INSCRIÇÃO:	00676
CATEGORIA:	JO
MODALIDADE:	JO13
TÍTULO:	Porto Alegre entre linhas: a presença da capital gaúcha como cenário na literatura brasileira
AUTORES:	Bruno de Moura Raupp da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis); Roberto Villar Belmonte (Centro Universitário Ritter dos Reis)
PALAVRAS-CHAVE:	, , , ,
RESUMO
Através de uma análise de obras literárias gaúchas, que exclusivamente se passam em Porto Alegre, o presente trabalho busca identificar pontos da capital que foram eternizados na literatura, partindo desde livros clássicos como Os Ratos, de Dyonélio Machado, até obras contemporâneas como Mãos de Cavalo, de Daniel Galera. A grande reportagem faz uso do jornalismo literário e de artifícios multimídia (fotos, áudios, hipertexto, ilustrações, discurso oral, efeitos sonoros) para articular as ligações entre ficção e realidade. ਀ O objetivo do presente trabalho foi identificar Porto Alegre na literatura e mostrar como os livros têm a capacidade de eternizar certos momentos através de suas histórias. Além disso, também foi de interesse apontar como certas obras podem narrar e criar imagens na mente dos leitores, remetendo a épocas passadas, com a intenção de ambientá-los. É exatamente isto que ocorre em Cães da Província, de Luiz Antonio de Assis Brasil, livro que foi analisado na matéria. A estrutura do texto foi produzida seguindo conceitos do jornalismo literário, com o intuito de dar uma cara menos formal ao produto final, mas elevando as principais características de ambos os gêneros. ਀ O jornalista Eric Nepomuceno (1999) ressalta sobre este tópico: "Confunde-se literatura com ficção, estabelecendo uma fronteira que não tem nenhuma razão de ser. É como se só um texto ficcional (um conto, um romance) pudesse ser considerado literatura. A questão é bem mais simples, e diz respeito a regras e normas: tudo o que o jornalista não pode ter é uma gota que seja de ficção. Já no conto, ou no romance, tudo que se espera do autor é que ele seja capaz de manipular a realidade, ponto de partida em quase toda a literatura ficcional, e recriá-la, dando até mesmo a supostos absurdos a dose exata de credibilidade. O jornalismo depende da credibilidade que transmite. Na literatura de ficção, isso não acontece. Nela, a credibilidade não faz mais que enriquecer o resultado final." (NEPOMUCENO, 1999, p. 22). ਀ O resultado foi uma matéria que além de conter informações sobre a literatura gaúcha, também atrai pela leveza na leitura, característica essencial para mostrar como os livros podem ser interessantes, principalmente quando são ambientados em locais em que conhecemos, no caso, a cidade de Porto Alegre. ਀ O trabalho foi produzido sob a justificativa para apresentar a literatura gaúcha como porta de entrada para conhecer Porto Alegre e como estas obras têm a capacidade de pincelar a realidade de forma pictórica através das letras, criando uma Porto Alegre que não existiria nem no imaginário, caso não tivesse sido contada através dos livros.
INTRODUÇÃO
O trabalho foi produzido sob a justificativa para apresentar a literatura gaúcha como porta de entrada para conhecer Porto Alegre e como estas obras têm a capacidade de pincelar a realidade de forma pictórica através das letras, criando uma Porto Alegre que não existiria nem no imaginário, caso não tivesse sido contada através dos livros. ਀ Luís Augusto Fischer (2004), em seu livro Literatura Gaúcha: História, Formação e Atualidade, levanta algumas questões sobre a importância, para os próprio gaúchos, da presença gaúcha na literatura nacional: "Existe mesmo uma literatura gaúcha? A pergunta pode parecer uma banalidade para quem não vive no Rio Grande do Sul. Mas para os nativos sulinos é sério: saber se existe autonomia também neste campo é às vezes, questão decisiva, tanto quanto o saber se o Rio Grande do Sul pertence mesmo ao mundo cultural brasileiro" (FISCHER, 2004, p. 7).਀ Em um país em que 40% da população não lê e que 30% nunca comprou um livro, de acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope em 2015, o intuito da matéria era criar um conteúdo para mostrar aos leitores como a literatura pode influenciar na visão de uma cidade. Para isso, foram utilizados diversos artifícios de jornalismo multimídia, como imagens, áudios, mapas interativos, ilustrações e sons ambientes, para que a matéria tivesse um apelo mais forte aos leitores, não dependendo apenas do texto, que poderia soar cansativo.਀ Além disso, o trabalho foi realizado com o pensamento na abordagem que os livros-reportagem possuem, quando há relação entre jornalismo e literatura, já que ambos conversam muito bem e se complementam através de suas linguagens. Este é assunto debatido por Edvaldo Pereira Lima (1993) em seu livro Página Ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura: "Curiosamente, o livro-reportagem pode ser visto como um subsistema híbrido, ligado tanto ao sistema jornalismo quanto ao sistema editoração. No entanto, privilegio, neste livro, sua conexão com jornalismo…" (LIMA, 2008, p. 10).਀ Assim, o produto usufruiu de técnicas do jornalismo literário, mas abordando o assunto, no caso a própria literatura, de forma simples e atrativa para os leitores. ਀䨀 焀甀攀 漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 攀爀愀 甀琀椀氀椀稀愀爀 甀洀愀 瀀爀漀搀甀漀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀 瀀愀爀愀 挀爀椀愀爀 甀洀 洀愀椀漀爀 椀渀琀攀爀攀猀猀攀 瀀攀氀漀 洀甀渀搀漀 搀漀猀 氀椀瘀爀漀猀 渀漀猀 氀攀椀琀漀爀攀猀⸀
OBJETIVO
O trabalho foi elaborado através de um conjunto de técnicas e artifícios. Por se tratar de uma matéria multimídia, a primeira escolha tomada foi de publicá-la na plataforma Atavist (https://brunoraupp.atavist.com/porto-alegre-entre-linhas), pois ela disponibiliza uma imensa variedade de opções para que jornalistas possam incrementar suas produções. Antes do início da produção da matéria, houve uma fase de pesquisa em relação a obras que tivessem Porto Alegre como cenário. Essa pesquisa foi feita online e os livros foram utilizados tanto no formato PDF, como no formato físico, retirados na biblioteca da UniRitter. ਀ As obras escolhidas foram Os Ratos, de Dyonélio Machado, Cães da Província, de Luiz Antonio de Assis Brasil, e Mãos de Cavalo, de Daniel Galera. ਀倀愀爀愀 愀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀漀 琀攀砀琀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 琀挀渀椀挀愀猀 搀攀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 氀椀琀攀爀爀椀漀Ⰰ 挀漀洀漀 愀 椀洀攀爀猀漀 渀愀猀 漀戀爀愀猀 氀椀琀攀爀爀椀愀猀 瀀爀攀猀攀渀琀攀猀 渀愀 洀愀琀爀椀愀Ⰰ 愀氀洀 搀椀猀猀漀 愀 搀攀猀挀爀椀漀 搀攀 挀攀渀爀椀漀猀 琀愀洀戀洀 瀀漀搀攀 猀攀爀 攀渀挀漀渀琀爀愀搀愀 渀漀猀 甀搀椀漀猀 焀甀攀 椀渀琀攀爀挀愀氀愀洀 漀 琀攀砀琀漀 挀漀洀 瀀愀猀猀愀最攀渀猀 搀攀 倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀 瀀爀攀猀攀渀琀攀猀 渀漀猀 氀椀瘀爀漀猀⸀ 䄀洀戀愀猀 猀攀爀瘀椀爀愀洀 瀀愀爀愀 挀爀椀愀爀 甀洀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 攀洀 焀甀攀 漀 氀攀椀琀漀爀 瀀甀搀攀猀猀攀 猀攀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀爀 挀漀洀 愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 挀漀渀琀愀搀愀猀⸀ 倀漀爀 挀漀渀琀愀 搀愀 攀猀挀漀氀栀愀 搀漀 䄀琀愀瘀椀猀琀 挀漀洀漀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀 搀攀 瀀漀猀琀愀最攀洀Ⰰ 昀漀椀 瀀漀猀猀瘀攀氀 甀猀甀昀爀甀椀爀 搀攀 猀甀愀猀 搀椀瘀攀爀猀愀猀 甀琀椀氀椀搀愀搀攀猀 洀甀氀琀椀洀搀椀愀 瀀愀爀愀 愀瀀爀椀洀漀爀愀爀 愀 洀愀琀爀椀愀⸀  ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀　─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀