ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00924</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Assessoria de Comunicação para a Fundação Baita Rap  Bronx no Texas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Thiago Lourenço Freitas (Universidade Federal do Pampa); Gabrielle Yasmin Menegatti Vieira (Universidade Federal do Pampa - Unipampa); Helena Caroline Christofari Samuel (Universidade Federal do Pampa - Unipampa); Carol da Silva Moreira (Universidade Federal do Pampa - Unipampa); Larissa Conceição dos Santos (Universidade Federal do Pampa - Unipampa)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Fundação Baita Rap é uma instituição sem fins lucrativos que atua na cidade de São Borja e presta serviços de apoio a artistas independentes do cenário Hip-Hop e colabora ativamente na produção musical urbana, ações sociais, eventos culturais, palestras e shows para o público infantil e adulto. Além disso, preocupa-se em atender jovens que estão em situação de vulnerabilidade. A cidade de São Borja é reconhecida, desde o ano de 2017, como a  Capital Gaúcha do Fandango , também com os títulos de  Primeira dos Sete Povos e  Terra dos Presidentes . Sua população atualmente é de aproximadamente 63 mil habitantes e abriga quatro entidades tradicionalistas vinculadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, além de promover o mais tradicional evento, o  Festival da Barranca . Nesse sentido, a cidade caracteriza-se pela valorização à cultura gaúcha e pelo tradicionalismo, muitas vezes conservador, o que constitui um desafio, mas também uma oportunidade ao desenvolvimento de ações e manifestações culturais alternativas. É neste contexto que surge a Fundação Baita Rap, uma iniciativa de John Wilian Alves Rosa, e teve o seu início atuando como uma gravadora direcionada a atender o Hip-Hop independente, enfrenta grandes dificuldades de inserção e aceitação da população da cidade, visto que a cultura Hip-Hop, ainda é considerada marginalizada. Porém, com o desejo de fazer parte ativamente da comunidade são-borjense e expandir o cenário do Hip-Hop na cidade, a fundação criou o Baita Rap, que além de servir como apoio para artistas independentes da cena Hip-Hop, atua na produção musical urbana e periférica, através de ações sociais, eventos culturais, palestras e shows para o público infantil e adulto. Atualmente, o Baita Rap manifesta seus serviços através da dança, DJ s, grafite e a cultura Hip-Hop em si. No momento atual, a fundação conta na sua equipe organizadora com 6 (seis) membros, responsáveis pelo seu gerenciamento e atividades. A instituição, atualmente, é uma das poucas entidades que visam o amparo dos jovens da cidade através de ações culturais, fomentando a capacidade crítica destes adolescentes, através do estilo Hip-Hop. Devido a este grande potencial de impacto social, sendo uma organização sem fins lucrativos, a sua atuação precisa ser respaldada pelo reconhecimento e legitimação perante a sociedade. Para apoiar as suas ações, também precisa contar com o apoio dos empresários locais. Com isso, a necessidade de realizar uma Assessoria de Relações Públicas, com o intuito de dar visibilidade para a fundação, tornando-a referência no amparo a jovens em situação de vulnerabilidade, além de promover o reconhecimento mediante a comunidade e os empresários da região. Para melhor atender as demandas da FBR, foram traçadas estratégias que pudessem assessorar a instituição a divulgar as suas ações, e que possibilitariam conquistar apoiadores e, finalmente, legitimar o trabalho desenvolvido por ela perante a sociedade. Para tal, este projeto auxiliou no assessoramento de uma ação da instituição realizada durante a  Semana Hip-Hop da cidade. A ação sócio-cultural realizou-se no Parque General Vargas, principal espaço público da cidade, e contou com atividades esportivas e artísticas, que permitiram demonstrar os serviços oferecidos pela Fundação e o retorno dela para a sociedade. Sendo assim, as estratégias foram elaboradas pensando na divulgação à comunidade e também no apoio dos empresários locais para a realização da ação e na manutenção da Fundação, amparando as atividades realizadas pela mesma no amparo aos jovens da cidade.<br></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; line-height: 150%" align="justify"> <font face="Arial, sans-serif"><font style="font-size: 12pt" size="3">Para a realização do presente trabalho dividimos o processo em duas etapas de pesquisa. A primeira etapa foi a realização de um </font></font><font face="Arial, sans-serif"><font style="font-size: 12pt" size="3"><i>briefing</i></font></font><font face="Arial, sans-serif"><font style="font-size: 12pt" size="3"> com o diretor da Fundação Baita Rap, John Wilian, que nos permitiu identificar a realidade da instituição e levantamento de informações, que serviu como base para a realização do diagnóstico. Este processo foi realizado através de uma entrevista, onde foi utilizado um roteiro de perguntas semi-estruturado que nos permitiu observar algumas necessidades da instituição, que poderiam ser remediadas através de uma assessoria de comunicação. Lembrando que este processo é fundamental para a elaboração de um planejamento visto que é  um procedimento técnico e científico imprescindível para o planejador, pois ele fornecerá os dados que, devidamente analisados, levarão à construção de um diagnóstico (Margarida Kunsch, em Planejamento de relações públicas na comunicação integrada, Ed. Summus, 2003), e permitindo assim, traçar estratégias que supram as necessidades da instituição.</font></font><font face="Arial, sans-serif"><font style="font-size: 12pt" size="3"> O processo de análise dos dados levantados, que permitiu a elaboração de um diagnóstico situacional, a análise SWOT ou FOFA. Este processo possibilitou elencar os pontos fortes (strengths) e as oportunidades (opportunities), as fraquezas (weakness) e as ameaças (threats), pois entende-se que a estratégia deve produzir um bom ajuste entre a capacidade interna da empresa (seus pontos fortes e fracos) e suas circunstâncias externas (refletidas em parte por suas oportunidades e ameaças) (Arthur Thompson e A. J. Strickland, em Planejamento estratégico (tradução), Ed. Pioneira, 2000). Com isso, foi possível mapear os pontos fortes e oportunidades para a construção do diagnóstico, e finalmente guiar a construção de estratégias adequadas às necessidades da FBR. Através destes processos foi possível a realização de um diagnóstico que norteou o processo de elaboração do projeto de assessoria realizado para a Fundação Baita Rap, onde se constatou a necessidade de divulgação de suas ações, visando a legitimação da instituição perante a sociedade, o fortalecimento do relacionamento com as empresas locais, para contribuir no desenvolvimento das ações da FBR junto à comunidade jovem de São Borja.</font></font></p> <style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); line-height: 120%; }p.western { font-family: "Calibri", sans-serif; font-size: 11pt; }p.cjk { font-family: "Calibri", sans-serif; font-size: 11pt; }p.ctl { font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 11pt; }</style> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As organizações do terceiro setor buscam solucionar ou amenizar as desigualdades, atuando como atores sociais e promovendo ações comunitárias que buscam o interesse comum e a condição participativa do indivíduo. Este processo pode ser auxiliado através da cultura, apesar de ser um aspecto do ato cidadão, não podemos desconsiderar a sua importância no processo de transformação da sociedade. Alfredo Bosi, em Dialética da Colonização (Ed. Companhia das Letras, 1992) define cultura como o  conjunto das práticas, das técnicas, dos símbolos e dos valores que se devem transmitir às novas gerações para garantir a reprodução de um estado de coexistência social . Ou seja, a cultura cumpre um papel pouco reconhecido e estimulado: o da transformação social e contribuição para o desenvolvimento humano que segundo Marilena Chauí, em Cidadania Cultural: O direito à cultura (Ed. Fundação Perseu Abramo, 2006), é  a partir da apropriação da cultura como direito à fruição, à experimentação, à informação, à memória e à participação que a cidadania é ratificada e legitimada. Devido a isso, é interessante pensar na cultura além de uma manifestação artística, mas como um agente que promova também a reflexão sobre o indivíduo no seu contexto social. Neste sentido, a cultura Hip-Hop surge como uma expressão artística de contracultura, nos EUA nos anos 70 nos subúrbios de Nova Iorque, principalmente no Bronx. Este bairro era composto, sobretudo, por negros e latinos, que enfrentavam diversos problemas sociais como a pobreza, violência, racismo, carência de infra-estrutura e educação. Utilizando das manifestações artísticas como o rap, a dança e o grafite, estes jovens questionavam e refletiam sobre a sociedade e sua atuação cidadã. Até hoje, mesmo a cultura hip-hop, ter se tornado mainstream, ainda é considerado um estilo de protesto, pois debate causas de interesse coletivo. A Fundação Baita Rap se utiliza deste aspecto cultural para promover uma educação cidadã, e estimular o pensamento de cidadania, através de oficinas e palestras desenvolvidas nas escolas. Sendo assim, para alcançar os objetivos traçados após a realização do briefing e diagnóstico, por  representarem oportunidades de relacionamento (Waldyr Fortes, em Relações Públicas: processos, funções, tecnologia e estratégias, Ed. Summus, 2002). O processo de assessoria foi direcionado para a realização de uma ação (evento cultural), que apresentasse de forma positiva e alavancasse as parcerias, divulgando as atividades desenvolvidas pela instituição em todo o âmbito que permeia a cultura Hip-Hop e as possibilidades de transformação social que a instituição oportuniza aos jovens. Para tal, foram elaboradas estratégias e ações que oportunizassem a promoção e legitimação da FBR, a busca por novas parcerias, utilizando-se da realização de um evento cultural. As estratégias utilizadas para o projeto de assessoria foram focadas no relacionamento, ou seja, possibilitar uma maior interação com as mídias locais  que se encontra defasada devido à baixa produção de conteúdos; um estreitamento de relacionamento com os empresários locais, através de pré-eventos e pós-eventos com os patrocinadores, ações estas que são primordiais para a manutenção dos relacionamentos. Além disso, o projeto de assessoria buscou atender o principal público da instituição, realizando visitas nas escolas com atividades e show de rap, através do evento cultural Bronx no Texas, como forma de divulgar e atrair a atenção destes jovens para a cultura Hip-Hop. Estima-se que a partir da Assessoria realizada  que contou com diagnóstico, definição de estratégias de comunicação, apoio na realização da ação cultural Bronx no Texas  foi possível promover as atividades da Fundação Baita Rap e aproximá-la da comunidade local, visando o apoio ao desenvolvimento e continuidade da entidade à longo prazo pelo fortalecimento das ações sociais e iniciativas artístico-culturais alternativas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>