ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00564</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Livro livre - um mundo na praça</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Augusto Hiroshi Kuamoto (Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing); Douglas Renê Barra (ESPM)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ESPM-SUL hospeda empresas juniores com perfis diversificados e com afinidades pertinentes às áreas de atuação de cada curso. A Co.De - Comunicação e Desing Jr., como uma delas, disponibiliza vagas para alunos em cinco setores diferentes, sendo eles Agência, Áudio e Vídeo, Digital, Fotografia e Moda. Desta forma, os alunos, desde os primeiros contatos com estas linguagens, começam a organizar-se e pôr em prática o aprendizado das aulas, por meio da produção de peças como vídeos publicitários, animações e curta-metragens. A Feira do Livro de Porto Alegre, entrou em contato com a Co.De Áudio e Vídeo, para a criação de uma animação. No que se refere ao trabalho, o intuito da campanha era traçar um conceito e produzir um produto audiovisual que buscava divulgar o acontecimento da Feira do Livro de Porto Alegre no ano de 2018. Pretendia-se fomentar por meio de uma narrativa a aproximação dos seus diferentes públicos, com faixas etárias bem diversas, buscando uma abordagem mais poética para esse comunicado. Vale ressaltar pilares chaves da estrutura narrativa como: a importância da leitura e da realização da feira todos os anos. Buscou-se estruturar para o presente trabalho, uma narrativa que possibilitasse tanto um ponto de vista mais lúdico mas que também fosse assertiva ao atender o briefing, tendo em vista o potencial criativo necessário para comunicar aos diferentes públicos, e gerar interesse. Considerou-se, para a criação do filme, os meios de possível veiculação, sendo eles: Internet e Televisão. Assim, estabeleceu-se, em reuniões com o cliente, que o formato mais adequado para a narrativa e suas características seria de uma animação com duração de trinta segundos. Desde a concepção do roteiro, a decupagem, e os apelos estéticos desenvolvidos para a elaboração dos cenários, todos tiveram uma forte orientação para uma linguagem mais poética. Optou-se por uma narrativa menos literal que, ao se assemelhar a um conto, possibilitasse uma identificação com temáticas de leitura e imaginação, mas ao mesmo tempo fizesse uma alusão ao acontecimento da Feira. Assim, da mescla de um stop motion feito com páginas de livros e uma animação 2D, foi possível orientar a narrativa para um ponto de vista diferente da linguagem publicitária, que era utilizada anteriormente nas campanhas da Feira do Livro. Pretende-se, com o vídeo em questão, estreitar a relação dos públicos e a Feira do Livro de Porto Alegre reforçando as características culturais e artísticas do evento. Para isto, a estética e linguagens visuais utilizadas tem como diretrizes narrativas processos artesanais de animação como o stop motion, dando ênfase a imaginação e a ludicidade da leitura. O vídeo, por fazer parte das estratégias de divulgação do evento, também busca despertar o interesse de novos frequentadores. Portanto ao adotar recursos de um storytelling mais cinematográfico e uma narrativa mais poética, criou-se uma animação em formato de um conto. Proporciona-se assim uma narrativa divertida e condizente com o DNA da feira, como também um cartão de visitas para o evento. Mckee (2017) faz uma ressalva em relação ao apetite por conteúdos em narrativas  O apetite por estórias é um reflexo da necessidade profunda do ser humano em compreender os padrões do viver (MCKEE, 2017, p.25) sendo isso não só um exercício intelectual, como também uma experiência pessoal e emocional. Assim, linguagens que destacam e aprofundam o ato de contar uma história, se tornam um fator que enriquece o processo de comunicação, que além de um conceito possibilitam a vivência de uma experiência. Assim, com uma devida organização e representação de pontos de vistas pertinentes, o conteúdo pode conciliar tanto um nível de entretenimento ao ser consumido como também seu impacto como experiência audiovisual de divulgação na vida desses públicos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Optou-se por desenvolver uma história em forma de conto, que representasse de forma metafórica o acontecimento anual da feira do livro. Um dos propósitos era criar uma conexão emocional, utilizando a praça como metáfora na apropriação do espaço público, através da valorização territorial que a feira oferece ao público durante suas atividades, umas vez que ali circulam mais de um milhão e meio de pessoas de acordo com dados da câmara do livro. . O roteiro dramático foi estabelecido, a trama se desenvolve em torno de uma grande árvore, que existia no centro de um pequeno vilarejo. O filme se inicia com fileiras de bandeiras festivas balançando ao vento, e dentro delas a animação do nascer de uma árvore. O narrador conta sobre uma época do ano extremamente esperada pela vila, que celebrava o florescer da grande árvore. Essa época representava uma eminente colheita e fartura para os moradores. Todavia, para que essa celebração acontecesse, era necessário que os cidadãos da vila unissem o calor dos seus corpos e protegessem a árvore do frio. Assim, fazendo a árvore resistir ao inverno e recompensar o vilarejo com uma farta colheita. Ao mesmo ritmo da narração, o filme se reveza com animações 2D na apresentação da história, e em seguida com animação em stop motion. De páginas de livros, começam a se erguer casas, cercos, bancos e diversos outros elementos da vila. Por fim o filme se encerra com as mesmas animações das bandeiras utilizadas no começo do filme, trazendo informações como as datas e o local onde ocorreu o evento. A próxima fase do projeto foi desenvolver um tratamento do filme, em que contivesse o roteiro técnico  narrativa com especificações técnicas da equipe  , o storyboard  sequência de desenhos que simulam os planos do filme  e um monstro  uma simulação do filme e seu ritmo, montado a partir de cenas de filmes, séries e publicidades  a fim de que pudesse ser analisada e visualizada em linhas gerais a fluidez da história. A história foi dividida em três momentos, em que percebia-se um contraste maior dos climas predominantes, sendo o primeiro a exposição da vila e a existência da festividade, o sengundo a chegada do inverno, e por fim a resolução das adversidades. A direção de cena, ao decupar esses momentos, estabeleceu que tipos de linguagens tanto visuais como sonoras poderiam acarretar em uma carga dramática apropriada para a narrativa em cada momento. Como por exemplo, a escolhas dos tipos de animação a se utilizar em cada momento e quais seriam as suas características rítmicas e de textura. Barnwell (2013) pondera a respeito da criação de sequências, afirmando que quando um diretor lê cada cena deve considerar as opções de filmagem que ajudarão a confeccionar o significado pretendido. Afinal, cada plano individual transmite por si um significado, que em uma ordem específica adiciona mais profundidade na inspiração desejada, seja ela de suspense, amor, ódio etc. Um conceito chave para a direção de cena, foi a utilização de uma linguagem visual mais leve, que junto da narração mais poética poderia trazer mais fugacidade para o filme. Partindo desse princípio, no stop motion somente estão presentes elementos de arquitetura e flora da vila, dando assim mais respiro para o que estava sendo representado e permitindo que o espectador pudesse imaginar os outros elementos de forma mais livre. A direção de arte teve um papel fundamental no processo de construção dos pilares visuais do enredo. Na criação do cenário, optou-se por utilizar uma vertente arquitetônica da própria cidade de Porto Alegre da décadas de 80 e 90, e em específico alguns elementos da praça da Alfândega, e ao mesmo tempo com algumas características criadas para a vilarejo do filme. Podendo criar assim, um cenário original para a narrativa com a presença de alguns elementos que pudessem despertar uma conexão com o imaginário da arquitetura real de onde ocorre a feira. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma vez aprovado o roteiro e em linhas gerais as diretrizes narrativas a se seguir, discutidas em reuniões com o cliente, deu-se início a fase de pré-produção do filme. Sobre o qual se estabelece um cronograma geral de entregas e encontros, de todas as áreas envolvidas na produção. Nessa etapa, o diretor de cena fez uma decupagem das cenas do filme. Considerou-se que tipos de enquadramentos, movimentos de câmera e as características das animações que seriam utilizados para contar a história visualmente. A direção de arte, fez uma ampla pesquisa de referências referente aos estilos arquitetônicos que poderiam ser adotados, peculiaridades de construção da cenografia, materiais a se utilizar. Ao se confeccionar o fundo do cenário a maior referência conceitual e prática foi Hoje é Dia de Maria, uma minissérie brasileira produzida pela Globo, que também utilizavam em sua cenografia um fundo com uma estética de pintura. A equipe de produção, realizou um desenho de produção, englobando todas as logísticas envolvidas no processo de pré-produção e no dia da gravação, como locomoção, alimentação, produção de set e equipamentos de captação. Foi realizado um teste da animação do stop motion, principalmente para verificação da forma como seriam animados os objetos e em que ordem seriam organizados, além disso pode-se testar outros elementos técnicos como a quantidade de fotos necessária para cada movimento, a cenografia e a iluminação. O teste foi gravado para uma análise posterior do desempenho dos elementos. A partir dessas gravações foi montado um novo monstro do filme, dessa vez muito mais preciso ao utilizar as simulações do stop motion. A partir disso, montou-se a ordem do dia para a gravação. O vídeo foi gravado em duas diárias, e todas as cenas foram gravadas no estúdio da ESPM-Sul. A câmera utilizada foi a Sony 7 SII, em uma resolução de 4K. Ao fim da captação, as imagens foram organizadas e iniciou-se o processo de montagem e animação com os softwares Premiere e After Effects. Ambas as animações, Stop motion e a animação 2D, foram animadas no After Effects, além dos movimentos de câmera criados digitalmente. Após alguns cortes, chegou-se ao corte final, que foi para a produção do som do filme. Pelo fato do filme ser uma animação, a narração e todo desenho de som foi criado após a gravação e a montagem. Na fase da edição de som, testou-se diversas combinações de efeitos, foleys e sons ambientes que poderiam criar uma textura sonora que agregasse na progressão narrativa do filme. Respeitando o tom mais poético da animação, buscou-se criar dinâmicas e elementos que não estavam representados visualmente. Chion (2011) ressalta, a possibilidade do cinema sonoro de ampliar a frequência de movimentos e elementos, que ocorrem dentro de um quadro audiovisual cheio de personagens, cenário e pormenores, é devido ao fato do som estar sobreposto à imagem sendo capaz de marcar e destacar um trajeto visual particular nessa imagem. Essa sobreposição, porém, gera um possível efeito de ilusionismo: quando o som faz-se ver na imagem um movimento que não está lá ou não foi possível de se perceber. Uma vez finalizado a edição de som e a mixagem, um arquivo de som final foi enviado de volta para o montador. Simultaneamente a edição de som foi realizado a coloração do filme, e por fim um arquivo final com a mixagem final de som. Novas formas de se produzir e consumir conteúdos estão sendo consideradas e transformados com a invenção de novas plataformas, todavia a forma como arquétipos narrativos entretém e impactam as pessoas permanecem. O processo de criação desse filme publicitário foi de grande aprendizado para todos os alunos envolvidos, uma vez que além do desafio de comunicar o acontecimento do evento, criou-se uma narrativa, com seus respectivos desafios narrativos e estéticos. De maneira que a campanha e sua história possa ter um real impacto na campanha da Feira do Livro de Porto Alegre. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>