ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00479</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Expresso TV: O laboratório como prática intensiva de telejornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;André Cordeiro Frutuoso (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Ariane Carla Pereira (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Izabela Scorsin (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Pamela Souza de Oliveira (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Renatha Maria Giordani (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Fabio Augusto Forni Carvalho (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Victor Andrey do Prado (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Ana Carolina Giannini Zimmermann (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Pablo Henrique Aqsenen (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Priscila Pollon Galina (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Laura Rodrigues (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Matheus de Oliveira Buongermino (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Ubirajara Pesch Garbin (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Paula Cabrera Claro (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Geziel Thomas (Universidade Estadual do Centro-Oeste)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Expresso TV é o telejornal-laboratório desenvolvido pelos estudantes de Jornalismo da Unicentro Universidade Estadual do Centro-Oeste), ao longo do ano letivo de 2018, no âmbito da disciplina de Telejornal-Laboratório, que faz parte da grade curricular do terceiro ano do curso. Um processo de ensino-aprendizagem  que tem início no ano anterior com a cadeira de Telejornalismo  que compreende a reflexão teórica, a prática intensiva em telejornalismo e o debate, numa perspectiva crítica possibilitada pelas lentes de aumento da teoria, sobre o produto  ou seja, o telejornal  colocado no ar pelos estudantes. Afinal, como ressalta Flávio Porcello, no artigo  A teoria em prática no ensino de telejornalismo integrante da coletânea Desafios do telejornalismo: ensino, pesquisa e extensão  organizada por Cárlida Emerim, Iluska Coutinho e o próprio Porcello e publicada pela Insular -, não se aprende televisão apenas assistindo TV! (& ) Dominar as técnicas e 'pensar televisão' exigem conhecimento mais aprofundado dos meandros da atividade. (& ) O dia a dia das redações, o enlace e a continuidade nos processos editoriais de produção, gravação e edição e mais a prática cotidiana das rotinas produtivas em TV são aspectos essenciais para que se aprenda a 'pensar televisão' (2017, p.127). Desse modo, a disciplina de Telejornal-Laboratório  a partir da bagagem teórico-prática oferecida pela cadeira de Telejornalismo  tem como proposta central a simulação das rotinas produtivas de uma redação de telejornalismo numa emissora de televisão. O  laboratório , assim, é entendido como a possibilidade de experimentar o dia a dia dos profissionais jornalistas envolvidos na produção de um telejornal diário  pauteiros/produtores, repórteres, repórteres cinematográficos, editores de texto e imagem, apresentadores, editores-chefe e gestores (chefe de produção/reportagem, por exemplo). Ou seja, é o espaço de formação dos estudantes e de preparação dos mesmos para o mercado de trabalho. Mas não só isso. O  laboratório é também, como afirma Antônio Brasil, em Telejornalismo Imaginário,  o local que garante oportunidade para a experimentação (Insular, 2012, p.10). Assim, o Expresso TV configurou-se para os estudantes matriculados na disciplina como a oportunidade de reproduzir o que já é desenvolvido profissionalmente pelas emissoras de TV, buscar alternativas de produção para além do que já está estabelecido, refletir sobre a qualidade dessa produção e, principalmente, se essa produção configura-se como uma prestação de serviço público, como deve ser o jornalismo. Todas essas quatro possibilidades de experimentação têm, cada uma, um sabor diferente e juntas formam, então, de maneira figurativa, o paladar do que é fazer telejornalismo e o que buscar durante esse fazer para nossa turma. Afinal, a experiência é a condição básica para a reflexão sobre o telejornalismo e o fazer telejornalismo. Já esse pensar a partir da prática é que possibilita a proposição de mudanças tanto no meio universitário, quanto no profissional. A produção dos telejornais foi realizada em quatro etapas. Inicialmente, as aulas possibilitam a reflexão  a partir da audiência crítica de telejornais exibidos por diferentes emissoras e dos óculos teóricos que englobam a prática jornalística e telejornalística, o entendimento dos conceitos dos gêneros jornalísticos e dos meandros do jornalismo especializado  sobre as diferentes configurações dos telejornais. Afinal, mesmo em tempos de ampliação do telejornalismo  em que este não é compreendido como o jornalismo de/para televisão mas como o jornalismo em telas (incluindo a da televisão, do smartphone, do computador) -, pensar quem é o potencial público-alvo de um telejornal matutino, do horário do almoço, de início de noite e fim de noite; e quais são as possibilidades de cobertura jornalística nos intervalos de produção de cada um deles, permite uma série de definições editoriais, como abordaremos no tópico seguinte. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Projetar um telejornal dos pontos de vista editorial e videográfico passa pela definição da linguagem mais apropriada para cada faixa de fade, tendo em vista que o telejornalismo é compreendido como uma dupla narrativa simultânea e complementar  a verbal, ou seja, o modo como repórteres e apresentadores se dirigem ao telespectador; e a visual, isto é, a estética das imagens, o ritmo da edição e ainda o projeto videográfico (vinhetas, por exemplo). Outra trata da cobertura em si e do como fazer  factualidade/atemporalidade; informação/interpretação/opinião; hard news/softs news/jornalismo de serviço; editoriais principais. Esse primeiro momento leva ao seguinte, que diz respeito à definição dos projetos editoriais e videográficos para seis telejornais segmentados (tendo em vista o público, o tipo de jornalismo praticado (gênero) e as principais editoriais): início de noite; horário do almoço; matutino; fim de noite; esportivo e rural. Essa segunda etapa, que chamamos de pré-produção dos telejornais, engloba ainda a realização desse planejamento, com a execução do projeto gráfico (vinhetas e barras de caracteres, por exemplo) e a produção e finalização das reportagens especiais pensadas como quadros específicos de cada um dos telejornais. As características de cada um deles será apresentada no tópico  Descrição da produção . Em seguida, a terceira etapa diz respeito a produção das seis edições segmentadas. Nesse momento, os estudantes são divididos por funções rotativas, mudando de aluno a cada edição. Assim, temos pauteiros, repórteres, editores  que acumulam a função de repórteres cinematográficos, de modo que as dificuldades encontradas na ilha com as imagens gerem uma reflexão sobre a produção dessas últimas -, chefe de reportagem e editor-chefe. Os dois apresentadores são escolhidos entre os editores da edição. De modo a possibilitar o exercício de todos os formatos integrantes do telejornal, as edições, além dos VTs produzidos pelas equipes de reportagem, também devem ter duas notas peladas, duas notas cobertas, dois stand-ups ao vivo e uma entrevista de estúdio. A opção pela obrigatoriedade dos formatos levou em conta, sobretudo, a oferta de uma formação ampla para os estudantes. Os seis telejornais segmentados foram produzidos ao longo de três meses, sendo produzida, fechada e exibida uma edição por semana. Essa rotina de produção foi delimitada com base nos horários das aulas, já que o curso é integral, e na carga horária do terceiro ano, de modo que nem a prática do telejornalismo fosse prejudicada já que exige a saída a campo para a apuração das informações, realização das entrevistas e captura das imagens, nem prejudicasse as outras disciplinas do curso. Além disso, essa opção possibilitou que, nesse período, os alunos adquirissem mais ritmo de produção para a última etapa. Entre o término das seis edições segmentadas e o início do quarto momento de produção de telejornais-laboratórios, os estudantes realizaram um outro gênero do telejornalismo, que é o programa de grande-reportagem televisiva. Essa pausa se deu para que as demais disciplinas fossem finalizadas pelos seus professores e, assim, a turma tivesse mais tempo livre para a produção de quatro telejornais em tempo real. Assim, no início de dezembro, de domingo a sexta-feira, os estudantes trabalharam na produção de quatro edições, uma por dia, com apresentação e exibição sempre às 13h da terça, quarta, quinta e sexta-feiras. O laboratório, nesse momento, reproduz a rotina produtiva de uma redação de TV e, para isso, os alunos se dividiram e executaram sempre a mesma função. Os equipamentos utilizados foram três câmaras com tecnologia de captura HD, três ilhas de edição não-lineares, microfones de mão para a produção de rua e de lapela para a apresentação e entrevistas em estúdio, três tripés utilizados apenas no estúdio e em alguns links, além do estúdio em si incluindo cenário e iluminação. O alunos também contaram com o auxílio de um técnico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a produção, foram levadas em consideração as características de cada telejornal. Desse modo, além das produções da semana (três VTs, duas NCs, duas NPs, dois links e uma entrevista de estúdio), cada telejornal contou ainda com formatos estabelecidos pelo projeto editorial, conforme detalhado abaixo. Expresso TV Início de noite trabalhamos com uma perspectiva de público amplo e genérico. Por isso, o caráter preponderantemente informativo, como um resumo das principais notícias do dia, com algumas inserções de jornalismo de serviço, como o quadro fixo  Mapa Tempo . Já no Expresso TV Horário de Almoço nossa premissa é que os telespectadores são, em sua maioria, jovens, de ambos os sexos, e preponderantemente de classes A e B. Além disso, tendo em vista que os fatos estão ainda acontecendo e tendo desdobramentos, o caráter informativo é essencial, seguido pelos gêneros de prestação de serviço  ao possibilitar informações de utilidade pública e aplicáveis no dia a dia dos telespectadores, com as colunas  Mapa Tempo e  Há vagas - e diversional  de modo a possibilitar uma aproximação com esse público pelas editorias de cultura, lazer, turismo, com os quadros semanais  Na ponta do lápis , sobre Educação, e  Aperta o play , um perfil de novas bandas. O Expresso TV Matutino foi pensando como o telejornal que precisa ir além das notícias do dia anterior. Por isso, a proposta é uma reflexão sobre os possíveis desdobramentos dos acontecimentos do dia anterior e, para isso, a aposta é no jornalismo interpretativo em paralelo ao jornalismo informativo e ao de serviço. As principais editorias, desse modo, são economia e política e, por isso, o telejornal conta com um comentarista/analista para cada uma delas. O quadro fixo do telejornal é o  Mapa Tempo . Como no matutino, o Expresso TV Fim de Noite também precisa ir além do factual, já aborda no telejornal de início de noite. Nesse caso, porém, a opção foi pelo jornalismo opinativo, a partir da participação de editorialistas, para assuntos do dia e do interpretativo em reportagens especiais/em profundidade exibidas pela coluna  Expressão . Outro quadro do TJ é o  Expresso Tech , voltado para tecnologia e ciência. O Expresso Esporte tem como proposta a prática do jornalismo informativo especializado em esportes, com uma linguagem descontraída, própria do gênero diversional. Assim, ambos os gêneros são mesclados em toda a produção. Além disso, o TJ esportivo tem a coluna fixa  Álbum de figurinhas , que apresenta semanalmente um perfil de destaques regionais nas mais variadas modalidades. Por fim, Expresso do Campo, telejornal sobre agronegócios, pratica o jornalismo informativo, sempre numa perspectiva de prestação de serviço. Assim, fazem parte das edições o  Mapa Tempo ,  Economia do Campo (uma nota coberta sobre cotações),  Simbora (uma nota coberta com a agenda da semana),  Chero bão (uma reportagem especial sobre as receitas e sabores do campo) e  Campo <=> Cidade (formato que apresenta soluções da cidade para o campo e do campo para a cidade, colocando os dois espaços em interconexão e interdependência). O jornalismo interpretativa também tem lugar com a exibição de grandes-reportagens semanais na coluna  Papo Bom . Apesar da televisão não ter mais a hegemonia na transmissão de conteúdos jornalísticos audiovisuais, concorrendo por exemplo com sites de compartilhamento de vídeos, como o YouTube, e com plataformas de streaming, a linguagem do telejornalismo continua tendo lugar privilegiado entre os brasileiros. Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia de 2016, nove em cada dez entrevistados afirmaram buscar os telejornais quando querem se informar. Dado que reforça a importância de se praticar e pensar sobre o telejornalismo durante a graduação em Jornalismo. No caso do Expresso TV essa informação pode ser exemplificada pelos views de cada edição no canal da Unicentro no YouTube, totalizando 3.387 visualizações nas 10 edições.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>