ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01565</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Unipautas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Matheus Pereira Closs (Centro Universitário Ritter dos Reis); Francisco de Paula Rocha Amorim (Centro Universitário Ritter dos Reis); Alessandra Kominkiewicz da Vida (Centro Universitário Ritter dos Reis); Ana Carolina Oliveira Pinheiro (Centro Universitário Ritter dos Reis); Ana Paula de Gomes Lima (Centro Universitário Ritter dos Reis); Andrew Fischer Sotoriva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Andreza Silveira Ferraz (Centro Universitário Ritter dos Reis); Ariel Freitas De Freitas (Centro Universitário Ritter dos Reis); Bruna Jordana Rodrigues Dos Santos (Centro Universitário Ritter dos Reis); Brunna Ribeiro Dos Santos (Centro Universitário Ritter dos Reis); Bruno de Moura Raupp da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Danrley Gonçalves Mendonça (Centro Universitário Ritter dos Reis); Aline Rodrigues Marques (Centro Universitário Ritter dos Reis); Deise Soares de Freitas (Centro Universitário Ritter dos Reis); Diego Rodrigues Alves (Centro Universitário Ritter dos Reis); Evelyn Lucena Alves (Centro Universitário Ritter dos Reis); Gabriel Schardong Pereira (Centro Universitário Ritter dos Reis); Giullia Silveira Santos (Centro Universitário Ritter dos Reis); Hiashine Da Rosa Florentino (Centro Universitário Ritter dos Reis); Jennyfer Cardoso Siqueira (Centro Universitário Ritter dos Reis); Jocelias Silva Costa (Centro Universitário Ritter dos Reis); Juan Link Gonçalves (Centro Universitário Ritter dos Reis); Larissa Caetano Mascolo (Centro Universitário Ritter dos Reis); Larissa Pessi (Centro Universitário Ritter dos Reis); Lidiane De Oliveira Moraes (Centro Universitário Ritter dos Reis); Luana De Oliveira (Centro Universitário Ritter dos Reis); Lúcia Rosa da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Luísa Cristina Meimes (Centro Universitário Ritter dos Reis); Marjorie Paula da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Matheus Lourenço Oliveira e Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Mirella Silva e Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Nathalia Homem Kerkhoven (Centro Universitário Ritter dos Reis); Osmar José Martins Neto (Centro Universitário Ritter dos Reis); Pamela Bassualdo Da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Patricia Vieira de Souza (Centro Universitário Ritter dos Reis); Paula Chidiac Schuster (Centro Universitário Ritter dos Reis); Paulo Ricardo Cabreira Netto (Centro Universitário Ritter dos Reis); Rafael Godoy (Centro Universitário Ritter dos Reis); Robson Hermes Colombo (Centro Universitário Ritter dos Reis); Sarah Coproscki Acosta (Centro Universitário Ritter dos Reis); Ulisses Miranda da Rosa (Centro Universitário Ritter dos Reis); Valeria Feistler Possamai (Centro Universitário Ritter dos Reis); Victória Regina Alfama (Centro Universitário Ritter dos Reis); Walter Dos Santos De Souza (Centro Universitário Ritter dos Reis); William Machado Cardoso (Centro Universitário Ritter dos Reis)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cultura do falso, Impresso, Jornalismo, Jornal-laboratório, Violência</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal-laboratório Unipautas é um projeto elaborado pelos alunos da Escola de Reportagem III: Impresso do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social (FACS) da UniRitter. O jornal teve início em 2013 e a partir de 2016 adota a publicação de edições temáticas. Em sua 9ª edição, intitulada Sociedade da violência, aborda as diferentes formas de manifestação do fenômeno. Na 10ª edição, Verdadeiro ou falso em tempos líquidos, explora a cultura da mentira e suas perversões sociais. Este trabalho se propõe a apresentar o processo de construção do jornal-laboratório, que tem importante função ao replicar um modelo de produção de veículos profissionais no ambiente acadêmico, além de incorporar técnicas transmidiáticas, com informações adicionais e novos conteúdos na versão digital do jornal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal-laboratório Unipautas teve sua primeira edição no primeiro semestre de 2013, desde então, manteve sua periodicidade semestral, com exceção do segundo semestre de 2016, quando não houve turma para esta disciplina. Para a 9ª edição, algumas alterações foram implementadas na concepção do jornal. Embora seu formato tenha permanecido o mesmo, o projeto gráfico foi atualizado pelos professores responsáveis pelo jornal-laboratório de forma a remodelar as características visuais do jornal, trazendo um novo padrão  seguido na edição nº 10, de forma a trazer uma identidade diferente, afinal, na forma visual de um jornal se estabelece um influente elemento na relação entre a publicação e o seu leitor (DAMASCENO, 2013). Mantendo a decisão editorial da edição anterior, a 9ª e 10ª edição do Unipautas define, novamente, a escolha de um tema central, que determinou o rumo das pautas escolhidas pelos alunos-repórteres. Por se tratar de um produto acadêmico, não há como elemento principal o agendamento de assuntos presentes habitualmente em noticiários e jornais (HOHLFELDT, 1997) A rotina de produção se deu durante o primeiro e o segundo semestre de 2017, e permitiu aos estudantes explorar diferentes formas de escrita e de conteúdos extras para a versão online. A produção desse jornal-laboratório empenhou-se em elaborar um conteúdo aprofundado, e que trouxesse diferentes realidades acerca da violência e da cultura do falso, presentes no cotidiano do estado do Rio Grande do Sul, levando aos leitores um conteúdo atrativo e local.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal-laboratório impresso Unipautas procurou retratar assuntos pouco convencionais, ou que não são tratados de maneira satisfatória pela grande mídia, afinal "um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência crítica de uma comunidade em um determinado espaço-tempo" (NOBLAT, 2002). Diferentemente dos veículos que se mantêm sob verbas de patrocinadores e por vezes são cerceados por conflitos de interesse e linhas editoriais, o jornal produzido dentro do ambiente acadêmico traz maior liberdade desde a escolha dos assuntos, até o seu posicionamento frente a ele, evitando maiores conflitos quanto ao viés de uma publicação (PENA, 2005). Na 9ª edição, o tema da violência é habitualmente repercutido por episódios factuais nos grandes veículos. Procurando aumentar o seu fôlego devido a periodicidade, o Unipautas tratou de assuntos mais estruturais da sociedade, ainda que também aborde cases isolados, eles são apenas elementos narrativos para contar realidades mais amplas, como a da violência nos produtos de entretenimento ou da pedofilia na internet, trazendo o leitor à reflexão desses temas. Para edição nº 10, as pautas também trouxeram realidades mais amplas, como o recente fenômeno das fake news, padrões de beleza e golpes como estelionato. Além disso, a produção de um jornal-laboratório também possui seu aspecto de simular um ambiente de redação, com hierarquias e processos pré-estabelecidos pelo editor-chefe (professor).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho foi realizado visando oferecer aos alunos uma experiência prática sobre o processo de construção de um jornal em todas as suas etapas. Esse movimento permite aos discentes uma maior autonomia, desde a escolha até a apuração das pautas. Os jornais-laboratórios, que surgem a partir da regulamentação da profissão jornalista, ocupam a função de aliar a teoria absorvida na academia com a rotina desempenhada no mercado profissional (OLIVEIRA; RODELLI, 2007). Ainda que Beltrão (1969) defenda que a publicação de um jornal universitário devesse ser diária ou semanal, para que o aluno experimentasse a produção de assuntos factuais (BELTRÃO, 1969), devido a periodicidade semestral prevista ao Unipautas, as reportagens produzidas tiveram que abordar tópicos dentro da temática definida para a edição e que, além disso, permanecessem 'atuais' durante os meses posteriores à publicação, mantendo-se dentro dos valores-notícia denominados por Wolf (PENA, 2005). Em um período conturbado de violência e de propagação de mentiras, os temas escolhidos para o jornal se mostram importantíssimo para o estímulo das discussões e reflexões perante a sociedade, papel fundamental do jornalismo. A escolha, definida por meio de reuniões de pauta e orientadas pelo professor responsável pela disciplina, despertou nos alunos o desejo de conhecer e narrar diferentes realidades, desde cenários mais amplos de violência, como também grupos e segmentos vítimas do fenômeno. Na narrativa das reportagens, deu-se a busca por cumprir a função do jornalismo em sua essência - esclarecendo a opinião pública, buscando a ordem da comunidade e o bem comum (BELTRÃO, 1992). O jornal-laboratório também tem como papel reforçar os compromissos do estudante com sua futura profissão. Sendo ministrada para alunos de 3º e 4º semestre, o Unipautas propicia a muitos, pela primeira vez, um real trato do aluno com questões presentes no Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, como a divulgação de informações precisas e corretas além de pregar o respeito e o direitos de suas fontes. Ainda que dessa inexperiência possam ocorrer eventuais erros, o jornal-laboratório ainda abrange essa função dar ao aluno a compreensão dos equívocos, tornando os estudantes mais conscientes acerca de sua profissão (VILAÇA, 2010). Outra prática fundamental ao aprendizado proporcionado pelo Unipautas é a de instigar os alunos a produzirem conteúdos extras para o meio digital. Em um momento de convergência de mídias e maior engajamento do público na internet, a versão online do jornal tem a necessidade de explorar outras formas de narrativa pelos repórteres, modelando o aluno para a prática do profissional atual, que deve exercer múltiplas funções e produzir para jornais e internet com a mesma aptidão (RENAULT, 2013). O trabalho coletivo e as relações dentro de uma redação também são experimentadas em um jornal-laboratório. Ainda que o ritmo de produção não seja o mesmo que uma redação profissional, com plantões de fim de semana e rigidez dos horários de fechamento das matérias (deadline) (FORTES, 2008)  devido a sua maior periodicidade, datas foram estabelecidas para que o aluno desenvolva responsabilidade com os prazos da redação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A 9ª edição do Unipautas teve início ao definir que a defesa dos direitos humanos seria o tema que sustentaria a linha editorial. Após, houve a proposta do professor orientador, ministrante da disciplina Escola de Reportagem III: Impresso, pela elaboração de um jornal temático  seguindo o modelo da edição anterior do jornal, que teve como tema a diversidade. Com o aceite da turma, foi realiza uma reunião de pauta, na qual, definiu-se violência como tema. Tal escolha passou pela compreensão da importância das responsabilidades sociais do jornalista, do objetivo de não tratar a notícia como simples mercadoria, mas agir, de fato, como um 'cão de guarda' da sociedade (TRAQUINA, 2004) Desse modo, o jornal se propôs a denunciar e expor diferentes formas de violência presentes na sociedade. Em sua forma organizacional, os alunos da disciplina ficaram encarregados pela função de repórter, dos quais, cinco alunos acumularam a função de editores de texto, selecionados pelo professor orientador, que ocupava o cargo de editor-chefe. Ficou estabelecido, também, um cronograma a ser seguido. Durante as primeiras três semanas, os alunos levaram à redação possíveis pautas a serem abordadas dentro da temática, de acordo com o interesse de cada repórter. A cada aula, os alunos tinham a tarefa de levar a apuração de dados e possíveis fontes que pudessem transformar suas hipóteses em reportagens, atualizando o editor-chefe sobre o andamento de suas matérias  que ainda eram postas a debate com os demais repórteres em reuniões. Nesse 'espancamento' de matérias, critérios observados anteriormente nas aulas eram levados em conta, se despertava o interesse do público, se a matéria tinha relevância e se havia bons personagens para se narrar o fato (PENA, 2005). Com as pautas definidas, cada aluno ficou responsável pelo agendamento a apuração de sua matéria. Esse momento mostrou-se fundamental para o exercício das teorias e técnicas aprendidas em sala de aula, como a realização de entrevistas, a apuração de dados, a checagem de informações e, também, a construção do texto. Após o processo de redação das reportagens, cada aluno realizou uma primeira revisão no texto de outro repórter, conforme solicitado pelo editor-chefe. Feita a revisão prévia, os editores de texto trabalharam para corrigir e apontar falhas e propor melhorias nos textos dos repórteres, respeitando a hierarquia e decisão final do editor-chefe. Com o trabalho de revisão executado, foi necessário a realização de cortes nos textos pelo editor, a fim de respeitar o limite de páginas disponíveis para a publicação. Pelo fato de o jornal ser construído por duas turmas, uma no turno da manhã e outra da noite, somados ao limite de páginas previstas para o jornal, muitas reportagens acabaram sobrando da edição impressa, sendo aproveitadas na versão online do jornal. As fotos que compuseram as matérias no jornal foram feitas de duas formas, algumas, os próprios repórteres utilizaram as câmeras de seus smartphones para a cobertura dos fatos, outras, foram dirigidas pelos alunos da disciplina de Fotojornalismo, que realizaram ensaios baseados nos temas de cada reportagem. Com texto e fotos prontas, o material foi enviado para o professor da disciplina Planejamento Visual para Impresso, que juntamente com o editor-chefe do jornal já havia definido o projeto gráfico do Unipautas. Durante duas semanas as turmas trabalharam no processo de diagramação do jornal. Após isso, a revisão final ficou sob responsabilidade dos editores de texto. Com o envio do produto finalizado à gráfica, a equipe de produção do jornal passou a trabalhar em sua versão online. Contendo também as matérias que ficaram de fora da versão impressa, o website do Unipautas trouxe, além de vídeos e gráficos interativos, inviáveis em papel, versões maiores dos conteúdos do impresso. QR Codes foram utilizados no jornal, com links para a versão online. Com as transformações enfrentadas pelos jornais nos últimos anos, recursos como esses ajudam a não tornar obsoleta a mídia impressa (CAPRINO, 2009). A 10ª edição do UniPautas também foi produzida por duas turmas de estudantes, uma do turno da manhã e uma da tarde, mas do campus Zona Sul do Centro Universitário Ritter dos Reis. Nessa edição, o professor orientador propôs como tema central A Cultura do Falso. Partindo dessa ideia central, foi realizada uma reunião de pauta, onde cada estudante pode sugerir temas sobre os quais gostaria de escrever. Desde a primeira reunião, surgiram sugestões de reportagens sobre fake news, fraudes em cartões de benefício de ônibus, uso de anabolizantes, cirurgias plásticas estéticas, apropriação cultural, entre outros, sempre com a proposta de debater o lugar que o falso tem ocupado na nossa sociedade. Assim como na edição anterior, a cada aula os estudantes deveriam levar mais nomes de possíveis fontes, entrevistas já realizadas e apuração de dados para atualizar o professor orientador, que cumpriu também a função de editor-chefe. Nesta edição, depois que os estudantes haviam concluindo suas reportagens, deveriam enviá-las para três colegas, ampliando o processo de revisão textual. Finalizada esta etapa, o professor orientador designou um grupo de estudantes para realizar uma nova revisão, desta vez com as orientações dele e considerando as normas de padronização escolhidas e trabalhadas ao longo do semestre. Novamente, o editor-chefe precisou realizar cortes nos textos produzidos, para garantir que coubessem dentro do limite estabelecido pelo jornal. Além disso, coube ao editor-chefe definir a ordem que as reportagens ocuparam na versão impressa, algumas vezes até agrupando textos de temática semelhante. As fotografias que ilustram as matérias foram produzidas pelos próprios estudantes. Nesta edição, o projeto gráfico contou também com cartuns e ilustrações produzidas em parceria com estudantes da Faculdade de Design do Centro Universitário. Ambos os produtos foram distribuídos gratuitamente em eventos da Faculdade de Comunicação Social (FACS) da UniRitter e nos campi da instituição, onde foi possível ter o feedback dos leitores, sendo possível tirar lições para aprimorar as futuras publicações (SPENTHOF, 1998).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal-laboratório Unipautas é um produto impresso semestral que aborda temáticas diferentes em cada edição, de acordo com a linha editorial definida pelos alunos e pelo orientador no início do semestre. Sua edição Sociedade da violência tem 16 páginas e que não possui editorias definidas. Em sua concepção gráfica, teve como proposta despoluir visualmente a capa, optando por não apresentar manchetes. Possui apenas a reprodução de uma ilustração de homens lutando em um bar, replicando a imagem presente na contracapa do Le Petit Journal Supplément du dimanche de 09/06/1907, com o título da edição contextualizando a escolha da ilustração. Na primeira página do jornal implementou-se o padrão de posicionar uma coluna contendo um artigo de opinião do coordenador do curso de Jornalismo sobre a temática da edição. Em cada página, uma cartola identificava o assunto trabalhado. Seguindo, a reportagem de abertura Controle que vem das galerias apresenta um panorama sobre a situação das facções criminosas presentes na Cadeia Pública de Porto Alegre, a reportagem também apresenta um mapa com o domínio dos grupos de acordo com os bairros. À espera da humilhação, conta a realidade das mulheres que enfrentam revistas abusivas para fazer visitação no Presídio Central. Uma foto da fila e um gráfico sobra a população carcerária ilustram a matéria. Sobre a distribuição do conteúdo nas páginas, harmonia e contraste são critérios que, apesar de opostos, atuam complementarmente para a distribuição ideal do conteúdo (DAMASCENO, 2013). As páginas 4 e 5 abordam o as brigas de torcida na mídia e a violência presente nas produções de filmes brasileiros. Monstros dentro do computador retrata a pedofilia na internet a partir do case de um adolescente vítima da prática. A matéria seguinte traz o drama dos idosos, vítimas de violência em Porto Alegre. As páginas centrais (8 e 9), juntamente com a capa e a contracapa são as únicas coloridas da edição e traz duas matérias sobre a intolerância à diversidade sexual e as intempéries sofridas pela população LGBT. As páginas 10 e 11 trazem duas reportagens sobre feminicídio e violência doméstica. Um estupro a cada 11 minutos (pág. 12) contam outros dados sobre essa realidade. Além disso, mostra a entrevista com uma vítima através de um box, ampliando a informação presente na reportagem. É seguida por uma reportagem sobre latrocínios em Porto Alegre. As páginas 14 e 15 abordam matérias sobre dramas invisíveis enfrentados na Capital, como a violência à população em situação de rua, aos indígenas, aos motoristas de aplicativo e à insegurança generalizada sentida nas ruas. Na contracapa, um debate científico é proposto através da matéria Origens da violência, onde especialistas tentam compreender os motivos de uma sociedade hostil e intolerante. A contracapa também apresenta o expediente do jornal e um box com as reportagens disponíveis na versão online e um QR Code que leva ao site. A 10ª edição do Unipautas tem o acréscimo de 4 páginas a mais em sua impressão. Seguindo o mesmo modelo de capa da edição anterior, traz o título Verdadeiro ou falso em tempos líquidos e uma ilustração feita por uma aluna do curso de Design, onde um homem tem seu rosto tapado por um smartphone. Em sua matéria de abertura, um debate sobre apropriação cultural traz à tona o uso de símbolos identitários, como o turbante, para fins estéticos. Na página 3, a autoestima e o padrão de beleza das mulheres são questionados por dados e psicólogas na reportagem O padrão errado. As páginas 4 e 5 apresentam três matérias que abordam a busca pelo corpo perfeito, uma por meio da cirurgia plástica, outra pelo uso de anabolizantes e por último, pelas edições em softwares de computadores e influência nos padrões de beleza, que causam transtornos como a bulimia e a anorexia. Nas páginas seguintes (6 e 7), realidades presentes no mundo virtual como a ascensão dos digital influencers e do comportamento consumista influenciado por essas figuras, além dos prejuízos sociais e econômicos que podem ser gerados pela busca de curtidas nas redes sociais. A ilusão da fuga pelas drogas, presente na página 8, usa o caso de um ex-usuário como fio condutor da história de luta contra o vício no Brasil. Além dela, um box com uma matéria sobre o drama dos jogadores compulsivos. Devido ao número maior de páginas, as de número 9, 10 e 11 (centrais) e 12 foram impressas coloridas. Durante o processo de construção das matérias, os repórteres puderam sentir a responsabilidade de não apenas apurar bem, mas de ter que formular seu texto como o melhor dos redatores e participar das tarefas de edição (LAGE, 2003). Na página 9, Enganados por um sonho apresenta o panorama sobre exploração sexual, trabalho escravo, adoção ilegal e tráfico de órgãos. As páginas centrais apresentaram duas reportagens sobre saúde. A primeira, sobre anorexia e as dietas severas que são praticadas por jovens. A segunda aborda a vigorexia  conhecida por anorexia reversa  onde existe a busca pelo corpo musculoso através do uso de esteroides anabolizantes. As páginas seguintes (12 e 13) tem como escopo a denúncia de fraudes. A reportagem TRI ilegal na Capital aborda o esquema criminoso de repasse de cartões de passagens de ônibus em Porto Alegre. A venda de meias-entradas nas redes sociais e a falsificação de documentos de jogadores de futebol também foram alvos de matéria. Na sequência, a prática do estelionato no estado e o aumento na procura por condomínios fechados devido a criminalidade foram temas de duas reportagens. Nas páginas 16 e 17, intitulada A era do fake news traz três diferentes abordagens sobre o fenômeno, uma sobre o ponto de vista da educação, e as demais sobre o papel do jornalismo e sobre as consequências políticas. Há ainda uma reportagem sobre o crime nas redes sociais cometidos sob anonimato. As páginas 18 e 19, nomeadas direitos e cidadania, traz matérias sobre a ilusória solução da crise, o debate do Brasil enquanto estado laico e case de um transexual impedido de trocar de nome pelo Ministério Público. Na contracapa, se repete a ideia de debater a temática do jornal. O falso dentro de nós apresenta o fenômeno da síndrome do impostor. Uma novidade nessa edição foi o uso de charges para ilustrar matérias, substituindo as fotos em algumas das reportagens. O expediente e o uso de QR Code seguiram da mesma forma nessa edição.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O Unipautas, enquanto jornal-laboratório, cumpre o seu papel de proporcionar aos alunos o momento de articular em prática toda a teoria absorvida durante a graduação (PENA, 2005). Ainda que tenha buscado novos métodos e formas de organização, o processo realizado pelos estudantes se faz importante para o conhecimento maior da profissão, pois, até a concepção do produto final, o aluno exercita a prática jornalística desde a escolha das pautas, até a apuração e redação das reportagens. Durante a construção das reportagens os alunos conseguiram entrevistar fontes oficiais, institucionais e especializadas, adquirindo importante bagagem para o exercício de sua futura profissão. Enquanto produto, o Unipautas cumpre seu papel social (cada edição com 500 exemplares, distribuídos na comunidade acadêmica), pois, em ambas edições trazem à tona assuntos relevantes e atuais, instigando e fortalecendo seu debate perante a sociedade. A 2ª colocação no prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo, recebido pela edição Sociedade da Violência em 2017, comprova a responsabilidade e o profissionalismo adotado em cada pauta, fazendo partir, mesmo que da academia, a tentativa de tornar realidades mais justas  propósito indispensável do jornalista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BELTRÃO, Luiz. Iniciação à filosofia do jornalismo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1992.<br><br>_________. A imprensa informativa: técnica da notícia e da reportagem no jornal diário. São Paulo: Editor Folco Masucci, 1969.<br><br>CAPRINO, Mônica. Jornalismo impresso: transformações e sobrevivência no século XXI. Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional, Ano 13 n.13, p. 39-54, jan/dez. 2009<br><br>DAMASCENO, Patrícia. Design de Jornais: projeto gráfico, diagramação e seus elementos. Portugal. Biblioteca Online de Ciências da Comunicação. 2013.<br><br>FORTES, Leandro. Os segredos das redações: o que os jornalistas só descobrem no dia-a-dia. São Paulo : Contexto, 2008.<br><br>HOHLFELDT, Antonio. Os estudos sobre a hipótese de agendamento. Famecos, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p.42-51, nov. 1997. Semestral. Disponível em: . Acesso em 10 abr. 2017<br><br>LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001.<br><br>NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. 8. Ed. São Paulo: Contexto, 2010.<br><br>OLIVEIRA, Dennis de; RODELLI, Patrícia. Jornal-laboratório: prática extensionista articulada com a dimensão ética do jornalismo. Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo. Brasília, v.1, n.1, p.106-125, abr./jul. 2007. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2017.<br><br>PENA, Felipe. Teoria do Jornalismo. São Paulo. Editora Contexto: 2005.<br><br>RENAULT, David. A convergência tecnológica e o novo jornalista. Brazilian Journalism Research - Volume 9 - Número 2  2013.<br><br>SPENTHOF, Edson Luiz. A importância das rádios e TVs universitárias como laboratórios. Comunicação & Informação, Goiânia, v.1, n.1, p. 153-166, jan./jun. 1998.<br><br>TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo Volume I. 3. ed. Florianópolis: Ed.Insular, 2012.<br><br>VILAÇA, Gabriela Tinoco. Jornal laboratório: uma análise da aplicação prática de critérios e conceitos jornalísticos no jornal Impressão. 2010. 76 f. TCC (Graduação) - Curso de Comunicação Social, Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, 2010. Disponível em: . Acesso em: 02 abr. 2018<br><br> </td></tr></table></body></html>