O XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação começou no dia 5, na Universidade de São Paulo, com uma ampla programação. Desde o início do dia, mesas de debate, a Publicom (feira de livros permanente), oficinas, minicursos, o Ensicom 2016 (seminário sobre o ensino de graduação) e o Fórum Comunicação e Trabalho aconteceram paralelamente. A partir das 18h30, foi realizada a abertura solene do evento, quando manifestações sobre a escolha do tema do encontro – “Comunicação e educação: caminhos integrados para um mundo em transformação” – e sobre os 50 anos da ECA deram base histórica ao posicionamento político sobre o momento político vivido pelo país.
A coordenadora-geral do congresso e chefe do Departamento de Comunicações e Artes, Roseli Figaro, enfatizou em sua fala o “recente golpe parlamentar e o ativismo do Judiciário” como questões graves para a normalidade institucional do país; e a presidente da Intercom, Marialva Barbosa (foto), foi ainda mais contundente, lembrando os anos de ditadura e os riscos atuais para a democracia no país. Entre os exemplos citados, no campo da comunicação, Marialva Barbosa alertou para as repetidas tentativas do governo recém-empossado de limitar a liberdade da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), como o fim de seu Conselho Curador. As falas geraram reação de apoio na plateia, que aplaudiu de pé as manifestações. Estiveram na mesa de abertura, também, o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica, Raul Machado Neto, e a diretora da ECA, Margarida Kunsch.
Em seguida, para a festa de abertura, apresentaram-se o professor e pianista Eduardo Monteiro, que interpretou Villa-Lobos, Debussy e Fernando Mignone, e a Orquestra de Câmara da ECA, regida por Gil Jardim, com o violinista Emmanuele Baldini como convidado.
Veja outros momentos importantes da programação no dia 5:
No Ensicom, durante a mesa “Desafios do ensino de comunicação frente à formação para o emprego e a cidadania”, Luiz Roberto Curi (foto), presidente da Câmara de Educação Superior do MEC/CNE, apresentou um levantamento do ensino superior no país, com dados como número de matrículas e cursos, e afirmou, ao abordar as diretrizes curriculares, que “estaremos fadados ao conservadorismo acadêmico se não nos abrirmos para experiências inovadoras”.
No Fórum de Comunicação e Trabalho, quando se discutiu o tema “Discursividades do/sobre trabalho em circulação”, o pesquisador Júlio Arantes (foto), da Universidade Federal de Alagoas, apresentou estudos que mostram “como o trabalhador se identifica com o discurso da classe dominante, o incorpora como seu e o adapta a sua forma de trabalhar”.
Na mesa “ECA: 50 anos de contribuições ao pensamento democrático na área das comunicações e artes”, a diretora da ECA, Margarida Kunsh (foto), historiou o processo de formação e desenvolvimento da Escola de Comunicações e Artes da USP em suas cinco décadas. Sérgio Gomes, fundador da Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes e ex-aluno de jornalismo ECA, manifestou-se contra a violência policial à qual jornalistas estão submetidos. Ele informou que 103 profissionais foram agredidos desde 2013 em São Paulo e contou sobre a repressão política na ECA durante a ditadura.
Entre os 25 minicursos e oficinas realizados durante o dia, estiveram "Leitura crítica da mídia" (à esq., proposta por Ana Veloso e Fabíola Mendonça-UFPE), "A construção da empregada doméstica no audiovisual brasileiro" (à dir., proposto por Max Milliano Melo-UFF) e "Aspectos teóricos e estéticos da música no cinema" (proposto por Luiza Alvim-UFRJ).
Para encerrar a noite, autores lançaram seus livros durante a Publicom.
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