ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01280</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sociedade Assistida</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Camila Eduarda Cordeiro (Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz - Campus Toledo); Luan de Souza Carvalho (Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz - Campus Toledo); Lucas Luidy Donin (Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz - Campus Toledo); Evandro Luis Reis (Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta metragem fictício de drama intitulado "Sociedade Assistida" foi realizado na disciplina de Produção em Audiovisual. Aborda a ideologia do machismo e seus temas consequentes, cujos são discutidos atualmente e ainda tratados de forma retrógrada por uma maioria. Baseado nisso, tivemos como propósito levar o público à reflexão do assunto. O enredo transmite uma atmosfera imersiva e futurística para expressar que apesar dos tempos modernos, ainda há muito para ser modificado no contexto social. "Sociedade Assistida" é uma crítica ao entretenimento alheio, aos indivíduos que na condição de telespectadores, consomem e reproduzem conteúdo sem contestar, são meros objetos de alienação cultural. A trama se desenvolve em torno do cotidiano da protagonista, que trabalha em um escritório e vive só. De personalidade introvertida, não tem uma típica vida social, prefere a socialização por meios eletrônicos. Em consequência disso, a personagem enfrenta problemas relacionados ao machismo que afetam sua integridade e ao final do enredo, retrata uma "inversão dos papéis", quando o oprimido se torna reprodutor desses comportamentos. Como acadêmicos, nos envolvemos demasiadamente com a narrativa apresentada. Sua contribuição relaciona-se com a superação dos desafios de uma produção e a experiência prática com audiovisual, além de ter despertado grande euforia para realizá-lo. Fator que influenciou no empenho coletivo depositado a obra, cada parte tem um pouco de nossas particularidades, desde o roteiro até a finalização. Agradecemos a todos que se dispuseram a participar das gravações, seja em atuação, figuração e com o constante incentivo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As manifestações do mundo real reformularam um indivíduo abrangente de conteúdo, capaz de julgar, mediar escolhas através dos meios tecnológicos. Como já diria o teórico McLuhan  O homem cria a ferramenta. A ferramenta recria o homem. O humano se tornou mais volátil, mas diante de tantas evoluções, uma parcela da massa insiste em posicionamentos arcaicos que contradizem suas conquistas. Ao longo da história, a estereotipação da mulher sempre se fez presente na cultura patriarcal, devido a atitude prepotente do homem em vê-la de forma sexualizada para a satisfação do mesmo, ou como a encarregada dos afazeres domésticos e maternos, e a partir disso, rotulada como  sexo frágil por ser uma pessoa mais provida de delicadeza e emoções. Como consequência da bagagem cultural, a mídia acaba sendo uma ferramenta crucial para propagar essa visão antiquada sobre a imagem feminina. Em meio ao contexto social recorrente de machismo, o curta surge com a necessidade da discussão do assunto, destacando temas como: a objetificação da mulher e a violação da privacidade, podendo ambos, serem classificados como violência psicológica. Geralmente se têm dificuldade para sua identificação correta, muitas vezes as atitudes aparentam ser inconsistentes, mas perante a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), artigo 7º, Inciso II, define: A violência psicológica é entendida como qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação. No Brasil, segundo dados do site Compromisso e Atitude, 81% das vítimas de compartilhamento de fotos e vídeos íntimos são mulheres. Um crime que inflige não só os direitos das mulheres, mas em sua condição de ser humano. Como consta no Artigo 5º, inciso X da Constituição Brasileira, de 1988:  são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação . Infelizmente em muitos casos é cometido por alguém próximo e de confiança, causando diversos danos psicológicos e sociais às vítimas. O teor do curta foi fundamentado a partir dos princípios de Marshall McLuhan, em seu livro  Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem de 1964. Onde ele formula suas principais teorias que contribuíram para diversas vertentes acadêmicas no mundo todo. E para o contexto histórico, se fez o uso dos apontamentos colocados pela autora Marcilene Nascimento de Farias em  A História das Mulheres e as Representações do Feminino na História , baseado na obra de Losandro Antonio Tedeschi, e publicado no periódico Estudos Feministas em 2009.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Elaborado de uma maneira pouco convencional de conscientização, o conteúdo produzido não tem só a intenção de alertar as possíveis vítimas e agressores. A trama desenvolve uma atmosfera expressiva carregada de significados, a fim de impactar o público sobre as causas e consequências do tema em questão. A representação do problema em formato audiovisual, torna o assunto mais facilmente entendível pelo público. Na produção do curta metragem, utilizou-se para captação das imagens uma Canon T3i com lentes 18-55mm e 50mm, e um smartphone modelo Iphone 6. Entre locais ao ar livre e locais fechados, contamos com um total de oito locações e dezenove pessoas na atuação, desde a protagonista aos figurantes. Após o processo de captura, as manipulações de edição, efeitos especiais e pós produção foram feitas nos softwares Adobe Premiere e Adobe After Effects. Durante as gravações, a equipe procurou aplicar diversas formas de enquadramento para atingir uma direção de fotografia interessante e atrativa ao público, como por exemplo, na cena em ambiente escuro, cujo a protagonista se sente observada, foi usado o meio plano médio e o plano americano com o movimento de zoom in e out da câmera, com o intuito de criar uma atmosfera de tensão e identificação do público com as sensações da personagem. Além disso, empregou-se o uso de referências cinematográficas, na narrativa tivemos como inspiração o filme Show de Truman (1998), que retrata a vida do personagem Truman sobre a visão das telas, porém sem seu devido conhecimento; Nas composições de cenas e vestuário dos integrantes, por exemplo, a cena em que a protagonista se sente observada por estranhos na rua, foi inspirada no filme Matrix (1999), cena em que os personagens Neo e Morfeu estão caminhando na rua, enquanto Morfeu explica sobre o sistema, Neo se distrai com uma dama de vermelho. Já para a paleta de cores, foi incluído como referência as direções de fotografia de Michael Seresin, nos filmes Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004); Planeta dos Macacos: O Confronto (2014) e Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), filmes onde há uma predominância da cor azul, na produção utilizamos cores frias para projetar um ambiente frio e melancólico. Na trilha sonora temos a música da banda estadunidense de indie rock, The Neighbourhood, intitulada  Everybody s Watching Me como a principal no repertório por coincidir sua letra com a narrativa do curta. Ainda contamos com playback de outras músicas como:  Afraid (cenas iniciais),  Pray (cena no bar) e  Sweater Weather (créditos); com a finalidade de manter um padrão sonoro e a melodia característica do R&B da banda. A escolha da banda se originou por suas feições sombrias nas composições, tanto nos clipes quanto em seus artworks. Porém, fica explicitamente registrado, que todos os direitos autorais das músicas ficam reservados ao artista, por se tratar de um trabalho acadêmico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>