ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00360</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Expostos - Uma abordagem alternativa para prevenção de HIV</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Laura Simon Marques (Universidade Federal de Santa Maria); Marcos Amaral de Oliveira (Universidade Federal de Santa Maria); Thatielle Freitas da Silva (Universidade Federal de Santa Maria); Reginaldo Martins Barbosa Junior (Universidade Federal de Santa Maria); Taisa de Oliveira Ferro Dalla Valle (Universidade Federal de Santa Maria)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto trata-se de uma produção editorial em linguagem audiovisual desenvolvida na disciplina de Comunicação e Cidadania do quinto semestre do curso de Comunicação Social - Produção Editorial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sob orientação da professora Taísa Dalla Valle, em 2018. A websérie  Expostos tem como finalidade ser difusora de conhecimentos a respeito do vírus da imunodeficiência humana, o HIV, para sua prevenção, diagnóstico e tratamento, mediante a população chave que mais se expõe ao mesmo: os jovens. Mesmo com diversos avanços conquistados nas últimas décadas, a HIV/AIDS é um relevante problema de saúde pública, ainda sendo considerada uma epidemia mundial. Mesmo com esses diversos recursos para a prevenção e controle da doença, os números de mortalidade e de infecção ainda são muito altos. Segundo a pesquisa UNAIDS de 2017, há 1,8 milhões de pessoas vivendo com HIV na América Latina, sendo que 97.000 novas infecções foram estimadas em 2016 e 36.000 pessoas morreram de causas relacionadas à AIDS apenas nesse mesmo ano. Na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, os números são ainda mais alarmantes: Nos últimos 10 anos (2007 a 2016), Santa Maria teve um crescimento de 262% dos casos de HIV entre homens e 175% entre as mulheres Segundo a Vigilância em Saúde do município em 2016 a cidade chegou ao recorde da década com a notificação de 185 novos casos do gênero masculino e 110 do feminino. A maior ocorrência, em ambos os sexos, é entre jovens de 20 a 29 anos. Em uma reportagem cedida ao Diário de Santa Maria, a enfermeira e professora universitária Martha Souza diz:  O SUS ampliou políticas de prevenção e assistência aos pacientes. A qualidade dos antirretrovirais melhoraram. A mortalidade diminuiu. Talvez, isso tenha levado a população a acreditar que não precisa mais cuidar, porque há tratamento. Denise Rodrigues, nessa mesma reportagem, elenca oito aspectos que costumam permear comportamento dos pacientes:  a desinformação sobre ISTs (os pais não informam nada, e a escola, por sua vez, pouco ou nada); o ceticismo (parece que as pessoas são imunes, e a ideia de que só vai acontecer com um vizinho); a inocência (acreditam na pessoa com quem estão e não exigem o uso de preservativo); receio (de contrariar um  ficante que falou que não gosta de usar preservativo); impulsividade desmedida (faz e, só depois, pensa) e a falta de autoestima. A isso, soma-se o preconceito, grande obstáculo para a falta de prevenção. Foi pensando nessas informações que o grupo decidiu que uma ação dedicada a promover informação para a população, principalmente a santa mariense, por meio do audiovisual sobre HIV/AIDS seria de extrema importância e benefício social, sendo esse tema raramente abordado na mídia hegemônica, e quando é abordado, muitas vezes não é pela representação de um jovem soropositivo. Com o nosso projeto, pretendemos dar aos jovens esse tipo de representação, para que eles se identifiquem dentro da narrativa, criada a partir da nossa própria vivência e realidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Expostos é uma produção gradual de episódios com hospedagem online, em que a população chave será composta por jovens (18-24) e jovens adultos (25-34), homens e mulheres, internautas interessados em consumir produtos culturais como livros, revistas, séries e filmes, por intermédio de qualquer dispositivo eletrônico com acesso à internet. Esse formato e o modo de criação de conteúdo - em vídeo e online - foi elegido pelo alcance que esse tipo de publicação tem no público alvo. Segundo a UNICEF, 71% de todos os jovens brasileiros têm acesso a internet. Ligado a isso, temos o fato de que, aproximadamente, 6 milhões de brasileiros são assinantes do serviço de streaming Netflix, o que mostra o grande interesse em conteúdo em formato audiovisual. Además, este formato não é apenas utilizado para entretenimento, e de acordo com Luciana Coelho, colunista de séries de TV da Folha de S.Paulo, em um artigo publicado em janeiro de 2018: As séries de TV tomaram o lugar do cinema como propulsor do debate cultural mais relevante  intelectual ou pop. Mais rápidas em captar o zeitgeist e absorvê-lo em seus roteiros, que podem mudar de rumo ao longo da exibição, as séries firmaram-se como elemento central da conversação em diferentes círculos (COELHO, 2018). Além disso, o projeto pode ser enquadrado em  cidadania comunicativa , no sentido de dar estratégias discursivas e de ações demonstrativas  que segundo Muniz Sodré (2005) são recursos de luta para minoria. Ele é também parte de uma comunicação alternativa, já que está sendo feito por jovens universitários, com recursos próprios, para, principalmente, outros jovens universitários. O tema da HIV/AIDS é raramente abordado na mídia hegemônica, e quando é abordado, muitas vezes não é pela representação de um jovem soropositivo. O projeto irá, então, dar ao público esse tipo de representação, para que se identifiquem dentro da narrativa criada a partir da nossa própria vivência e realidade. Portanto, acreditamos que a conceituação de comunicação alternativa de Mário Kaplún (1985, p. 7) de  uma comunicação libertadora, transformadora, que tem o povo como gerador e protagonista (apud PERUZZO, 2008), e que as mensagens produzidas a partir dessa comunicação são  para que o povo tome consciência de sua realidade ou  para suscitar uma reflexão , ou ainda  para gerar uma discussão , se enquadram com o nosso audiovisual. Na questão de produção, destacamos Luís Nogueira que define  planos como sendo  a unidade mínima da linguagem cinematográfica, isto é, um segmento ininterrupto de tempo e espaço fílmico, ou seja, uma imagem contínua entre dois cortes ou duas transições (p.13, 2010). Ele complementa: A sua variação pode ser feita, entre outros motivos, para seguir a acção ou as personagens, para revelar ou ocultar informação, para mudar o ponto de vista, para assegurar variedade gráfica e rítmica, para localizar o espectador perante a acção ou para ilustrar as circunstâncias da situação  e cada uma destas funções deve ser criativamente ponderada. Os exemplos multiplicam-se e podemos acrescentar mais alguns: a passagem de um plano mais afastado a um plano mais próximo pode sugerir aumento da tensão dramática; em sentido contrário, a passagem de um plano mais próximo a um mais afastado pode sugerir calma e distensão. Como se constata, quando pensamos ou criamos uma imagem cinematográfica são incontáveis os critérios a ter em conta. (NOGUEIRA, 2010, p.45). E, por fim, na pós-produção, utilizamos a definição de montagem como sendo: Uma relação ou associação entre elementos diversos através de uma forma sistemática e deliberadamente pensada, isto é, através da organização ou coordenação das partes num todo. Assim, compreende-se melhor que os planos não se ligam casual ou aleatoriamente, mas antes, pelo contrário, que a sua conexão procura, sobretudo, gerar novos sentidos ou novas mensagens que cada imagem por si não detém ou que se revelam meramente latentes. (NOGUEIRA, p. 93-94, 2010). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O roteiro da WebSérie como um todo foi planejado para se integrar e aos poucos revelar para o espectador o ciclo da prevenção combinada - disponibilizado pelo Ministério da Saúde em seu site -, não só contra o HIV, mas também outras IST e hepatites, com cada episódio se focando em um dos tópicos do ciclo, sendo o primeiro episódio focado em  testagem regular para o HIV, outras IST e HV . No episódio piloto entramos em contato com a história do personagem principal, Pedro. Em tela é possível ver o personagem se submetendo ao teste rápido, nervoso e acompanhado de uma amiga que acha que fazer o check-up é desnecessário, acompanhamos os pensamentos que assombram o menino enquanto ele espera e realiza o teste, com o episódio acabando quando ele recebe o exame com os resultados, que para o espectador não é revelado. Aqui fazemos uso do cliffhanger,  um recurso de roteiro que se caracteriza pela exposição do personagem a uma situação limite, como um dilema ou o confronto com uma revelação surpreendente que deixa em suspensão o final de uma sequência (filme) ou episódio (série) (PINTO, 2017). Para as filmagens, os equipamentos utilizados foram: camera DSLR Nikon D5300 com lente 35mm; microfone direcional (boom) da marca YOGA; tripé WT3750 e rebatedor de luz. Para edição foi utilizado o Adobe Premiere. Como locações, utilizamos espaços da Universidade Federal de Santa Maria, do Hospital da Brigada Militar de Santa Maria, do Largo da Locomotiva, em frente à Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide e o apartamento do colega Reginaldo Junior. Os dias de filmagens aconteceram em três dias diferentes e foram organizados baseados na disponibilidade dos atores. O episódio piloto possui uma duração de quatro minutos e com ele esperamos que a sua narrativa informe, desmistifique e crie empatia na população jovem sobre o tema da HIV. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>