ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01258</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Jornal Comunicação: a universidade ao seu alcance</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Milena Aíssa da Silva Guilmo (Universidade Federal do Paraná); Ana Carolina Franco Bezerra (Universidade Federal do Paraná); Kathleen Varela Ribas (Universidade Federal do Paraná); Eveline Stella de Araujo (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a disciplina de Laboratório de Radiojornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi produzido o radiojornal  Jornal Comunicação , no ano de 2018. Os temas apresentados no Jornal se relacionavam com Curitiba e Região Metropolitana abordando Política, Economia, Divulgação Científica, Cultura e Agenda de Eventos Culturais. O programa de rádio é uma produção dos alunos com uma hora de duração semanal e é veiculado na rádio UNI-FM, rádio comercial de Curitiba, aos sábados das seis às sete horas da manhã. O Jornal Comunicação é a oportunidade que os alunos de graduação têm para vivenciar a prática da profissão jornalística, sem estarem ainda inseridos no mercado de trabalho. Nessa etapa da graduação, os alunos podem realizar testes, conviver com erros e acertos, planejar e colocar em prática ideias que ainda não estejam em atuação no mercado e na academia, produzir materiais e acumular experiência em diversas áreas de atuação, para que cada estudante decida onde ingressar após o término da graduação. Em suma, o jornal laboratório permitiu a vivência profissional que os estudantes ainda não tinham. Dirceu Lopes, no texto  Jornal laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor (Summus, 1989), diz que o jornal laboratório é um instrumento fundamental no curso de Jornalismo, pois ele possibilita que o estudante coloque em prática os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula, de forma que integre os estudantes na problemática profissional e ajude esses alunos a adquirirem experiência na área em que vão atuar profissionalmente, o Jornalismo. Mesmo sendo um programa de rádio de uma disciplina laboratorial, os radiojornais apresentados buscavam cumprir os papéis da ética jornalística. As fontes ou personagens das reportagens eram pessoas reais, bem como as histórias apresentadas. Quando eram divulgados dados, os estudantes tinham o cuidado de analisar e conferir as fontes desses dados, de forma que fossem confiáveis. Além disso, existia a preocupação para que as informações ficassem claras e objetivas para o ouvinte. Todos os programas foram posteriormente disponibilizados na internet  https://jornalcomunicacaoufpr.com.br/category/radio-comunicacao/. O trabalho realizado para que os programas de rádio ficassem prontos era feito em equipes, divididas previamente de acordo com as editorias presentes no jornal. O pauteiro respondia sempre pela mesma editoria, por afinidade com os temas propostos. Desta maneira, havia a otimização de processos ao longo das produções. Os grupos tiveram de lidar com o relacionamento interpessoal e o trabalho conjunto. Um dependia do outro, se um aluno não entregasse a sua produção, prejudicava o restante e, consequentemente, sobrecarregava os demais, que tinham de realizar produções extras para suprir as ausências. Além de atuar na pauta, os alunos também respondiam pela apresentação, reportagem, edição e finalização. O campus de Comunicação da Universidade Federal do Paraná  onde os alunos responsáveis pela produção estudam  fica localizado no bairro Juvevê, região nobre da cidade de Curitiba. Por ser um bairro onde as pessoas trocam a caminhada pelo automóvel, o relacionamento entre a universidade e os moradores da região tornou-se escassa. Este é o contexto no qual os produtos apresentados estão inseridos. É uma versão acadêmica que simula a experiência no mercado de trabalho e busca aproximar a comunidade da produção realizada na universidade pública. Entretanto, esse fator é minimizado com a veiculação do programa em rádio de sinal aberto, pois segundo dados da UNI-FM, o programa contou com 500 ouvintes por minuto no horário de veiculação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Jornal Comunicação é voltado para um público-alvo de 24 a 48 anos. Nas produções são abordados conteúdos de relevância social e interesse para o público em geral, seja da UFPR (alunos, professores e servidores) ou da comunidade externa, uma vez que a Rádio UNI-FM é comercial, acessada pelo público na frequência 94.5FM. Nesse sentido, no radiojornal produzido por alunos da Universidade é defendido de maneira crítica o respeito aos direitos humanos e à ética profissional, com foco no jornalismo cívico. A UFPR não exerce qualquer interferência na produção, proporcionando total autonomia aos estudantes, contando com a coordenação da professora substituta que ministrou a disciplina e orientou quanto aos aspectos éticos e técnicos, Dra Eveline Stella de Araujo. Além da transmissão via rádio, o produto é veiculado desde 2007 em versão online, no site do Jornal Comunicação, de modo a acompanhar a tendência mundial da comunicação: a convergência de mídias. Acompanhando a dinâmica das plataformas Web, os alunos também podem desenvolver noções de telecomunicações, usabilidade e até mesmo design, quando se trata da arquitetura da página que hospeda o conteúdo on-line. Como afirmam Carla Rodrigues e Creso Soares Jr. em  Radiojornalismo, webjornalismo e formação profissional (apresentado no XXXII Congresso da Intercom, 2009), estes fatores caracterizam um novo desafio no espaço universitário, a partir da velocidade com a qual inovações surgem. O público-alvo do site é a comunidade da UFPR, estimada em aproximadamente 40 mil pessoas e composta por alunos, professores e servidores. O site destina-se a informar sobre assuntos pertinentes à instituição, mas não de forma restrita - reportagens e notícias têm o intuito de oferecer assuntos de potencial interesse. Além disso, pretendem superar a estrutura informativa e produzir conteúdo interpretativo e crítico, com o objetivo de informar e formar opinião, princípio básico da independência. O emprego do mesmo nome para o produto radiofônico e jornal online tem o propósito de consolidar e aproximar a marca ao público-alvo. Pensando no perfil do público do programa, foram estabelecidas cinco editorias: divulgação científica, cultura, saúde, política e geral  determinadas de acordo com as pautas sobre assuntos recorrentes, ou seja, o radiojornal passou a assumir as editorias das quais mais se produziam pautas. O  Jornal Comunicação também é composto por um quadro fixo, o  Música e Diversidade . O objetivo da produção é divulgar bandas e cantores incipientes no cenário musical curitibano. Com 15 minutos de duração, o quadro mescla entrevistas e músicas dos artistas participantes. As faixas exibidas na programação são de gêneros variados e joviais, de acordo com o perfil do público-alvo. O  Música e Diversidade ganha vida na voz de outros dois alunos, além dos apresentadores do jornal, responsáveis pela produção completa do material, da pauta à edição. O quadro enaltece o conteúdo do radiojornal quando, a cada semana, apresenta artistas de perfis variados. No aspecto musical, por exemplo, as entrevistas levaram ao público gêneros bastante distintos, da viola ao trash metal. A entrevista permite ao aluno não só interagir com diversas realidades, mas também permear pela perspectiva do ouvinte, enquanto mediador do processo, como afirma Luiz Arthur Ferraretto no livro  Rádio: Teoria e Prática (Editora Summus, 2013). Para avaliar a produção dos alunos, foram seguidos os critérios de pontualidade, quantidade de produções, qualidade técnica e de conteúdo, trabalho em equipe e compromisso ético. O método de produção aplicado no radiojornal é formado por um processo horizontal: os alunos exerceram diversas funções (produção de pautas, reportagem, edição e apresentação), possibilitando explorar a iniciativa e a criatividade. O modelo de produção fez com que os alunos pudessem criar, assumir responsabilidades e vivenciar a prática de um programa radiofônico semanal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiojornal seguiu dinâmicas diferentes em cada semestre de 2018, entretanto, cumpriu com o objetivo de enviar para a Rádio UNI-FM um programa composto por dois blocos de 30 minutos cada. O Jornal Comunicação foi transmitido semanalmente, às seis horas da manhã de sábado e reprisado às quartas-feiras, na mesma faixa horária. Todas as quintas-feiras, no estúdio do Departamento de Comunicação da UFPR, ocorriam as gravações dos programas, por duplas previamente determinadas. O intuito era proporcionar aos alunos a oportunidade de executar, pelo menos duas vezes, todas as funções que compõem as etapas de produção de um radiojornal: criar pautas, escrever notas, elaborar reportagens, gravar quadros especiais, formular o script de apresentação, editar e finalizar o arquivo de áudio. Durante o primeiro semestre, a equipe foi composta por repórteres e pauteiros, que cursavam o terceiro período da graduação em Jornalismo e precisavam produzir, no mínimo, oito reportagens e pautas. A outra parte do grupo era composta por estudantes do quinto período, responsáveis pelas notas, edição e finalização, além de gravar conteúdos especiais, para edições de férias. Existiam ainda alunos do sétimo período, cursando a disciplina como optativa. Dada maior experiência, formaram a chefia, responsável pela distribuição de pautas, montagem do script e apresentação. Ao todo, foram 34 pessoas envolvidas na produção semanal (quatro membros da chefia, 11 alunos do quinto período e 19 do terceiro), além da professora orientadora. No segundo semestre, o cargo de chefia foi extinto, proporcionando maior autonomia dos estudantes e tornando o processo de produção mais horizontal. Participaram da disciplina laboratorial de Radiojornalismo 19 alunos do quarto período e sete do sexto, como optativa. A equipe diminuiu em relação ao semestre anterior, totalizou 26 pessoas e a professora orientadora, porém, ao contrário do esperado, a produção aumentou consideravelmente. As possíveis justificativas para o fato são de que a turma adquiriu experiência ao longo dos seis primeiros meses, o que resultou no maior comprometimento, independência e engajamento nas produções. De fevereiro a junho de 2018, foram produzidas 74 reportagens e nove edições completas do radiojornal enviadas para a Rádio UNI-FM, com 18 blocos no total. De agosto a dezembro de 2018, foram produzidas 151 pautas, 165 notas, 121 reportagens e 13 quadros  Música e Diversidade . Esta produção resultou em 52 blocos de 30 minutos e 26 edições de uma hora. No decorrer do segundo semestre, cada aluno precisava produzir, ao menos, cinco pautas, notas e reportagens, além de dois quadros  Música e Diversidade , scripts, edições e finalizações. As notas produzidas continham informações sobre eventos com preços módicos e formavam uma agenda cultural. As reportagens tinham duração variando entre três e seis minutos. Havia ainda a opção de substituir a reportagem tradicional por uma crônica, autoral ou não, desde que tivesse o direito autoral de veiculação, seguindo com a proposta de um programa mais leve. O modelo elaborado para a disciplina foi pensado pelos próprios alunos, em conjunto com a professora responsável. A dinâmica encontrada para o bom funcionamento do material produzido permitiu aos universitários uma experiência próxima da realidade do mercado de trabalho e agregou conhecimento prático de todas as etapas fundamentais para a produção de um radiojornal, o que reforça a visão de Eduardo Meditsch no texto  O ensino do radiojornalismo em tempos de internet (apresentado no XXIV Congresso da Intercom, 2001) de que  [...] Qualquer estudante de jornalismo tem que sair da faculdade dominando todas as linguagens utilizadas para a veiculação de notícias, e as possibilidades de sua combinação propiciadas pelos novos meios. (p.2)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>