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INSCRIÇÃO: | 00539 |
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CATEGORIA: | JO |
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MODALIDADE: | JO11 |
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TÍTULO: | Mulheres que Curam |
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AUTORES: | Nathalia Angelo Thomassen (Associação Educacional Luterana Bom Jesus Ielusc); Marília Crispi de Moraes (Associação Educacional Luterana Bom Jesus Ielusc) |
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PALAVRAS-CHAVE: | , , , , |
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RESUMO |
O livro-reportagem "Mulheres que curam" é um compilado de cinco perfis jornalísticos, cada um explorando a história de uma mulher diferente, mas todas ligadas ao tema principal: a cura. O livro foi escrito no sétimo semestre da faculdade de Jornalismo, para a disciplina de Projeto Experimental, como pré-requisito para obtenção do título de bacharel na área. O formato livro-reportagem caracteriza o teor experimental, já que o jornalismo está se reinventando e a aproximação com a literatura pode se tornar cada vez mais uma possibilidade de desdobramento da profissão. Produzir um livro-reportagem com perfis que abordem jornalisticamente e de forma sensível e humanizada a história de cinco mulheres que curam por meio de terapias holísticas, xamânicas e sem o uso de fármacos foi o objetivo que norteou o trabalho. Os objetivos específicos compreendem: contar a vivência das fontes de forma humanizada, colocar em prática a narrativa do jornalismo literário por meio da produção de perfis e desenvolver um estilo de diagramação e design gráfico capaz de aproximar o gênero impresso de algumas características dos meios digitais. Há intenção de publicar o livro por meio de uma editora reconhecida nacionalmente. Um dos objetivos ao escrever o livro foi contribuir para preencher uma lacuna deixada pela mídia tradicional. As matérias encontradas sobre cura por meio de rituais espirituais são muito esporádicas e insuficientes para abordar esses métodos terapêuticos. As notícias são factuais, curtas, sobre assuntos pontuais e a maioria sequer cita personagens. Normalmente notícias que se relacionam com a espiritualidade são deixadas de lado por serem consideradas "polêmicas". No entanto, ter acesso à informação é um direito fundamental de todos os cidadãos. Além disso, há uma seletividade nessa postura da imprensa, já que algumas crenças têm espaço assegurado nos veículos tradicionais em detrimento de outras. De acordo com Amanda Miranda, em seu texto "Quando a religião é pauta" (2017), é preciso reconhecer que os sistemas de crença fazem parte da formação das audiências e, nesse sentido, os repórteres e editores são agentes desse sistema. O formato livro-reportagem foi escolhido pelas possibilidades que traz no que diz respeito à profundidade textual – com uso de artifícios próprios do jornalismo literário – a qualidade das fotografias e a durabilidade, tornando as histórias perenes. Além disso, as curandeiras têm um contato muito próximo com a natureza, com a terra, isso justifica a escolha por um formato clássico, que não necessita de nenhum aparato tecnológico para ser acessado. Em tempos líquidos, caracterizados pela avalanche de informações, é de suma importância que o conteúdo publicado pelos jornalistas seja um reflexo da realidade, pois o jornalismo opera, segundo Jorge Ribeiro, em seu texto "A 'religião' do jornalismo" (2009), uma criação do mundo, se não em sua totalidade e materialidade, pelo menos em seu significado social. E não falar sobre cura através da espiritualidade carrega um significado simbólico: a deslegitimação da vivência de várias pessoas que curam e foram curadas dessa forma. Na Idade Média, a voz das bruxas era calada na fogueira ou à custa de castigos e ameaças. Na atualidade, o seu silenciamento talvez contribua para atos de intolerância que depois ocupam os mesmos veículos de comunicação que se recusaram a ouvir tais vozes. Por outro lado, terapias holísticas têm ganhado cada vez mais espaço na sociedade, tanto que, em março de 2017, o Ministério da Saúde incluiu 14 novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a divulgação dessa notícia aconteceu de forma superficial, sem aprofundamento sobre a prática, o que historicamente acontece quando o assunto são as formas de cura que fogem da medicina tradicional. |
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INTRODUÇÃO |
Do ponto de vista metodológico, o primeiro passo foi desenvolver abordagens teóricas que serviriam de pilares para a concepção do produto, pois acredita-se que a prática jornalística é indissociável da teoria. Portanto, foram adotados os conceitos de jornalismo literário, técnicas de apuração e jornalismo humanizado, com base em autores como Montipó e Farah, Felipe Pena, Gay Talese, Tom Wolfe, Nilson Lage e Edvaldo Pereira Lima. Os recursos estilísticos do jornalismo literário, herdados do New Journalism, inspiraram a estrutura textual, tal como ensina Wolfe (2005): construção cena a cena, uso de diálogos, fluxo de consciência e descrição de status de vida. A intenção foi retratar de forma humanizada cada uma das histórias de vida. Ainda que partindo de uma vivência singular, a realidade dessas mulheres é a representação de muitas outras curandeiras. Sérgio Vilas-Boas, no texto “Perfis: o mundo dos outros 22 personagens e 1 ensaio” (Manole, 2014), explica que os perfis jornalísticos são a arte de encontrar pessoas que agem e/ou pensam de maneira diferente da multidão e contar essas histórias.吀愀洀戀洀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 甀洀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀砀瀀氀漀爀愀琀爀椀愀Ⰰ 搀攀 洀漀搀漀 愀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀爀 猀攀 漀 氀椀瘀爀漀 愀椀渀搀愀 猀攀爀椀愀 甀洀 昀漀爀洀愀琀漀 瀀漀猀猀瘀攀氀 搀椀愀渀琀攀 搀攀 甀洀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀 椀洀攀爀猀愀 渀漀 洀甀渀搀漀 搀椀最椀琀愀氀⸀ 䌀漀洀漀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀Ⰰ 瀀漀搀攀ⴀ猀攀 愀昀椀爀洀愀爀 焀甀攀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀 漀 洀攀爀挀愀搀漀 攀搀椀琀漀爀椀愀氀 攀猀琀 挀爀椀猀攀 攀 漀 搀愀 愀甀琀漀瀀甀戀氀椀挀愀漀Ⰰ 攀洀 挀爀攀猀挀椀洀攀渀琀漀⸀ 䐀愀搀漀猀 搀愀 倀攀猀焀甀椀猀愀 倀爀漀搀甀漀 攀 嘀攀渀搀愀 搀漀 匀攀琀漀爀 䔀搀椀琀漀爀椀愀氀 䈀爀愀猀椀氀攀椀爀漀 洀漀猀琀爀愀洀 焀甀攀 攀洀 ㈀ 㠀 漀 洀攀爀挀愀搀漀 攀搀椀琀漀爀椀愀氀 猀漀昀爀攀甀 甀洀 攀渀挀漀氀栀椀洀攀渀琀漀 搀攀 Ⰰ㤀─ 猀攀 挀漀洀瀀愀爀愀搀漀 愀漀 愀渀漀 愀渀琀攀爀椀漀爀Ⰰ 洀愀猀 挀漀洀 椀猀猀漀 漀 洀攀爀挀愀搀漀 搀愀 愀甀琀漀瀀甀戀氀椀挀愀漀 挀爀攀猀挀攀甀⸀ 伀 䌀氀甀戀攀 搀攀 䄀甀琀漀爀攀猀Ⰰ 瀀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀Ⰰ 焀甀攀 瀀攀爀洀椀琀攀 愀 瀀甀戀氀椀挀愀漀 搀攀 氀椀瘀爀漀猀 搀椀最椀琀愀椀猀 攀 昀猀椀挀漀猀Ⰰ 琀攀瘀攀 甀洀 挀爀攀猀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀 ㌀ ─ 攀洀 ㈀ 㠀Ⰰ 挀漀洀漀 爀攀最椀猀琀爀愀 漀 瀀漀爀琀愀氀 倀甀戀氀椀猀栀渀攀眀猀⸀ 䄀 䈀椀戀氀椀漀洀甀渀搀椀Ⰰ 漀甀琀爀愀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀 搀椀最椀琀愀氀Ⰰ 搀漀戀爀漀甀 猀攀甀猀 爀攀最椀猀琀爀漀猀 搀攀 愀甀琀漀爀攀猀 椀渀搀攀瀀攀渀搀攀渀琀攀猀 攀 瀀甀戀氀椀挀漀甀 㤀㌀ 氀椀瘀爀漀猀 渀攀猀琀攀 洀攀猀洀漀 愀渀漀⸀ 伀甀 猀攀樀愀Ⰰ 愀椀渀搀愀 焀甀攀 攀猀琀攀樀愀洀漀猀 渀愀 攀爀愀 搀愀 椀渀琀攀爀渀攀琀 攀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 猀攀 愀瀀爀漀瀀爀椀攀 搀攀 愀爀琀椀昀挀椀漀猀 琀攀挀渀漀氀最椀挀漀猀 愀 昀椀洀 搀攀 猀攀 爀攀椀渀瘀攀渀琀愀爀Ⰰ 漀猀 氀椀瘀爀漀猀 挀漀渀琀椀渀甀愀洀 攀洀 愀氀琀愀⸀
Outra pesquisa realizada foi sobre o tema. Ao digitar as palavras “curandeiras” e “curas espiritualidade” no Google, das 19 páginas que apareceram, 7 eram portais de notícias e, destas, apenas uma possuía abordagem não factual. Com isso, pode-se perceber a falta de produção jornalística sobre essa temática. Outro exemplo é a falta de cobertura dos eventos que unem religião e cura. Dos dias 22 a 27 de novembro de 2017 aconteceu, em Curitiba, o 4o Festival Sul-Americano dos Sagrados Saberes Femininos. Contudo, nenhum veículo online publicou nada acerca do evento. Sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no entanto, evento religioso, que aconteceu no Rio de Janeiro em 2013, grandes portais, tais como Globo e Estadão, fizeram a cobertura. A quebra desse tabu sobre espiritualidade, alimentado pelo jornalismo, só vai acontecer à medida que informações contextualizadas, narrativas sensíveis e com fontes plurais forem critérios para a apuração do tema. 䔀猀猀愀 瘀椀猀漀 愀甀砀椀氀椀漀甀 渀愀 攀猀挀漀氀栀愀 瀀漀爀 爀攀琀爀愀琀愀爀 攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀Ⰰ 栀椀猀琀漀爀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 猀漀昀爀攀洀 挀漀洀 愀 搀椀猀挀爀椀洀椀渀愀漀⸀ 䄀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 甀洀愀 瘀椀猀漀 爀攀搀甀挀椀漀渀椀猀琀愀Ⰰ 愀 漀瀀椀渀椀漀 瀀切戀氀椀挀愀 愀椀渀搀愀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀 愀 瘀椀瘀渀挀椀愀 搀攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 搀攀 昀漀爀洀愀 栀漀猀琀椀氀 攀 洀愀爀最椀渀愀氀椀稀愀搀愀⸀
Tendo em vista essa situação, com o uso das fotografias e recursos literários, buscou-se aproximar o leitor de fontes ligadas à cura. Para cumprir esse papel e servir ao jornalismo emancipatório, optou-se por dar espaço de fala majoritariamente às protagonistas e pessoas que fazem parte dessas histórias, como seus filhos, clientes e colegas. 䄀猀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 瀀愀爀愀 挀栀攀最愀爀 愀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀 昀漀爀愀洀 洀甀椀琀愀猀⸀ 伀 瀀爀漀樀攀琀漀 最爀昀椀挀漀 昀漀椀 椀渀猀瀀椀爀愀搀漀 渀漀猀 氀椀瘀爀漀猀 ᰀ䐠攀甀猀Ⰰ 挀漀洀漀 攀氀攀 渀愀猀挀攀甀ᴀⰠ 搀攀 刀攀椀渀愀氀搀漀 䨀漀猀 䰀漀瀀攀猀Ⰰ 攀 ᰀ传 猀攀最爀攀搀漀 搀漀猀 挀漀爀瀀漀猀ᴀⰠ 攀猀挀爀椀琀漀 瀀漀爀 䐀爀⸀ 嘀椀渀挀攀渀琀 䐀椀 䴀愀椀漀 攀 刀漀渀 䘀爀愀渀猀挀攀氀氀⸀ 䨀 愀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 昀漀椀 椀渀猀瀀椀爀愀搀愀 攀洀 ᰀ倠爀攀猀漀猀 焀甀攀 洀攀渀猀琀爀甀愀洀ᴀⰠ 搀攀 一愀渀愀 儀甀攀椀爀漀稀Ⰰ 攀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 栀甀洀愀渀椀稀愀搀漀 搀攀 琀攀砀琀漀猀 搀攀 愀甀琀漀爀攀猀 挀漀洀漀 䔀氀椀愀渀攀 䈀爀甀洀 攀 䌀愀挀漀 䈀愀爀挀攀氀氀漀猀⸀
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OBJETIVO |
Conforme mencionado no item de descrição das pesquisas realizadas, para a concepção do produto buscou-se unir jornalismo humanizado e estratégias de narrativas literárias. Montipó e Farah, em seu texto “Relato humanizado no jornalismo: a importância da humanização na narrativa para um jornalismo transformador” (5a Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, 2009), defendem que as pautas precisam de alma, de coração, para narrar as histórias.䄀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀 瀀爀漀樀攀琀漀 椀渀椀挀椀漀甀 挀漀洀 愀 愀瀀甀爀愀漀 搀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 䨀甀氀椀愀渀攀⸀ 䄀瀀猀 爀攀愀氀椀稀愀爀 愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 攀 挀漀洀攀愀爀 愀 攀猀挀爀攀瘀攀爀Ⰰ 爀攀挀漀爀爀椀 愀漀 瀀愀爀愀搀椀最洀愀 搀愀 䨀漀爀渀愀搀愀 搀漀 䠀攀爀椀Ⰰ 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀搀漀 瀀漀爀 䨀漀猀攀瀀栀 䌀愀洀瀀戀攀氀氀Ⰰ 焀甀攀 昀漀爀洀甀氀愀 甀洀愀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 渀愀猀 戀漀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 樀 挀漀渀琀愀搀愀猀 瀀攀氀愀 栀甀洀愀渀椀搀愀搀攀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 愀琀爀愀攀渀琀攀 瀀愀爀愀 挀愀搀愀 甀洀 搀漀猀 瀀攀爀昀椀猀⸀ 倀爀漀挀甀爀攀椀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀爀 挀愀搀愀 甀洀 搀漀猀 愀爀焀甀琀椀瀀漀猀 瀀爀攀猀攀渀琀攀猀 渀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀攀 挀愀搀愀 甀洀愀 搀愀猀 昀漀渀琀攀猀 攀 漀猀 瀀漀渀琀漀猀 搀攀 瘀椀爀愀搀愀 渀愀 栀椀猀琀爀椀愀Ⰰ 瀀愀爀愀 焀甀攀 攀猀琀攀猀 昀漀猀猀攀洀 攀砀瀀氀漀爀愀搀漀猀 挀漀洀 洀愀椀漀爀 搀攀琀愀氀栀愀洀攀渀琀漀⸀
O mês de março de 2018 foi dedicado à história de Caro Mottin. Para construir o perfil dela também conversei com sua mãe, a taróloga Zankara; Priscila, sua amiga, além de colher depoimentos de cinco de suas pacientes. Em abril, viajei para Florianópolis a fim de conhecer o trabalho de Bárbara e Marina. Além de conversar com as duas perfiladas, foi possível entrevistar outras mulheres que convivem diariamente com elas.䄀 切氀琀椀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 愀 猀攀爀 渀愀爀爀愀搀愀 昀漀椀 愀 搀攀 䄀渀愀 䬀愀爀氀愀⸀ 䄀最攀渀搀愀洀漀猀 甀洀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 瀀爀攀猀攀渀挀椀愀氀Ⰰ 洀愀猀Ⰰ 搀攀瘀椀搀漀 瀀愀爀愀氀椀猀愀漀 搀漀猀 挀愀洀椀渀栀漀渀攀椀爀漀猀Ⰰ 渀漀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 猀攀洀攀猀琀爀攀 搀攀 ㈀ 㠀Ⰰ 愀 挀漀渀瘀攀爀猀愀 琀攀瘀攀 焀甀攀 猀攀爀 挀愀渀挀攀氀愀搀愀⸀ 䄀渀愀 昀漀椀 愀 切渀椀挀愀 搀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀 愀 渀漀 猀攀爀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀愀 瀀攀猀猀漀愀氀洀攀渀琀攀Ⰰ 漀 焀甀攀 爀攀猀甀氀琀漀甀 攀洀 甀洀 最爀愀渀搀攀 搀攀猀愀昀椀漀㨀 栀甀洀愀渀椀稀愀爀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 猀攀洀 琀攀爀 攀猀琀愀搀漀 挀漀洀 愀 昀漀渀琀攀Ⰰ 洀愀猀Ⰰ 搀椀愀渀琀攀 搀攀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 琀漀 猀椀渀最甀氀愀爀Ⰰ 愀戀漀爀琀愀爀 漀 瀀攀爀昀椀氀 渀漀 攀爀愀 甀洀愀 漀瀀漀⸀
Durante todo o processo de produção, houve dificuldade para contatar as perfiladas, pois vivem em lugares sem acesso à internet. Aliada à falta de interesse da grande mídia, a dificuldade de comunicação com as fontes pode ser um dos fatores que faz com que essas histórias não sejam retratadas. Contudo, segundo Adelmo Genro Filho, em seu texto “O Segredo da Pirâmide” (Insular, 2012), o papel do jornalismo é atuar nas brechas. Há muitas curandeiras mundo afora, mas a mídia não fala sobre essa realidade, dando margem para diversas interpretações que podem reforçar estereótipos negativos ligados à bruxaria, por exemplo. Montipó e Farah, em seu texto “Relato humanizado no jornalismo: a importância da humanização na narrativa para um jornalismo transformador” (5a Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, 2009), discutem a necessidade de um jornalismo capaz de ampliar o espaço para o relato dos protagonistas, a fim de que o espaço de debate também seja também ampliado. 䔀洀 瀀愀爀愀氀攀氀漀 瀀爀漀搀甀漀 琀攀砀琀甀愀氀Ⰰ 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 瀀攀渀猀愀爀 渀愀猀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀⸀ 伀瀀琀攀椀 瀀漀爀 甀琀椀氀椀稀愀爀 漀 洀愀琀攀爀椀愀氀 搀漀猀 昀漀琀最爀愀昀漀猀 焀甀攀 樀 愀挀漀洀瀀愀渀栀愀瘀愀洀 漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀攀 挀愀搀愀 甀洀愀 搀愀猀 瀀攀爀昀椀氀愀搀愀猀 栀 愀氀最甀洀 琀攀洀瀀漀 瀀漀爀 攀渀琀攀渀搀攀爀 焀甀攀Ⰰ 瀀攀氀漀 挀漀渀瘀瘀椀漀 搀攀 氀漀渀最愀 搀愀琀愀Ⰰ 漀 漀氀栀愀爀 搀攀氀攀猀 猀攀爀椀愀 甀洀 爀攀琀爀愀琀漀 洀愀椀猀 昀椀攀氀 攀 愀瀀甀爀愀搀漀 搀愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 搀攀猀猀愀猀 洀甀氀栀攀爀攀猀⸀
Outra etapa foi o projeto gráfico e impressão do livro. Para a diagramação, optei por um conceito minimalista, fazendo uso de margem de respiro e o uso do preto e branco. A escolha do papel pólen soft se deu pelo aspecto mais “antigo” e toque suave. Afinal, ler um livro é uma experiência, não é apenas a história que fica na memória, por isso o cuidado com a escolha do papel e do formato da capa. 䄀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀 氀椀瘀爀漀 洀攀 昀攀稀 瘀攀爀 渀漀瘀愀猀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀Ⰰ 渀漀 猀 瀀愀爀愀 漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ 洀愀猀 瀀愀爀愀 愀 挀愀爀爀攀椀爀愀Ⰰ 攀渀焀甀愀渀琀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀⸀ 䄀漀 瘀椀猀氀甀洀戀爀愀爀 甀洀愀 愀氀琀攀爀渀愀琀椀瘀愀 瀀愀爀愀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 琀爀愀搀椀挀椀漀渀愀氀Ⰰ 攀渀挀愀洀椀渀栀攀椀 愀 漀戀爀愀 瀀愀爀愀 挀愀搀愀猀琀爀漀 渀漀 䤀匀䈀一Ⰰ 䤀渀琀攀爀渀愀琀椀漀渀愀氀 匀琀愀渀搀愀爀搀 䈀漀漀欀 一甀洀戀攀爀⸀ 䄀瀀猀 漀 挀愀搀愀猀琀爀漀Ⰰ 昀漀椀 昀攀椀琀漀 漀 爀攀最椀猀琀爀漀 渀愀 䈀椀戀氀椀漀琀攀挀愀 一愀挀椀漀渀愀氀 攀 愀 昀椀挀栀愀 挀愀琀愀氀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 焀甀攀 挀漀渀猀琀愀 渀漀 攀砀瀀攀搀椀攀渀琀攀 搀漀 氀椀瘀爀漀⸀ 䘀椀挀愀 愀最漀爀愀 愀 琀愀爀攀昀愀 搀攀 瀀甀戀氀椀挀愀爀 漀 氀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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