ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01219</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sem ressonância</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Douglas Maia Rodrigues (Universidade Federal do Paraná); José Carlos Fernandes (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A web reportagem Sem ressonância foi veiculada na internet no ano em que o marco inicial do rock autoral curitibano  a banda A Chave  completou 50 anos. Com as diferentes mídias disponíveis, o projeto costura uma narrativa jornalística sobre as relações entre o rock autoral produzido em Curitiba e a imprensa cultural da cidade ao longo dessas cinco décadas. A reportagem aborda essas relações desde o surgimento d'A Chave, nos anos 60, até 2018 com as bandas surgidas na internet. Desta forma, o site busca retratar as tensões e expectativas criadas entre músicos, fãs, incentivadores culturais e jornalistas da cidade em torno de uma possível repercussão nacional da produção musical curitibana. A investigação discute também como as dinâmicas da cena musical local e do jornalismo cultural da cidade têm sido afetadas pelas transformações tecnológicas globais que atingem ambos os modelos de negócio/produção da música e do jornalismo (BALLERINI, 2015). As esperanças dos roqueiros curitibanos de romper as fronteiras estaduais e atingir um público mais amplo ganharam peso nos anos 1980, com diversas bandas alcançando espaço na imprensa nacional. Nessa época, a repercussão do rock curitibano além das fronteiras estaduais impulsionou um princípio de profissionalização da cena. E na década de 1990 Curitiba foi batizada pela imprensa especializada como a "Seattle Brasileira", em referência à cidade estadunidense que na mesma época vibrava com o sucesso do movimento grunge. No entanto, as bandas curitibanas permaneceram pouco conhecidas pelo grande público, motivo de certo desapontamento para músicos e fãs (MERCER, 2017). Apesar da euforia gerada pela geração de 1990, a explosão musical de Curitiba ficou na promessa. Os grupos locais não conseguiram romper as barreiras da cidade e do estado, permanecendo invisíveis ao grande público. Souza Neto (2003) aponta que as bandas curitibanas que assinaram contratos com grandes gravadoras receberam pouco investimento das mesmas. A reportagem busca investigar a fundo as hipóteses mais comumente levantadas pelos atores da cena de música autoral da cidade, como a distância do eixo Rio-São Paulo, a falta de divulgação na imprensa local, a falta de unidade entre as bandas e a ausência de público disposto a ouvir bandas ainda não consagradas. O rock curitibano já foi tratado em trabalhos anteriores por diferentes perspectivas, mas nunca por sua relação com o jornalismo cultural. O objetivo da apuração é discutir qual o real peso dos fatores citados anteriormente no sucesso ou fracasso de um movimento musical, dedicando especial atenção ao trabalho dos jornalistas culturais em meio às expectativas e pressões que partem tanto dos artistas independentes quanto da indústria musical. Ao ouvir os profissionais que atuavam na época e os que exercem a profissão no presente é possível compreender suas diferentes reações em meio a esse cabo-de-guerra de interesses. BALLERINI, Franthiesco. Jornalismo cultural no século 21. São Paulo: Summus, 2015. MERCER, Eduardo. Uma fina camada de gelo: o rock autoral e a alma arredia de Curitiba. Curitiba: Edição do Autor, 2017. 560 p. SOUZA NETO, Manoel J. de (Org.). A [des]Construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2003. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem realizou 23 entrevistas com 21 personagens atuantes na cena musical e no jornalismo cultural curitibano em diferentes épocas. A duração total das entrevistas superou a marca de 25 horas. Todas as entrevistas foram realizadas de forma presencial, exceto pelo músico e produtor Otávio "Madu" Madureira, entrevistado por telefone. Sete das entrevistas foram filmadas para inclusão em vídeo no site da reportagem. O critério para a seleção dos músicos que participariam em vídeo prezou por abranger marcos musicais: um marco inicial do rock curitibano (Orlando Azevedo, da banda A Chave, precursora do rock autoral da cidade), e outro marco da geração de músicos surgidos na internet (Vinicius Nisi, d'A Banda Mais Bonita da Cidade, cujo clipe da música "Oração" se tornou um sucesso na internet). Para os jornalistas filmados, o critério visou selecionar profissionais que participaram da cobertura da cena rock curitibana em diferentes épocas e meios de comunicação. Foi pedido a todos os jornalistas entrevistados que enviassem uma lista indicando os cinco discos que consideram fundamentais para entender a cena rock curitibana. As listas recebidas foram incluídas no site, com links para os álbuns no Youtube. A reportagem também exigiu uma pesquisa aprofundada sobre as discussões que permeiam o jornalismo cultural no século XXI, bem como uma investigação sobre a história e a configuração atual da cena musical curitibana. Para a compreensão dessa cena, foi necessário buscar fontes sobre a indústria musical e o conceito de cena musical. Seguindo as tendências do jornalismo produzido para a internet, a web reportagem buscou trabalhar com diferentes recursos midiáticos, para produzir uma narrativa transmedia (JENKINS, 2009). O projeto teve como objetivo unir esses recursos em uma narrativa de fôlego, norteada pelo conceito de jornalismo longform como apresentado pela pesquisadora Raquel Ritter Longhi (2014), ouvindo diferentes atores que participaram ou participam da criação da cena rock curitibana. Para que fosse possível fazer com maior segurança algumas afirmações ao longo da reportagem, foram elaboradas também algumas perguntas a serem feitas a todos os entrevistados, buscando diferentes pontos de vista para as mesmas questões. Além da descrição de jornalismo longform, outros dois conceitos foram centrais para o trabalho: a definição de "cenas culturais locais" elaborada pelo pesquisador canadense Will Straw (1991) e a discussão sobre as transformações do jornalismo cultural ao longo dos anos feita por Franthiesco Ballerini em Jornalismo cultural no século 21 (São Paulo, Summus, 2015). BALLERINI, Franthiesco. Jornalismo cultural no século 21. São Paulo: Summus, 2015. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009 STRAW, Will. Systems of Articulation, Logics of Change: Scenes and Communities in Popular Music. Cultural Studies, Londres, v. 5, n. 3, p.361-375, out. 1991. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A web reportagem produzida para este projeto foi intitulada "Sem ressonância". Inicia com uma página de apresentação e uma página principal, onde está disposta a maior parte do conteúdo (cerca de 50 mil caracteres de texto, diversos hiperlinks, sete vídeos, e quatro infográficos). Há ainda páginas para que o conteúdo multimídia possa ser consumido separadamente. A página de contato permite a interatividade do público, assim como as opções de compartilhamento em redes sociais. O domínio <https://semressonancia.wordpress.com/> foi criado usando a plataforma WordPress, em sua versão gratuita. O texto é o fio condutor da web reportagem, construindo uma narrativa longform dividida em intertítulos que podem ser lidos em ordem ou separadamente. Os recursos multimídia produzidos foram incorporados de forma a conversar com o conteúdo do texto, enriquecendo-o e tornando a leitura mais dinâmica. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>