ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00907</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fotografia do filme Corveia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Luís Orlando Borges Albuquerque Filho (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Vinícius Mendes Pereira (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Heron Akio Hayashi (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Carlos Alberto Debiasi (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O seguinte projeto intitulado Corveia, é um curta metragem produzido por discentes do curso de Publicidade e Propaganda da PUC-PR, para a cadeira de Cinema e Publicidade ministrada pelo docente da Instituição, Carlos Debiasi. A partir do objetivo de aprofundar um estudo teórico prático da linguagem cinematográfica e suas referências, a solução encontrada pelo grupo foi a unificação dos exercícios propostos pela disciplina (Que deveriam ser cenas isoladas.) na configuração de um curta metragem que apresentasse uma narrativa coesa. A escolha desse formato veio do fato do curta possuir uma ampla gama de produção prática e de planejamento a ser produzido, já que exige um abrangente conhecimento de todas as etapas e procedimentos ligados a produção audiovisual, conforme definidos por Rodrigues (2002) na obra O cinema e a produção como  ...a tudo que envolve fazer um filme, incluindo seu planejamento e captação... (Rodrigues, 2002, p.67) Deste modo, as diretrizes propostas pelos trabalhos  em primeiro lugar criar uma abertura de película, e segundo de representar uma cena de assassinato sob bases estéticas diferentes  o roteiro do filme buscou uma coesão narrativa e estética em ambos os projetos. Todavia, ademais da concepção do projeto em si, a direção de fotografia do filme estava incumbida de proporcionar uma série de experimentalismos narrativos e estéticos com o objetivo de ser um adjacente indispensável para idealização de toda a sequência da diegese proposta pelo projeto. No que diz respeito à fotografia do filme, o grupo entende que a acepção da palavra encontra ressonância com o que definem Pramaggiore e Wallis (2005) em Film: A critical Introduction: ela é possuidora tanto de características espaciais (O tamanho do quadro.) quanto a duração do tempo (E do que acontece nesse ínterim.) Isso faz com que a direção de fotografia em um filme seja uma das principais responsáveis pela coesão de narrativa  seja ficção ou documentário. Somado a isto, havia o desafio requerido ao diretor de fotografia de conseguir emular as propostas referenciais alvitradas pelas atividades apresentadas em classe. O objetivo era conseguir, através do estudo das referências alusivas a estilos consagrados de direção, conseguir desenvolver uma potencialização geométrica das gnoses estudas em classe durante o curso. O desafio foi então se propor ao estudo da estética de referências, e a aplicação dela somada ao estudo das formas narrativas cinematográficas. Quase todas as filmagens foram produzidas pelo grupo, excetuando-se algumas imagens de terceiros. Estas foram ressignificadas e amplamente decupadas, para não ferir os direitos de autor de seus respectivos proprietários. É importante ressaltar que os produtores do curta Corveia não possuem nenhum compromisso financeiro com o filme, sendo o mesmo apenas um projeto com fins acadêmicos e de savoir-faire* *HUGE Tarantula Sheds Skin. Direção de Frankus Lee. Produção de Frankus Lee. Realização de Frankus Lee. [s.i]: Www.youtube.com/frankuslee, 2016. (1 min.), color. Vídeo disponível na plataforma de vídeos Youtube.. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JeBtIZiyfhM&feature=youtu.be>. Acesso em: 10 out. 2018. PIG slaughter line. [s. L.]: Cheng Zhang, 2017. (6 min.), son., color. Vídeo disponível na plataforma de vídeos Youtube.. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aicFQJbbCN8&feature=youtu.be>. Acesso em: 12 out. 2018. WILL IT BITE?! - BIG CREEPY SPIDER!. [s. L.]: The Brave Wilderness Channel, 2017. (16 min.), son., color. Vídeo disponível na plataforma de vídeos Youtube.. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=evvVtqmvE5w&feature=youtu.be>. Acesso em: 12 out. 2018. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dispondo dos alicerces solicitados pelos projetos passados em classe, o grupo decidiu operar o primeiro projeto, o qual se tratava de produzir uma abertura que fizesse uma alusão à uma obra cinematográfica. Por fim, a obra adotada pela equipe como referência, foi a película Blade Runner (1982) dirigida por Ridley Scott e que possuí como diretor de fotografia Jordan Cronenweth. O filme traz uma estética neonoir - subgênero cinematográfico baseado no movimento noir, reconhecido pelas narrativas de investigação e clima soturno do período pós guerra nos EUA. No neonoir essas características são reeditadas através da mistura de outros gêneros como a ficção científica - sujeita a uma ressignificação em um contexto narrativo e estético mais próximo ao estilo contemporâneo do Cyberpunk. Esta estética, que por sua vez possui características visuais e narrativas que a posicionam em um futuro distópico, no qual a tecnologia avança mas detém os personagens em um âmbito de marginalização. Deste modo, com esta proposta narrativa da obra de Scott, a direção de fotografia teve de ministrar um estudo de análise da cena de abertura do filme. Durante o estudo da cena foi possível perceber a maneira como Scott e Cronenweth cumprem o objetivo de fazer com que a atmosfera da narrativa, que se desenrolará pelas próximas horas, seja captada pelo espectador. Para isso, eles usam planos próximos (Um olho humano.) e distantes (A cidade que se deita sobre a paisagem arrasada.) A segunda parte do projeto recaiu sobre o trabalho do cineasta estadunidense Terrence Malick. O desenvolvimento da disciplina pedia a filmagem de uma cena de assassinato como maneira de explorar a mise-en-scene de um diretor. O grupo decidiu acrescenta-la ao material da abertura, promovendo uma continuidade da história, criando a presente narrativa. Toda a filmografia do cineasta americano foi estudada, a fim de conseguir não somente identificar o padrão visual, mas também a narrativa utilizada. Após essa análise, foram elencados os filmes Days of Heaven (1978), The Tree of life (2011) e Song to Song (2017), como antepostos como norte alusivo visual para a narrativa do curta. Destes filmes, no quesito fotográfico foi explorado o trabalho de Malick na dita  Hora Mágica (Horário entre os períodos de alvorada e crepúsculo, que apresentam muitas vezes cores específicas como o âmbar, violeta e amarelo.) Uma das principais metodologias de uso da câmera em Malick é a Handheld Cam  caracterizada pelo manuseio da câmera na mão sem o uso de estabilizadores. O diretor utiliza-se deste artifício em momentos nos quais quer criar uma espacialidade como em trechos de Tree of Life. Dessa maneira, esta estética tem por objetivo efetuar uma narrativa mais contemplativa, que se estendesse no tempo, criando uma atmosfera psicológica das personagens, somada aos constantes monólogos em áudio off. A ideia é trazer à atmosfera física dos personagens pelo efeito natural da câmera, emitindo a sensação de exploração mais íntima entre o personagem e o espectador. Ademais foi Malick, que conduziu a necessidade de estudos mais apurados de técnicas de montagem, como a montagem intelectual de Eisenstein e o próprio efeito Kuleschov  técnica que consiste em através da montagem fotográfica dos planos, passar emoções diferentes, apenas subvertendo o objeto a ser observado pela personagem. Em resumo, conforme Pramaggiore e Wallis (2005),  ...as técnicas de cinematografia trabalham em conjunto com a mise en scène, a montagem e o som para criar uma produção integrada... (Pramaggiore e Wallis, 2005, p.99). Dessa maneira, os estudos de montagem empreendidos em Eisenstein (2017) nas obras A forma do filme e O sentido do filme foram importantes para conduzir a fotografia, a apresentar planos mais longos como característica para uma narrativa contemplativa e existencial reproduzida em um universo distópico, sob um regime despótico (Neo-Absolutista, com traços cesaropapistas.)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o desenvolvimento do roteiro, escaleta e posterior storyboard, uma preocupação foi o comprometimento em ao mesmo tempo, aludir aos materiais de referência, e conseguir estabelecer uma fusão entre as estéticas propostas. A fim de conseguir estabelecer uma narrativa original. Conforme estabelecido acima, a abertura do filme tem compromisso com a sugestão à Blade Runner (1982). No filme original, estes planos de abertura foram filmados em uma maquete. Como o grupo dispunha da possibilidade de usar um drone, foram realizadas tomadas aéreas em alusão ao sentimento de espacialidade e solidão já ditos anteriormente. Somada a essa captação aérea foram introduzidos áudios em off, apresentando o ambiente moderno e distópico em que se passa Corvéia. Enfatizando sobretudo, a amplitude deste universo desalentado. Outro detalhe foi a necessidade de filmar estes planos panorâmicos durante um período ínfimo após o crepúsculo, para que existisse um contraste na imagem que fizesse referência à estética da abertura de Blade Runner. Logo após estas tomadas, a narrativa sai de um plano aéreo para o plano das ruas. Neste caso, a direção de fotografia tomou a liberdade de produzir uma abertura em Ponto de Vista (POV) com a câmera situada no banco do passageiro de um carro. O objetivo foi transmitir a ideia da participação do espectador na trama, e também da solidão de transitar por um ambiente urbano hostil. Dessa maneira, existem a flutuação dos planos aéreos e a simetria dos planos estáticos, em contraste com a fluidez mecânica da vida mundana presente nas ruas do universo estabelecido. Logo após estas tomadas introdutórias a história ganha materialidade tomando como referência a narrativa de Terence Malick; acompanhamos o personagem como um observador de sua vida e testemunhas de sua personalidade. Por isso a câmera se movimenta em HandHeld Cam em movimentos e planos que visavam traduzir a solidão da vida da personagem principal. Esse acompanhamento se traduz em uma espécie de fantasmagoria, já que estar ao lado do protagonista que percorre o cenário soturno da cidade é também partilhar um pouco da sua solidão. Para os takes existencialistas, em contraponto a escuridão da noite, planos experimentais  como o plano Zenital (Câmera a 90 graus) - foram testados, assim como a inserção de um ambiente branco onírico  abrindo margem para o conflito existencial da personagem. É importante ressaltar que a montagem tem destaque na direção fotográfica nos momentos em que aos planos gravados pela equipe, foram acrescentadas imagens de outras fontes, ressignificadas na trama através da montagem intelectual de Eisenstein, onde elas tem papel fundamental para o cumprimento narrativo dos trechos fotográficos. Adiante, na conclusão da trama, existe uma respectiva mudança drástica na cinematografia. Inspirados pela fotografia Malickiana, a equipe executou uma série de planos em um local distante do ambiente urbano e noturno. O foco é em um local parnasiano e de temática bucólica ao tons de fugem urben, para através dos planos captados durante a  Hora mágica haver os respectivos trechos onde a moralidade e as virtudes do personagem são postas em perspectiva. Em uma cena enigmática, há novamente o uso de montagens que visam ampliar o sentido narrativo da história e nestes planos há a inserção do efeito Kuleschov para amarrar as teorias narrativas imbuídas nesta cena. Na etapa de pós-produção foi estabelecido um padrão fotográfico e estético, que estabelece um contraste das cores visuais das imagens para transmitir o sentimento de fragmentação do personagem e do universo no qual ele está inserido. De maneira geral, a produção do grupo proporcionou aos seus membros uma nova dimensão de entendimento quanto ao uso das dinâmicas fotográficas e o efeito da montagem como elementos para uma coesão narrativa, que dita não somente o tom da película, mas serve também como guia atmosférico para o rumo desejado pela direção. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>