ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00366</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fotodocumentário "O diário de Mariana"</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Laura Degliuomini Lanzarin Venite Vieira (UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O fotodocumentário "O Diário de Mariana" foi produzido para a disciplina de Fotojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul no 2º semestre de 2018. Era composto originalmente por 48 fotografias organizadas em 21 páginas, sendo reduzido em 12 peças para participação no Expocom. Para a produção, foram realizadas mais de 600 fotografias durante o período de uma semana. A temática da produção é a rotina de uma portadora de Síndrome de Rett chamada Mariana Luiz Lamb München, de 11 anos, residente em Giruá, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A síndrome de Mariana é definida pela Associação Brasileira de Síndrome de Rett (Abre-te) como uma desordem do desenvolvimento neurológico relativamente rara. É ocasionada pela uma mutação no gene MECP2, localizado no cromossomo X das mulheres. Através do fotodocumentário, foi possível contar parcela de sua história e da síndrome. Em todo o caso, fazer fotojornalismo ou fazer fotodocumentalismo é, no essencial, sinónimo de contar uma história em imagens, o que exige sempre algum estudo da situação e dos sujeitos nela intervenientes, por mais superficial que esse estudo seja. (SOUSA, 2002, p. 8-9) Entre cada 10 a 20 mil meninas no mundo, estima-se que uma tenha a mutação do gene MECP2 que ocasiona a Síndrome de Rett. Os dados não são precisos, pois a síndrome ainda é diagnosticada erroneamente em cerca de 50% dos casos, segundo a Abre-te. Sendo assim, a grande parte da população desconhece a síndrome pela raridade de casos, inclusive profissionais da saúde. O fotodocumentário tem como intuito retratar em imagens a rotina, os procedimentos médicos, as dificuldades e as alegrias de Mariana e de sua família. Dessa forma, a produção auxiliará na divulgação da SR, que ainda carece de estudos e tecnologias. Devido à complexidade do assunto, bem como à intensidade de procedimentos médicos realizados na rotina semanal de Mariana, um estudo científico aprofundado foi necessário. Para que o fotodocumentário retratasse a história completa, também realizou-se o acompanhamento de vários dias de sua vida, desde a manhã até a noite. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Filha de Jani Lamb München e Edson Luiz München, Mariana é uma menina de 11 anos, com cabelos ruivos e olhos claros. Por causa da SR, tem suas capacidades motora e respiratória limitadas. Seu quarto, sua casa, sua família e sua rotina são adaptados para sua condição. Para manter-se saudável, Mariana precisa de cuidados constantes, além de uma equipe de profissionais e cuidadores para garantirem sua qualidade de vida. Dubois (1998) explica que "a foto é percebida como uma espécie de prova, ao mesmo tempo necessária e suficiente, que atesta indubitavelmente a existência daquilo que mostra". Sendo assim, através de registros fotográficos, podemos conhecer sua vida e dos que a cercam com verossimilhança. Por essas qualidades da imagem indicial, que se destaca é finalmente a dimensão essencialmente pragmática da fotografia (por oposição a semântica): está na lógica dessas concepções considerar que as fotografias propriamente ditas quase não têm significação nelas mesmas: seu sentido lhes é exterior, e essencialmente determinado por sua relação efetiva com o seu objeto e com sua situação de enunciação (DUBOIS, 1998, p. 52). As imagens representam os procedimentos e tarefas diários de Mariana. E por trás do fato em si retratado, observa-se uma luta constante para a sobrevivência e vida mais feliz. Esses sentidos de alegria e superação, produzidos a partir das fotografias, são o que sustentam a produção. Kossoy (1999) também aborda as realidades invisíveis da fotografia: A imagem fotográfica tem múltiplas faces e realidades. A primeira é a mais evidente, visível, é exatamente o que está ali imóvel no documento [...]. As demais faces são aquelas que não podemos ver, permanecem ocultas, invisíveis, não se explicitam, mas que podemos intuir(KOSSOY, 1999, p. 131-132). Algumas fotografias do fotodocumentário deixam nítidas as emoções e significados por trás da imagem congelada. Porém, na maioria das peças, é necessário o apoio textual para compreensão do procedimento ou ação retratado em si, além de identificação dos profissionais envolvidos. Kossoy (1988) explica que as legendas de contextualização "tem por objetivo estabelecer relações entre o conteúdo da imagem e o contexto que a mesma foi produzida". De modo parecido, Sousa também explica: O texto é um elemento imprescindível da mensagem fotojornalística. Embora fotografia e texto não sejam estruturas homogéneas (o texto ocupa, geralmente, um espaço contíguo ao da fotografia, não invadindo o espaço desta, a não ser para construir mensagens gráficas), não existe fotojornalismo sem texto. (SOUSA, 2002, p. 76). Por isso, o fotodocumentário "O Diário de Mariana" é composto por fotografias e texto de apoio. As legendas descrevem os detalhes e peculiaridades da Síndrome de Rett, e explicam as condições específicas da portadora em pauta. Dessa forma, imagem e texto unem-se para contar a história com profundidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para produção do fotodocumentário, foi realizada uma imersão na rotina da portadora da Síndrome de Rett Mariana München. Durante o período de uma semana, vários procedimentos e atendimentos médicos foram acompanhados. Dentre as mais de 600 fotografias realizadas em dias distintos, foram selecionadas 12 para análise e inscrição no Expocom. Cada fotografia acompanhada de sua legenda busca resumir os principais pontos do fotodocumentário completo produzido para a disciplina de Fotojornalismo II do curso de Jornalismo da UNIJUÍ. Como explica Sousa (2002), no fotojornalismo, o texto tem várias funções, tais como: chamar a atenção para detalhes da fotografia e complementar informativamente a fotografia. Dessa forma, o sentido fica completo para o leitor do fotodocumentário. Para a produção, foi utilizada uma Canon EOS T3i, e lentes 50mm f/1.8 e 18-55mm f/3.5-5.6. Em maioria, os enquadramentos realizados foram planos de conjunto, médios e grandes planos, segundo classificação de Sousa (2002). Planos gerais não foram possíveis devido ao espaço limitado do quarto de Mariana, onde ela passa a maior parte dos dias. No fotojornalismo, por princípio, os motivos têm de se destacar claramente do seu fundo. Um fundo confuso, face ao qual o motivo se dilua ou perca importância, raramente permite construir uma mensagem clara. [...] O que se coloca em primeiro plano, nos planos secundários e no plano de fundo torna-se, assim, extremamente importante, quer para dar força visual à imagem, quer para realçar certos conteúdos.(SOUSA, 2002, p. 85). A lente 50mm f/1.8 proporcionou destaque efetivo dos motivos citados por Sousa. Dessa forma, a fotografia em si direciona o olhar do espectador ao foco da imagem, com outros elementos secundários ao fundo. Além disso, a menor profundidade de campo traz mais sensibilidade aos detalhes registrados na produção. Outra maneira de sensibilizar e significar a produção foi o uso de cores nas fotografias. Como explica Sousa (2002):A cor permite atrair a atenção, mas também é um agente conferidor de sentido, em função do contexto e da cultura. Por exemplo, se um fotojornalista pretende fazer uma feature photo em que exalte a alegria das crianças não deve procurar crianças vestidas de negro ou locais escuros, mas sim crianças vestidas com cores vivas e locais multicoloridos(SOUSA, 2002, p. 90). Apesar da saúde frágil e de várias limitações, Mariana possui alegria e amor em sua rotina. Seu quarto é ornamentado com cores vivas e há brinquedos espalhados. Para que esse significado refletisse nas fotografias, as cores originais foram mantidas sem alteração de software. Dessa forma, as sensações vividas na semana de observação de Mariana puderam ser melhor refletidas nas fotografias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>