ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01087</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pata Amiga</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alana Thaís Staidel (Universidade Positivo); Luiz Witiuk (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto em questão é um programa de rádio denominado Pata Amiga. Dividido em oito episódios, cada um deles é ilustrado por diferentes personagens, desde especialistas a seres humanos que partilham suas vidas com animais de estimação, especialmente cachorros e gatos. Partindo do pressuposto de que os seres humanos estão sofrendo uma evolução devido à praticidade oferecida pelas novas tecnologias e a verticalização das cidades, o presente trabalho busca relatar a humanização dos animais de estimação em detrimento da ausência de convívio social a partir de um produto de rádio. Essa humanização é decorrente do excesso de apego dos tutores com seus cachorros e gatos, especialmente, destinando a eles hábitos não condizentes com a sua natureza. Segundo Tatibana e Val (2009) a humanização destinada aos animais de estimação é denominada de antropomorfismo, ou seja, esse fenômeno considera o animal além de suas características biológicas, o recriando com atributos humanos e os tratando como se assim o fossem. Com os avanços tecnológicos, a rotina das pessoas tende a ganhar mais praticidade, já que é possível fazer desde transações financeiras até reuniões de negócios através de um telefone celular, tornando a socialização entre diferentes indivíduos incomum. Consequentemente, a solidão também vem à tona, resultando na procura de um refúgio social e emocional, o que faz com que muitas pessoas busquem isso em um animal, seja por meio de um alto investimento, ou através de uma atitude altruísta, carinhosamente chamada de adoção. O tratamento humanizado direcionado aos animais de estimação também ilustra o interesse dos governantes em aprovar políticas públicas que favorecem sua proteção, como o aumento da pena para aqueles que praticam maus tratos contra cachorros e gatos, por exemplo. Além disso, também tem sido amplamente discutida liberdade de circulação da espécie em questão, seja dentro dos hospitais, onde eles desempenham a função de cooterapeutas, ou dentro do transporte público. Outro fator que deve ser levado em consideração é o crescente número de pessoas divorciadas e que passam a viver sozinhas, assim como o aumento do número de idosos com maior expectativa de vida. Ambos os fatores influenciam na escolha por uma convivência afetuosa com animais de estimação. A justificativa do tema se aplica à relevância social que ele porta, sendo função do campo jornalístico compreender e investigar suas consequências, seus primórdios e seu impacto diante do contexto social. A relação em questão está cada dia mais presente na sociedade contemporânea. No entanto, é discutido de forma sucinta pelos meios de comunicação. O presente trabalho buscou reunir dados, entrevistas e referências com o objetivo de entender quais as consequências geradas pela relação humanizada dos animais de estimação, aliada ao seu impacto diante do âmbito social e como retratá-la a partir de um produto jornalístico de modo preciso e relevante.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto se dedica ao estudo da humanização de animais de estimação decorrente da ausência do convívio social entre seres humanos e considerada uma das temáticas mais abordadas na sociedade contemporânea. Se buscou compreender qual a origem desse comportamento e as consequências geradas por ele, através de um programa de rádio, permitindo que o produto em questão se tornasse coloquial, dinâmico e informativo. O estudo possui como base a família multiespécie, aliada ao conceito de identificação e a teoria dos campos mórficos. Além disso, também aborda as políticas públicas relacionadas à proteção animal e à função que as organizações sem fins lucrativos desempenham. Segundo Tatibana e Val (2009), dentre os termos que descrevem a relação humanizada dos animais de estimação está o antropoformismo. Este fenômeno considera o animal além de suas características biológicas, o recriando com atributos humanos e o tratando como se assim fosse. Em resumo, o termo é utilizado para definir os animais de estimação que possuem hábitos não condizentes com a sua natureza, como o uso de roupas, a frequente visita a centros estéticos e a utilização de um carrinho como meio de transporte, semelhante ao usado por crianças de até três anos. É importante conhecer alguns dos conceitos que descrevem essa curiosa relação entre os tutores e seus animais de estimação. Segundo Faraco (2008) as últimas três décadas foram significativas para o estudo da antrozoologia, uma área de pesquisa que estuda a relação multiespécie. Esse novo campo de estudo possui como base a antropologia, uma ciência que estuda a diversidade cultural dos povos e a evolução da espécie humana. Sendo assim, os conceitos são aplicáveis para classificar um novo grupo familiar. "A família multiespécie, de forma análoga ao que denominamos de grupo multiespécie, é o grupo familiar que reconhece ter como seus membros os humanos e os animais de estimação em convivência respeitosa" (FARACO, 2008). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há mais de 30 milhões de animais abandonados somente em território brasileiro. Desse total, 20 milhões são cachorros e 10 milhões são gatos. Em paralelo, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registrou em 2016, através do Serviço de Proteção à Natureza (SEPNA), 3.694 denúncias de maus tratos contra animais, resultando em uma média de 10 casos diários. Diante dessas atrocidades, os movimentos de proteção animal aos poucos estão assumindo uma postura de reivindicação, lutando por políticas públicas e legislações específicas com o objetivo de proteger as espécies em questão. Filho (2015) ressalta que no Brasil as organizações não governamentais são indispensáveis no que se refere ao cumprimento dos direitos relativos aos animais, já que muitas vezes, a administração pública não reconhece ou não cumpre as devidas normas. No entanto, há casos de voluntários de organizações não governamentais que se candidatam a cargos públicos com o intuito de intensificar as políticas públicas em favor da proteção animal. Um exemplo disso é a vereadora Fabiane Rosa, eleita em 2016 pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC) para exercer as funções legislativas na Câmara Municipal de Curitiba. Entre os projetos de lei de sua autoria está o de número 005.00003.2018 que dispõe sobre a obrigatoriedade de registro, identificação e esterilização de cachorros e gatos no Município de Curitiba e o de número 005.00375.2017 que institui o mês "Dezembro Verde", dedicado às ações educativas e de reflexão sobre o abandono de animais. O estatuto é incontestável: "Todos os animais têm o direito de viver de acordo com as suas próprias naturezas, livres de sofrimento, do abuso e da exploração humana." (SOUZA, 2015, p. 129). A discussão acerca do tema é repleta de ambiguidades, as quais devem ser debatidas por diferentes campos de estudo, especialmente pelo jornalismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com o objetivo de debater a relação humanizada de animais de estimação, o programa em áudio foi intitulado como Pata Amiga, ilustrando o vínculo que os tutores possuem com seus cachorros e gatos, especialmente, através de um dos membros do seu corpo, a pata, e de um dos principais sentimentos que sustentam essa relação, a amizade. Além disso, o produto possui como slogan a frase "Sintonizados pelo amor", fazendo uma referência à plataforma utilizada e a um segundo sentimento originado pela relação em questão. Também foi criada uma marca para o programa que é ilustrada por um cachorro e um gato, ambos entrelaçados e tidos como as principais espécies dentro desta temática, predominando a cor alaranjada. Uma experiência visual que reflete calor, dinamismo e entusiasmo, além de transmitir a sensação de companheirismo, confiabilidade e credibilidade, características que somente o rádio e a relação humanizada são capazes de proporcionar. Para ilustrar a relação em questão de forma concisa e relevante, foram selecionados oito diferentes temas. Três deles relacionados a especialistas, como a vereadora eleita pela causa animal, Fabiane Rosa, o médico veterinário e psicanalista, Marcos Eduardo Fernandes, e a presidente da organização não governamental Salva Bicho, Mirian Ruhle. E mais cinco histórias de vida que relatam o apego excessivo dos tutores com seus animais de estimação. Jefferson Eloy Ereno é um exemplo de luta e superação, após adotar Tony, descobriu que o cachorro possuía uma doença neurológica rara e vendeu parte de seus bens materiais para arcar com os custos do tratamento, o animal acabou vindo a óbito após a publicação do presente trabalho. Andréa Lúcia Lopes mostra como o amor e a relação com seus animais de estimação influenciou no término do seu matrimônio. Ana Paula Zani Zanardi e Leonardo Martins Francisco Zani sentiram a necessidade de adaptar sua rotina após a adoção de Floco, um cachorro de aproximadamente dois anos com epilepsia. Analía Rodrigues Dotto e Ramon Fuck Oliveira decidiram aumentar a família e dar uma irmã para a Julie, uma cachorra da raça lhasa apso que o casal considera como filha. E por fim, Márcia Fernandes Bezerra e João Luiz Martins de Mello, um casal de advogados que optaram por não terem filhos, mas que compartilham o conforto de sua casa com sete cachorros e três gatos, todos adotados. As primeiras gravações se iniciaram no mês de julho e se sucederam até setembro de 2018, sendo a maioria delas realizadas nas residências dos próprios entrevistados. As perguntas elaboradas durante cada uma das entrevistas foram baseadas no contexto que os diferentes personagens estavam inseridos e nas suas histórias de vida. Ao fim desta etapa, a autora passou a minutar cada uma delas e a elaborar um roteiro para o programa. Além de realizar a seleção dos efeitos sonoros e das músicas que viriam a ser utilizadas. Como forma de enfatizar cada uma das histórias selecionadas, a autora optou por destinar a cada um dos oito entrevistados um episódio diferente. Com uma duração de 8 a 12 minutos, considerado um tempo ideal para que os programas não se tornem exaustivos, os episódios são baseados no formato de uma reportagem especial, incluindo abertura, característica, encerramento, off e sonora, sempre mantendo um padrão. As escolhas sonoplásticas e textuais, que vão desde a abordagem dos dados até os efeitos sonoros de latidos e miados, buscam priorizar a identidade do programa, fazendo com que o imaginário do ouvinte possa ser transportado para um cenário em que cachorros, gatos e seres humanos vivem em perfeita harmonia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>