ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00731</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Geração Conteúdo: A conectividade via mídias sociais a favor do jornalismo audiovisual</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Luis Henrique Souza Cunha (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Ana Luísa Ribeiro Martins (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Pietro Meinhart de Oliveira (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Barbara Henn Bittencourt (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Karine Moura Vieira (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Tanira Bolivar Lebedeff (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Cristine Nunes Pedroso (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Luis Filipe Nunes Gunther (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Victoria Bernardo Thomaz Velho (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Estamos inseridos em um cenário de transformação. O consumo de notícias está mudando, assim como sua produção. Ainda não sabemos exatamente qual caminho estamos trilhando; sabemos, apenas, que os antigos trilhos já não mais conseguem guiar esta locomotiva chamada jornalismo. Nessa conjuntura, o período do aluno na faculdade é a época de ousar, de experimentar. Com essa vontade, os alunos do 4° semestre do curso de jornalismo da ESPM-POA passaram a cursar a disciplina de Produção de Jornalismo em Audiovisual I. Esta foi a primeira vez que a disciplina estava sendo ministrada. Antes da reformulação da matriz curricular, chamava-se Produção e Edição de TV I, com foco específico no telejornalismo. Com a mudança, a proposta era abranger o vasto campo da produção audiovisual e pensar a produção de conteúdo jornalístico para as mídias tradicionais, como TV, e novas plataformas, Instagram e Facebook. Como se comunicar com o público da nossa idade? Eles estão assistindo aos telejornais tradicionais? Como fazer jornalismo de qualidade pelas mídias sociais? Como explorar a interatividade com o público? Essas foram algumas das perguntas levantadas pelos estudantes que, prontamente, começaram a elaborar ideias para sanar tais questionamentos. De maneira disruptiva, foi desenvolvido um produto jornalístico que tivesse como foco não apenas o interesse público como também o interesse do público. O que as pessoas precisam ver e o que elas gostariam de ver em um programa. Assim surgiu o Geração Conteúdo, criado em sua totalidade pelos alunos, da identidade visual à elaboração do cenário. Alinhando o tradicional telejornalismo à linguagem das mídias digitais, o programa, ao longo de três edições, cumpriu seu papel de proporcionar o pensamento e a execução de novas possibilidades de produtos jornalísticos audiovisuais. Cada programa contava com uma dupla de apresentadores e era dividido nos seguintes quadros: - Reportagens: A cada edição eram exibidas três reportagens, de até 3 minutos, das mais diversas editorias produzidas pelos alunos. - Entrevistas: Os apresentadores recebiam, a cada programa, um convidado para dialogar sobre o tema de uma das reportagens apresentadas. - DIY: No quadro Do It Yourself, eram ensinadas dicas para as mais diversas situações. No primeiro programa, por exemplo, foi abordada a separação correta do lixo. - GC News: Inspirado no G1 em 1 Minuto, da TV Globo, o quadro trazia um apanhado das principais notícias da semana de maneira leve e descontraída, sem deixar de lado o rigor da apuração jornalística e do embasamento sobre os temas tratados. Cada programa foi dividido em três blocos e publicados no perfil do Geração Conteúdo no Facebook. Já os seguidores do programa no Instagram, tiveram acesso a um conteúdo exclusivo. Com o auxílio da ferramenta Instagram Stories, foi possível publicar prévias de reportagens, bastidores, chamadas e até mesmo receber sugestões de pauta do público. Outros conteúdos divulgados, de maneira exclusiva, no Instagram foram a Previsão do Tempo e a Agenda Cultural.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com o pesquisador francês Dominique Wolton em seu livro Internet, e Depois? Uma Teoria Crítica das Novas Mídias (Editora Sulina, 2007), tão logo a convergência técnica for efetivamente realizada entre o audiovisual, as telecomunicações e a informática, esta área indubitavelmente não terá limites. E essa convergência técnica a qual o autor se refere já está acontecendo. E rapidamente. Estamos na era do webjornalismo, do newsgame, da realidade virtual e de tantas outras formas experimentais de se transmitir a notícia. Paralelamente, a televisão chega à terceira idade lidando com mudanças, dentre elas a concorrência e, ao mesmo tempo, interação com a internet. A televisão ainda é o meio de massa que chega a maior quantitativo de público. Para Cristiane Finger, no texto Crossmedia e Transmedia: desafios do telejornalismo na era da convergência digital (UFRGS, 2012), os telejornais, em uma tentativa de atender à nova demanda de espectadores, se utilizam do crossmedia, difundindo conteúdos por meio de distintos meios. O novo cenário aponta para severas mudanças entre a relação do jornalismo com a web por meio da noção multiplataforma que começa a se consolidar nas organizações jornalísticas tanto quanto modelo de negócio quanto de distribuição de conteúdo. E a audiência, antigamente passiva na relação com o produto jornalístico, busca cada vez mais agir ativamente nessa relação, emergindo uma procura por interatividade. Em sua tese de doutorado, Rotinas produtivas flexíveis: As tendências e perspectivas do telejornalismo em redes televisivas no contexto de convergência no Brasil (UFPE, 2015), Tanaflae Lordêlo pondera que nessa nova forma de relação com a notícia, o público monta seu próprio  cardápio audiovisual de forma particular, rompendo com a padronização da TV analógica. Emerge, então, um novo pilar de propagação de conteúdo jornalístico audiovisual que propicia a interação com o espectador, a agilidade e a instantaneidade: o Instagram e sua ferramenta Instagram Stories. De acordo com a plataforma, a função dos Stories é permitir o compartilhamento de todos os momentos do seu dia, e não apenas aqueles que deseja manter no seu perfil. Ao compartilhar várias fotos e vídeos, eles aparecem juntos em um formato de apresentação de slides: sua história. O Stories possibilita a disponibilização imediata de notícias de forma curta e com recursos audiovisuais. A ferramenta permite uma diversificada gama de possibilidades de criação de conteúdo jornalístico audiovisual. Entre eles estão o uso de links e emojis, imagens estáticas, vídeos, lettering, bastidores de uma reportagem, chamadas etc. Partindo desse princípio, Vanessa Kannenberg, no texto Senta que lá vem Stories: a apropriação do espaço efêmero do Instagram pelo jornalismo (CIBERJOR, 2017), identifica três categorias nucleares das quais o jornalismo se apropria no espaço Stories, sendo elas: divulgação de conteúdo, cobertura jornalística e conversação. A divulgação de conteúdo é o uso de fragmentos que não foram produzidos especificamente para a plataforma e que não se sustentam de forma isolada. No jargão jornalístico, são espécies de  chamadas ou  manchetes , que pressupõe a presença de hiperlinks. Na cobertura jornalística, encontram-se aqueles conteúdos que foram produzidos especialmente para o Stories. A elaboração de reportagens criadas exclusivamente com a linguagem da ferramenta, até mesmo conteúdos produzidos de dentro da redação, mas que trazem conteúdo informativo, tanto pelo repórter na tela quanto no formato entrevista. E a conversação corresponde ao conteúdo que não possui hiperlink, no qual o repórter, por exemplo, convida o usuário a conferir a edição do jornal do dia seguinte ou o programa que começará em instantes. Trata-se de uma interação entre produtor e receptor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma equipe multi. Multitarefas, na verdade. Produtores, redatores, cinegrafistas, repórteres, editores e apresentadores, social media, diretores de arte, diretores de criação. Cada aluno membro da equipe do Geração Conteúdo, GC, passou por todas as funções citadas. Assim, ao longo do semestre, todos tiveram experiência em cada área do jornalismo audiovisual. Fosse pensando em uma pauta, sendo repórter, editando sua reportagem ou apresentando o programa. No primeiro programa, as reportagens trataram de assuntos diversos. O aumento da oferta de bares temáticos e a busca do cliente por uma experiência e a exposição na internet foram pauta. Outra reportagem exibida tratou sobre aterros sanitários e campos de reciclagem. Tal matéria foi gancho para o quadro Do It Yourself, que tirou dúvidas dos internautas a respeito da coleta seletiva e do descarte de materiais e alimentos. Os apresentadores desta edição, Pietro Meinhart e Cristine Pedroso, receberam a fundadora do grupo RS Bloggers, Andressa Griffante, para conversar sobre a profissionalização do YouTuber. A ferramenta Stories do Instagram foi bastante utilizada. Além da Previsão do Tempo, as perguntas para o quadro DIY foram enviadas por lá, bem como foi divulgado conteúdo sobre bastidores e chamadas para o programa, tanto das reportagens quanto dos convidados. Para o segundo programa, o tema central foi a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2018. As apresentadoras Barbara Bitencourt e Ana Luísa Martins receberam a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, e na oportunidade debateram sobre os efeitos econômicos da paralisação da categoria. As reportagens da edição incluíram a rotina de um caminhoneiro no período da greve, a situação de uma família de refugiados venezuelanos em Porto Alegre e como as novas tecnologias interferem na concentração dos jovens. Para o DIY, a equipe recebeu o doutor em psicologia Tiago Tatton, que ensinou a técnica da atenção plena, o mindfulness. Para o Instagram, os stories traziam chamadas das apresentadoras e de Tatton, além de fotos da entrevista com Palermo. Os bastidores levaram os seguidores para o backstage do programa e apresentaram detalhes do switch. A temporada 2018 do Geração Conteúdo se encerrou com um bate-papo entre as apresentadoras Victória Thomaz e Bárbara Bitencourt com Patrícia Parenza, jornalista e empreendedora, sobre moda transgênero. Com a finalização do projeto, os alunos tiveram a oportunidade de desenvolver um produto jornalístico audiovisual e, nele, experimentar novas técnicas de difusão da informação nas novas mídias. Junto disso, toda a dificuldade de desenvolver um programa, seja na elaboração de pautas, na produção ou na gravação das entrevistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>