ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00388</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Trilhando Comunicações: o jornalismo como ferramenta de empoderamento e capacitação de crianças e adolescentes</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Marcela Silva Teixeira (Universidade do Sul de Santa Catarina); Daniela Facchini Germann (Universidade do Sul de Santa Catarina)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Trilhando Comunicações é um projeto de oficina de jornalismo, um mecanismo para compartilhar experiências, dividir conhecimentos e, principalmente, empoderar as crianças e adolescentes da ONG ASAS por meio das linguagens jornalísticas (fotográfica, sonora, audiovisual e redação). Todo esse processo de desenvolvimento das aulas e, também, das produções das narrativas foi registrado e tornou-se uma websérie, que está hospedada num site com outras informações adicionais sobre o trabalho. A narração e a veiculação do material estão presentes em diferentes formatos na plataforma. O site conta com fotografias e outros modelos de exibição da oficina, mas o material principal é a websérie, que traz filmagens das entrevistas e das aulas durante o semestre. São 8 episódios que apresentam as experiências dos alunos dentro da oficina. Por meio de aulas práticas, a ideia era que os alunos vivenciassem o que estavam aprendendo. Trata-se de um processo criativo, ressaltando a importância de suas histórias e como eles podem contá-las. O objetivo geral é o empoderamento e a capacitação de adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade social da ONG ASAS, por meio das linguagens utilizadas pelo jornalismo. Já os específicos: a) Organizar, para um semestre, uma oficina para difundir os conhecimentos jornalísticos em forma de aulas; b) Utilizar as principais linguagens do jornalismo (fotográfica, sonora, audiovisual e redação); c) Despertar o interesse das crianças e adolescentes da ASAS pelos processos que envolvem a comunicação; d) Proporcionar o desenvolvimento de habilidades jornalísticas nos alunos; e) Auxiliar na visibilidade da ONG, seu trabalho, história e missão; f) Registrar, por meio de uma websérie, esse processo das aulas da oficina; g) Produzir um espaço para que os jovens possam apresentar suas próprias narrativas. A ASAS (Ações Sociais Amigos Solidários) é uma organização sem fins lucrativos e tem como objetivo contribuir efetivamente para a educação de jovens, prioritariamente em situação de vulnerabilidade social. Foi fundada em 2007 e possui o título de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) desde junho de 2008. O trabalho, voltado ao resgate da cidadania e à garantia dos direitos fundamentais, acontece através de oficinas pedagógicas, lúdicas, esportivas, culturais e ecológicas. A ASAS conta com o envolvimento de diversos profissionais e voluntários que trabalham pela construção de um futuro melhor para crianças e adolescentes de diferentes bairros de comunidades de baixa renda do Norte da Ilha em Florianópolis, SC. Baseado nesses fatos, nasceu a ideia do projeto da oficina de jornalismo. Um recurso para compartilhar experiências, dividir conhecimentos e, principalmente, empoderar as crianças da ONG por meio das linguagens jornalísticas. Todo esse processo de desenvolvimento das aulas e, também, das construções das narrativas foi registrado e resultou numa websérie. Para a realização da oficina propusemos a utilização das linguagens fotográfica, sonora, audiovisual e redação. Por meio de aulas práticas, a ideia era que os alunos vivenciassem o que estavam aprendendo. O papel das crianças nesse trabalho foi essencial, somente com o apoio e o interesse delas foi possível executar o projeto. O que buscamos foi oferecer novos conhecimentos, assim como também, ver a sua evolução dentro da oficina. Para registrar todo esse processo e as narrativas das crianças e adolescentes durante esse semestre, foi produzida uma websérie que está hospedada num site com outras informações complementares sobre o desenvolvimento da oficina.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha de criar este projeto de TCC veio da vontade de unir o jornalismo ao voluntariado. Vivemos numa realidade onde jovens carentes, além de, muitas vezes, possuírem uma educação precária, acabam não vislumbrando uma perspectiva de futuro. Em 2017, o Brasil possuía 2.486.245 crianças e adolescentes fora da escola, segundo levantamento feito pelo Todos Pela Educação, publicado no G1 e, 2017, com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, Pnad. Pensando nessa situação, o projeto veio para ajudar a responder à essa necessidade da sociedade, pretendendo, desse modo, estimulá-los ao estudo, preenchendo parte dessa lacuna gerada pela desigualdade social no país. Além de abastecê-los de ferramentas para que possam narrar e dar forma às suas vivências pessoais e experiências criativas. Segundo Cremilda Medina, no livro A Arte de Tecer o Presente: Narrativa e Cotidiano (editora Summus, 1973):  um dado incontestável que registro na trajetória das últimas décadas: a arte de narrar acrescentou sentidos mais sutis à arte de tecer o presente. Uma definição simples é aquela que entende a narrativa como uma das respostas humanas diante do caos. Dotado da capacidade de produzir sentidos, ao narrar o mundo, a inteligência humana organiza o caos em um cosmos. O que se diz da realidade constitui outra realidade, a simbólica. Sem essa produção cultural  a narrativa  o humano ser não se expressa, não se afirma perante a desorganização e as inviabilidades da vida. Mais do que talento de alguns, poder narrar é uma necessidade vital. Assim, eles puderam aflorar o pensamento crítico e desenvolver habilidades para capturar as suas próprias narrativas. Ressaltando a importância de suas histórias e como eles podem contá-las. Segundo Carlos Vicchiatti, no livro Jornalismo: comunicação, literatura e compromisso social (editora Paulus, 2005) o jornalista possui um compromisso social a cumprir: o de integração com a sociedade em que está inserido. Cabe a ele ter consciência crítica à luz da realidade social e ter capacidade de valorizar a estrutura social em que está, a ponto de entender dos anseios e demandas dessa sociedade. Buscando um nivelamento da desigualdade social, deve inspirar-se num verdadeiro realismo e não no romantismo desse imaginar social. A narração e a veiculação do material estão presentes em diferentes formatos em um site. A plataforma conta com fotografias e outros modelos de exibição da oficina, mas o material principal é a websérie, que traz filmagens das entrevistas e das aulas durante o semestre. Fazendo com que, dessa maneira, o telespectador consiga se sentir o mais próximo da rotina das aulas, do aprendizado das crianças e das suas narrativas compartilhadas por meio das entrevistas. Ao longo de dois meses foram realizados contatos com algumas Organizações Não Governamentais e definiu-se trabalhar com a ASAS, Ações Sociais Amigos Solidários, por que eles organizam-se com a logística de oficinas e estavam necessitando de mais voluntários. A oficina teve duração de um semestre e aconteceu no contra turno escolar, com encontros semanais às sextas-feiras pela manhã na sede da ASAS. As turmas contavam com crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 15 anos. Ocorreu a seguinte metodologia: foram trabalhadas as linguagens jornalísticas. Ou seja, os conteúdos das aulas foram as competências e linguagens do jornalismo. Aqui entraram conhecimentos e utilização dos instrumentos como um meio para se comunicar, seja visualmente ou através da escrita. Tratando do visual, tivemos a compreensão da comunicação por meio da fotografia e do vídeo. Na escrita, redação e, trazendo lembranças do rádio, pelo áudio. A websérie aborda o trabalho da ASAS, entrevistas com integrantes e apresentação das produções criadas pelos alunos. As filmagens foram editadas em episódios, no total, foram 8 episódios variando entre 5 à 8 minutos cada. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No primeiro encontro da oficina, além de contar como funcionaria, recolhi curiosidades e ideias vindas dos alunos a respeito do jornalismo e da comunicação. A receptividade da oficina por parte das crianças e adolescentes da ASAS não poderia ter sido melhor. Além de abraçarem a proposta, estavam sempre dispostos a aprender mais e isso refletia diretamente no interesse demonstrado durante as aulas. Foram utilizadas duas câmeras, uma GoPro Hero+3 para planos mais abertos e uma Nikon d3100 para planos mais fechados e com destaque para detalhes. Após a finalização da oficina, entrevistei 8 alunos que haviam participado de, praticamente, todas as aulas. O objetivo com essas entrevistas era saber qual tinha sido a experiência dessas crianças, as suas reflexões, sonhos e narrativas do cotidiano. Entrevistas com a equipe da ONG também foram realizadas para a produção do primeiro episódio da websérie, o qual traz uma visão sobre o trabalho da ASAS e sobre o trabalho da oficina proposta. As conversas foram gravadas com as duas câmeras, uma principal e outra utilizada como making off, e com um microfone de lapela. Quanto a websérie, temos a seguinte estrutura: dividida em episódios, o primeiro traz um panorama maior sobre a ONG e a proposta das aulas e os próximos são fragmentados por alunos. Isto é, cada criança tem o seu episódio. Aqui, a ideia foi mesclar as partes da entrevista com filmagens dos alunos durante o semestre de oficina. Além disso, cada criança desenhou lembranças e momentos que considerou importante de suas falas na entrevista. Esse desenho foi recortado em pedaços que foram distribuídos ao longo do seu episódio, como uma maneira de costurar uma linha narrativa criando um  início, meio e fim . Foi desenvolvida, também, uma identidade visual que percorresse todos os episódios da websérie. Dessa maneira, formando uma união e semelhança entre todos. Para esse recurso, foram utilizados: trilha sonora, vinheta de abertura e finalização, frase destaque, cores e fonte. A trilha foi escolhida para dar um ritmo mais dinâmico para os episódios. Já a vinheta e a finalização trabalharam em conjunto com as cores. Ou seja, cada episódio possui uma cor, a qual se repete na abertura e no fechamento do capítulo. Assim como também, serve de filtro para os momentos onde os recortes dos desenhos (linha narrativa) aparecem. Todos os episódios iniciam e finalizam da mesma maneira, dando continuidade a criação da identidade visual. Cada capítulo também possui uma frase destaque, a qual é trazida nas mesmas cores utilizadas no restante desse episódio. E, essa frase também foi aplicada para nomear o capítulo. A definição do estilo da vinheta girou em torno da brincadeira com as cores. Por esse motivo, a opção por imagens em preto e branco, dando maior destaque a cor selecionada para aquele episódio. E, a ideia da cor ir entrando  em pedaços , em blocos. Para que, no final, o último pedaço forme o espaço destinado ao nome da websérie. Os cenários que aparecem no decorrer da websérie são os locais onde tivemos as aulas. Muitas vezes, dentro da própria ONG ou nos espaços vizinhos da instituição. Ainda na montagem, foram utilizados variados recursos, tais como: transições, destaque para nome e idade da criança no momento da apresentação, seguindo, também, conforme a cor do seu episódio, insert de imagens das duas câmeras, da produção do desenho e do making off da entrevista e frase destaque nomeadora com a cor determinada. A estética do site é num conceito mais minimalista com as abas divisórias home, websérie, fotos, sobre e contato. Na home, há como abertura do site um vídeo curto rodando com recortes de todos os episódios e o título e subtítulo do projeto na capa. Na aba websérie, os episódios estão em ordem, todos com a mesma thumb, somente diferenciados pela cor característica de cada. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>