ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00234</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Entre Nós  Herança e Presença da Cultura Indígena no Noroeste do Estado do RS</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Giuli Ana Izolan (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Caroline Gonçalves Batista (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Crystian Dias Carniel (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Dieison Jocemar Engroff (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Dionatan Gabbi Pezzetta (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Fabiane Borges Madril (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Juliana Andretta (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Lara Cristina dos Santos (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Laura de Moura Pimentel (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Marjorie Barros Bock (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Nataline Tuane Nervis (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Natan Pipper Torzeschi (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Celestino Perin (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Lara Nasi (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); Vera Lucia Spacil Raddatz (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto intitulado  Entre Nós  Herança e Presença da Cultura Indígena no Noroeste do Estado do RS , é resultado das apurações in loco, pesquisas e entrevistas feitas pelos alunos do curso de Comunicação Social habilitação Jornalismo, da UNIJUÍ, nas disciplinas da Ênfase em Multimídia (Produção de Texto II, Produção de Vídeo II, Produção de Foto II, Produção de Áudio II, e Produção em Multimídia II) no primeiro semestre de 2018. A produção busca evidenciar a cultura e a presença dos indígenas, os quais precisam e merecem ser valorizados, bem como os preconceitos em relação a eles. Ao analisar as heranças dos povos brasileiros, nota-se forte influência da cultura indígena. Entre Nós - Herança e presença da cultura indígena no noroeste do RS é projeto multimídia constituído por um website (https://entrenosunijui.wixsite.com/entrenos), com publicações de crônicas, histórias em quadrinhos, glossário em áudio e o documentário, que mostram a contribuição histórica e cultural dos indígenas na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Do mesmo modo, foi criada uma página no Facebook (https://www.facebook.com/entrenosunijui/), onde foram publicadas as produções e textos que explicavam o projeto. Em todas as publicações houve um cuidado com a acessibilidade, as imagens no Facebook possuem a hashtag #PraCegoVer e os vídeos apresentam a opção de legenda. No jornal O Butiá, distribuído em Giruá, seu município de origem, Santo Ângelo e Senador Salgado Filho, foram publicadas versões das crônicas, adaptadas para o papel. O jornal é semanal, possui uma tiragem de 700 exemplares e está presente nas bancas e na casa dos assinantes todos os sábados. O conteúdo foi publicado entre o período de 23 de junho a 01 de setembro, no total foram publicadas 10 crônicas. Com relação ao documentário, ele foi dividido em três episódios. A primeira parte, intitulada  Herança Guarani , retrata a ocupação e também adaptação das comunidades indígenas na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O episódio conta com o museólogo Eder Ribeiro Oliveira do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí/RS e também com o depoimento do cacique Kuaray Anilido Romeu da Aldeia Tekoá Pyau. O capítulo  Lendas indígenas no teatro revela as lendas indígenas representadas nas peças teatrais do grupo A Turma do Dionisio, de Santo Ângelo - RS, tendo a participação do ator e criador do grupo, Jerson Fontana. O vídeo também expõe os relatos do kaingang Adilson Policena, cacique da Terra Indígena Inhacorá, interior de São Valério do Sul - RS.  Herança Indígena na Música Missioneira é o último episódio e nele é questionada a influência indígena na figura do povo gaúcho. O capítulo mostra o festival Pesqueiro da Canção e contém entrevista com o professor Paulo Fensterseifer e o músico Gerson Antunes, que desmistificam a influência indígena na música missioneira. Outro entrevistado é o filósofo e pesquisador Luiz Mario de Araújo, que aborda o  gaúcho primitivo , e a influência indígena em sua formação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia de abordar temas que relacionam a população indígena a nossa produção surge a partir da necessidade de investir nas discussões jornalísticas sobre a valorização de uma minoria que é pouco retratada nas mídias tradicionais. O Brasil é um país multicultural e é pela sua diversidade étnica que se apresenta uma das maiores características do povo brasileiro: a miscigenação. Desde os primeiros contatos estabelecidos entre os povos que ocupam o território das Américas, antes da colonização pelos europeus, foi possível compreender como as principais mídias existentes no início do século XVI construíram uma imagem simbólica sobre estes povos. Utilizando da nudez e até do canibalismo, informações que transformaram os indígenas em povos selvagens, sem racionalidade com o intuito de menosprezá-los foram o auge nessa época. Atualmente, ao pensar sobre a questão indígena é visível perceber o quanto a sociedade prejudicou sua própria história, visto que ao longo do tempo cria e propaga uma exclusão de povos culturais, como os indígenas. O projeto interdisciplinar Entre Nós buscou fundamentar-se na importância que o povo indígena possui por ser o principal grupo social que forma o Brasil. O preconceito em relação a esse grupo é uma característica histórica, desde o descobrimento do Brasil pelos portugueses. O povo, que já ocupava as terras brasileiras muito antes dos europeus chegarem, foram retirados de seus lares e discriminados por suas crenças e costumes. Essa representação social permanece nos discursos de uma sociedade que estereotipou a população indígena pela falta de difusão de informação sobre a cultura e a contribuição deles e constitui uma barreira social aos direitos do povo indígena. A possibilidade interpretativa da invisibilidade indígena na mídia sugere outros olhares sobre a questão. Quando os temas abordados referem-se às comunidades indígenas, persiste o senso comum sobre esse povo, por isso surge a preocupação na abordagem desses assuntos para adentrar em debate na sociedade brasileira, objetivando a valorização de um povo negligenciado pelas políticas públicas e, consequentemente, pela população. As representações sociais são elaboradas e transmitidas a partir da comunicação, assim se confirma a importância do papel da mídia nessas discussões. A perspectiva dos efeitos que os sentidos produzidos pelos meios de comunicação permite nos enunciados em circulação pela mídia demonstra as novas estratégias de dominação presentes na sociedade. A identidade indígena sofre um processo de naturalização de desigualdade, assim, o projeto Entre Nós através da análise de dados, produção de fotos, vídeos e entrevistas buscou a a inserção de um discurso mais inclusivo sobre o indígena na sociedade. Mesmo com a chegada da internet e dos novos formatos midiáticos, os processos de comunicação continuam ainda entoados pelas antigas relações de poder. Salvo exceções, geralmente meios de comunicação menores e independentes, a mídia tradicional apenas desloca seu discurso para a rede online. Essa também é uma preocupação existente no Projeto Entre-Nós, que busca dar o destaque merecido aos povos indígenas da região noroeste do Rio Grande do Sul. A luta do jornalismo deve ser, a partir de matérias e reportagens, quebrar com a condição de passividade das sociedades indígenas causadas pela superioridade bélica dos europeus. Resistir diante das produções midiáticas tradicionais de discurso estereotipado, a fim de alterar a produção dos sentidos e ressignificar as identidades de um povo colocado no esquecimento, acredita-se ser um dever da comunicação de caráter social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dentro das propostas multimídia realizadas no projeto, os acadêmicos utilizaram diversos equipamentos e programas para a criação e veiculação dos produtos. A identidade visual foi formulada através do editor de imagem Corel Draw, para a criação de um logotipo para o projeto, em que a mistura de diversas cores remetesse ao entrelaçamento cultural da Região Noroeste do Estado, além de formular um jogo de palavras que e reportasse à expressão  Entre Nós com os nós artesanais indígenas do logotipo. As pautas indígenas foram pensadas para que a região, historicamente indígena, desse visibilidade nas mídias locais e nacionais e para que o jornalismo propusesse pautas para a sociedade refletisse sobre a questão. Esta estratégia dialoga com a teoria do agendamento. De acordo com as pautas abordadas pelos acadêmicos, as produções foram desenvolvidas para o projeto, em que deveriam apurar e produzir conteúdo multimídia para o site e demais mídias online. A plataforma online, de acordo com Pollyana Ferrari (2017) traz uma série de ferramentas para o jornalista, o que também exige domínio sobre vários aparatos tecnológicos. Em  Entre Nós , os acadêmicos produziram fotos e vídeos, utilizando das câmeras fotográficas e de vídeo reservadas com antecedência para a produção, além de captações em áudio, com gravadores de áudio de smartphones. A partir da identidade visual e de fotografias produzidas pelos acadêmicos de Produção em Foto II, foram criados avatar e capa para a página do Facebook, SoundCloud, (onde foram publicados os materiais em áudio) e YouTube (plataforma para a publicação do documentário e de vídeos curtos), utilizando o editor de imagem Adobe Photoshop. As produções fotográficas foram em direção a produções de histórias em quadrinhos, onde as fotos foram editadas pelo programa Adobe Photoshop e publicadas na plataforma online Issuu, que possibilita o upload de materiais que demandam maior capacidade para armazenamento. Após os materiais estarem salvos nesta plataforma, foram feitos hiperlinks para a plataforma Wix. A respeito da utilização da página no Facebook, as linguagens foram pensadas para que o leitor se sentisse mais atraído para a publicação. Tendo em vista que grande parte dos usuários da mídia digital Facebook acessam pelos smartphones  mais da metade dos usuários desde 2015, Caputo (2016) e Mello et al. (2015), já contextualizavam o acesso móvel como  outro desafio à comunicação e ao jornalismo [...]. A democratização do acesso à informação gera uma busca por um meio de linguagem eficaz e um conjunto de temas de interesse público (MELLO et al. 2016, p. 85), uma vez que as produções também foram pensadas quanto a esses usuários. A proposta de criação em áudio foi de produzir glossários a partir das pautas, organizadas pela gastronomia, mitologia, músicas, lendas e entre outras. Os glossários foram roteirizados, elaboradas vinhetas, gravados no laboratório de áudio da universidade e editados no editor Sound Forge, juntamente com o técnico de áudio da Universidade, Rafael Bianchi. Como produto em vídeo, foi produzido um documentário abrangendo a temática da herança, em três blocos de 10 minutos, em respeito à herança histórico-cultural, as lendas indígenas no teatro e herança na música. Após as captações in loco, em comunidades indígenas da Região Noroeste, eventos carregados pelo contexto indígena, Museu Antropológico Diretor Pestana e na sede do Grupo de Teatro Turma do Dionísio. Os documentários foram roteirizados foram feitas gravações no laboratório de vídeo para as chamadas dos blocos do documentário, editados no programa Adobe Premiere, com o apoio do técnico de vídeo da Universidade, Célio Ferrazza. Os documentários foram publicados no canal do YouTube do projeto e hiperlinkados ao site. Utilizando-se desse material em vídeo, também foram roteirizados vídeos curtos sobre as temáticas para a veiculação no canal do YouTube do projeto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>