ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01090</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A Ilha do Mel de Ponta a Ponta: Uma websérie sobre o modo de vida na ilha, seus aspectos culturais e ambientais</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jamille Karolina Maltaca (Universidade Positivo); Adrian Gabriel De Andrade Wosniak (Universidade Positivo); Luiz Witiuk (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A websérie disponibilizada na ferramenta YouTube intitulada como  A Ilha do Mel de ponta a ponta está dividida em 6 episódios que analisam os aspectos culturais e ambientais da Ilha do Mel, que é uma unidade de conservação estadual que pertence à Paranaguá - PR e é fiscalizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), sendo a única ilha do Brasil a possuir uma lei específica. Basicamente, ela tem 92% do seu território protegido, sendo dividida em área ecológica - somente é possível a visitação de pesquisadores e pessoas autorizadas. Existe ainda o parque estadual da Ilha do Mel, que compreende as trilhas e pontos turísticos podendo ser visitada. 8% são destinadas às áreas de ocupação em que estão os restaurantes, pousadas e moradias. A ilha é formada por pequenas vilas, são elas: Encantadas, Nova Brasília, Farol, Praia Grande, Ponta Oeste e Fortaleza. De acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), atualmente a Ilha do Mel contém cerca de 1.200 pessoas morando local. <br><br>Este trabalho de conclusão de curso está embasado sob o problema: Como uma websérie pode relatar a vida dos moradores da ilha do Mel sob um olhar jornalístico? Dentre os objetivos deste trabalho de conclusão de curso estão: entender a relevância de uma websérie na sociedade, conhecer o dia a dia dos moradores da Ilha do Mel, compreender a rotina de quem trabalha com os turistas da região, descobrir os motivos que levaram as pessoas de outras regiões a irem morar no local, identificar as lendas mais curiosas do local, exibir o modo de vida da comunidade da Ilha do Mel contando histórias. <br><br>Durante a pesquisa de campo foram feitas denúncias de que diversos bares, restaurantes e pousadas que jogam restos de comida e esgoto na praia de Encantadas. Antigamente o lixo da ilha era recolhido por meio carrinho de mão e depositado em uma a espécie de  lixão . Atualmente o lixo da ilha é recolhido através de um carrinho elétrico, de segunda a sábado e levado até um transbordo. Uma balsa sai de Paranaguá e vai até a Ilha para recolher esse lixo uma vez por semana, que é transportado até o continente, colocado em um caminhão e levado até o lixão. A quantidade de lixo aumenta muito no período de fim de ano e novos projetos estão para serem executados. Após isso, ele era queimado, porém, essa ação prejudicava os lençóis freáticos, o que levou as autoridades a mudar a maneira de destinação do lixo. <br><br>Além do lixo, uma outra preocupação da Ilha do Mel, é o Terminal de Contêineres do Porto Pontal (TCPP), um projeto que já tem 17 anos de duração, está desde 2005 com o processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral do Paraná (COLIT), articulado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). O decreto assinado por Beto Richa que tornou a área utilidade pública, está sendo muito debatida atualmente pela população no governo de Ratinho Junior, o qual apoia e quer dar continuidade ao projeto.<br><br>A Ilha do Mel, ao contrário do que muitas pessoas pensam, possui escolas, postos de saúde e posto da polícia militar. A população possui representantes que fazem o elo entre eles e o poder público, ou seja, um grupo de pessoas que levam ideias, críticas, pedidos, sugestões para o governo, ou seja, a comunidade tem uma relação com o poder público de formalizar necessidades e operar no atendimento, enquanto o governo atende as necessidades e faz as cobranças aos moradores.<br><br>Como a justificativa de que as pessoas e a população precisam conhecer ainda mais o estado do Paraná e a realidade dos ilhéus, que tem um modo de vida muito diferente do que se leva na cidade grande;  A Ilha do Mel de Ponta a Ponta ouviu essas pessoas e retratou por meio de episódios uma realidade não tão conhecida assim. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma das metodologias aplicadas no trabalho é a pesquisa de campo. O primeiro elemento que é identificado como pesquisa de campo é a observação. O segundo elemento notado é a coleta de dados. Os serviços de educação, saúde e segurança cederam dados, explicações e informações, possibilitando que, posteriormente, fosse feita uma análise sobre toda pesquisa feita. Para a elaboração deste produto, a equipe fez também, uma grande busca bibliográfica na biblioteca pública do Paraná. A equipe foi até a Ilha do Mel quatro vezes para buscar informações, fontes e realizar as gravações. <br><br>O produto é de grande importância no meio jornalístico, visto que a informação chega aos espectadores, com apuração aprofundada sobre o local, personagens, contexto histórico e os mais diversos elementos que compõem uma narrativa jornalística, abordando os lados envolvidos e levando a sociedade à reflexão. O jornalismo já migrou para a internet, visto que de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, 116 milhões de pessoas estão conectadas na internet. Em maio de 2018 foi divulgado pelo YouTube a marca de 1,8 bilhão de usuários ativos mensalmente, resultando em mais de 150 milhões de horas por dia de visualização. <br><br>O audiovisual jornalístico já é explorado na internet, seja pelos veículos de comunicação ou independentes. O que prevalecerá, jornalisticamente falando, é a credibilidade do conteúdo. Um dos objetivos do produto jornalístico referente à Ilha do Mel, é abordar pontos e histórias não tão faladas e mostradas nas grandes mídias; sendo assim, Santos e Paulino no artigo  O documentário etnográfico: da memória ao produto turístico (2010), afirmam que, quando resgatados locais, culturas e histórias de um local  esquecido , a importância do documentário se torna maior em valor para sociedade, e nos demais pontos, como na educação, turismo, e até mesmo cultural.<br><br>Sendo assim, a websérie dentro do contexto da Ilha do Mel será vista como uma contribuição como uma forma de explorar ideologias, posicionamentos e sentidos dos habitantes que lá vivem. Os episódios permitem um aprofundamento no assunto e organização do material. Sendo assim, funcionará tanto como guia turístico como uma maneira de conhecimento, exploração, e principalmente, contação de histórias do local e seus nativos.<br><br>Outra vantagem citada por Zanetti no artigo  Webséries: narrativas seriadas em ambientes virtuais (2013), é a autonomia que os internautas têm de assistir aos vídeos na hora e sequência que quiserem, sem depender de uma programação de televisão ou com limite diário de visualização do material. Além disso, há uma liberdade de criação, sem precisar obedecer a um determinado tempo para a criação da história,  [...] além de retorno quase imediato do espectador, que pode se manifestar por meio de comentários,  curtidas , compartilhamentos. <br><br>Ainda não se pode dizer que as webséries são inovadoras (ZANETTI, 2013) visto que nada mais são que um documentário dividido em episódios que possuem um início, meio e fim; divulgados em plataformas online.  Trata-se de um aspecto que demonstra o quanto os novos suportes interativos de mediação também se valem de parâmetros herdados das mídias tradicionais (ZANETTI, 2013, p.86) e que oferecem credibilidade e informação sem depender de um grande veículo.<br></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a execução deste produto, a equipe foi muito bem recebida na Ilha do Mel, ao todo foram 4 viagens para o local. Uma das dificuldades foi encontrar nativos que quisessem fornecer entrevistas, visto que muitos deles são tímidos com câmeras. A primeira visita à Ilha do Mel ocorreu no fim de semana do início de maio de 2018. No começo, o objetivo da equipe não era capturar imagens, e sim, entender o que é a ilha, seu funcionamento, identificar os moradores e os nativos. Na segunda oportunidade que a equipe esteve no local, se deu início às gravações com os personagens em um fim de semana no final de julho. Pela terceira vez, no mês de agosto, os integrantes foram para finalizar as entrevistas com os personagens. Na quarta ida à Ilha do Mel, ocorrida no mês de outubro, os integrantes conheceram uma parte da Ponta Oeste, uma das vilas da ilha onde a habitação é proibida por lei, visto que está localizada na parte protegida da Ilha do Mel. A equipe optou pelo YouTube, pois lá é possível separar o material em episódios que evitam a mistura de assuntos, conseguindo trabalhar com o foco diretamente no tema proposto pelo episódio. O tempo limite estipulado dos episódios são entre 10 e 18 minutos, de forma bem dinâmica e com cortes rápidos, para que não seja algo muito extenso e cansativo. O nome  A Ilha do Mel de ponta a ponta surgiu quando a equipe percebeu que a ilha havia sido percorrida de ponta a ponta. A marca do produto foi criada pela design Dieinifer Camila Busch, pensada de maneira que seu conteúdo visual remetesse à Ilha do Mel. Quando a equipe questionava os turistas sobre o lugar mais lindo e qual eles mais haviam gostado, grande parte respondeu o Farol. Além de ser um dos lugares mais altos, onde é possível ver toda a Ilha. Na seleção da trilha sonora dos episódios, um dos critérios de escolha das músicas é que elas fossem do estilo musical reggae, característico do local. A escolha dos personagens foi feita de acordo com a história de cada um. A equipe andava conversando com as pessoas pelas trilhas da Ilha do Mel, e quando a conversa fluía e observava-se que rendia um material interessante, as câmeras eram ligadas e iniciava-se a gravação Além do canal no YouTube, a equipe optou por utilizar o Instagram para divulgar o trabalho. A escolha desta ferramenta se justifica, visto que uma pesquisa realizada por uma empresa de monitoramento de redes sociais, Socialbakers, mostrou que o Instagram recebe até quatro vezes mais engajamento nos posts do que no Facebook. Percorrer as trilhas da Ilha do Mel fez a equipe perceber o quão desafiador é o jornalismo quando se quer buscar o novo e levar para a sociedade uma reflexão, seja de como o estado do Paraná é rico em belezas naturais, ou nas dificuldades que uma comunidade enfrenta. Desafiador. Essa é a palavra que descreve o que foi a produção e a realização desse projeto, que levou a equipe a buscar histórias, pesquisar e fazer longas caminhadas para chegar a pontos diferentes. Esse é um dos grandes aprendizados com a elaboração da websérie: O jornalismo pode estar onde menos se espera. Ele pode surgir de uma mera conversa e mudar a vida das pessoas para melhor quando se tem jornalistas críticos, responsáveis e que sabem levar o problema aos órgãos competentes. Além de tudo, ainda foi possível utilizar as técnicas aprendidas em sala de aula, quanto ao enquadramento de imagens, roteirização, edição, sonoplastia, entre outras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>