio impresso. A partir da escolha deste processo de produção, alguns detalhes tiveram que ser previamente pensados a fim de obter a qualidade esperada. A aquarela, por exemplo, é uma técnica que exige um conhecimento básico que começa desde a escolha dos materiais até a aplicação de certos efeitos (degrades, sombras, texturas). Desta forma, busquei me informar melhor sobre a execução de aquarela para quadrinhos, buscando rapidez na execução, quanto a secagem e obtenção de cores e tons. Além de assistir tutoriais e ler dicas de profissionais em sites especializados, participei de um workshop de aquarela na cidade de Santa Maria . Neste workshop, utilizamos bisnagas de tinta aquarela para criar ilustrações e o resultado me desapontou bastante, fazendo com que eu cogitasse desistir da técnica. Mas depois de aprofundar os estudos de aquarela, encontrei um material alternativo com base aquoso só que para quadrinhos, as canetas pincéis. Elas são mais precisas e, quando não diluídas em água, são extremamente boas para contornos e detalhes. Olhei alguns tutoriais, me convenci da qualidade e busquei o material no mercado, em sites de papelarias e para designers. O melhor custo benefício encontrado foi no e-commerce Sugar and Cotton referente a um estojo com 20 cores, que incluía um pincel de água. Com sorte o produto foi comprado com muita antecedência à produção, pois demorou cerca de 3 meses para chegar, por tratar-se de um material vindo da Indonésia. Além da escolha do material de coloração, outros dois materiais foram essenciais: a caneta de contorno, que deveria proporcionar total controle para a criação de detalhes minuciosos e o papel aquarela. Quanto a caneta, elegi o modelo Uni Pin Fine Line estilo nanquim, que é ideal para desenhos técnicos. Foram compradas dois modelos desta caneta, em espessuras 0.1 e 0.2 para funcionalidades distintas  0.1 para detalhes do rosto e fios de cabelo e 0.2 para contornos -. A escolha do papel foi de acordo com a funcionalidade e disponibilidade. Utilizou-se a marca Canson tamanho A4, linha universitária aquarela contendo 12 folhas cada bloco e papel com gramatura de 300 g/m2. Esta linha da Canson possui dupla face de utilização; texturizada e lisa para livre usabilidade do artista. Figura 2 e 3: Exemplos da utilização dos materiais e da textura da dupla-folha da Canson. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">3.2. ILUSTRAÇÕES Junto com a ilustração, foi feito também em meio impresso a coloração dos desenhos. Primeiro foram tracejados os desenhos em lápis, depois contornados com a caneta nanquim e por último, depois do nanquim seco, iniciou-se o processo de aplicação da aquarela. Não foi estipulado um limite de utilização de cores, priorizando a coloração real das coisas. Exemplo: mar azul, olho marrom, grama verde. Figura 4: A criação da identidade visual foi bem semelhante com a criação dos quadrinhos em si. Primeiro foi desenhada à mão, contornada com nanquim e posteriormente, aquarelada. Aí sim, ela pôde ser digitalizada para tratamento de imagem. A etapa de roteirização dos quadrinhos foi extremamente importante para o entendimento de como se daria a adaptação para as tirinhas ilustradas. Por tratar-se de uma produção que não é exclusivamente de caráter criativo, pois é inspirada nos relatos das entrevistadas, técnicas foram adotadas. Havendo uma preocupação com a empatia, foi explicado anteriormente para as mulheres como funcionaria a produção, de que forma e até que ponto haveria uma criação com base nesse conteúdo. Por exemplo, foi explicado que as suas falas seriam utilizadas sem alteração do sentido principal dos acontecimentos, mas que haveria a necessidade de pequenos recortes, já que a intenção do produto é resumir aspectos da vida das protagonistas, mas de forma sensível. Desta forma, foi negociado que a minha autoria criativa estaria livre para adaptar as características físicas e psicológicas mais aparentes das protagonistas para a ilustração. Respeitando seu estilo pessoal, seu modo de vida, seu cabelo, as suas posturas perante diversas situações. Um exemplo mais palpável é a protagonista Luíza. Provavelmente o leitor enxergará ela como alguém com pouca paciência  que seguidamente aparece nas tirinhas com os olhos  revirados -, alguém que não leva desaforo para casa  seus gestos são marcantes e bem definidos. Postura contrária à da protagonista Carla, que traduz em seu olhar tranquilo e fluidez no gestual, um posicionamento mais ponderado. Não à toa essas mulheres possuem perfis contrários na vida e lidam de formas muito adversas aos problemas do dia-a-dia e às discussões de gênero. O modelo de roteiro utilizado foi criado de forma espontânea de forma a simplificar o processo posterior de desenho. Os melhores recortes foram selecionados, a partir de critérios como: " Importância dos acontecimentos para o desenvolvimento da protagonista. " Trechos que caracterizavam traços da personalidade da protagonista. " Situações que gerassem identificação nas leitoras. " Trechos que contextualizassem o estilo de vida da protagonista. Após essa seleção de aspectos da narrativa, foram revisados os trechos e organizados de forma a gerar maior fluidez na leitura das tirinhas. Após esse processo de organização, percebi que a melhor forma de contar essas histórias era é em formato de breves tirinhas, que não necessariamente teriam uma ação contínua entre um quadro e outro. A abordagem neste caso foi diferente de uma HQ tradicional onde há um começo, meio e fim de uma ação. O Projeto Vermelhas foi pensado para ser disfrutado individualmente em cada quadro, mesmo que ele seja parte de um conjunto de quadros que formam uma tirinha. Isto acontece porque em cada quadro, algo novo é mostrado, como se fosse um flashback da protagonista ou uma percepção avulsa do simbolismo da situação. A escolha dessa abordagem tem muito mais carga conceitual, que pode se assemelhar ao estilo dos livros ilustrados do que a abordagem realista, com as histórias acontecendo em  tempo real . Os roteiros foram pensados para aplicação em folha A4 em 9 quadros iguais: 3 horizontais e 3 verticais, já pensando na disposição das ilustrações. Essa estrutura, criada com lápis de desenho e posteriormente apagada, serviu para guiar minimamente as proporções e facilitar a diagramação. Para facilitar ainda mais o processo, alguns códigos foram padronizados. Desta forma, formou-se uma unidade que agilizou a produção. 3.3. PROJETO GRÁFICO A diagramação, neste caso, foi o processo final de execução da convergência do impresso para o digital. O ato de diagramar diz respeito a organização gráfica dos elementos no  papel . É o momento onde o produtor enxerga realmente o que está acontecendo, em termos de leitura. Nesta etapa, foram satisfeitas as escolhas anteriores de identidade visual, linha editorial e projeto gráfico. Sendo o projeto gráfico um conjunto de especificações para a reprodução mais legível e facilitada para o tipo de consumo do produto, no caso o comicbook. Se este projeto gráfico não tivesse sido pensado anteriormente, o processo de diagramação seria muito mais penoso e lento, pois não haveria a mínima organização das necessidades do produto. Diferente de uma revista, jornal, ou até mesmo de um livro, a diagramação do comicbook segue características próprias  inclusive podendo variar entre sua própria categoria editorial dependendo das intenções do produto - pois não possui tantas hierarquias de informações como título, subtítulo, rodapés, etc., mas ainda assim, algumas escolhas de prioridades são necessárias, por exemplo, a escolha da tipografia e o tamanho que ela terá nos quadrinhos  se seguirá um padrão ou mudará de acordo com a relevância do acontecimento -. É importante ressaltar que foram pensadas, durante a pré-produção, as abordagens que seguiram as decisões de construção da identidade visual do Projeto Vermelhas. Essa identidade visual também foi fundamental para a compreensão dos objetivos como projeto gráfico. Foi decidido para o projeto gráfico, que os quadrinhos não se limitariam por molduras fechadas, como as HQ s tradicionais. Desta forma foi possível brincar com os elementos que, uma vez que outra,  invadem o espaço da ilustração seguinte. A justificativa para essa decisão foi de caráter estético e conceitual, simbolizada pelos traços delicados da ilustração que combinam com a  liberdade de não se engessar em uma estrutura. A utilização ou não-utilização das molduras em determinado quadrinho, ocorreu de forma espontânea, interpretando o momento em que a protagonista se encontrava e o impacto de cada ação. Essa etapa também pode ser considerada parte essencial do processo criativo, ainda que houvesse padrões de leitura a serem seguidos. Afinal, a leitura deveria ser descomplicada independente das escolhas editoriais. A escolha da tipografia em um projeto gráfico é extremamente importante para traçar a identidade daquele produto. No Projeto Vermelhas não foi diferente, mas foi mais instintivo. Por utilizar-se de muitas cores, as ilustrações por si só já tinham um forte apelo visual e optamos por não pesar demasiado na quantidade de informação em cada quadro. Houve uma busca por tipografias de fácil leitura, que fossem claras e pouco desenhadas. Após alguns testes, foi escolhida a fonte gratuita Catamaran, que supriu a necessidade de uma boa legibilidade. 3.4. PRODUTO FINAL A HQ foi hospedada em formato Issuu em uma página em Wordpress (um blog) onde é possível atualizar conteúdo e inserir imagens, vídeos e textos de divulgação. A estrutura do produto final está composta por estes elementos, que totalizam 42 páginas: " Capa Figura 6: Modelo de capa criado para o projeto a partir de ilustração digitalizada e tratada. " Folha de rosto " Agradecimentos " Sobre o Projeto  O que é, como nasceu a ideia " Apresentação da autora em formato de tirinha breve  3 páginas " Capa ilustrada de começo do capítulo de cada uma das protagonistas. Figura 7: Exemplo dos modelos de capas de começo de capítulo. " Modelo padrão de apresentação das protagonistas (textual) Figura 8 e 9: Exemplo de padrão de apresentação das protagonistas. A única alteração entre um modelo e outro é a flor que altera para cada uma das mulheres. As flores foram ilustradas e digitalizadas posteriormente. " Página de fechamento da edição " Contracapa </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pensar o Vermelhas foi algo que surgiu naturalmente. Eu me sentia contemplada pela problemática de várias maneiras e percebia uma brecha muito grande no que tange formatos de disseminação da temática. O projeto foi lançado no mês de dezembro a fim de entender a recepção do público que já estava por dentro da proposta. Para o lançamento, houve uma ação de divulgação nas redes sociais, onde foi disponibilizado gratuitamente o conteúdo e o link da hospedagem do mesmo nos grupos de Facebook. Esses grupos foram escolhidos por interesse e segmentação. Por exemplo: Feminismo Santa Maria; Mulheres no Design; grupo da Comunicação Social UFSM. A recepção foi muito boa, tanto que no dia dessa divulgação, houve muitas novas curtidas na página do projeto. Acredito que tenha sido um bom medidor o fato da página ter recebido mais de 100 curtidas na semana de lançamento do produto, sendo quase 200 vindas de usuários do Facebook que não são amigos pessoais da autora. Isto é, chegaram até a página através de outros meios. Figura 28: Prints do post de lançamento do produto no Facebook Concluo que alguns recursos e metodologias de produção devem ser um pouco mais automatizadas  sem perder a personalização como característica principal-. Por exemplo, o recurso da técnica de ilustração. Por um fator mercadológico e até mesmo de tendência de consumo, a minha nova escolha seria pela utilização da técnica de ilustração digital. Da mesma forma, penso em rever o formato. Ao invés de hospedar este produto em um link externo, talvez hospedá-lo de forma mais compacta  em menos páginas  na própria Fanpage do projeto. A certeza que fica, é que o projeto tem potencial adaptável e teve uma boa aceitação, fazendo com que seja viável um estudo de implementação futura. Links para o projeto: " Facebook: https://www.facebook.com/ProjetoVermelhas/ " Instagram: https://www.instagram.com/projetovermelhas/ " Wordpress: https://projetovermelhasblog.wordpress.com/ </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BELELI, Iara. Corpo e identidade na propaganda. In Núcleo de Estudos de Gênero  UNICAMP. Florianópolis: Pagu, 2007.<br><br>DERDYK, Edith. Disegno. Desenho. Desígnio. Editora Senac. São Paulo. 2007.<br><br>FILHO, João. Mídia, Estereótipo e Representação das Minorias. In Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura. Rio de Janeiro: ECO, 2004.<br><br>GOLDENBERG, Mírian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisas qualitativas em ciências sociais. Rio de Janeiro: Record, 2007.<br><br>GUATTARI, Félix. ROLNIK, S. Micropolíticas: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 2000.<br><br>HOFF, Tânia Márcia Cesar. O corpo imaginado na publicidade. Cadernos de pesquisa ESPM. São Paulo: ESPM, 2005.<br><br>ROCHA, Everardo. Representações do consumo: estudos sobre a narrativa publicitária. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.<br><br>SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado, violência. Editora Fundação Perseu Abramo. São Paulo: 2004.<br><br>SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: BUARQUE DE HOLLANDA, Heloísa. Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.<br><br>SIQUEIRA, Denise; VIEIRA, Marcos. De comportadas a sedutoras: representações da mulher nos quadrinhos. Revista ESPM, São Paulo, 2008 Web: http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/viewFile/132/133<br><br>SILVA, Tomaz Tadeu; HALL, Stuart; WOODWARD, Hathryn. Identidade e diferença  A perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. <br><br>SCOTT, McCloud. Desenhando quadrinhos: os segredos das narrativas de quadrinhos, mangás e graphic novels. Editora M. Books. São Paulo: 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>