ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00918</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Abnormal!? Spot em Prol da Diferença</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kevin Costa de Figueiredo (Pontificia Universidade Católica do Paraná); Iridio Magaldi Johansen de moura (Pontificia Universidade Catolica do Parana)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nos últimos anos, percebe-se um crescente aumento quando se trata da discussão do tema "Paz", seja através da mídia, debates em grandes conferências e até mesmo naquele bate papo do dia a dia do cidadão comum. Ao mesmo tempo, vivemos em um momento no qual diversas pessoas prezam por "ser o mais parecido com x pessoas/tendências", seja na aparência, no modo de agir e até mesmo no pensar. Muitas vezes, quando parcela da sociedade depara-se com alguém que ela determina ser "diferente", seja por que esse indivíduo possui algum tipo de problema físico, ou uma aparência preconceituosamente considerada não muito "agradável", ou por ele ter algum tipo de doença mental/genérica, ou por ele ter o seu emocional instável, ela acaba propagando o ódio alheio - ao zombar, xingar, excluir, humilhar ou julgar, direta ou indiretamente, apenas por que algo é "anormal" a seus olhos. Visando contribuir para a solução desse problema, sob o auxílio da Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em conjunto das matérias de Redação Publicitária e Produção Sonora, e abraçando a proposta "Cultura da Paz" (conforme promovido pela UNESCO em 1999), foi produzido um spot de rádio sobre o tema em questão para a marca Prefeitura de Curitiba. Criando um conceito que busca não somente mostrar para essas pessoas que sofrem pelo simples fato de não se encaixarem em determinados padrões impostos por grupos sociais, que ser diferente não é algo "anormal", como também atentar aqueles que a julgam, fazendo-os repensarem sobre as suas atitudes. Assim, o principal objetivo deste spot é o de impactar ambos os lados, incitando uma reflexão nas partes - de que ser diferente não é ruim e quem é intolerante precisa repensar as suas atitudes - pois independente de no mundo existirem seres que não se encaixam nos "padrões", o importante é saber respeitar essas diferenças e não julgá-las por que, nos seus conceitos, são "anormais". O spot possui, como sua essência, portanto, a noção de que diferença não é sinônimo de anormalidade. Todos temos gostos e estilos diferentes  seja na música, na aparência, nos interesses literários, na religião, nos hobbies. Muitas pessoas também possuem pensamentos diferentes, aparências diferentes, modos de viver a vida diferente. E tudo isso está ok. Esse simples fato de ser diferentes não deveria ser considerado como algo negativo, mas como algo que é ok, que não tem problema, que é possível conviver em paz com aquela pessoa que é diferente, sem julgá-la, criticá-la ou transformá-la em uma aberração. Um simples ato, de aceitação, que poderia salvar inúmeras pessoas que se sentem rejeitadas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este spot foi feito com base em um briefing proposto na aula de Redação Publicitária, inspirado na campanha  Cultura da Paz lançada pela UNESCO em Paris no dia 04 de março de 1999. Tal campanha possui como intuito, para a monja Souza Coen Roshi, promover o respeito à vida e dignidade de todos, rejeitando o preconceito, a discriminação, a violência, a exclusão, a injustiça e a opressão política. Além disso, ela também possui  o fim de criar um senso de responsabilidade que se inicia em nível pessoal - não se trata de uma moção ou petição endereçada às altas autoridades (DHNET, 2000). Ou seja, o manifesto tenta trazer uma reflexão pessoal para cada indivíduo, afirmando que a paz não é algo que deve somente partir das esferas políticas e econômicas, mas também vem de cada um de nós  incitando que cada um deve atuar de forma com que suas condutas tragam noções de paz para a vida dos outros indivíduos. Com base nisso, a definição do cliente Prefeitura de Curitiba, baseou-se por representar em nossa localidade uma grande responsável na manutenção desse respeito. Também, devido ao seu caráter humanitário, presente não somente em suas redes sociais como também nas campanhas que são produzidas pela marca, que vão desde disseminar informações sobre pessoas com deficiências físicas ou mentais, a campanhas contra feminicídio, violência e a favor da conscientização a causas de interesse público, principalmente socioambientais. Entendendo que o discurso do spot poderia também ser conduzido de maneira mais objetiva, focando mais a informação direta do que o storytelling, justifica-se o emprego dessa estratégia da dramatização, de acordo com a defesa de tais técnicas por Hausman et al (2010). Segundo os autores, o drama estrutura-se com ação/ações e diálogos, estabelecidos em torno de um conflito, o qual pode ser exposto diretamente ou mediante suspense  e tal enredo quase sempre apresenta início, meio e fim. Suas principais vantagens na propaganda são a tendência de capturar mais facilmente e melhor a atenção da audiência; além de conseguir quase sempre comprimir o tempo (na medida em que a representação favorece a projeção e a ativar a memória do público, resolvendo a comunicação em um menor espaço). Para esse drama convencer nos limites sonoros do rádio, é importante adotar elementos que gerem ilusão de lugar e movimento, elaborar bem o design de som. Esse spot, portanto, foi desenvolvido fundamentando-se nessas informações, para conseguir atingir o seu objetivo final: o de promover importante reflexão, de modo que as pessoas comecem a atentar e agir mais em prol da paz.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após uma profunda análise ao briefing, foi produzido na matéria de Redação o roteiro para o spot, respeitando o tema  cultura da paz , mas buscando dentre as manifestações distintas desse universo temático, ênfase e abordagem de maior urgência atual e relacionando às necessidades de comunicação da anunciante/apoiadora da causa, Prefeitura de Curitiba. Diante da emergência de tratarmos crescentes problemas como depressão e suicídio, e o quanto estão ligados ao tema proposto, chegou-se à ideia de o conteúdo em questão apresentar a situação de uma mulher, replicando a si mesma elogios que lhe foram proferidos ao longo da sua vida como bela e perfeita em frente a um espelho. Enquanto o seu pensamento, com diversos xingamentos que ela escuta no seu dia a dia como nojenta e desprezível gradativamente se sobrepõe às palavras positivas. Até que a própria mulher começa a replicar cada vez mais desesperadamente tais termos difamatórios, terminando com um basta, uma autoafirmação de que ela é apenas diferente. O spot encerra com uma voz masculina e mais assertiva, com a frase  Se você julga uma pessoa por que ela é diferente, o anormal é você. Repense suas atitudes. Prefeitura de Curitiba, em prol da diferença. , para impactar ainda mais o ouvinte ao fazer um alerta àqueles que julgam quem é diferente. A escolha por uma voz masculina nesse desfecho, motivou-se tanto para diferenciar do padrão da protagonista da mensagem, quanto como um reconhecimento de que muitas vezes essa agressão moral e psicológica é desferida justamente por homens, indicando assim uma responsabilização e mudança de comportamento. No caso desse spot em específico, contudo, os maiores desafios técnicos foram solucionar a percepção de a personagem estar em frente ao espelho, por ser uma ideia muito imagética e menos sonora, além de diferenciar o que trata-se de voz diegética da voz do pensamento. Para isso, adotou-se no software de áudio o emprego de plugins de efeitos, como o reverb, para situar em ambientes distintos ambas as vozes cênicas. A produção do spot de rádio deu-se através de gravações e edições realizadas em estúdios do LabCom  Laboratórios de Comunicação e Artes da PUCPR, conduzidas em aulas de Produção Sonora. Optou-se por um casting vocal entre os próprios estudantes da turma de Publicidade e Propaganda. E a música, livre de direitos autorais, foi produzido por Kevin Macleod, compositor e musico americano e disponibilizada em seu canal do youtube. Foram produzidas duas versões do spot: com 40 segundos, para ser publicado em web-rádios e mídias sociais; e outro, com 30 segundos, para ser veiculado em rádios convencionais como Jovem Pan, Transamérica, 98FM, dentre outras emissoras  sendo esse último o foco maior deste trabalho, por conseguir atingir mais o objetivo final. Com relação às demais técnicas, a montagem sobreposta das vozes foi realizada no programa multipista Adobe Audition, alterando o volume de som da voz do pensamento conforme o spot segue até que ele começa a ganhar maior intensidade na medida em que a moça passa a repeti-las no plano da diegese. A voz masculina foi gravada tendo em mente uma voz de locutor, com o cuidado de o tom não causar agressividade e afastamento, mas sim fazer com o ouvinte se interesse e permita-se à reflexão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>