ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #c7181a"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01567</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista Dossiê</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;LEONARDO DA SILVA DUTRA (Centro Universitário Ritter dos Reis); Matheus Felipe da Silva (Centro Universitário Ritter dos Reis)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #c7181a"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Revista Dossiê é um projeto realizado na disciplina Grandes Reportagens, realizado no sétimo semestre da grade curricular do Centro Universitário Ritter dos Reis, Uniritter. Ministrado pelo professor Matheus Felipe, o assunto abordado é a ditadura militar, na qual foram realizadas reportagens que reflitam e aprofundem o tema. A ditadura militar, também conhecida como "os anos de chumbo", se refere ao regime vigente entre os anos de 1964 e 1985, quando, após a derrubada de João Goulart, então presidente eleito democraticamente, os militares assumiram o poder. Conhecido por ser um período de repressão as liberdades, de defesa dos costumes conservadores e nacionalistas e de clara oposição ao comunismo crescente a época da guerra fria, esta ditadura é refletida até hoje na sociedade. A importância de um trabalho jornalístico aprofundado sobre o assunto se dá em um âmbito onde há uma grande movimentação, no Brasil e no mundo, para a retomada de uma visão mais próximo ao que foi empregado naquele período. No Brasil especificamente, já se fala muito em um abrandamento da história deste regime, buscando diminuir a intensidade dos acontecimentos e enaltecendo muitas das práticas realizadas na época. Como relata o professor Matheus Felipe na "carta ao leitor" da edição, "Nossa ousadia acadêmica, sem abrir mão da ética, garantiu a representação de momentos terríveis que correm o risco de serem esquecidos".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista é um tipo de veículo midiático, muito utilizado no jornalismo. Este formato tem caráter interpretativo e que consta, principalmente, de um enfoque definido previamente. Segundo Nilson Lage (2001) a revista obedece a um discurso institucional próprio. "Magazines sobre automóveis vendem a cultura do automóvel (não necessariamente produtos de uma fábrica ou marca); os de informática, a cultura dos computadores; as de arquitetura, certos padrões de gosto e estilo; as eróticas, alguma estética e certa ética, ainda que liberal". (LAGE, 2001, p. 13) Além do produto revista, outro elemento importante na concepção deste projeto é o jornalismo investigativo, que necessitam de maior fôlego e investimento, devido ao alto poder de transformação que aquela reflexão pode gerar. Segundo Burgh (2008): Um jornalista investigativo é um indivíduo cuja profissão é descobrir a verdade e identificar lapsos em qualquer mídia disponível. Isso costuma ser chamado de jornalismo investigativo e difere do trabalho aparentemente similar realizado pela polícia, advogados, auditores e instituições regulatórias, uma vez que não se limita ao público-alvo, não possui fundamentos legais e é estreitamente vinculado à publicidade. (BURGH, 2008, p.10) Abordar um assunto como a ditadura fez que o trabalho e o debate ético fossem constantes durante a reunião de pauta, elaboração das reportagens e fechamento final da revista. O Capítulo III do código de Ética destaca a responsabilidade profissional do jornalista. O Artigo 11°, do inciso II, reforça que o jornalista não pode divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes. A ditadura brasileira apresenta momentos difíceis e fortes. Fato que exigiu muita dedicação dos alunos para ser solidário a dor das pessoas, mas não explorar essa dor em demasia. Já no inciso III do mesmo capítulo, destaca que o jornalista não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada, como o uso de identidades falsas, câmera escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração. Neste caso, toda apuração da revista e das reportagens foi feita baseada em documentos oficiais como o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Optou-se por entrevista com sobreviventes e vítimas da perseguição militar para humanizar e retratar os momentos de horror vividos na época.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #c7181a"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto da Revista Dossiê foi apresentado já nos primeiros dias de aula pelo professor e orientador do projeto Matheus Felipe. O assunto abordado foi exposto junto com a ideia do projeto, assimilado em aula e aceito pelos alunos em pouco tempo. Devido ao fato de esta disciplina ser do sétimo semestre e do fato de muitos dos alunos envolvidos já estarem na fase final do curso e com alguma experiência neste tipo de trabalho ao longo dos semestres passados, a parte teórica foi um pouco menor. Muito disso também pelo fato do assunto necessitar um tempo maior de produção, para abarcar toda a pesquisa que este tipo de trabalho demanda. Mesmo assim, buscando auxiliar os alunos que não estavam tão familiarizados com as técnicas de uma grande reportagem, as primeiras semanas de aula se deram no âmbito teórico, onde o professor detalhou principalmente as diferenças entre uma notícia do chamado hard news e uma reportagem aprofundada. Junto desta teoria, foram utilizados diversos exemplos de como isso se dá na prática, seja com exemplos mostrados em sala de aula de uma reportagem investigativa nos diversos veículos de imprensa, seja com experiências pessoais, na qual o orientador demonstrou um vasto repertório, que foram utilizados ao longo da produção do projeto pelos alunos. Após o período teórico, o professor realizou uma seleção, para definir as funções de cada aluno no projeto, realizando análise curricular e de experiência, além de conversa privada com cada envolvido. Após esta análise, foram esquematizadas as equipes, que contou com dois a três alunos por reportagem, responsável por definir a pauta, realizar a investigação e produzir texto e imagens, além de uma equipe de editores chefe que auxiliariam o orientador e fariam a revisão geral do material entregue pelas equipes na data combinada. A partir deste momento, cada aula foi utilizada como reunião de pauta, onde o orientador e os editores se reuniam com cada grupo para verificar o andamento da pauta, se utilizando de pequenas metas, visando o desenvolvimento do projeto até a entrega final. Após a entrega final das reportagens, foi separado um dia no estúdio fotográfico, no qual foram convidados alguns atores para realizar a sessão que estamparia, não apenas a capa, mas também as matérias publicadas. O ensaio fotográfico foi baseado em uma das premissas destacadas no Manual do Jornalismo Investigativo organizado pelo autor Mark Lee Hunter. Ele diz que o jornalista não deve esperar quebrar a perna para saber o quanto é difícil ter a perna quebrada e quantas pessoas sofrem com isso. "Em geral, não percebemos fenômenos a não ser que já sejamos sensíveis a eles. Então permita que as suas paixões lhe sensibilizem para histórias que ninguém mais parece levar a sério" (HUNTER, 2010, p. 12). A produção fotográfica foi fundamental para conseguir alcançar o objetivo de retratar momentos marcantes da ditadura: as torturas. O que acontecia nos porões dos militares pouco se sabe e muito menos se tem registro visual. Partindo desta necessidade, destacamos relatos a comissão nacional da verdade e reproduzimos estas cenas através de profissionais das artes cênicas. Foram quatro horas de trabalho fotográfico e destaca-se a dificuldade em realizar as cenas. Os métodos de tortura chocaram os alunos e professores que presenciavam a cena. O lançamento oficial da revista ocorreu no dia 13 de dezembro de 2018, na 3ª edição do Prêmio Inquieto de Jornalismo, realizado pela Uniritter. O evento contou com um vídeo de apresentação do projeto, além da distribuição de revistas para os presentes ao final da premiação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>