Desde o dia 20 de junho, data do falecimento do Professor José Marques de Melo, fundador e presidente de honra da Intercom, dezenas de mensagens em sua homenagem foram publicadas por membros da comunidade acadêmica brasileira e estrangeira. Confira a íntegra de alguns desses textos, que formam um breve registro do grande legado do Prof. Marques de Melo para as Ciências da Comunicação.
"Estamos muito tristes com a notícia do falecimento de José Marques de Melo. Nós o conhecemos na segunda metade da década de 1970, e desde então pudemos apreciar o quanto ele trouxe para a comunidade dos pesquisadores brasileiros e latino-americanos. Enviamos a seus familiares as nossas mais sinceras condolências." – Michèle e Armand Mattelart (França)
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"Minhas condolências a D. Silvia e também aos colegas da comunicação, sobretudo os da minha geração, que sabem o quanto devem a esse homem em termos de construção da nossa disciplina no Brasil e na América Latina. Sua influência ultrapassava essas fronteiras, pois ele estava ‘em casa’ em qualquer país onde se pensa comunicação. Lembro-me sempre, por exemplo, do apoio eficaz que ele nos deu ao longo de muitos anos de encontros, colóquios, congressos, intercâmbios, em particular à nossa querida Faculdade de Ciências da Comunicação de Grenoble e à Sociedade Francesa da Comunicação (SFSIC). Ele sempre agiu (e agitou) em relação a nós de maneira pragmática e amigável. Ele vai deixar saudades e um grande vazio nos meios acadêmicos da comunicação; será uma bela homenagem a ele se as novas gerações o preencherem rapidamente. Guardo dele uma lembrança feliz e permanente. Quero visitar D. Silvia em minha próxima viagem a São Paulo, em breve." – Luiz Busato (França)
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"A partida de José Marques de Melo me toca profundamente. Eu não o via há quase dez anos e, mesmo assim, sua lembrança estava sempre presente. Era admirável sua determinação em continuar a missão que se havia atribuído, mesmo apesar da doença que tinha. Eu acredito que Missão seja mesmo o termo mais adequado. Desde o início, ele trabalhou incansavelmente para expandir o número de estudiosos e compartilhar seus progressos, primeiro no Brasil e na América Latina, mas muito além disso. Eu o conheci em conferências internacionais, e rapidamente, graças à intervenção cordial de Luiz Busato, nós estabelecemos relações acadêmicas inicialmente com a USP, depois no âmbito dos intercâmbios entre a Intercom e a SFSIC e, mais tarde, entre as Cátedras Unesco de Comunicação.
Sem sua ação persistente, as Ciências da Comunicação não seriam hoje o que elas se tornaram. Ele tinha uma profunda preocupação pela difusão e pelo compartilhamento do conhecimento para além das culturas e sociedades; nisso ele tinha realmente sensibilidade e carisma. Os intercâmbios entre o Brasil e a França não seriam o que são hoje sem a atividade persistente de José Marques de Melo, atividade na qual ele mostrou qualidades humanas destacáveis. Nós sempre seremos gratos a ele." – Bernard Miège (França)
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"Eu estou muito sentido. Ele era tanto um líder eficaz e comprometido dos Estudos de Comunicação, como uma pessoa calorosa e agradável. Lembro perfeitamente como, no encerramento do congresso da IAMCR em Guarujá, em 1992, ele dançou vigorosamente com jovens bailarinas profissionais. Eu lhe disse depois: Você pode fazer tudo o que quiser: você é o decano dos decanos! Minhas sinceras condolências a todos os colegas brasileiros." – John Downing (Estados Unidos)
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“Chère Madame,
Nous avons appris avec beaucoup de tristesse le décès de votre mari José Marques de Melo. Nous souhaiterions par ce courrier vous témoigner au nom des collègues français tout notre soutien dans ces moments douloureux.
José Marques de Melo a été un acteur clé des échanges entre la Société Française des Sciences de l’Information et de la Communication (SFSIC) et la Société Brésilienne d'Etudes Interdisciplinaires de la Communication (Intercom). Je n’ai pas connu personnellement votre mari, mais je sais par Bernard Miège que son charisme et son engagement ont permis de nouer de nombreuses relations entre nos communautés scientifiques.
Permettez-moi aussi de manifester tout notre soutien à la communauté de chercheurs brésiliens en communication avec lesquels nous allons continuer, et je l’espère, amplifier nos collaborations.” – Philippe BONFILS, presidente da da Sociedade Francesa de Ciências da Informação e da Comunicação (SFSIC), em carta endereçada à viúva do Prof. Marques de Melo
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“Faleceu um grande homem: Prof. José Marques de Melo
Marques de Melo é considerado, no Brasil, como o ‘pai’ do pensamento comunicacional, para não dizer das Ciências da Comunicação. Fundou a conhecida internacionalmente Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação – Intercom. Recordo-vos que é a Intercom, no mandato do Prof. António Hohlfeldt, que, em 2013, editou o nosso livro ‘As Ciências da Comunicação em Cabo Verde: Arrepiando os caminhos do conhecimento’. O livro ficou muito conhecido no Brasil justamente pela palavra ‘Arrepiando’, que no Brasil não tem o sentido que aqui atribuímos. Na altura, até chegaram a nos propor a expressão ‘Desbravando’, mas, a uma dada altura, o editor Osvando Morais bateu com a mão na mesa e disse: Vai ser assim mesmo. Vai ficar ‘Arrepiando’. Há três dias atrás, estive com a Professora Inês Amarante, actualmente professora da UNILA e pessoa que me aproximou à Intercom, e perguntei-lhe: Como é que o livro entrou no Brasil com esse título? Respondeu ela: Foi um sucesso. Ficou tudo ‘Arrepiado’. Isso também ficou claro na conversa que tive há menos de uma semana com o Prof. Edwin Carvalho, do Ceará, que se encontra aqui em Cabo Verde a fazer a sua investigação doutoral e que me disse que os primeiros contactos que teve com os meus escritos foram através das minhas publicações editadas pela Intercom. Recordo, ainda, que a Intercom editou um outro livro, ‘África: Múltiplos Olhares sobre a Comunicação’, que integra autores cabo-verdianos, fazendo eu parte da publicação.
Estive com Prof. José Marques de Melo uma única vez: foi num dos congressos da Intercom (já não me lembro se foi naquele organizado na Unifor, Universidade de Fortaleza, no Ceará, ou se foi na Amazónia, em Manaus). Tivemos um bom tempo de conversa. Na altura, ele aplaudiu a iniciativa de cooperação que a Intercom estava a desenvolver junto de investigadores africanos, dizendo que o caminho era mesmo esse e que tínhamos, a nível do continente africano, que intensificar a pesquisa para podermos dialogar de igual para igual com investigadores de outras latitudes. Segundo me disse, a Intercom seria uma boa plataforma para lançar alguns investigadores africanos na rede internacional de pesquisa em comunicação. Na verdade, com o Prof. Antônio Hohlfeldt, o passo estava a ser dado nesse sentido. Silenciou-se um pouco. Porém, em cada momento, há opções distintas.
Neste post, queria apenas enaltecer o homem que foi José Marques de Melo, o pesquisador fecundo nas suas análises, o ‘agremiacionista’ invejável da Intercom, o sonhador incansável e o pensador livre nas suas ideias e nos seus questionamentos.
Foi o homem e ficou a obra. Um bem-haja aos seus contributos e ao seu percurso.
Sobre nós, que deste lado ainda continuamos, pesa a responsabilidade de alavancar a pesquisa, intensificar o pensamento, democratizar a publicação de livros, emitir opiniões sobre o rumo das coisas, federar vontades em torno da pesquisa e da investigação, quebrar muros e partir as correntes que nos procuram impedir o voo sobre o espaço humano do conhecimento.
Que a Terra lhe seja leve.” – Silvino Lopes Évora (Cabo Verde)
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“Imagino que você me ouviria na próxima homenagem a Luiz Beltrão (1918-1986), seu mestre de teoria e prática em Jornalismo, como o fez no ano passado na Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, a Intercom, que, entre tantas de suas iniciativas, foi uma instituição por você criada e dirigida. Assim como em 2017, no próximo encontro, se para ele fosse convidada, antes de me deter na importância do estudioso nordestino, seu conterrâneo, faria a referência histórica a você e sua decisiva semeadura na pesquisa duma área que, até o fim dos anos 1960, contava com testemunhos profissionais de jornalistas, análises jurídicas sobre a livre expressão ou alguma bibliografia estrangeira. Hoje, me valho desta epístola póstuma, originária de memórias mais afetivas do que acadêmicas, para sublinhar a perene cumplicidade que sua morte, no dia 20 de junho de 2018, não apagará, enquanto palavras me restarem. Como não lembrar o começo dessa sua escuta tão atenta no primeiro diálogo em que firmamos o pacto de inquietos pesquisadores?
Junho de 1970: venho a São Paulo para visitar a Primeira Bienal do Livro, que atribuiu um prêmio literário a Jorge Luis Borges (1899-1986). Queria encontrar o escritor argentino na capital paulista, pois havia conseguido a cessão dos direitos de tradução de sua obra no Brasil – trabalhava então na velha Editora Globo de Porto Alegre como secretária editorial. Mas havia outro motivo para me deslocar do Ibirapuera e da feira de livros para a Cidade Universitária. Como jovem assistente de catedrático, havia sido convidada para a atividade docente em 1967 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde me formara em Jornalismo e Letras, em 1964, e mantinha correspondência com a jovem Escola de Comunicações e Artes. Por que ir à USP nesse verão de 1970? Primeiro, porque já conhecia você como referência de Estudos Comparados de Jornalismo; segundo, porque você era um dos professores participantes na fundação da ECA (1966); terceiro, porque soubera, lá nos pagos do Rio Grande, que você estava envolvido com a implantação da primeira pós-graduação da América Latina na área de comunicação social. Então, encontro você, chefe do Departamento de Jornalismo, num à vontade alegre e dinâmico, deslizando em sandálias (nordestinas?) nos corredores da ECA. Conversamos na familiaridade que manteríamos até poucos dias atrás. Nos 48 anos que separam o primeiro encontro e nossa despedida, esta semana no Cemitério do Morumbi, nunca houve outro comportamento que não da escuta mútua. Você se interessou de imediato pelo que relatei – a atividade profissional como jornalista, editora e, principalmente, profissional interessada pela pesquisa que os estudos de pós-graduação proporcionariam. (Havia nisso um pacto implícito: você já um convicto pesquisador e eu, formada também em Letras, com ênfase nas disciplinas de didática, aprendera no início dos anos 1960 que um professor universitário, sem pesquisa, não tem condição de liderar o ensino inovador.) Sua atitude não foi exclusiva à minha presença nessa visita remota. Logo viria a perceber que você, mal captava qualquer potencialidade dos que tivessem o privilégio do seu convívio, imediatamente abria as portas e desencadeava ações agregadoras. Uma liderança ímpar pela empatia, nunca pela imposição do poder. O fato, no que me tange, é que, em dezembro de 1970, seu convite para trabalhar no Departamento de Jornalismo me convenceu a mudar para São Paulo. (De passagem e não menos importante, convém lembrar que a família constituída em Porto Alegre, Sinval Medina, o companheiro, e os pequenos Ana Flávia e Daniel contariam com Sílvia e você, os primeiros amigos que nos deram solidária acolhida na grande cidade.) Enfim, janeiro de 1971, você, Zé Marques, me inicia numa universidade cuja origem, em 1934, está marcada pela cultura da pesquisa. A pós-graduação só seria implantada em 1972 – a USP custou um pouco a acreditar naquilo que você apregoava: o Jornalismo é uma área de conhecimento e os estudos rigorosos, éticos e estéticos sobre a responsabilidade social da profissão exigem pesquisa permanente para além de técnicas gramaticalizadas.
As ligeiras sandálias do pescador de almas afins se movimentaram pelo mundo. Você foi articulador das relações latino-americanas, desde a ida ao Equador, no início do programa Centro Internacional de Estudos de Periodismo da América Latina (CIESPAL), encaminhou jornalistas brasileiros para o aperfeiçoamento a que o projeto se propunha (eu, inclusive, no início dos 1970); você liderou as primeiras investigações sobre a imprensa da América Latina; criou organizações de pesquisa, estreitando laços dos estudiosos do continente. Não foi por acaso que a América Latina vocalizou internacionalmente as demandas do início dos anos 1970 consagradas como o Direito à Informação. Enquanto os conflitos Leste-Oeste mobilizavam as atenções, o Sul Latino-Americano, sufocado pelo Norte Ocidental, reivindicava seu lugar perante vários monopólios, entre eles, o da informação jornalística. Você e outras vozes da região conquistam definitivamente espaço nos cenários de poder e criam uma inovadora interpretação dos direitos sociais na comunicação. Observe-se que a fundamentação desse embate estava já registrada na pesquisa desenvolvida na USP, mesmo em meio aos cerceamentos da ditadura militar de 1964.
Quem diria, em eras políticas posteriores, que veria você e suas sandálias redentoras articulando em Barcelona (1988) e no Lago de Bled (Iugoslávia, um ano antes da guerra civil, 1990) a descentralização das conferências da associação internacional de estudos e pesquisa para o Brasil. E o Norte das ciências da comunicação cedeu o lugar consagrado dos encontros para a América Latina, graças à presença de líderes de pesquisa como você. As circunstâncias políticas da repressão tentaram impedir, ainda nos anos 1970, a sua assinatura na oratura em auditórios ou na escritura de livros e artigos. E o afastaram da universidade em 1974. Mas você voltou em 1979 quando se reabilitaram, pelas anistias, professores cassados – uma triste história contada no volume 8 do ‘Relatório da Comissão da Verdade da USP’ (2018, págs.103 a 114)). A interrupção deslizou no tempo como as sandálias no espaço. E a sua presença no cenário internacional, que presenciei na década de 1980, outra vez me mobilizou. Também eu estivera dez anos fora da USP, pois saíra com a cassação de Sinval Medina em 1975 e só voltei em 1986. Outra vez, o Zé Marques, na proa do barco da pesquisa, me mobiliza para as viagens de sintonia com pesquisadores latino-americanos ou de outras latitudes; você me estimulou, ainda que sem financiamento público, a me sintonizar com as tendências científicas. Havia contrapontos entre nós que você aceitava, me escutava: o mundo às voltas com as novas tecnologias e eu, com estudos culturais. Acima de tudo me convocava para os contatos externos. Lá vou eu visitar institutos de pesquisa em Buenos Aires, Santiago do Chile, Paris, Londres, Barcelona (nos dez anos anteriores em que trabalhei no jornal Estado de S. Paulo, ampliara horizontes nos Estados Unidos, Escandinávia, África, antiga União Soviética, México, Costa Rica, Colômbia e Peru). No Lago de Bled, porém, reencontrei o nexo original de pesquisa, graças à sua insistência para escrever uma comunicação. E você editou, em 1991, pela ECA/USP, o documento Communication and Democracy, Brazilian Perspectives. Aí você incluiu meu trabalho que registra a proposta de volta à USP nos anos 1980: ‘The journalist as a cultural reader’ (pág. 195). Em meio à euforia tecnológica do mundo rico, desconfio que você prestou uma atenção especial à comunicação um tanto deslocada que defendi. Isto porque você acompanhou com interlocução constante (até receber em mãos meu mais recente livro, em abril de 2018) o percurso a que você abriu alas em São Paulo, em 1970. Pois o primeiro livro que Paulo Roberto Leandro e eu publicamos na ECA em 1973 certamente nasceu do seu comando gentil e persistente. Você me pediu para introduzir no currículo de Jornalismo da USP a disciplina ‘Jornalismo Interpretativo’. Como? A tarefa era complexa: como diferenciar a produção de significados informativos, opinativos e interpretativos? Você não aceitava recusas, me fez ir à luta. Dos estudos em teoria da interpretação nasceu, junto com os alunos dos anos 1970, ‘A Arte de Tecer o Presente’. Quando seu mestre e amigo Luiz Beltrão publicou o livro com o título ‘Jornalismo Interpretativo’, fez uma referência ao precedente da USP. Os primeiros anos dos difíceis tempos de 1970 produziram, em um departamento da Universidade de São Paulo, uma safra bibliográfica que você assina, você e seus alunos, seus parceiros brasileiros e latino-americanos. Basta percorrer as listas de publicações agora lembradas logo depois de sua inesperada despedida. Você agregou professores como Freitas Nobre (1921-1990), Thomaz Farkas (Budapeste,1924-São Paulo, 2011), Paulo Roberto Leandro (1948-2015), Walter Sampaio (1931-2002), Gaudêncio Torquato. Quando você me convidou para compor o grupo, mirava minha experiência na Editora Globo de Porto Alegre. Você queria criar outro projeto pioneiro – o curso de editoração. Mas, devido a minha preferência pelo Jornalismo, você chamou o jornalista e escritor Sinval Medina, que também trabalhava na editora gaúcha, para essa tarefa. Não importava se do Sul ou do Nordeste, de São Paulo ou de outra cidade, você motivava com consistência os jovens pesquisadores que iriam constituir o núcleo de produção teórica e formar professores ou jornalistas qualificados, comparáveis ao desempenho e repertório de conhecimentos especializados da massa crítica internacional que surgia na comunicação social. E deu resultados visíveis na bibliografia local e na assinatura de tantos mediadores sociais autores. Nas universidades nacionais e nas mídias, até há poucos dias você acompanhava seus alunos primevos da USP e os que formou em outras instituições, como na Universidade Metodista de São Paulo. Ainda que tenham interrompido a carreira de ensino e pesquisa em 1974 e que grande parte do núcleo que você montou tenha se dispersado, o vigor dessa geração outra vez se uniu ao líder, após a volta dos cassados à USP, nos anos 1980. E a universidade contaria com você e sua dinâmica gestão, ao dirigir a Escola de Comunicações e Artes de 1989 a 1993. Aquela liderança inaugural que descobri em 1970 amadurecera sobremaneira e vivemos momentos ímpares na ECA.
Tantos mares, tantas tormentas e o terreno sólido que você palmilhou manterá, na memória afetiva e científica, as digitais de seus passos inconfundíveis.” – Cremilda Medina (USP)
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“A trajetória incansável do professor José Marques de Melo transformou seu nome em sinônimo de Comunicação Social. Sua morte entristece a todos nós, integrantes de um campo de ensino e pesquisa que Marques de Melo ajudou a criar e a consolidar, seja através de sua vasta produção acadêmica, da criação de instituições e publicações científicas de referência na área, seja da formação de pesquisadores que hoje atuam em todas as regiões do Brasil e no exterior.
A presença de José Marques de Melo é forte, pois assim é seu legado. O mestre permanece como bibliografia obrigatória em nossos cursos, as instituições que criou seguirão sendo pontos importantes de reunião das pesquisas realizadas na área, sua liderança afetuosa continuará sendo nossa inspiração.
Nosso sentimento é de gratidão por tudo o que construiu, pelas marcas que deixou e pelos caminhos que desbravou. Vamos em frente com o compromisso de dar continuidade ao seu trabalho e manter vivo o espírito de colaboração e coletividade que o caracterizava.” – Maria Berenice Machado e Karla Muller (UFRGS)
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“Em nome do Departamento de Comunicação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), manifestamos nosso profundo pesar com a perda irreparável do Professor José Marques de Melo, inspirador de tantas iniciativas ligadas à área da comunicação no País.
Professor Marques de Melo colaborou enormemente na construção de nossos cursos de Comunicação, principalmente na criação do curso de Jornalismo, o primeiro do país a ser implantado sob as novas Diretrizes Nacionais, em 2014, sob a coordenação da Professora Roseméri Laurindo.
Nossas considerações de pesar aos familiares, amigos, bolsistas e colegas de trabalho dessa importante referência no campo da comunicação no Brasil.” – Sandro Galarça (FURB)
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“O Mestrado Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM – Centro Universitário quer se unir às muitas outras manifestações que vêm sendo feitas em homenagem ao Prof. José Marques de Melo.
A história do curso de graduação em Jornalismo do FIAM-FAAM, do qual se originou o programa de pós-graduação stricto sensu aberto em 2015, também tem em Marques de Melo um de seus artífices. Em 1972, junto a uma equipe liderada por Francisco Morel, ele ajudou a estruturar e a implantar esse curso, no âmbito da Faculdade de Comunicação Social da recém-criada FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado).
Três décadas mais tarde, quando a instituição já estava sob outro comando, retornou a ela como diretor da Faculdade de Comunicação, contribuindo para a união e a transformação da FIAM e da FAAM em centro universitário. Nessa época, criou uma série de atividades cujos reflexos ainda se fazem sentir, como a Cátedra de Jornalismo Octavio Frias de Oliveira, em parceria com a Folha de S.Paulo, destinada à integração do curso de graduação com o mercado jornalístico. Mais recentemente, recebeu com grande entusiasmo a notícia da abertura do Mestrado Profissional em Jornalismo da instituição (segundo do país nessa modalidade), atento às mudanças no cenário universitário brasileiro e à emergente demanda do stricto sensu profissional.
Ao Prof. Marques de Melo, nosso agradecimento pela generosidade com que realizou ações ao longo da vida, de modo que tivessem continuidade mesmo sem sua presença e que pudessem ser terreno fértil para germinar outras muitas iniciativas.” – Corpo docente do Mestrado Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM: Alciane Baccin, Cláudia Nonato, Francisco de Assis (coordenador), Ivan Paganotti, Juliana Doretto, Michelle Roxo de Oliveira, Silvio Anaz e Vicente Darde
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“O CETVN junta-se a outras tantas entidades que estão, cada uma ao seu modo, expressando homenagens e apreço ao Prof. José Marques de Melo neste triste momento de seu falecimento.
Para quem não sabe, em 1992, quando era diretor da ECA, o Prof. Marques de Melo criou um núcleo para pesquisar a telenovela. Pioneiro na escrita sobre as novelas da Globo, soube identificar o principal produto cultural da indústria televisiva brasileira e instigou sua investigação. Assim nascia o NPTN (Núcleo de Pesquisa de Telenovela), hoje CETVN (Centro de Estudos de Telenovela), que continuou o trabalho de seu criador e tem avançado nessa área de pesquisa através do Projeto OBITEL (Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva) e do OBITEL BRASIL, seu braço brasileiro. Com metodologias e temáticas diferentes, esses dois projetos vêm trabalhando sistematicamente há 12 anos aquele produto que o Prof. Marques de Melo, de forma pioneira, vislumbrou como objeto de pesquisa de comunicação. Antes ignorada e mal-vista pela academia, a telenovela (e seus sucedâneos) ocupa hoje espaços nos cursos de graduação e em programas de pós-graduação de inúmeras universidades brasileiras, em GTs e GPs de associações nacionais (Compós e Intercom), latino-americanas (ALAIC) e ibero-americanas (ASSIBERCOM), além do reconhecimento acadêmico das agências de fomento à pesquisa, federais e estaduais, a projetos e eventos relativos à telenovela.
Através desse exemplo circunscrito, queremos sublinhar o quão era notável a agudeza do olhar do Prof. Marques de Melo na construção de um pensamento comunicacional brasileiro, latino-americano e ibero-americano. Por isso tudo, os atuais pesquisadores e bolsistas do CETVN lamentam profundamente a perda de seu idealizador e grande incentivador. Aos seus familiares, o nosso abraço de solidariedade.” – Centro de Estudos de Telenovela: Clarice Greco, Ligia Prezia Lemos, Andreza Almeida, Mariana Lima, Tissiana Pereira, Lucas Martins Néia, Daniela Ortega (pesquisadores de pós-doutorado, doutorado e mestrado); Eduardo Tavares, Diana Soares Cardoso, Patrícia Lima, Vinícius Faveri, Gustavo Rodrigues (bolsistas Fapesp e CNPq); Maria Immacolata Vassallo de Lopes (coordenadora)
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“Faleceu o Professor José Marques de Melo.
Nesta hora triste, em que as Ciências da Comunicação, lusófonas e ibero-americanas, perdem a sua principal referência e o seu principal mestre no Brasil, nos restantes países lusófonos e no espaço ibero-americano, não podemos deixar de lhe prestar um tributo de homenagem e agradecimento, de tal maneira é gigantesca e fecunda a obra de cultura e de ciência que nos legou, assim como é inspiradora a sua escola de pensamento.
Apenas as verdadeiras escolas de pensamento criam sociedades de conhecimento. E, enquanto sociedades de conhecimento, as comunidades, lusófona e ibero-americana, de Ciências da Comunicação estarão para sempre ligadas àquilo que foram a vida e a obra do Professor José Marques de Melo.
Porque o Professor José Marques de Melo foi o principal mestre desta escola, nos momentos decisivos da sua história. Foi-o aquando da sua concepção, constituição e consolidação, integrando-a em tradições científicas que a inspirassem e fecundassem. E foi-o, igualmente, quando foi preciso dar resposta aos desafios societais, com os quais, a todo o tempo, essa escola teve que se confrontar e aos quais precisou de corresponder.
As Ciências da Comunicação constituem um campo de conhecimento com uma história de mais de 70 anos, que se afirmou sobretudo depois da II Guerra Mundial. Trata-se de um campo muito diverso e cheio de matizes, não apenas nos esforços da sua constituição e institucionalização, como também nas influências que o atravessaram, e ainda na complexidade social sobre o qual se estabeleceu. E é, com efeito, ao Professor José Marques de Melo que se devem, antes de a mais ninguém, a magistral visão e o bem-sucedido esforço de constituição e mobilização da comunidade científica lusófona de Ciências da Comunicação, e também da comunidade ibero-americana, embora nesta dimensão a tarefa se tenha mostrado mais ingente e ingrata.
As Ciências da Comunicação são uma atividade de pensamento crítico, uma atividade que se exerce tanto sobre a sociedade, como sobre os modos como interagimos uns com os outros para fazer comunidade. Ao falarmos das Ciências da Comunicação no espaço lusófono e ibero-americano estamos a falar, por um lado, de uma escola de pensamento plural, no interior de culturas, elas também múltiplas e cheias de contrastes. E estamos a falar, por outro lado, de comunidades que se exprimem em duas línguas, o Português e o Espanhol, o que, num contexto globalizado, não é pequena coisa.
Encarar as línguas, portuguesa e espanhola, como línguas de cultura e pensamento é dar-lhes as condições que lhes permitam entrar no processo de produção do conhecimento. E como é responsabilidade de toda a ciência fazer comunidade, pode dizer-se que a obra do Professor José Marques de Melo concorreu para a construção, não apenas da comunidade brasileira de Ciências da Comunicação, mas sobretudo da comunidade lusófona e ibero-americana, contrariando a visão de um mundo monocolor, um mundo globalizado, hegemonicamente falado em Inglês.
Podemos dizer que, sob a liderança do Professor José Marques de Melo, as Ciências da Comunicação não têm sido outra coisa que não fazer comunidade – uma comunidade acadêmica, com responsabilidade cívica e política. Ao assumirem esta responsabilidade, de fazer obra de cultura, pensamento e conhecimento, em Português e em Espanhol, e de interrogar nestas línguas os modos através dos quais no espaço lusófono e ibero-americano, as comunidades humanas interagem umas com as outras, as Ciências da Comunicação lusófonas e ibero-americanas estão a tecer um espaço que não se cinge a um qualquer espaço nacional, concorrendo, outrossim, para a construção de uma comunidade transcultural e transnacional.
Assumindo este desafio de dizer em língua portuguesa e espanhola a gênese e a evolução da comunidade humana, e também o processo social básico que constitui a Comunicação, e interrogando, por outro lado, a Comunicação como fenômeno cultural, e ainda como sistema de poder, e analisando os fluxos comportamentais do consumo, da participação cívica e da opinião pública, a obra do Professor José Marques de Melo afirmou as Ciências da Comunicação como Ciências Sociais Aplicadas, exprimindo os avanços da comunidade brasileira, lusófono e ibero-americana, com as suas contradições, inquietações, bloqueios, impasses, e igualmente com os seus anseios e sonhos, assim concorrendo para dotar a língua portuguesa e espanhola de um pensamento e, através dele, criar conhecimento.
A obra do Professor José Marques de Melo responde, com efeito, a este desafio: concorre para tornar as línguas portuguesa e espanhola, línguas de pensamento e de cultura, e em consequência disso, línguas de conhecimento.
Uma ideia norteou, sempre, a obra do Professor José Marques de Melo: interrogar e debater, sobretudo em Português, as comunidades humanas e a sociedade contemporânea, o que constitui um modo efetivo de contrariar o modelo hegemônico de fazer ciência, um modelo que está a apagar o espaço lusófono, porque lhe impõe uma língua de uso, e também lhe tem imposto os paradigmas dos seus modos de raciocínio.
A obra do Professor José Marques de Melo consagra a ideia de dar oportunidades sobretudo ao conhecimento em língua portuguesa, constituindo um contributo importante no processo de construção de uma comunidade científica lusófona, policentrada e polifacetada, uma comunidade com sentido humano, que é sempre uma comunidade com o sentido do debate e da cooperação, no respeito pela diversidade e pela diferença entre as culturas.” – Moisés de Lemos Martins, Diretor do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (Universidade do Minho, Braga, Portugal), Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom), de 2005 a 2015, e companheiro do Professor José Marques de Melo na constituição da Federação Lusófona de Ciências da Comunicação (Lusocom) e da Confederação Ibero-Americana de Ciências da Comunicação (Confibercom).
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“Como todos nós sabemos, o Professor José Marques de Melo foi um dos mais insignes docentes, investigadores e autores do Brasil e da América Latina na área das Ciências da Comunicação. Foi, também, um incansável promotor de pontes entre investigadores dos vários países e continentes do espaço lusófono e ibero-americano, participando na criação de associações como a Intercom, a Lusocom ou, mais recentemente, a Confibercom. No que nos diz particularmente respeito, o Professor José Marques de Melo foi um dos promotores e participantes do I Encontro Luso-Brasileiro de Ciências da Comunicação, que teve lugar em Lisboa em 18 e 19 abril de 1997, e que acabaria por levar à criação da Sopcom. O Professor José Marques de Melo era, ainda, um grande amigo de Portugal e dos portugueses, a quem acolhia sempre com a maior delicadeza e atenção.
Com a sua morte, ficamos todos um pouco mais pobres do ponto de vista científico e humano. Por todas estas razões, a Sopcom manifesta, à família do Professor José Marques de Melo, à Direção da Intercom e aos colegas brasileiros em geral todo o seu pesar nesta hora de grande tristeza para todos.” – Joaquim Paulo Serra, presidente da Direção da Sopcom
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“A Asociación Galega de Investigadoras e Investigadores en Comunicación (AGACOM) quer transmitir o profundo sentimento de pesar e condolência pelo falecimento do Professor José Marques de Melo, tão querido e apreciado na Galícia e que representou um apoio importante para o impulso desta associação e o sua ligação à Lusocom.
Pedimos aos colegas da Intercom que façam chegar esta mensagem de condolência e luto à família do Professor Marques de Melo e à comunidade científica desse país.” – Francisco Campos Freire, presidente da AGACOM
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“Querido professor Marques de Melo,
Tive a honra de escrever o primeiro texto biográfico sobre a sua trajetória acadêmica e o fiz porque era preciso divulgar a grandiosidade de seu trabalho para o campo da comunicação no Brasil e fora dele. Não repetirei aqui, porque as suas contribuições, além de vivas e frutificando, estão largamente difundidas.
Escrevo agora para lhe agradecer. Desde que ingressei na academia, tive seu apoio e incentivo. Sorte a minha. Com paciência e carinho recebi suas constantes orientações, do estímulo para fazer um curso de mestrado às inúmeras chamadas para continuar produzindo, depois de doutorada e prestes à aposentadoria. Foram longos anos, mas passaram depressa demais.
Lembro uma das suas advertência na primeira reunião de orientação do mestrado, com outros orientandos seus: "Eu não sou psicólogo nem pai de vocês. Só sou orientador acadêmico". Mas mentiu. Foi sempre alguém que ouviu, com paciência, minhas queixas e meus medos. E me deu orientações para além da academia, conselhos de vida que nenhum psicólogo saberia dar. E me recebeu em sua casa, com a querida Sílvia, lugar onde passei momentos agradáveis e divertidos.
Agora, nessa despedida, fico sem saber dizer adeus.
Meu consolo é que vou encontrá-lo nos Intercons da vida, nas Redes Alcar da vida, na bibliografia, na Escola Latino-Americana de Ciências da Comunicação, que nos mostrou a existência e o eurocentrismo dos estudiosos e currículos que não a (re)conhecem.
Quando alguém que amo vai embora, retomo minha fé em outro plano de existência. E rezo para que encontre um universo sem dor, sem egoísmos, onde você possa viver como merece: feliz para sempre.
Um abraço bem carinhoso, querido Professor Marques de Melo, da sua aluna Juçara Brittes.” – Juçara Brittes (UFOP)
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“José Marques de Melo: bússola dos pirandelianos
Certamente muitos têm um causo bem-humorado e singular de suas vivências com o Professor Dr. José Marques de Melo. Decidi. Como forma de homenagem, compartilho o meu.
Foi em 2010, quando fiquei órfã de orientador. Já ouviu falar em um lugar chamado Palmeira dos Índios, minha filha? Fica lá pros lados das Alagoas, se não me engano..., disse o professor em nossa efetiva e afetiva primeira conversa (humor inteligente era uma de suas melhores características). Continuou falando enquanto deslizava sua caneta de traço fino e rubro em uma resma que guardava a programação de um novo projeto; Você se formou em letras, fez mestrado na Universidade Presbiteriana Mackenzie e leciona na Faculdade de Gestão, aqui na Metodista. Levei um susto! Como aquela autoridade intelectual sabia tais coisas sobre mim? Esta era outra característica singular do conterrâneo de Graciliano Ramos: observador da vida e do comportamento de seus alunos.
O primeiro doutor em jornalismo do Brasil não apenas conhecia seus discípulos, mas fazia questão de se importar com eles, de conhecer suas origens, seus familiares e suas histórias. As orientações, frequentemente, eram em sua casa, de preferência próximo à hora do almoço, onde a distância entre orientador e orientando desaparecia. Ali, em sua sala doméstica, estreitavam as relações de amizade, de carinho e de cuidado.
Tal espanto aconteceu naquele ano em que eu já havia percorrido metade do caminho do doutorado em Comunicação Social, na Universidade Metodista de São Paulo, quando então minha orientadora deixou esta casa para seguir carreira na USP. Como todo aluno que se sente órfão quando perde seu orientador, rodei com o meu projeto inicial nas mãos em busca de um professor disposto a me adotar.
Volteando de sala em sala, parei em frente a do catedrático Dr. José Marques de Melo, no terceiro andar do edifício Capa – local que abriga a Cátedra Unesco de Comunicação. Ali, fiquei parada alguns instantes esperando uma oportunidade de conversa com o senhor de cabelos alvos, de fala mansa e calculada, que estava sentado atrás de uma mesa forrada de papéis rabiscados, jornais e livros. Professores e alunos rodeavam sua mesa, alguns sentados, outros em pé e outros, como eu, parados próximos à porta. Todos eram atendidos pelo ilustre pesquisador com paciência e atenção, essas suas características perenes.
Importante dizer que uma mágica acontecia naquele espaço enquanto cada um esperava sua vez com o mestre – um contava ao outro o que estava pesquisando, lendo ou escrevendo e, nesse instante, conexões acadêmicas e profissionais sobrevinham, redes de estudantes e professores davam seus primeiros passos de formação. Suspeito que esse momento encantado não acontecia por acaso, certamente era uma ação manipulada pela mente engenhosa do guru da comunicação. Tudo planejado e articulado!
Chegou a minha vez! O professor de feição madura e bem-humorada levantou seus olhos tão azuis em minha direção e disse O que deseja? Contei-lhe sobre meu projeto interrompido. Depois de me ouvir e de fazer algumas indagações, declarou: Vá a Palmeiras dos Índios e, quando voltar de lá, a gente conversa. Dessa vez fiquei assombrada! Fazer o que nessa cidade, mestre? Seus olhos me fitaram com ternura e paciência – eu ‘tipicamente pirandeliana’*. Graciliano Ramos foi prefeito desse município, afirmou Marques de Melo com sorriso discreto e orgulhoso.
Naquele momento, percebi que me restavam duas opções: abandonar meu doutorado ou embarcar naquela aventura sertaneja. Escolhi a segunda. Parti para a Princesa do Sertão, cidade do Velho Graça e do Apóstolo da Comunicação. Depois de alguns meses, parte de minha pesquisa foi publicada na Folha de S. Paulo (12/09/2010) com o título ‘Talento de escritor foi descoberto em relatórios de gestão’ <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1209201008.htm>. Mais adiante, veio meu primeiro livro. Mérito do mestre visionário que, além de acolher os que o procuravam, era bússola para os que estavam perdidos no caminho da pesquisa e do conhecimento.
Obrigada, professor Marques!
*Adjetivo que atribuiu a esta autora quando escreveu o artigo ‘O prefeito que virou escritor’, publicado na ‘Revista Imprensa’ em 2013.” – Sônia Jaconi, diretora administrativa da Intercom e professora da graduação e pós-graduação da Umesp, em texto publicado no Portal IMPRENSA
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