ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01757</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Solidariedade a Lula</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Heloisa Nichele de Oliveira (Universidade Federal do Paraná); CÁSSIA GONÇALVES FERREIRA (Universidade Federal do Paraná); José Carlos Fernandes (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;fotojornalismo, Lula, jornalismo poítico, movimentos sociais, fotografia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O depoimento do ex-presidente Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, no dia 10 de maio de 2017, trouxe a Curitiba uma multidão de gente vinda de diversos lugares do Brasil. O fato histórico, motivou a editoria de fotojornalismo do jornal laboratório da UFPR a produzir uma reportagem acompanhada de uma galeria para retratar o ato na Praça Santos Andrade e também o acampamento sob organização do Movimento Sem Terra, que se instalou na cidade por 3 dias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo os organizadores mais de 50 mil pessoas participaram do ato em solidariedade a Lula. Um acampamento organizado pelo MST e outras frentes de movimentos sociais foi montado em um terreno atrás da rodoferroviária. No lado de fora, fileiras de ônibus, de onde as pessoas tiraram colchões e panelas para se alojarem debaixo de lonas e barracas por pelo menos 3 dias. O ato aconteceu na Praça Santos Andrade. O dia foi marcado por falas de diversos políticos, inclusive a então presidente afastada Dilma Rousseff, e representantes de movimentos sociais. Foram feitas críticas ao presidente Michel Temer e toda sua base aliada do Congresso, quanto às reformas em andamento e a espetacularização midiática do juiz Sérgio Moro. O dia se encerrou com a tão aguardada presença de Lula, que após o longo interrogatório discursou brevemente em agradecimento ao ato e também se mostrou indignado com a perseguição do juiz. Quatro repórteres foram designadas para cobertura do dia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Cumprindo a função informativa, a fotorreportagem objetivou retratar as pessoas e as ações que aconteceram durante o dia. Desde a organização do acampamento, como também retratos dos manifestantes e dos atos discursivos no palco da Praça, até a chegada, discurso e saída do ex-presidente Lula no ato. Como um exercício para jornalismo humanizado, as fotografias refletem o contexto do fato, sob a visão das fotógrafas que procuraram mostrar principalmente a participação humana no ato político, como forma de ampliar horizontes dos leitores na percepção do acontecimento. As fotografias cumprem também a função de memória, pois conforme aponta Barthes,  o que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente (BARTHES, 1984, p. 13). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Dentro da disciplina de Jornal Laboratório I e II, os alunos são divididos em cargos e funções conforme estabelecidos pela gestão atual, que é composta por alunos do último ano de graduação responsáveis pela edição e publicação das matérias. Além das pautas definidas em reuniões semanais, os alunos ficam livres para produzirem outras pautas factuais, sob supervisão de seus respectivos editores e chefes. Estes últimos por sua vez, além da função de edição e checagem também podem participar das produções, como foi o caso desta fotorreportagem, onde a equipe foi formada por chefe e repórter que trabalharam juntas na cobertura. Mesmo sem definição prévia de pauta, os alunos perceberam a importância do registro do momento histórico, cumprindo a função de memória e documentação, implícita no fotojornalismo. Como defendido pelo professor Boris Kossoy nos anos 70, a fotografia cumpre um papel de documentação da história. As fotografias do passado  que consideramos como objetos-imagens  constituem-se em fontes e, portanto, em um dos nossos pontos de partida para a compreensão do processo que as gerou em seus itens estruturais e em sua significação histórica e social (KOSSOY, 1980, p.49). Cabe ressaltar, que os registros são formas de recortar um momento sob uma visão particular. O momento selecionado pelo fotógrafo não consiste em um retrato da realidade, mas um recorte sob um determinado contexto de comportamento das pessoas envolvidas. A fotografia propõe uma visão do contexto, mas fica condicionada ao recorte do fotógrafo e a interpretação do leitor. Por isso optou-se também pelo acompanhamento de um texto de abertura para contextualização dos fatos. Para informar, o fotojornalismo recorre à conciliação de fotografias e textos. Quando se fala de fotojornalismo não se fala exclusivamente de fotografia. A fotografia é ontogenicamente incapaz de oferecer determinadas informações, daí que tenha de ser complementada com textos que orientem a construção de sentido para a mensagem. (SOUZA, 2004, p. 9). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Para o registro foram usadas câmeras DSLR. Cada fotógrafa ficou livre para circular pelo ato e registrar o que seu olhar julgasse importante como função de memória e informação. Divididas primeiramente por locais, uma no acampamento e outra no ato da Praça durante manhã e tarde, e a partir do final da tarde, ambas na praça aguardando a chegada de Lula, uma no meio da multidão, e outra na área restrita à imprensa, para possibilitar diferentes ângulos de visão e informação. Foram utilizadas técnicas de fotografia manual. O processo fotográfico também apresenta características de documentarismo, ao se fazer o registro cotidiano dos atos. Quanto edição das fotos, foi utilizado softwares de tratamento de cor e propriedades técnicas da imagem, sem interferência de recursos extras à captação. A escolha das fotos da galeria foi feita pela chefe da editoria de fotojornalismo, que pode organizar as fotos conforme relevância noticiosa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A galeria publicada no Jornal Comunicação foi composta por 17 fotos e contou com colaboração de 4 fotógrafas que acompanharam os atos. Para esta apresentação foram selecionadas 12 imagens, de autoria de 2 fotógrafas. As fotografias registram o contexto de comportamento das pessoas em torno dos locais que ocupavam: o acampamento montado pelo MST em um terreno atrás da rodoferroviária de Curitiba, e o ato em torno da Praça Santos Andrade, no centro da cidade. Também acompanha a galeria um breve texto contextualizando a situação:  O depoimento do ex-presidente Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, trouxe a Curitiba uma multidão de gente vinda de diversos lugares do Brasil e reuniu mais de 50 mil pessoas no ato em apoio a Lula, segundo os organizadores. O ato aconteceu na Praça Santos Andrade, no centro. O dia foi marcado por falas de diversos políticos, inclusive a presidente afastada Dilma Rousseff, e representantes de movimentos sociais em solidariedade ao ex-presidente. Foram feitas críticas ao presidente Michel Temer e toda sua base aliada do Congresso, às políticas de retrocesso das reformas em andamento e a espetacularização midiática do juiz Sérgio Moro. O dia se encerrou com a tão aguardada presença de Lula, que após o longo interrogatório discursou brevemente em agradecimento ao ato e também se mostrou indignado com a perseguição do juiz.  Haverá um momento em que a história irá mostrar que nunca antes na história desse país foi tão perseguido e massacrado, como eu estou sendo nestes últimos anos. , declarou. Apesar das acusações e dos processos em andamento Lula disse estar se preparando para as próximas eleições presidenciais. Nossos repórteres acompanharam esse dia de manifestações. Confira nossa galeria. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção da galeria  Solidariedade a Lula partiu do interesse dos próprios alunos em acompanhar um momento histórico ao identificar a oportunidade e necessidade de registro do momento. Esta é uma característica própria da gestão do jornal laboratório da UFPR, que concede autonomia aos alunos para cobrirem assuntos de interesse próprios e também como forma de aproximação ao mercado profissional na busca de pautas relevantes para o contexto social. Ao cobrir um ato de importância histórica nacional, os alunos puderam vivenciar uma experiência imersiva do fotojornalismo, bem como vencer desafios para poderem contar a história em fotos. Entre esses desafios, podemos citar o posicionamento das fotógrafas, acesso a áreas restritas, busca pelos melhores ângulos e personagens, e a relação com as pessoas retratadas. Além do cuidado na escolha das fotos que posiciona de certa forma a visão editorial do veículo de comunicação. Contudo, mesmo que estas escolhas confiram um certo posicionamento, nas palavras se Susan Sontag (2003)  As intenções do fotógrafo não determinam o significado da foto, que seguirá seu próprio curso, ao sabor dos caprichos e das lealdades das diversas comunidades que dela fizerem uso . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARTHES, Roland. A Câmara Clara: Nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. <br><br>KOSSOY, Boris. Origens e expansão da fotografia no Brasil: século XIX. Rio de Janeiro: Funarte, 1980. <br><br>SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. <br><br>SOUSA, J. P. Fotojornalismo: introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na imprensa. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2004 <br><br> </td></tr></table></body></html>