ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00619</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O preço da informação: as interferências à liberdade de imprensa no trabalho dos jornalistas investigativos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ana Clara Gobbes Faria (Universidade Positivo); Felipe Harmata Marinho (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"O preço da informação: as interferências à liberdade de imprensa no trabalho dos jornalistas investigativos" é um livro-reportagem, produzido para a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso em 2018, que reflete sobre a importância da liberdade de imprensa por meio de relatos de jornalistas investigativos que sofreram formas de cerceamento ao livre exercício de suas atividades profissionais. Partindo da constatação de que os ataques contra jornalistas são um problema significativo ao redor do mundo (com base nas pesquisas documentais e bibliográficas que precederam a elaboração do livro), e destacando que os repórteres investigativos são expostos com maior frequência a esses riscos pela natureza de suas investigações, a estudante identificou a necessidade de abordagem jornalística do tema. O relatório da UNESCO "2018 DG Report on the Safety of Journalists and the Danger of Impunity" aponta que 1010 jornalistas foram assassinados ao redor do mundo entre os anos de 2006 e 2017 (UNESCO, 2018). De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras, mais da metade dos jornalistas assassinados em 2017 "foram assassinados, alvos deliberados, porque suas investigações perturbavam os interesses de alguma autoridade política, econômica ou de grupos criminosos" (REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS, 2017). Confrontam-se esses dados sobre os crimes contra a imprensa com a real relevância social desses profissionais, em especial, no caso do trabalho, os jornalistas investigativos. Como afirma Cleofe Sequeira no livro "Jornalismo investigativo: o fato por trás da notícia", a essência da atividade desses repórteres está em "mostrar 'a verdade' que alguém deseja esconder" (Summus, 2005, p.71). Ulla Carlsson e Reeta Pöyhtäri, no livro "The assault on journalism: building knowledge to protect freedom of expression", ressaltam a importância do estudo das violações à liberdade de imprensa nas pesquisas acadêmicas, uma vez que podem "contribuir para a criação de condições mais seguras de trabalho para todos os que fazem jornalismo" (Nordicom, 2017, p. 15, tradução da autora). Aliada à proposta de fortalecimento desses estudos no meio acadêmico, destaca-se a proposta de exercício prático, pela estudante, em sua área de formação ao elaborar um livro-reportagem sobre o tema, formato que, de acordo com Eduardo Belo na obra "Livro-reportagem", apresenta "possibilidades para a experimentação, uso da técnica jornalística, aprofundamento da abordagem e construção da narrativa" (Contexto, 2006, p. 41). Fundamentando-se no objetivo geral de refletir sobre a importância da liberdade de imprensa e da proteção a esse princípio, os objetivos específicos do trabalho são apontar as consequências dessas intimidações na vida pessoal e profissional dos jornalistas investigativos; comparar as formas de interferência à liberdade de imprensa em diferentes países; identificar as principais proteções legais aos jornalistas nas regiões abordadas no livro; e discutir a efetividade das estratégias de proteção aos jornalistas a partir das experiências relatadas pelos profissionais entrevistados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento do livro-reportagem sobre as violações à liberdade de imprensa no trabalho dos jornalistas investigativos exigiu, primeiramente, a elaboração de um projeto de pesquisa, que forneceu à estudante o embasamento teórico necessário para a construção da obra. O projeto abrangeu os métodos de pesquisa bibliográfica e documental, que permitiram o levantamento de obras, documentos e dados estatísticos tanto sobre o tema central do livro (jornalismo investigativo e liberdade de imprensa) quanto sobre tópicos correlatos. A pesquisa bibliográfica foi um componente importante para o delineamento do produto por enriquecer a base de conhecimento da autora sobre a prática e história do jornalismo e da reportagem investigativa, os princípios do Direito nacional e internacional que sustentam a liberdade de expressão e de imprensa, as características do livro-reportagem e o uso de recursos para o aprimoramento da narrativa da obra (como elementos do jornalismo literário e a humanização dos personagens na construção de uma reportagem em profundidade). Segundo Antônio Carlos Gil, em seu livro "Como elaborar projetos de pesquisa", a pesquisa bibliográfica é vantajosa ao "permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente" (Atlas, 2002, p. 45). Foram consultados alguns dos autores mais conhecidos na esfera do jornalismo investigativo (como Cleofe Sequeira, Leandro Fortes e Hugo de Burgh), da relevância social do jornalismo (como Eugênio Bucci e Walter Lippmann), dos direitos à liberdade de expressão e de imprensa (dentre eles, Ingo Sarlet, Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero) e, por fim, do jornalismo literário, novo jornalismo e livro-reportagem (como Edvaldo Pereira Lima, Eduardo Belo e Tom Wolfe). A pesquisa documental, realizada em conjunto com a pesquisa bibliográfica, na fase de elaboração do projeto de pesquisa, envolveu o levantamento de documentos e dados que complementam os estudos teóricos do jornalismo investigativo, da liberdade de imprensa e da construção do livro-reportagem. A aplicação do método abrangeu a obtenção de materiais como relatórios, documentos oficiais referentes a legislações e tratados, bases de dados e reportagens de jornais e revistas. Destaca-se que, no processo de pesquisa documental, foram consultados principalmente materiais divulgados por fontes oficiais, incluindo de setores governamentais (como o Senado Federal e o Conselho Nacional de Justiça) e instituições nacionais e internacionais especializadas em jornalismo e liberdade de imprensa, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a UNESCO, a Federação Internacional dos Jornalistas e as ONGs Artigo 19 e Repórteres Sem Fronteiras. Foram pesquisados para o referencial teórico do projeto de pesquisa os seguintes assuntos: liberdade de expressão, liberdade de imprensa e direito de informação; jornalismo investigativo (conceito e histórico); autorreferência: o jornalismo sobre o jornalismo; livro-reportagem (definição, características e diferenciais do formato); o jornalismo literário no livro-reportagem; a humanização na construção dos personagens; e metodologia para a construção do livro-reportagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Partindo do projeto de pesquisa descrito no item anterior, o desenvolvimento do livro-reportagem envolveu a realização de entrevistas em profundidade, com base em um questionário pré-elaborado, com jornalistas investigativos de diferentes países, dos quais foram selecionados sete profissionais para compor a narrativa da obra. Compreende-se que, por se tratar de um problema de escala global, a presença de relatos de jornalistas de fora do Brasil no livro permite uma compreensão mais ampla, por parte do leitor, da extensão e gravidade das violações à liberdade de imprensa ao redor do mundo. Como critérios de seleção desses jornalistas, foram identificados repórteres investigativos premiados pela produção de reportagens investigativas nos últimos dez anos. Esses critérios adotados justificam a proposta do trabalho de ressaltar a relevância social das investigações desses profissionais e, ainda, contrastar esses reconhecimentos com os ataques à liberdade de imprensa presentes no exercício do jornalismo investigativo. Os capítulos do livro foram divididos segundo as formas de intimidação sofridas pelos personagens: ações judiciais, ataques virtuais, agressões físicas e perseguições e ameaças. Além desses quatro capítulos, o livro-reportagem inclui uma apresentação da autora e de suas motivações pessoais para o desenvolvimento do trabalho; uma introdução com informações históricas e atuais a fim de oferecer ao leitor uma contextualização do tema; e considerações finais, que consolidam a discussão do livro apresentando as possíveis soluções para o problema (que envolvem tanto ações políticas nacionais e internacionais quanto iniciativas da sociedade civil). A narrativa do livro-reportagem, além de se adequar ao jornalismo interpretativo e diversional, com base nos estudos de Francisco de Assis e José Marques de Melo em "Gêneros jornalísticos no Brasil" (Universidade Metodista de São Paulo, 2010), também contém elementos do jornalismo literário e novo jornalismo ("new journalism") ao inserir recursos que buscam a humanização do personagem e uma maior imersão do leitor no contexto da narrativa, como a descrição das cenas e diálogos envolvendo os episódios de intimidação sofridos pelos jornalistas. A diagramação e o projeto visual e gráfico do trabalho foram feitos pela própria estudante. O arquivo para impressão apresenta as dimensões 14 x 21 cm, com miolo de 99 páginas em preto e branco e orelhas de 8 cm. Foram utilizadas as fontes Tahoma (para a capa e os títulos de cada capítulo) e Adobe Caslon Pro (para o texto, as orelhas e a quarta capa do livro, que contém uma breve apresentação da obra). Além do texto, também foram inseridas no início de cada capítulo fotografias dos jornalistas entrevistados (com exceção da introdução e das considerações finais, nas quais foram incluídas uma fotografia de arquivo pessoal e uma ilustrativa de banco de imagens gratuito). A capa contém, como elemento central, uma ilustração feita à mão e retocada digitalmente de autoria da própria estudante; o desenho, que é uma representação dos perigos envolvendo a atividade profissional dos repórteres investigativos, confere ao projeto visual do trabalho a visão pessoal da autora sobre o tema do livro. Também foram escolhidas, para a capa, as cores bege (simbolizando, ao fundo, os papéis-jornal normalmente utilizados nos veículos impressos), cinza e preto (para a ilustração e os textos) e o vermelho (que destaca o título e simboliza o senso de urgência e gravidade da situação que é a violência contra jornalistas e, portanto, o ataque à liberdade de imprensa. Observa-se também que, na capa e ao longo do livro, os títulos foram tachados como parte dos recursos estilísticos do projeto visual do livro; as palavras tachadas representam, dessa forma, as interferências ao livre exercício profissional do jornalismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>