ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00173</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A violência que cala_A morte em números: a tentativa de silenciar mulheres através do feminicídio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Mayara Maier (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Samilli Penteado Barbara (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Edgard Melech (Universidade Estadual do Centro-Oeste)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O feminicídio, que é a morte de mulheres pelo fato de serem mulheres, vem aumentando. Apenas em janeiro de 2019, 119 mulheres foram mortas. Em fevereiro os números ultrapassaram os 200, de acordo com uma pesquisa da Universidade de São Paulo. Ainda que os homicídios dolosos de mulheres tenham tido uma diminuição de 6,7%, de 2017 a 2018, o número de feminicídios cresceu de 1.047 para 1.173. Em um levantamento feito pela Folha no início do ano, das 71% das mulheres que foram vítimas de tentativa de feminicídio e de feminicídio, a violência partiu do atual companheiro ou do ex. Casos relacionados ao assassinato de mulheres já ocorreram em Guarapuava. Em abril, um homem foi indiciado como suspeito de ter matado a ex companheira. Segundo os policiais, após terem tido uma discussão ele voltou com uma arma e atirou na mulher que acabou morrendo. Outro feminicídio que ficou conhecido no país, foi a morte de Tatiane Spitzner. Tatiane foi jogada do quarto andar de um prédio situado no centro de Guarapuava-PR. Nas imagens registradas por câmeras do prédio as agressões já aconteciam dentro do carro. Porém, quando a vítima tentou sair do elevador, elas se intensificaram. Tempo depois, os vídeos que circularam pela internet, mostravam o corpo caindo da frente do prédio e em sequencia, ela sendo levada, novamente para dentro do apartamento, por Luis Felipe Manvailer, que é o réu no caso. A matéria A violência que cala, teve o intuito de trazer aos leitores do jornal, os dados alarmantes sobre a gravidade da violência doméstica e como ela pode levar ao feminicídio.  O hematoma, o arranhão e a ameaça que leva a mulher a pedir a ajuda são muitas vezes apenas a ponta de um iceberg exemplifica Bárbara M. Soares, (2005, p.19). Até que o feminicídio seja cometido, existe normalmente um ciclo de violência. Nele, a mulher muitas vezes se sente coagida por não saber como agir diante de determinada situação de abuso. No início, a primeira pode ser definida como o aumento da tensão, a irritação passa a ser rotineira na relação. É nessa parte que as pequenas ações acontecem, entretanto, se nenhuma medida for tomada ocorre a segunda fase, que é quando a explosão acontece. Nesse momento, a violência física toma maiores proporções. Depois que o momento conturbado diminui, o agressor geralmente inicia a terceira fase. O arrependimento e o comportamento carinhoso com a vítima faz com que a mulher fique confusa e novamente se cale diante do que passou. O objetivo da reportagem é auxiliar o leitor na escolha de candidatos ao Governo do Paraná, nas eleições de 2018, que tivessem projetos para diminuir o assassinato de mulheres pela condição de sexo feminino. Por isso, durante a matéria são apresentados dados e soluções para problemática, bem como comentada a importância de um voto consciente. O intuito é fazer com que não só a população pare para pensar e deliberar sobre o assunto, mas que também os governantes do Estado do Paraná incluam essa pauta nas suas discussões políticas corriqueiras e, também, criem políticas públicas eficientes no combate à violência contra a mulher.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Abordar assuntos como o feminicídio em um jornal universitário proporciona aos estudantes um entendimento mais ampliado e uma compreensão mais abrangente de como a sociedade reage frente ao assassinato de mulheres. Além de levar os leitores a pensarem sobre o tema. Tendo assim, possíveis mudanças na cultura da violência contra a mulher, gerando discussões. O fato é que precisamos nos utilizar do jornalismo para falar sobre assuntos delicados, como forma de exercer nosso papel relevante como transformadores da realidade. Como explica Clóvis Rossi (Brasiliense, 2000, p.77) em seu livro O que é Jornalismo:  O dever fundamental do jornalista não é para com seu empregador, mas para com a sociedade. É para ela e não para o patrão que o jornalista escreve . Pensando nisso, é indispensável que os jornais pautem rotineiramente a violência contra a mulher e os casos de feminicídios cada vez mais recorrentes e alarmantes. Para que possamos de alguma maneira cumprir nosso papel social e contribuir para que algo de positivo seja feito, principalmente no âmbito político. Não podemos esperar sair do círculo de violências contra mulheres sem buscarmos alternativas que possam diminuir ou acabar de vez com os casos de feminicídios da sociedade. Para isso precisamos ir além do lead e fazer matérias mais aprofundadas buscando ações imediatas para o fim do problema. Com essa reportagem buscamos evidenciar que o homicídio de mulheres pela condição de gênero, não acontece sem razões aparentes. Ele é a expressão máxima de um ciclo que já vem ocorrendo e do qual a vítima não se dá conta, devido ao fato de que a dominação masculina e a violência simbólica são naturalizadas em nossa sociedade. Pierre Bourdieu, em seus livros A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos e Sobre a televisão, caracteriza a violência simbólica como uma  forma branda e enrustida assumida pela violência quando esta não pode manifestar-se abertamente (BOURDIEU. Bertrand Brasil, 2004). Ela é  uma violência que se exerce com a cumplicidade tácita dos que a sofrem e também, com freqüência, dos que a exercem, na medida em que uns e outros são inconscientes de exercê-la ou de sofrê-la (BOURDIEU. Jorge Zahar, 1997). Isso fica evidente quando se trata de violência doméstica. Muitas vezes a mulher que sofre violência não percebe ou acredita que aquilo é normal e, portanto, nada pode ser feito. Bourdieu em seu livro A dominação masculina, diz que  a violência simbólica se institui por intermédio da adesão que o dominado não pode deixar de conceder ao dominante (e, portanto, a dominação) quando ele não dispõe, para pensá-la e para se pensar . E, por isso, as vítimas fazem esta relação ser vista como natural; ou, em outros termos, quando os esquemas que ele põe em ação para se ver e se avaliar, ou para ver a avaliar os dominantes (elevado/baixo, masculino/feminino, branco/negro, etc.) resultam da incorporação de classificações, assim naturalizadas, de que seu ser social é produto . (BOURDIEU, 2005, p.47). A reportagem foi publicada no Expresso, um jornal impresso produzido pelos alunos da disciplina de Jornal Laboratório, do segundo ano do curso de jornalismo da Universidade Estadual do Centro-Oeste. As aulas foram ministradas pelo professor Edgar Cesar Melech no ano de 2018. Para a produção do trabalho, inicialmente, foi feita uma reunião de pauta com toda turma para decidir quais temas eram mais pertinentes a serem debatidos. Em seguida, foi feita a apuração dos fatos e levantamento de dados, bem como encontrado fontes e marcado as entrevistas. Posteriormente as gravações das entrevistas foram decupadas e o texto foi produzido, partindo então para a edição por parte dos responsáveis por esse cargo na hierarquia do jornal. Em seguida, a matéria foi diagramada pelas próprias repórteres e enviada para os revisores do jornal que deram um retoque final.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As entrevistas foram feitas com a Juíza da 2ª vara criminal de Guarapuava, Paola Gonçalves Mancini e com a psicóloga Jéssica Belo para embasar o assunto. Foram citados diversos casos de feminicídio durante a matéria. Além de exemplificado quais são as características de um relacionamento abusivo e quai são as fases da violência contra a mulher. Na matérias são inseridas fotos para exemplificar os fatos e harmonizar a reportagem. Também foram usadas ilustrações, um infográfico explicando o que é feminicídio. E, por último, uma tabela com os nomes dos concorrentes ao Governo do Paraná, no pleito de 2018. Nela, o leitor poderia marcar com um  X o candidato que citava ou que tinha projetos voltados para solucionar o tema proposto. Isso faria com que o leitor pesquisasse mais sobre seu candidato e os demais, conhecendo melhor suas propostas e o que ele faria pelos temas que de interesse público. Para a produção das entrevistas foram utilizados aplicativos de gravação disponíveis para smartphones. A diagramação da reportagem foi feita através do programa InDesign da Adobe Inc. A violência que cala, A morte em números: a tentativa de silenciar mulheres através do feminicídio é uma matéria impressa que teve o intuito de alertar os eleitores sobre um dos problemas recorrentes na sociedade brasileira, já que o Brasil é o 5º país com maior taxa de homicídios de mulheres. Por esse dado alarmante, políticas públicas para a diminuição desses índices são de extrema importância. De acordo com o Ministério Público do Paraná, desde 2015, quando entrou em vigor a lei do feminicídio, já foram instaurados 641 inquéritos sobre o crime, sendo que 551 se tornaram denúncias no Estado. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) o número de crimes pela condição de gênero feminino da vítima, subiu de 41 para 61, um aumento de 48%, em 2018. A reportagem procurou problematizar o alto índice de feminicídios no Brasil, com relação às eleições de outubro de 2018, o cargo de governador do Estado do Paraná. Auxiliando e incentivando o público que teve acesso ao texto, a pesquisar sobre as propostas dos candidatos e assim ter um voto mais participativo e decisivo na sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>