ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00431</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Narrações Copa do Mundo: A cobertura para além do futebol</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jhonatan Beneti (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Alexandre Carlos Madoglio (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Isabel Piccoli (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Valeria Romanzini Cenci (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Lucas Liston (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Wéliton Rocha (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Willian Martins (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Luãn José Vaz Chagas (Universidade Comunitária da Região de Chapecó)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Núcleo de Radiojornalismo Esportivo é um projeto voltado ao acadêmico de jornalismo da Unochapecó com o de formar novos narradores, repórteres, comentaristas e plantonistas no campo do jornalismo Esportivo de Chapecó e região. O núcleo possibilitou ao longo de 2018, o conhecimento sobre o passo a passo das transmissões esportivas ao vivo, visando formar novos profissionais para o mercado de trabalho, que vem crescendo dia a dia em Chapecó e região e também abre espaço para os amantes do rádio que se enquadram neste espaço nos processos narrativos. Para ter uma noção do crescimento na cobertura jornalística no contexto de Chapecó, o exemplo que agrega mais profissionais envolvidos na produção de transmissões esportivas é a Associação Chapecoense de Futebol que possui hoje um conjunto de 25 emissoras de rádio e quatro de televisão presentes semanalmente nos jogos do Campeonato Catarinense, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Um dos grandes destaques da edição do Núcleo de 2018 foi a diversidade, na cobertura de eventos amadores e profissionais e da perspectiva de gênero com a formação de narradores e narradoras, utilizando a voz feminina em narrações, reportagens, e comentários, algo que ainda amarga números baixos de profissionais na área. Com este objetivo, o primeiro Núcleo de Jornalismo Esportivo da Unochapecó busca a qualificação de profissionais para o mercado, mas também com a criticidade necessária na formação de cidadãos e cidadãs para a sociedade. Esse projeto aos poucos foi ganhando forma e a teoria foi se transformando em práticas, por meio de simulações onde cada integrante do núcleo tinha determinada função. Função como escalação, dados das equipes e das competições eram levantados por cada acadêmico. Além disso, cada encontro uma equipe era responsável pela produção para que durante as jornadas esportivas a história de cada lado fosse contada com o maior conteúdo possível, tornando assim mais dinâmico e preenchendo os espaços destinados a cada função nas transmissões. As funções de produtores, narradores, comentaristas, repórteres, plantonistas, foram distribuídas e o projeto aos poucos foi ganhando forma, e o que era um simples experimento ganhou espaço e novos desafios. O desafio principal que foi colocar na prática o aprendizado com a transmissão ao vivo pelo Facebook de 10 partidas Copa do Mundo de 2018 na Rússia. O objetivo era fazer uma transmissão alternativa ao mainstream, com uma produção que foi da cultura social e política dos países, até curiosidades esportivas, ações das equipes, classificações, histórico dos jogadores e outras situações que envolviam a questão histórica do país sede. Hora de colocar em prática todo o aprendizado no laboratório de Rádio que foi preparado para as transmissões via  tubo (quando a transmissão é realizada somente com áudio e tem como base uma transmissão televisiva). De um lado da mesa todos os integrantes e do Núcleo com suas determinadas funções e do outro a TV, que produzia as imagens direto da Rússia, assim foi dado o pontapé inicial na primeira transmissão do Núcleo de Radiojornalismo da Unochapecó ao vivo pela Live no Facebook. Uma experiência que possibilitou os acadêmicos a compreender o que é literalmente estar envolvido em uma transmissão. Desta forma foi possível perceber a importância e toda a dedicação dos integrantes e o desenvolvimento que obtivemos no decorrer das partidas. Muito empenho da equipe na proposta colocada em pauta e quanto foi válida e importantíssima a dedicação do conjunto, na concretização de um sonho de quem deseja ser narrador, comentarista, repórter ou produtor. É de suma importância destacar a presença feminina nesse mercado preconceituoso, fechado e que ainda tem o predomínio da voz masculina. Mas ainda temos uma última barreira que precisa ser vencida, a barreira da oportunidade, valorização e inovação do mercado local, este paradigma precisa ser quebrado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Antes das transmissão cada estudante realizava a pesquisa sobre os países que iriam a campo, em questões como cultura, população, gastronomia e curiosidades. Além disso, também eram parte da apuração, o sistema das seleções, os jogadores, histórico de jogadores, os esquemas táticos dos times. Narrar uma Copa do Mundo sem conhecer um pouco de cada país é impossível, pois faltaria argumentos no decorrer dos comentários durante a narração. O trabalho se deu em buscar informações e fazer uma narração diferenciada, com futuros jornalistas com amor pelo rádio e também com a contextualização do significado da partida, não resumindo aos lances e acontecimentos dentro de campo. As pesquisas também capacitam os participantes para conhecer um pouco do país e seleção, para nas transmissões conseguirem comentar e interagir com a equipe mantendo o ouvinte sempre bem informado. Ao decorrer das narrações foi fácil de perceber a dedicação de cada um executar o trabalho que exigia muita atenção, na narração, comentários, reportagens e também no que significava o contexto sócio-político das duas seleções. Os encontros preparatórios para as narrações aconteciam de forma semanal, mais precisamente às sextas feiras no período das 14h às 17h30 no laboratório de Rádio da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), por meio de grupo de estudos, com leituras dos processos narrativos e posteriormente com práticas por meio de jogos disponíveis no You Tube. Intercalando com a programação e por meio de chamadas de vídeos, convidados de renome como o doutorando Carlos Guimarães, autor do livro  O comentarista esportivo contemporâneo , publicado pela Appris em 2018, e o doutorando pela PUC do Rio de Janeiro, Roberto Falcão, ex-gerente de imprensa das Olimpíadas 2016 e atual coordenador de imprensa da Copa América. Ambos com muita bagagem no jornalismo esportivo, muita história, experiência e muitas dicas que foram compartilhadas ao longo dos encontros. As primeiras aulas foram teóricas com conceitos de narrações através de livros, como é a preparação para uma transmissão esportiva e como é realizada. Um dos livros principais utilizados foi o Rádio  Teoria e Prática, publicado pela Editora Summus em 2014, do autor Luiz Artur Ferraretto que trazem dois conceitos muito importantes de narração esportiva. Segundo Ferraretto (2014), na escola denotativa  predomina a descrição calçada no significado dicionarizado das palavras usadas. A emoção está na voz e na descrição do lance (FERRARETTO, 2014, p.220). Em relação à escola conotativa, Ferraretto (2014) afirma que  seus integrantes associam outros sentidos ao significado dicionarizado das palavras utilizadas, abusando de figuras de linguagem, gírias, metáforas, slogans e chavões (FERRARETTO, 2014, p.220). A apuração acontecia da seguinte forma, os repórteres se dividiam cada um cobria uma equipe buscando as escalações de ambas as seleções, além de dados como a pronúncia dos nomes dos atletas já que maioria eram estrangeiros, os clubes que atuavam histórico em competições. A própria atuação durante a Copa do Mundo em cada equipe, curiosidades sobre os treinadores, a preparação das equipes, e um conhecimento prévio sobre cada atleta. Já os comentaristas tinham uma missão um pouco maior, pesquisar ainda mais dados sobre cada seleção buscando, as características de cada jogador, histórico dos confrontos, estatísticas, modelo de jogo, postura das equipes, e um conhecimento prévio da arbitragem. A narração esportiva no rádio transmite uma emoção e mexe com o imaginário do ouvinte, pois é como se você fechasse os olhos e estivesse vendo jogo, o narrador, em muitas das vezes em uma linguagem comum descreve o lance de forma clara e direta, localizando o ouvinte em tempo real com o ambiente da partida, preenchendo a narração com informações e dados como elemento complementar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As narrações realizadas durante a Copa do Mundo possibilitaram uma nova esperança aos estudantes apaixonados pelo jornalismo esportivo em Chapecó. Quando surgiu a possibilidade das transmissões apontou um grande desafio aos acadêmicos: a preparação para o desafio da transmissão ao vivo. Foram muitas tardes de aprendizados compartilhados entre alunos, professores, egressos e até mesmo jornalistas de fora do país. Após iniciamos as fases de preparação para as jornadas esportivas alinhando a teoria junto com a prática o que proporcionou um momento marcante para a história do curso e para os alunos. A equipe de transmissão era composta por: um narrador, dois comentaristas, dois repórteres, um produtor, um plantão de estúdio, um técnico na central de áudio e com um coordenador geral. A primeira transmissão foi simulada ao vivo. Narramos um jogo de futebol simulado pelo vídeo game. O narrador era responsável por retratar com emoção o jogo. O comentarista analisar a atuação da arbitragem, dos atletas, do técnico, lances e o que movimentava a partida. Já o repórter era fundamental na transmissão com informações das jogadas, da movimentação durante a partida e detalhes para os comentaristas analisar. O produtor era o responsável por levantar informações e auxiliar durante a transmissão. O plantão de estúdio trazia os detalhes dos jogos que estava ocorrendo no momento, às partidas que movimentavam o dia e a classificação. Outro fato marcante foi de ter entre os narradores, três mulheres, que proporcionando um aprendizado contínuo sobre as técnicas e debates interessantes na perspectiva de gênero nas jornadas esportivas. Os jogos escolhidos para a transmissão foram todos discutidos antes devido os estudantes que são todos voluntários e tinham outros trabalhos além da faculdade. A maioria das partidas narradas ocorreram à tarde, bem como, um sábado e um domingo que foi a final. Ao todo foram 10 transmissões esportivas. O primeiro jogo oficial transmitido foi Portugal e Espanha (https://soundcloud.com/user-91050083/jogo-protugal-x-espanha) pela Copa do Mundo - Rússia 2019. Essa partida foi gravada e depois divulgada pelas plataformas do Centro Laboratorial de Informações Multimídia - Clim (http://bell.unochapeco.edu.br/clim/radio/). As outras partidas foram todas ao vivo pela página no facebook da Web Rádio Clim (https://www.facebook.com/webradioclim/). A primeira transmissão foi no dia 22 de Junho de 2018 entre Sérvia e Suíça, com 38 compartilhamentos e ultrapassando o número 1.500 (mil e quinhentos), acessos na página, superando as expectativas e surpreendendo a todos. Foram no total 9 transmissões ao vivo, chegando a 2.500 (duas mil e quinhentas), visualizações no jogo do Brasil contra Sérvia no dia 27 de junho 2018. Última jornada e final da Copa do Mundo, foi no 15 de Julho de 2018 entre França x Croácia que consagrou a França como a campeã da competição. Todas as 10 partidas que foram transmitidas tiveram uma produção e apuração do conteúdo que era o principal objetivo dos integrantes que chegavam até três horas antes do jogo. Desde a história dos países, dos jogadores, aspectos culturais e curiosidades que marcaram a participação na Copa do Mundo. Os detalhes eram trazidos durante a transmissão e despertavam muitas curiosidades para os ouvintes, bem como para os colegas, o que auxiliavam nos comentários durante os jogos. A importância dessas informações foram muito importantes para o grupo. O diferencial proposto foi uma narração alternativa aos meios de comunicação tradicionais com dinamicidade e a com a participação de toda equipe, bem como, da interação com os ouvintes. A produção prévia de repórteres e comentaristas possibilitaram uma alternância da fala com contextos históricos dos países envolvidos, do país sede, além de informações aprofundadas sobre esquemas táticos, equipes e informações com dados dos jogadores, como números de passes errados e certos, tempo de bola em jogo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>