ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01281</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Converse - Seja diferente</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Artur Estevão Paraguassu (Unibrasil Centro Universitário); Pedro Henrique Wandembruck Neto (Unibrasil Centro Universitário); Joaquin Fernandez Presas (UniBrasil)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça  Seja diferente, seja você , surgiu como parte principal de um trabalho acadêmico apresentado às disciplinas de Direção de Arte II e Redação Publicitária II, ministradas pelos professores Joaquin Presas e Maria Paula Mader, para avaliação parcial do semestre, no curso de Publicidade e Propaganda do Centro Autônomo Universitário do Brasil - UniBrasil. O briefing sugeria a criação de uma campanha para a marca Converse, porém o foco não poderia ser o produto em sí, mas sim o consumidor da marca. A campanha precisava ser formada por peças para a mídia digital, como blog e redes sociais, materiais impressos e material de MOOH, neste caso MUB. No ano de 1908, em um ato de objeção, Marquis Mills Converse criou uma empresa de calçados de borracha que não seguia os acordos vigentes no mercado da época, que proibiam as companhias de fazerem negócios diretamente com os varejistas. Assim a história da Converse Rubber Company se iniciava na pequena Malden em Massachusetts. "Nossa empresa foi fundada em 1908 acreditando profundamente que havia uma grande demanda dos varejistas de tênis por uma companhia que fosse independente o suficiente para não seguir tudo o que todas as outras faziam", essas foram as palavras escolhidas por Mills Converse para os catálogos da recém criada companhia de tênis, que buscou o público de um esporte igualmente jovem, o basquete. Em 1918 Chuck Taylor, foi a porta de entrada da Converse Rubber Company para o mundo do esporte, o jogador adorava os tênis e o basquete, assim viajou pelos EUA divulgando esse novo esporte e os calçados usados para praticá-lo, nesse momento o All Stars, entra no mercado, com sua sola de borracha e cano alto feito de lona. Em 1950 com o surgimento do Rock and Roll o All Stars é escolhido como uniforme dos fãs desse novo estilo musical que surgia como a materialização do espírito da rebeldia. A converse nasce com a intenção de fazer diferente, de mudar o mundo e 100 anos depois de sua criação a marca ainda valoriza esse conceito e, por isso, busca sempre em tudo que faz demonstrar a importância de se pensar de forma inovadora sem se deixar limitar pelas regras já estabelecidas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Mas o que significa ser diferente em nosso contexto atual? Segundo os dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que reúne informações sobre assassinatos de pessoas LGBT no Brasil a mais de 38 anos, em 2018 uma pessoa LGBT foi assassinada por crime de ódio a cada 20 horas, o Brasil, apesar de se demonstrar internacionalmente como um país alegre e plural, é um dos países que mais mata LGBTs em todo o mundo e é o líder do ranking como o país que mais mata travestis no mundo. Assim fica claro o preconceito estrutural que leva à violência, esse cenário não dá sinais de estar mudando, ainda mais em um contexto de ascensão do pensamento conservador que vem ocorrendo no país, os casos de agressões e atentados contra pessoas LGBT só tem se multiplicado. Grupo Gay da Bahia, é possível pensar em formas de erradicar esses crimes. Primeiro, promover a educação sexual obrigatória em todos os níveis escolares, ensinando crianças e adolescentes a respeitar a diversidade e a não praticar bullying. Em segundo lugar, criar leis que punam severamente a homofobia, equiparando esses casos ao racismo.  É inaceitável que insultar um negro represente cadeia, crime inafiançável, mas se insultar um homossexual não aconteça nada , acrescenta o ativista. A terceira medida é promover campanhas e políticas públicas que garantam saúde integral e segurança a gays, lésbicas, bissexuais, trans e travestis em seus lugares de convívio. Seguindo a motivação da vontade de mudança, precisamos pensar no público alvo que é formado por homens e mulheres de 15 a 35 anos, que se interessam por causas sociais e se envolvem com elas, que podem ou não já conhecer a marca, a intenção é de gerar uma identificação com o público alvo ao trazer um questionamento sobre as regras e conceitos sociais já estabelecidos, fazendo uma referência ao surgimento da Converse, que modificou os conceitos daquela época. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A intenção da análise semiótica desta peça é de permitir o melhor entendimento da mensagem implícita na ilustração, e para isso serão utilizados os métodos da teoria geral dos signos de Charles Sanders Peirce, exemplificados por Martine Joly em seu livro Introdução à Análise Da Imagem (1974). Martine Joly considera a imagem como algo heterogêneo,ou seja é o resultado da combinação de diferentes elementos, neste caso diferentes tipos de signos linguísticos, como textos, icônicos, como representações socioculturais e plásticos, como as cores e as formas (JOLY, 1974, pg. 55). Considerando primeiramente o eixo plástico (formas, cores, composição e textura), a ilustração é composta por linhas finas e curvas, que trazem um sentimento orgânico de movimento e leveza, possui muitas cores vivas sobrepostas a um fundo neutro o que gera um grande contraste, direcionando o olhar para o objeto central da peça, a maioria das cores se concentra no entorno da cabeça da personagem, tornando essa região mais viva em comparação com o resto da imagem. Sobre toda a imagem percebemos a textura de papel dobrado. Existe uma fonte de luz que está posicionada acima do objeto central, o que gera sombras nos objetos sobrepostos. O grande contraste criado pela sobreposição de cores quentes (vermelho, laranja e amarelo) e frias (verde, anil, violeta e bege) sobre o fundo branco trazem a sensação de revigoração, as formas orgânicas nos causam um sentimento de liberdade e de fluidez, enquanto os traços pretos e finos de todos os elementos trazem a delicadeza e simplicidade para a imagem. Considerando o eixo icônico, percebemos a presença de figura e fundo. Na figura vemos o busto centralizado de uma jovem, contendo cabelos lisos na altura dos ombros, com uma franja cobrindo parte da testa, um par de óculos espelhados, uma bola de chiclete em frente a boca, uma camiseta de mangas curtas e um jaqueta na altura dos braços. Sobre a jovem existe um fluxo de cores que partem do topo da imagem e recaem sobre a cabeça da jovem. As tintas que caem sobre a jovem, são uma referência às cores da bandeira LGBT, o primeiro contato das tintas com a jovem se faz pela cabeça, um detalhe importante pois traz para a peça a ideia de uma nova forma de pensar, é interessante perceber a posição relaxada e semblante descontraído da jovem, que veste roupas casuais, enquanto faz com a boca uma bola de chiclete, ao se deixar ser envolvida pelas tintas. Considerando o eixo linguístico, temos pouca presença de textos escritos, vemos na blusa da jovem a frase  Be different, Be you o texto pode ser traduzido como  Seja diferente, seja você , que convida o receptor da mensagem a não se manter preso ao que já está dito, ou definido, e sim questionar e assim fazer a diferença, vemos também no canto inferior direito a logomarca da Converse ALL STARS, que é formado por uma estrela e a assinatura de Chuck Taylor. Referência Concluindo a análise, com a união dos sentidos dos eixos linguístico, plástico e icônico , percebemos que a peça utiliza da disparidade para trazer o sentido de mudança, como exemplo as cores vivas derramadas sobre a imagem neutra, trazendo uma sensação de preenchimento, alegria e esperança para o que antes era vazio, ou seja as cores modificam tudo, trazendo esperança para uma vida vazia. As cores do arco-íris em nossa sociedade são diretamente associadas às causas LGBT+ e assim como os elementos textuais dizem  Faça a diferença, seja você mesmo , o que sobre a mulher é a bandeira LGBT+, como se estivesse sendo derramada sobre ela, trazendo a conclusão da mudança, do empoderamento e do respeito. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>