ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00567</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Seus órgãos não fazem o caminho. Sua família sabe?</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Laura Graef Hartmann (Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing); Anny Baggiotto (ESPM)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Central de Transplantes do Rio Grande do Sul lida todos os dias com os processos de transplante de órgãos de milhares de pessoas que aguardam na fila. Dada a extensão dessa espera, a qual pode durar anos, percebe-se um motivo claro: a doação de órgãos ainda é inabitual e pouco discutida entre as famílias. Ao considerar a importância da conscientização de falar sobre a doação de órgãos e efetivamente mais doações acontecerem, os alunos do quarto semestre de Publicidade e Propaganda da ESPM-Sul desenvolveram o vídeo "Destinar". Sendo assim, o presente material expõe todas as etapas do processo criativo do conceito e da peça a partir do briefing recebido. Em 2013, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos publicou dados indicando que cerca de metade dos órgãos que poderiam ser doados para os pacientes não se tornava uma doação. Um integrante da ABTO afirmou que a principal justificativa das famílias para não doarem os órgãos era o fato delas nunca terem conversado sobre o desejo de doar. Uma nova pesquisa elaborada pela associação em 2017 continuou a indicar os mesmos dados, com base nas informações das centrais estaduais de transplantes. Novamente, profissionais indicam a falta de diálogo sobre o assunto como um dos principais causadores desses índices. Uma enfermeira dedicou a sua dissertação de mestrado na Universidade Federal de Santa Maria a entender o que as famílias vivem no processo de não doar órgãos, e concluiu que um dos principais fatores era a falta de tempo para refletir sobre o assunto. Nesse contexto, professores da ESPM-SUL formularam um projeto interdisciplinar para a criação de uma campanha e consequentemente de um vídeo por parte dos alunos. O briefing partiu do coordenador da Central de Transplantes do RS, convidado que falou sobre a sua experiência nesse meio, trazendo dados sobre pacientes inscritos em filas de doações que podem demorar mais de três anos, e reafirmando o quanto o diálogo sobre esse assunto entre as famílias é uma das razões que mais impacta na decisão sobre doar, ou não, os órgãos. Assim, o vídeo desenvolvido por um grupo de alunos, apresentado neste trabalho, visou promover uma maior conscientização sobre o tema doação de órgãos, focando na importância das famílias, que são as decisoras legais sobre a doação, abordarem e discutirem sobre esse assunto. O objetivo geral do vídeo para a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul foi instigar o diálogo sobre a doação de órgãos entre qualquer família, promovendo a discussão sobre esse tema e incentivando os cidadãos a avisarem seus familiares, os decisores no momento da doação, sobre a sua vontade de doar ou não os seus órgãos. Isso tudo considerando que, como abordado anteriormente, uma das principais causas das famílias recusarem a doação é por desconhecerem o desejo do possível doador. Considerando que tal assunto normalmente é abordado em outras campanhas de maneira mais séria e fria, o grupo buscou sensibilizar o público a partir de uma abordagem mais divertida e descontraída, promovendo a conscientização com respeito e humor e visando dar uma repaginada em como este tema é abordado normalmente. O projeto busca obter um resultado que influencie positivamente o número de potenciais doadores, contribuindo para a diminuição da fila de pacientes que necessitam de um "novo" órgão para viver. O alcance do vídeo visa ser toda e qualquer família. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tendo em vista a premissa principal do grupo, a de usar o humor como uma ferramenta mais leve, foi possível se chegar a um consenso a respeito dos caminhos criativos e optou-se pela ideia de caracterização e personificação dos órgãos a serem doados, juntamente do conceito de que é necessário que alguém informe em vida seu desejo de ser doador para que a doação ocorra efetivamente. Assim, inicialmente, buscou-se a definição do slogan , frase concisa, marcante e atraente que é de fácil percepção (GONZALES 2003). Com o intuito de enfatizar a importância da comunicação em vida sobre o desejo de ser um doador de órgãos, foi criado o slogan do vídeo: "Seus órgãos não sabem o caminho. Sua família sabe?". Nesta ideia de slogan , buscou-se inferir a personificação dos órgãos como se eles pudessem ficar "perdidos" caso essa conversa não aconteça a tempo. Ainda, procurou-se salientar a importância que a família tem no processo de doação de órgãos como decisora no momento do falecimento. Para início da produção do vídeo, foram feitos esboços da personificação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rim, fígado e intestino, órgãos que podem ser feitos transplantes e que efetivamente salvam vidas. Durante este processo, surgiram opções de representação dos órgãos a partir de de humanos vestindo fantasias, opção escolhida. Para tanto, fez-se necessário outro brainstoming , a fim de reunir ideias para a criação e customização das roupas para direção de arte do vídeo, e era imprescindível que fossem agradáveis visivelmente. Posteriormente, para elaboração das cenas e aplicação do conceito nas mesmas, foram feitos rafes, ou seja, desenhos e representações gráficas (GOMES, 2001). Segundo Frascara (2000), a partir dos rafes é possível organizar as ideias de forma mais eficaz, além de o mesmo possibilitar a visualização da disposição dos elementos, garantindo a compreensão total do público. Foi elaborado então um roteiro para o filme publicitário, no qual os personagens órgãos seriam protagonistas e viveriam situações corriqueiras do dia-a-dia juntamente do seu atual "dono", um homem genérico que não chamaria mais atenção do que os personagens principais. Com o apoio do curso de Design de Moda da ESPM-Sul, foram confeccionadas as roupas dos órgãos. Posteriormente, foram selecionados os atores que fariam parte do elenco do vídeo e dariam vida ao coração, pulmão, rim, intestino e fígado, para que então fossem gravadas as cenas do filme publicitário nos diversos locais da cidade de Porto Alegre. Para isso, as definições finais referentes ao filme foram apresentadas em uma pasta de produção, onde foram compiladas as ideias iniciais,referências gráficas, roteiro dramático e técnico do filme, mood , storyboard - sequência de desenhos que representam os planos do filme - e referências de direção de arte,fotografia, locações, elenco, e trilha, de forma que o documento serviu de guia para a produção e pós-produção do vídeo. Para os dias de filmagem, foram desenvolvidas as ordens do dia, documento onde constavam as informações de contato da equipe e do elenco, locações do dia, informações sobre o clima e os horários determinados para a filmagem de cana cena/plano, intervalos e deslocamentos. Após as gravações, o grupo partiu para os processos finais. A partir das cenas escolhidas, a montagem do filme aconteceu selecionando os cortes e planos de acordo com o que tinha sido imaginado na construção do roteiro técnico e considerando o que mais fazia sentido para a narrativa. Dessa forma, o próximo passo foi a pós-produção que consistiu em corrigir as cores das imagens a fim de garantir a harmonização com o tom que o grupo havia pensado desde o início. Com isso pronto, a fase final foi a elaboração da trilha e os efeitos sonoros. A trilha foi composta com a preocupação de mostrar o humor e ser coesa com os acontecimentos do filme. Essas etapas foram realizadas na ilha de edição da ESPM-Sul e orientadas na disciplina de Prod. Audiovisual.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O vídeo começa com o alarme de um celular, indicando que é apenas mais uma manhã normal no dia de uma pessoa qualquer. O personagem desce da cama, calça as pantufas e segue seu caminho, logo sendo seguido por alguns pares de pés. Essa cena, assim como a narrativa toda, é bem rápida e cheia de detalhes, instigando que o espectador assista mais de uma vez cada etapa da história e "desbloqueie" novos entendimentos do vídeo. Saindo do quarto, o vídeo segue no banheiro, onde o personagem principal preparar a escova de dentes e, ao levá-la a boca, tem o movimento acompanhado pela câmera, que revela os cinco personagens principais da história, os órgãos. Essa cena também mostra o rosto do personagem principal pela primeira vez, que foi construído pensando em um homem genérico, representando qualquer um e não roubando o foco dos órgãos em nenhum momento, apenas um veículo para o desenvolvimento da história. A partir dessa cena, situações cotidianas são apresentadas evidenciando como cada órgão é importante para o ser humano. O Coração e o Pulmão sofrem enquanto o personagem anda de bicicleta, o Intestino aponta desesperadamente para o banheiro após o consumo de comida apimentada. O Coração chora enquanto assistem um filme triste e o fígado briga com o personagem quando ele indica interesse em álcool. Em todas as cenas possíveis o Rim está consumindo algum tipo de líquido, precaução que devemos tomar para evitar pedras nos rins. Todas as situações apresentadas no vídeo incentivam uma vida de hábitos saudáveis, indicando que o personagem era um bom candidato para a doação de órgãos. O desfecho do vídeo é apresentado quando o personagem atravessa a rua de maneira descuidada, sem olhar para a sinalização de trânsito, e a expressão dos órgãos juntamente com os efeitos sonoros indicam o atropelamento do personagem. Após um breve momento de tela escura, os órgãos aparecem em um plano fechado, checando um mapa e olhando através de binóculos. Em seguida o plano abre, revelando que na verdade eles se encontram na frente do hospital, mas mesmo assim não sabem para onde devem ir. A tela fica mais clara e o slogan da campanha aparece, seguido pela chamada "Seja doador, avise sua família." Criou-se então uma pasta de pré produção, que continha referências gráficas, roteiro dramático e técnico do filme, mood , storyboard, e referências de direção de arte, fotografia, locações, elenco (selecionado a partir de um teste presencial realizado pelo grupo), e trilha, de forma que o documento serviu de guia para a produção e pós-produção do vídeo. Para o figurino, foram desenvolvidas ilustrações de cinco órgãos que podem salvar vidas: Coração, Rim, Fígado, Intestino e Pulmão. As ilustrações foram impressas em tecido, estofadas como almofadas e amarradas à macacões brancos também desenvolvidos pelo grupo, com assistência da área da moda da ESPM. Ainda buscando o tom mais descontraído, optou-se por uma paleta de cores vibrantes para as ilustrações dos órgãos e mais pastéis para a finalização das peças. Em relação a tipografia utilizada na assinatura do vídeo, optou-se uma fonte mais séria. Optou-se por planos mais abertos para contextualizar o local em questão e planos mais fechados para focar nas ações dos personagens e criar uma dinâmica dentro de cada cena. Em relação a altura do ângulo, escolheu-se manter um ângulo normal considerando que o filme possui um tom neutro. Após a captura das imagens, deu-se início à pós produção (decupagem,montagem, tratamento de áudio, tratamento de vídeo e inserção da legenda). Considerando o clima alegre que o grupo visava para o vídeo, buscou-se desenvolver uma trilha animada e coerente com as ações dos personagens, enquanto isso, os efeitos sonoros escolhidos auxiliaram no sentido de cenas específicas. Ainda, o tratamento das cores ajudou na  animação dos órgãos e no mood do filme (que altera após a morte do homem). A legenda final entrega aos espectadores proposta do vídeo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>