ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00966</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista Mercúrio</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jessica Brasil Skroch (Universidade Federal do Paraná); Ana Luiza Salles (Universidade Federal do Paraná); José Carlos Fernandes (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Revista Mercúrio, uma revista customizada e eletrônica, é o resultado dos trabalhos finais da disciplina de Laboratório de Jornalismo III  Impresso e Revista, ministrada pelo professor José Carlos Fernandes e com a monitoria da estudante Jessica Brasil Skroch, no segundo semestre de 2018 da turma do 4.º período do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Entre os objetivos da disciplina estava o aprendizado do desenvolvimento da linguagem de revista, sua tradição, particularidades e variantes num contexto de suportes digitais, culminando na atividade laboratorial da produção de uma revista eletrônica em todas as suas etapas, da concepção à pauta, o estudo de público-alvo, diagramação e distribuição. O projeto foi desenvolvido ao longo de 20 aulas teóricas e 40 aulas práticas, desde o aprendizado das especificidades do texto de revista, passando pelas discussões sobre o tipo de produto a ser desenvolvido, qual o público, quais seus temas e reuniões de pauta, até a produção de diversas reportagens, a edição e a postagem na plataforma que abriga o site da revista, no endereço: https://mercuriorevista.wordpress.com. O produto final foi uma revista eletrônica customizada com a temática central do "medo e violência", que contou com 20 produções ao todo, entre textos, entrevistas, áudios e fotografias. A proposta editorial é que a revista possa ser indexada, como suplemento, a sites e outras publicações que estejam ocupadas em discutir segurança pública, violência e a desagregação social causada pelo medo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os estudantes assistiram a algumas aulas teóricas sobre as principais características que diferem o estilo magazine de outros formatos jornalísticos, os aspectos técnicos e econômicos desse meio de comunicação. Deu-se um panorama da produção de revistas no Brasil, a partir da Belle Époque (OLIVEIRA, Cláudia de. VELLOSO, Monica Pimenta. LINS, Vera. O moderno em revistas: representações do Rio de Janeiro de 1890 a 1930, Garamond, 2010), com destaque para os projetos editoriais que inspiraram títulos como Manchete, Cruzeiro, Realidade e Senhor (MARÃO, José Carlos. RIBEIRO, José Hamilton. Realidade re-vista, Realejo Edições, 2010), além do fenômeno das revistas femininas (BUITONI, Dulcília Schroeder. Mulher de papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira, Summus Editorial, 2009). Na sequência, tratou-se de público alvo e características de leitura nas mais diversas camadas sociais, em especial a clientela que mais compra revistas  das classes AB, com curso superior, moradora de grandes cidades, entre 24-54 anos (MIRA, Maria Celeste. O leitor e a banca de revistas: a segmentação da cultura no século XX, Olho D'Água/Fapesp, 2001). Um desses momentos de fundamentação foi uma aula expositiva sobre o primeiro capítulo do livro "O Estilo Magazine" de Sergio Vilas Boas (Summus, 1996), apresentado como parte do programa de monitoria da disciplina, que demonstrou aspectos básicos do texto de revista que serviram como base para a produção dos estudantes. A disciplina laboratorial contou com um primeiro exercício, a fim de despertar os debates iniciais sobre a linguagem de revista de maneira mais prática. Os alunos foram convidados a analisar em grupos revistas de diferentes abordagens, de modo a captar modelos editoriais e a maneira que cada um se desenvolve: Piauí, Quatro Cinco Um, Serrote, Época, Rolling Stone, Revista da Gazeta do Povo, Problemas Brasileiros, Cult, Superinteressante, TPM, Trip, Vogue e Marie Claire. A atividade abordou sete aspectos, dentre eles 1) apresentação geral da revista, o formato, o grupo que edita, tempo de circulação e números de exemplares; 2) gêneros presentes; 3) linguagem textual; 4) linguagem e identidade visual; 5) aspectos notáveis e estratégias possíveis que o grupo usaria numa edição daquela revista; 6) críticas, aspectos negativos; 7) público-alvo, diagnóstico preliminar sobre a quem se destina a revista. Cada grupo apresentou para a turma os resultados da pesquisa, seguindo de conversas e considerações pelo professor e os outros estudantes. Nos encontros seguintes, a turma pensou em conjunto a concepção de uma revista. A discussão girou em torno de realizar uma revista eletrônica ou impressa, estilo dossiê ou magazine, público-alvo especializado ou geral, entre outras particularidades essenciais. A decisão coletiva foi primeiramente por uma revista eletrônica e surgiram algumas possibilidades de abordagens: temática de impacto, polêmica; produção cultural da UFPR; combater a visão negativa sobre a universidade pública; noite na cidade de Curitiba; refugiados e mudança geográfica em Curitiba; saúde mental e tabus; pequenas cidades da região metropolitana da capital paranaense; conurbação urbana e crescimento de grandes cidades. Coletivamente, percebeu-se que as propostas se encaixavam mais no estilo dossiê temático contemporâneo, com foco na vida urbana, dado o impacto que o debate sobre a violência teve nas eleições de 2018. Além disso, ressalta-se a vontade da maioria dos participantes em realizar materiais que buscassem outros olhares sobre temas de interesse do público, de maneira a adentrar às questões com pesquisas e entrevistas mais densas, assim como se identifica o próprio texto de revista que "pratica um jornalismo de maior profundidade. Mais interpretativo e documental do que o jornal, o rádio e a TV; e não tão avançado e histórico quanto o livro-reportagem" (VILAS BOAS, 1996, p. 9). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Abriu-se um fórum de conversas com a classe, que escolheu uma temática central que guiaria todas as produções: o medo e a violência (VENTURA, Zuenir. Cidade partida, Ed. Companhia das Letras, 1994). O tema chamou a atenção dos estudantes por ser tão discutido nos espaços públicos e nos meios de comunicação, quase sempre sob uma perspectiva de alertar e noticiar casos, e incitar mais receios, apartando os leitores da vida urbana. Em resumo, é um dos grandes temas do século 21, em especial no Brasil, que tem a terceira maior população carcerária do planeta. O objetivo dos estudantes era o de abordar o tema em suas mais variadas relações e manifestações, na tecnologia, na economia, nos detalhes do espaço urbano, na cultura, na saúde, na afetividade, entre outros. Dessa forma, a revista foi dividida nas editorias de Entrevista, Política, Economia, Mundo, Ciência e Saúde, Cidade, Segurança Pública, Comportamento, Esportes, Cultura, Fotografia e Mini Perfil, as quais remetem a uma estrutura de revista estilo magazine, mas que se comporta numa essência "dossiê", demonstrando a variedade de facetas sobre um mesmo assunto. Na discussão sobre o público-alvo, os estudantes chegaram à conclusão de que as produções poderiam ser úteis a certos grupos interessados no tema, os quais tivessem o medo e a violência como questões tangentes em suas vidas e atuações. O público-alvo prioritário escolhido é o jovem adulto da classe AB, e o público adjacente os jovens entre 17 e 24 anos, universitários em particular. Uma vez que a temática escolhida é muito específica e abrange uma parcela limitada da população interessada, foi definindo um público especializado, profissionais ligados às áreas da psicologia, da educação, da assistência social, da segurança pública e da comunicação popular. A revista seria então um canal eletrônico de comunicação que poderia ser incorporado em sites de instituições e de equipamentos públicos que tivessem a temática como um assunto relevante, como escolas, organizações sem fins lucrativos e do terceiro setor que atuam em regiões em que o medo e a violência são realidades fortemente presentes, instituições ligadas à psicologia, projetos sociais voltados à educação e à comunicação popular. Depois dessas etapas, em votação, o nome escolhido para a revista foi Mercúrio. Num primeiro momento, o nome remete ao planeta. Por sua vez, o planeta se baseia no elemento químico, utilizado em vários equipamentos, como termômetros, pilhas, e até medicamentos, significando assim a versatilidade da revista, ainda que com uma temática central. Segundo Thomas Bulfinch, em "O livro de ouro da mitologia" (Ediouro, 2006), na mitologia grega, Mercúrio é o deus mensageiro, "de tudo quanto requeresse destreza e habilidade", (p. 19). A partir de então, os estudantes tiveram a tarefa de sugerir e elaborar pautas dentro das editorias, para que fossem discutidas em sala de aula. Das pautas aprovadas, a produção aconteceu individualmente ou em duplas. Parte da sala era responsável pela revisão dos textos, que depois eram editados pela monitora e pelo professor e postados no site que hospeda a revista, na plataforma WordPress. Ao todo, foram postadas 20 produções, entre os gêneros de entrevista, reportagem, opinião e fotografia. O sistema do WordPress foi escolhido pela sua praticidade de diagramação. Na página principal da revista, o usuário encontra no topo uma imagem de céu estrelado. Ao centro, está uma fotografia de metade do planeta Mercúrio. O nome da revista está abaixo dessas imagens. Ao subir a tela, estão os links das editorias e as publicações do site em formato de lista, com uma imagem em destaque. A identidade visual ligada ao planeta foi escolhida por ser de compreensão mais imediata ao ser associada ao nome da revista. Além disso, as cores escuras e a relação com o universo se relacionam com a temática densa do medo e da violência, mas não exageram para uma interpretação excessivamente negativa e associada ao terror ou à dor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>