| Nos últimos anos o tema discurso de ódio tem ganhado cada vez mais relevância no Brasil e no mundo, sua incidência tem se tornado mais frequente. O jurista alemão Winfried Brugger, em Proibição ou proteção do discurso do ódio? Algumas observações sobre o direito alemão e o americano (Revista do Direito Público, 2007), define o discurso de ódio como palavras e comentários que visam insultar, intimidar ou assediar pessoas em razão das suas condições sociais e culturais, ou como aquilo que tem capacidade de gerar algum tipo de violência, ódio ou discriminação. 䐀甀爀愀渀琀攀 漀 愀渀漀 搀攀 ㈀ 㠀Ⰰ 渀漀琀愀ⴀ猀攀 甀洀愀 瀀爀攀猀攀渀愀 愀椀渀搀愀 洀愀椀漀爀 搀愀 搀椀猀挀甀猀猀漀 猀漀戀爀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 攀 愀 猀甀愀 瀀爀攀猀攀渀愀 渀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀ 伀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 攀氀攀椀琀漀爀愀氀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀 搀攀 ㈀ 㠀 昀漀椀 甀洀 瀀攀爀漀搀漀 焀甀攀 挀漀渀琀漀甀 挀漀洀 愀 瀀爀攀猀攀渀愀 攀 搀椀猀猀攀洀椀渀愀漀 搀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 渀漀 瀀愀猀⸀
A partir de nossas experiências, como alunos, dentro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), durante o período da graduação, presenciamos casos e relatos de discurso de ódio. Na instituição há o conhecimento de pessoas que sofreram com ele por parte de discentes ou docentes, além de alunos que são conhecidos por assumir publicamente posicionamentos que têm como base o discurso de ódio. 䐀甀爀愀渀琀攀 漀 瀀攀爀漀搀漀 搀愀 漀挀甀瀀愀漀 搀漀 挀洀瀀甀猀 挀攀渀琀爀漀Ⰰ 攀洀 渀漀瘀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀ 㘀Ⰰ 昀漀椀 瀀爀攀猀攀渀挀椀愀搀漀 漀 甀猀漀 搀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 挀漀渀琀爀愀 洀攀洀戀爀漀猀 搀漀 搀椀爀攀琀爀椀漀 攀猀琀甀搀愀渀琀椀氀Ⰰ 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀渀琀攀猀 搀愀 漀挀甀瀀愀漀 攀 猀椀洀瀀愀琀椀稀愀渀琀攀猀⸀ 伀 挀洀瀀甀猀 昀漀椀 漀挀甀瀀愀搀漀 搀甀爀愀渀琀攀 㜀 搀椀愀猀 瀀漀爀 甀洀 最爀甀瀀漀 搀攀 攀猀琀甀搀愀渀琀攀猀 攀洀 瀀爀漀琀攀猀琀漀猀 愀 攀渀琀漀 倀䔀䌀 ㈀㐀⼀㈀ 㘀 ⠀焀甀攀 瀀愀猀猀漀甀 愀 猀攀爀 挀栀愀洀愀搀愀 搀攀 倀䔀䌀 㔀㔀⼀㈀ 㘀 愀漀 瀀愀猀猀愀爀 瀀愀爀愀 漀 匀攀渀愀搀漀 䘀攀搀攀爀愀氀⤀ 攀 愀 爀攀昀漀爀洀愀 搀漀 䔀渀猀椀渀漀 䴀搀椀漀 愀琀爀愀瘀猀 搀愀 䴀攀搀椀搀愀 倀爀漀瘀椀猀爀椀愀 㜀㐀㘀⼀㈀ 㘀㐀⸀ 䠀漀甀瘀攀 甀洀愀 最爀愀渀搀攀 洀漀戀椀氀椀稀愀漀 搀攀 攀猀琀甀搀愀渀琀攀猀 琀愀渀琀漀 昀愀瘀漀爀瘀攀椀猀 挀漀洀漀 挀漀渀琀爀爀椀漀猀 漀挀甀瀀愀漀 攀 猀 洀攀搀椀搀愀猀 搀漀 最漀瘀攀爀渀漀 渀愀 瀀漀挀愀⸀ 䐀甀爀愀渀琀攀 攀猀猀攀 瀀攀爀漀搀漀Ⰰ 昀漀椀 攀猀琀椀洀甀氀愀搀漀Ⰰ 瀀漀爀 瀀愀爀琀攀 搀攀 甀洀 最爀甀瀀漀 攀砀愀氀琀愀搀漀 焀甀攀 猀攀 甀琀椀氀椀稀愀瘀愀 搀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀Ⰰ 漀 甀猀漀 搀攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 愀氀甀渀漀猀Ⰰ 挀漀洀攀渀琀爀椀漀猀 洀椀猀最椀渀漀猀 攀 栀漀洀漀昀戀椀挀漀猀 攀爀愀洀 甀猀愀搀漀猀 瀀愀爀愀 搀攀猀洀漀爀愀氀椀稀愀爀 氀椀搀攀爀愀渀愀猀 攀猀琀甀搀愀渀琀椀猀 攀渀瘀漀氀瘀椀搀愀猀 渀愀 漀挀甀瀀愀漀⸀ 伀猀 愀琀愀焀甀攀猀 挀漀渀琀椀渀甀愀爀愀洀 洀攀猀洀漀 愀瀀猀 愀 爀攀椀渀琀攀最爀愀漀 搀漀 挀愀洀瀀甀猀⸀
Diante deste cenário, identificamos diferentes práticas de discurso de ódio dentro da UTFPR campus Curitiba. Com isso também surgiu a problemática do nosso Trabalho de Conclusão de Curso de qual seria a melhor forma de discutir a sua existência. O problema que se pretende tratar é “como abordar a presença do discurso de ódio na UTFPR campus Curitiba e na sociedade?”.䄀 昀漀爀洀愀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀 瀀愀爀愀 愀 搀椀猀挀甀猀猀漀 搀漀 瀀爀漀戀氀攀洀愀 昀漀椀 愀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀 甀洀 瀀爀漀搀甀琀漀 愀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀 搀漀挀甀洀攀渀琀愀氀 搀攀 甀洀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 瀀漀琀椀挀愀 攀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀Ⰰ 挀漀洀 漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 搀攀 攀氀甀挀椀搀愀爀 焀甀攀猀琀攀猀 爀攀昀攀爀攀渀琀攀猀 愀漀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 攀 愀 猀甀愀 瀀爀攀猀攀渀愀 渀愀 唀吀䘀倀刀 攀 渀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀⸀ 䄀 瀀爀漀搀甀漀 戀甀猀挀漀甀 琀愀洀戀洀 挀爀椀愀爀 甀洀愀 攀猀琀琀椀挀愀 焀甀攀Ⰰ 愀琀爀愀瘀猀 搀漀猀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 搀愀 洀漀渀琀愀最攀洀 搀愀猀 挀攀渀愀猀Ⰰ 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 攀 搀愀 琀爀椀氀栀愀 猀漀渀漀爀愀Ⰰ 琀攀渀栀愀 挀漀洀漀 挀愀爀愀挀琀攀爀猀琀椀挀愀猀㨀 搀攀猀挀漀渀昀漀爀琀漀Ⰰ 愀渀最切猀琀椀愀Ⰰ 琀攀渀猀漀 攀 瀀攀爀琀甀爀戀愀漀㬀 甀琀椀氀椀稀愀渀搀漀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 搀漀 攀猀琀椀氀漀 挀椀渀攀洀愀琀漀最爀昀椀挀漀 搀漀 搀椀爀攀琀漀爀 愀洀攀爀椀挀愀渀漀 䐀愀瘀椀搀 䰀礀渀挀栀Ⰰ 挀漀洀漀 漀 甀猀漀 搀漀 猀椀氀渀挀椀漀Ⰰ 愀 渀漀ⴀ愀漀 攀 愀 戀甀猀挀愀 瀀攀氀愀 戀椀稀愀爀爀椀挀攀 攀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 渀漀 戀愀渀愀氀 攀 洀甀渀搀愀渀漀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 漀 瀀爀漀樀攀琀漀 戀甀猀挀漀甀 攀砀瀀氀漀爀愀爀 愀 瀀攀爀挀攀瀀漀 搀攀 漀 焀甀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀Ⰰ 猀甀愀猀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀攀猀 攀 瀀漀猀猀瘀攀氀 挀漀洀戀愀琀攀Ⰰ 昀愀稀攀渀搀漀 椀猀猀漀 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 挀漀洀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀攀猀 搀漀 琀攀洀愀 攀 漀戀樀攀琀漀猀 挀漀爀爀攀氀愀琀漀猀⸀
A produção foi desenvolvida como parte do nosso TCC. O projeto foi dividido em duas partes. Na primeira foi realizada um levantamento de dados e reflexão teórica. Na segunda realizamos a pré-produção, produção e pós-produção do documentário. Tais partes foram realizadas durante o ano de 2018. 伀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 䜀攀爀愀漀 搀攀 팀搀椀漀Ⰰ 焀甀攀 昀漀椀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 搀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 昀漀椀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 瀀愀爀愀 愀 戀愀渀挀愀 攀洀 搀攀稀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀ 㠀⸀ 倀愀爀愀 愀 瀀爀漀搀甀漀 昀漀爀愀洀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 搀愀 唀吀䘀倀刀 焀甀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀洀 琀攀洀愀猀 挀漀爀爀攀氀愀琀漀猀 愀漀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 漀甀 焀甀攀 琀攀洀 甀洀愀 愀琀甀愀漀 愀挀愀搀洀椀挀愀 挀漀洀 最爀甀瀀漀猀 愀昀攀琀愀搀漀猀 瀀攀氀愀 瀀爀琀椀挀愀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀挀㜀㠀愀∀㸀㰀戀㸀䤀一吀刀伀䐀唀윀쌀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀渀琀攀猀 搀愀 爀攀愀氀椀稀愀漀 搀愀 最爀愀瘀愀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀Ⰰ 渀猀 愀瀀爀漀昀甀渀搀愀洀漀猀 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 搀漀 琀攀洀愀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀Ⰰ 搀愀 爀攀昀氀攀砀漀 猀漀戀爀攀 愀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀愀氀 攀 搀愀猀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 挀椀渀攀洀愀琀漀最爀昀椀挀愀猀Ⰰ 攀洀 攀猀瀀攀挀椀愀氀 愀 漀戀爀愀 搀漀 搀椀爀攀琀漀爀 䐀愀瘀椀搀 䰀礀渀挀栀 焀甀攀 昀漀椀 漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 爀攀昀攀爀攀渀挀椀愀氀 攀猀琀琀椀挀漀 搀愀 漀戀爀愀⸀
Realizamos, primeiramente um levantamento em um grupo do Facebook que reúne alunos de diversos cursos da instituição com o objetivo de identificar a presença ou não de mensagens contendo discurso de ódio. Dentro desse grupo, pesquisamos por postagens que incitavam o ódio, relacionado com esse evento específico da ocupação. Usamos palavras-chaves como ocupação, racismo, violência, homofobia, desocupação, esquerda e direita. Nesta pesquisa, encontramos e selecionamos uma postagem, a primeira no grupo falando a respeito da ocupação. Foi através dessa postagem que muitos tomaram conhecimento do que estava acontecendo na instituição. Na publicação, uma aluna compartilhou uma captura de tela de uma publicação de um aluno em sua página pessoal. A publicação teve 642 comentários, dos alunos expressando suas opiniões a respeito do acontecimento. 䄀渀愀氀椀猀愀渀搀漀 漀猀 挀漀洀攀渀琀爀椀漀猀Ⰰ 瀀攀爀挀攀戀攀洀漀猀 甀洀愀 最爀愀渀搀攀 瀀漀氀愀爀椀稀愀漀 搀攀 椀搀攀椀愀猀 攀 漀瀀椀渀椀攀猀Ⰰ 搀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀 猀攀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀爀愀洀 挀漀渀琀爀愀 漀甀 愀 昀愀瘀漀爀 搀愀 漀挀甀瀀愀漀⸀ 䔀猀猀愀 瀀漀氀愀爀椀稀愀漀 搀攀 椀搀攀椀愀猀 渀漀 猀攀 挀愀爀愀挀琀攀爀椀稀愀 挀漀洀漀 甀洀 瀀爀漀戀氀攀洀愀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 愀 搀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 搀攀 漀瀀椀渀椀攀猀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀 瀀愀爀愀 焀甀攀 栀愀樀愀 甀洀 搀攀戀愀琀攀⸀ 伀 瀀爀漀戀氀攀洀愀 挀漀洀攀愀 焀甀愀渀搀漀Ⰰ 愀漀 攀砀瀀爀攀猀猀愀爀 攀猀猀愀猀 漀瀀椀渀椀攀猀Ⰰ 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 瀀愀猀猀愀洀 愀 椀渀挀椀琀愀爀 愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀Ⰰ 焀甀攀 渀漀 搀攀瘀攀 猀攀爀瘀椀爀Ⰰ 攀洀 渀攀渀栀甀洀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 挀漀洀漀 猀漀氀甀漀 瀀愀爀愀 愀 猀椀琀甀愀漀⸀
Em relação às definições de documentário, nos baseamos nas três suposições lógicas propostas por Bill Nichols, em Introdução ao Documentário (Papirus Editora, 2016), de que: documentários tratam da realidade, de algo que realmente aconteceu; documentários tratam de pessoas reais e documentários contam histórias sobre o que aconteceu no mundo real. O documentário Geração de Ódio é contemplado por essas suposições estudadas. O produto discute sobre a presença de discurso de ódio na UTFPR Campus Curitiba e na sociedade a partir de entrevistas, em voice over, sendo guiado pela visão dos realizadores, sem o uso de alegorias fictícias.倀愀爀愀 愀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 爀攀挀漀爀爀攀洀漀猀 愀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 琀愀渀琀漀 攀猀琀琀椀挀愀猀 攀 瘀椀猀甀愀椀猀 挀漀洀漀 琀攀洀琀椀挀愀猀 瀀愀爀愀 戀甀猀挀愀爀洀漀猀Ⰰ 渀漀 焀甀攀 樀 昀漀椀 昀攀椀琀漀Ⰰ 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 焀甀攀 渀漀猀 愀樀甀搀攀洀 愀 攀渀挀漀渀琀爀愀爀 愀 洀攀氀栀漀爀 昀漀爀洀愀 搀攀 愀戀漀爀搀愀爀 漀 琀攀洀愀⸀ 䐀攀渀琀爀攀 愀猀 漀戀爀愀猀 甀猀愀搀愀猀 挀漀洀漀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀 琀攀洀琀椀挀愀Ⰰ 攀猀琀漀 漀 挀甀爀琀愀ⴀ洀攀琀爀愀最攀洀 䔀氀氀椀猀 ⠀㈀ 㔀⤀Ⰰ 搀椀爀椀最椀搀漀 瀀漀爀 䨀刀Ⰰ 攀 漀猀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀猀 伀 搀椀漀 渀愀 椀渀琀攀爀渀攀琀 ⠀䰀攀猀 爀猀攀愀甀砀 搀攀 氀愀 栀愀椀渀攀Ⰰ ㈀ 㔀⤀Ⰰ 搀椀爀椀最椀搀漀 瀀漀爀 刀漀欀栀愀礀愀 䐀椀愀氀氀漀 攀 䴀氀愀渀椀攀 䜀愀氀氀愀爀搀Ⰰ 䌀栀愀爀氀漀琀琀攀猀瘀椀氀氀攀㨀 刀愀挀攀 愀渀搀 吀攀爀爀漀爀Ⰰ 瀀爀漀搀甀稀椀搀漀 瀀攀氀愀 嘀椀挀攀 一攀眀猀 ⠀㈀ 㜀⤀Ⰰ 攀 䄀 䌀栀甀瘀愀 ⠀刀攀最攀渀Ⰰ 㤀㈀㤀⤀Ⰰ 搀攀 䨀漀爀椀猀 䤀瘀攀渀猀 攀 䴀愀渀渀甀猀 䘀爀愀渀欀攀渀⸀⸀
As referências estéticas e visuais usadas são o curta documentário Speak Body (1979), de Kay Armatage, e o diretor norte-americano David Lynch, com os filmes Eraserhead (1977) e Veludo Azul (Blue Velvet, 1986) e a série Twin Peaks (1990-1991, 2017). Speak Body, possui uma abordagem semelhante à utilizada e durante a produção conversamos, por e-mail, com a diretor Kay Armatage, que nos deu dicas e explicou o processo de realização do seu curta.伀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀愀稀 甀洀愀 攀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀漀 挀漀洀 漀 最渀攀爀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀愀氀Ⰰ 甀琀椀氀椀稀愀渀搀漀 瀀愀爀琀攀 搀漀 攀猀琀椀氀漀 搀漀 搀椀爀攀琀漀爀 渀漀爀琀攀ⴀ愀洀攀爀椀挀愀渀漀 䐀愀瘀椀搀 䰀礀渀挀栀Ⰰ 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀 渀漀 猀攀甀 甀猀漀 搀愀 挀洀攀爀愀 攀猀琀琀椀挀愀 攀洀 愀洀戀椀攀渀琀攀猀 挀漀琀椀搀椀愀渀漀猀 愀挀漀洀瀀愀渀栀愀搀漀 搀攀 攀昀攀椀琀漀猀 猀漀渀漀爀漀猀 焀甀攀 挀愀甀猀愀洀 搀攀猀挀漀渀昀漀爀琀漀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 琀攀爀挀攀椀爀愀 琀攀洀瀀漀爀愀搀愀 搀愀 猀爀椀攀 吀眀椀渀 倀攀愀欀猀 ⠀㤀㤀 ⴀ㤀㤀Ⰰ ㈀ 㜀⤀⸀ 伀 搀椀爀攀琀漀爀 挀漀渀栀攀挀椀搀漀 瀀攀氀愀 昀漀爀洀愀 焀甀攀 爀攀琀爀愀琀愀 愀猀 愀琀椀琀甀搀攀猀 洀愀椀猀 洀甀渀搀愀渀愀猀 攀 戀愀渀愀椀猀Ⰰ 椀渀搀漀 愀氀洀 搀愀猀 愀瀀愀爀渀挀椀愀猀Ⰰ 猀攀甀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 攀 氀漀挀愀攀猀 最甀愀爀搀愀洀 猀攀最爀攀搀漀猀 瀀攀爀琀甀爀戀愀搀漀爀攀猀⸀
As pesquisas foram essências para a produção, permitiu que tivéssemos contato com diversas formas de documentário e ficção, assim como as formas de abordar o tema. Com isso foi possível realizar diversas experimentações na produção, principalmente durante as gravações de imagens da UTFPR. |
| Durante o processo de produção do documentário, novas ideias e perspectivas podem surgir. Os objetivos apresentados e a abordagem como um todo não se perde, apenas novos elementos são acrescentados. Neste projeto não foi diferente, novas ideias e abordagens foram surgindo durante o desenvolvimento do produto final. Durante o nosso percurso de produção nos deparamos com barreiras e impedimentos, tivemos que estar em um constante processo de readaptação e readequação para seguirmos em frente no processo de produção.唀洀 搀漀猀 瀀爀椀洀攀椀爀漀猀 瀀愀猀猀漀猀 渀愀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 昀漀椀 瀀爀漀挀甀爀愀爀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀攀猀 瀀愀爀愀 愀瀀爀攀渀搀攀爀洀漀猀 洀愀椀猀 猀漀戀爀攀 漀 琀攀洀愀 攀 椀爀 洀愀瀀攀愀渀搀漀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 攀 愀戀漀爀搀愀最攀渀猀⸀ 䄀漀 挀漀渀瘀攀爀猀愀爀 挀漀洀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 攀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀Ⰰ 瀀攀爀挀攀戀攀洀漀猀 焀甀攀 瀀愀椀爀愀 甀洀愀 搀切瘀椀搀愀 攀洀 爀攀氀愀漀 愀漀 焀甀攀 挀愀爀愀挀琀攀爀椀稀愀 漀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀 攀 挀漀洀漀 攀氀攀 猀攀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀Ⰰ 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀洀 猀攀甀猀 琀爀愀漀猀 攀洀 挀攀爀琀愀猀 昀愀氀愀猀 攀 愀攀猀Ⰰ 洀愀猀 渀漀 挀漀渀猀攀最甀攀洀 搀攀昀椀渀椀ⴀ氀漀⸀ 䌀漀洀 攀猀猀攀 挀攀渀爀椀漀 搀攀挀椀搀椀洀漀猀 昀漀挀愀爀 渀愀 攀砀瀀氀椀挀愀漀 攀 攀砀瀀氀漀爀愀漀 搀漀 琀攀洀愀Ⰰ 愀猀猀椀洀 挀漀洀漀 愀 瀀攀爀挀攀瀀漀 搀漀猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀攀猀 猀漀戀爀攀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀攀 搀椀漀⸀
Entrevistamos os professores da UTFPR: Francis Kanashiro Maneghetti, Wellington Teixeira Lisboa, Elza Aparecida Oliveira Filha, Maurini de Souza Alves Pereira e Andréa Maila Voss Kominek. Os entrevistados frisaram que o momento social/econômico/político que a sociedade brasileira enfrenta tem propiciado um terreno fértil para o surgimento e disseminação de discurso de ódio. 倀愀爀愀 愀 昀漀爀洀甀氀愀漀 搀愀猀 瀀攀爀最甀渀琀愀猀 猀攀最甀椀洀漀猀 愀 攀琀愀瀀愀 搀攀 瀀爀ⴀ攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀Ⰰ 焀甀攀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 瀀漀爀 匀爀最椀漀 倀甀挀挀椀渀椀Ⰰ 攀洀 刀漀琀攀椀爀漀 搀攀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀㨀 搀愀 瀀爀ⴀ瀀爀漀搀甀漀 瀀猀ⴀ瀀爀漀搀甀漀 ⠀倀愀瀀椀爀甀猀 䔀搀椀琀漀爀愀Ⰰ ㈀ ㈀⤀Ⰰ 挀漀渀瘀攀爀猀愀洀漀猀 挀漀洀 漀猀 瀀漀猀猀瘀攀椀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 愀渀琀攀猀 搀愀猀 最爀愀瘀愀攀猀 瀀愀爀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀洀漀猀 愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 搀攀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 攀 愀瀀爀攀渀搀攀爀 洀愀椀猀 猀漀戀爀攀 漀 琀攀洀愀⸀ 一漀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 猀攀洀攀猀琀爀攀 搀攀 ㈀ 㠀 昀漀爀愀洀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 搀漀椀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀Ⰰ 猀攀渀搀漀 攀氀攀猀 䘀爀愀渀挀椀猀 䬀愀渀愀猀栀椀爀漀 䴀攀渀攀最栀攀琀琀椀 攀 圀攀氀氀椀渀最琀漀渀 吀攀椀砀攀椀爀愀 䰀椀猀戀漀愀Ⰰ 攀渀焀甀愀渀琀漀 搀愀猀 搀攀洀愀椀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 愀漀 氀漀渀最漀 搀漀 猀攀最甀渀搀漀 猀攀洀攀猀琀爀攀⸀
As referências visuais se mostraram de extrema importância no momento das gravações, os enquadramentos e a busca por “sensações” foram influenciados e guiados pelas referências. Focamos na busca por espaços vazios na universidade, para isso gravamos em horários em que havia um baixo fluxo de pessoas, assim como foi aconselhado pela diretora Kay Armatage durante as nossas trocas de e-mails. 伀猀 愀洀戀椀攀渀琀攀猀 瘀愀稀椀漀猀 搀愀 甀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 琀愀洀戀洀 爀攀洀攀琀攀洀 愀漀猀 愀洀戀椀攀渀琀攀猀 戀愀渀愀椀猀 攀 瀀愀挀愀琀漀猀 挀愀瀀琀甀爀愀搀漀猀 瀀漀爀 䰀礀渀挀栀 攀洀 搀椀瘀攀爀猀愀猀 漀戀爀愀猀Ⰰ 挀漀洀漀 漀 猀甀戀切爀戀椀漀 挀愀氀洀漀 攀洀 嘀攀氀甀搀漀 䄀稀甀氀 焀甀攀 攀猀挀漀渀搀攀 甀洀愀 爀攀搀攀 搀攀 椀渀琀爀椀最愀 攀 挀爀椀洀攀猀⸀ 䄀 猀爀椀攀 吀眀椀渀 倀攀愀欀猀 琀愀氀瘀攀稀 漀 洀愀椀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀 搀攀 挀漀洀漀 䰀礀渀挀栀 甀猀愀 漀 戀愀渀愀氀 瀀愀爀愀 挀愀甀猀愀爀 甀洀愀 瀀攀爀琀甀爀戀愀漀 攀 椀渀挀洀漀搀漀 渀漀 攀猀瀀攀挀琀愀搀漀爀 攀 猀甀戀瘀攀爀琀攀 漀 挀漀琀椀搀椀愀渀漀⸀
O processo de edição se mostrou muito subjetivo, tínhamos uma visão de como gostaríamos de ter como produto final e através da edição que buscamos nos aproximar dessa visão. Deixamos o sentimento e sensação da cena nos guiar nos cortes das imagens da UTFPR e na seleção dos fragmentos a serem utilizados, seguindo assim aquilo que aprendemos a partir das reflexões de Sergei Eisenstein, em O Sentido do Filme (Jorge Zahar Editor, 2002) e de Walter Murch, na obra Num Piscar de Olhos: a edição de filmes sob a ótica de um mestre (Jorge Zahar Editor, 2004). As imagens que sentíamos ter um impacto maior eram mantidas por mais tempo, outras tinham o tempo reduzido se considerado que o impacto era menor, tais escolhas são subjetivas.伀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 昀椀渀愀氀椀稀愀搀漀 昀椀挀漀甀 挀漀洀 甀洀 琀漀琀愀氀 搀攀 ㈀ 洀椀渀甀琀漀猀 攀 㔀 猀攀最甀渀搀漀猀 ⠀挀漀渀琀愀渀搀漀 挀爀搀椀琀漀猀⤀⸀ 一漀 挀甀爀琀愀Ⰰ 栀 愀 愀氀琀攀爀渀愀漀 攀渀琀爀攀 漀猀 挀漀洀攀渀琀爀椀漀猀 搀漀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 攀洀 漀昀昀 攀渀焀甀愀渀琀漀 猀漀 瀀爀漀樀攀琀愀搀愀猀Ⰰ 攀洀 瘀搀攀漀Ⰰ 最爀愀瘀愀攀猀 搀攀 搀椀瘀攀爀猀愀猀 瀀愀爀琀攀猀 搀愀 唀吀䘀倀刀⸀ 伀猀 挀漀洀攀渀琀爀椀漀猀 搀漀猀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀攀猀 昀漀爀愀洀 攀搀椀琀愀搀漀猀 攀 洀漀渀琀愀搀漀猀 搀攀 甀洀愀 昀漀爀洀愀 挀漀洀 焀甀攀 昀漀爀洀愀猀猀攀 甀洀愀 氀椀渀栀愀 搀攀 爀愀挀椀漀挀渀椀漀 氀最椀挀愀 攀 挀漀攀爀攀渀琀攀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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