ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01254</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Ricardo Franke: Uma experiência na produção do formato videoclipe</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Keithy Xavier de Oliveira (Universidade Federal de Santa Maria); Pedro Amaral de Oliveira (Universidade Federal de Santa Maria); Luciano Mattana (Universidade Federal de Santa Maria); Italo Renan Rodrigues de Paula (Universidade Federal de Santa Maria)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o segundo semestre de 2018, a turma da disciplina Produção Audiovisual em Publicidade, ministrada pelo prof. Dr. Luciano Mattana, teve como avaliação final do semestre a produção de um audiovisual de maior complexidade. Divididos em grupos de três pessoas, cada equipe poderia escolher o formato de produção que mais lhe interessasse. O clipe Ricardo Franke, baseado na música homônima de autoria do duo ijuiense Aroma, nasceu da nossa curiosidade em experimentar o formato videoclipe, visto que nunca havíamos produzido nada nessa categoria. O enredo do clipe trata sobre dois amigos idosos, Ricardo e Maria, que reúnem-se para desenterrar uma cápsula do tempo escondida pelos dois durante a infância. Sua única referência do local em que a cápsula está enterrada é uma antiga foto que retrata os amigos quando crianças, de costas para uma árvore. Durante a procura por esse local, os dois vão relembrando de fragmentos de sua infância, momentos esses representados através de flashbacks em que vemos os idosos em sua versão criança brincando juntos. O clipe possui quatro minutos e onze segundos de duração e proporção de tela 21:9. O vídeo foi publicado na página do Facebook do duo, onde conquistou um total de 6,4 mil visualizações, 98 compartilhamentos e 219 reações. A produção também figurou na lista dos melhores clipes independentes lançados no mês de dezembro de 2018 feita pelo site Hits Perdidos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha pelo formato videoclipe não se deu por acaso. Faro (2010) comenta sobre a hibridização do formato, que apresenta  características de linguagem que provêm do videoarte, do cinema, assim também como de outros campos da arte . Justamente por essa mistura, a experimentação do trabalho tornou-se mais atrativa à equipe produtora. Um fator interessante apresentado pela autora é a origem dos principais produtores de videoclipes. Muitos deles não trabalharam apenas com um meio, mas sim transitaram por diversos, como fotografia, publicidade, cinema, televisão, música e artes plásticas. O mesmo podemos constatar com o grupo responsável por esse trabalho, sendo ele composto por integrantes que já trabalharam com música, cinema, publicidade e fotografia. Segundo TREVISAN (2011), os videoclipes podem ser classificados em três tipos dominantes: a) o artista em evidência; b) a história em evidência; c) o conceito em evidência. Se na primeira tipologia é a performance do artista e sua imagem que ganham maior ênfase, não se podendo dizer que exista uma narrativa concreta, e na terceira a ênfase é transferida para os recursos estilísticos, na segunda é a mini-narrativa que se sobressai. "Em tais exemplares, pode-se observar uma noção de narrativa, uma linha de acontecimentos que sugere alguma história, não necessariamente ilustrando a canção, mas que geralmente remetam de alguma forma a ela. Neste caso, o artista pode aparecer como um narrador, cantando a canção com certas inserções enquanto atores encenam os acontecimentos. Pode ser colocado entre as cenas, mas em situações sem nenhuma relação com o contexto do vídeo, fazendo performances desconexas do todo, ou ainda, participar como um personagem da história" (TREVISAN, 2011, p. 174) Para contar a estória dos amigos de infância que reencontram-se na terceira idade, a equipe optou por trabalhar com a segunda tipologia, não preocupando-se em inserir a imagem dos integrantes do duo no videoclipe  a não ser por uma breve participação especial de um deles na cena do café. Também, optou-se por não fazer uma ilustração literal da canção, remetendo a ela através de uma interpretação possível da letra. Na busca pela valorização de uma possível forma diferenciada de expressão, optamos por utilizar uma linguagem emprestada do cinema, trazendo uma narrativa ficcional para a interpretação da música. Para isso, trabalhamos com maior empenho na 3 fase de composição de argumento e roteirização, entendendo-se que o roteiro é a forma escrita de qualquer projeto audiovisual (COMPARATO, 1995).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Inicialmente, realizou-se a escolha da canção que teria o clipe produzido. Os dois principais critérios para a seleção da banda foram: o conjunto deveria trabalhar de forma independente, sem contrato com nenhuma gravadora, e o contato com seus integrantes deveria se dar de forma presencial, para uma facilitar a exposição de ideias. A seleção da música foi feita a partir das cinco faixas do até então inédito EP  Primeiro do duo Aroma. Os principais critérios para a seleção da faixa consistiram na qualidade da gravação, apelo comercial e potencial criativo e visual. Posteriormente, foi realizada uma reunião de brainstorming entre os integrantes do grupo com o objetivo de deduzir possíveis interpretações para a canção, uma vez que, segundo os compositores, a mesma não possui um significado específico. Com base nos versos  Cansei de ver por onde você tem andado meu bem / Quero saber o que tem achado de tudo / Pode tecer teus comentários sobre o mundo / A nossa rua continua sempre lá (AROMA, 2018), a equipe teve o insight de contar a estória de duas pessoas que não se viam há anos e reencontram-se na terceira idade para revisitar paisagens da infância. Após a apresentação do conceito para os integrantes do duo e posterior aprovação, o grupo deu início à escrita do argumento e composição do roteiro. Para o processo de casting, o grupo reuniu-se com alunas e alunos do curso de Artes Cênicas da UFSM pertencentes ao grupo CineCirco, tutorado pela profª. Drª. Raquel Guerra. Após a seleção, o elenco foi constituído pelo ator e diretor Paulo Tavares, que deu vida ao protagonista Ricardo; pela professora aposentada Elizabeth Veleda, que interpretou a amiga de Ricardo, Maria; e por Artur Poffo, um dos integrantes do duo Aroma, que fez uma ponta como o garçom do café visitado pelos idosos. Além dos atores adultos, contamos com duas crianças no elenco, Gabriel Dalla Vale e a Eduarda Espindola Habowyski, que interpretaram, respectivamente, Ricardo e Maria na época de infância. Todos os integrantes do elenco atuaram de forma voluntária. O material utilizado na captura das imagens consistiu em duas câmeras DSLR da marca Nikon, modelo 5300; uma lente 50mm e uma lente 35mm, ambas da marca Nikon; dois tripés da marca Weifeng, modelo WT-3750; um rebatedor. O videoclipe foi gravado em diferentes localidades do bairro Camobi, em Santa Maria, RS. A escolha da região se deu, principalmente, por suas características estéticas e cênicas que remetem a um pacato bairro residencial de casas e, também, devido à facilidade de acesso às locações por parte dos integrantes do grupo e do elenco. As cenas iniciais, que retratam o protagonista Ricardo indo dormir, acordando e preparando-se para encontrar sua amiga Maria, foram gravadas na casa da avó de uma amiga de um dos integrantes do grupo. As imagens dos idosos em um café foram captadas no Okay Café. A conclusão do videoclipe, que retrata o momento em que os personagens desenterram a caixa à sombra de uma árvore, foi gravada em um dos laboratórios do departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. A pós-produção e edição do videoclipe foram realizadas no software Adobe Premiere CC 2017.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>