ELEIÇÃO INTERCOM: CONHEÇA AS PROPOSTAS DA CHAPA

18 de maio de 2023

Associados e associadas da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) têm até o dia 15 de junho para votar no processo que elegerá a DiretoriaExecutiva e o Conselho Fiscal para o mandato de 2023 a 2026. As cédulas de votação estão disponíveis no Sistema Unificado Intercom, na “Área do Associado” de todos(as) que quitaram a anuidade 2023 até 27 de março.

Composta a partir de conversas junto à comunidade da Intercom para garantir sua representatividade, a chapa “Avança Intercom da gente”, a ser legitimada democraticamente pelos(as) associados(as), reúne docentes, pesquisadores e pesquisadoras que têm liderado iniciativas e atividades importantes no campo das Ciências da Comunicação no Brasil. Clique aqui para saber mais sobre o processo eleitoral e conhecer a chapa completa.

O programa apresentado pela chapa é baseado em seis pilares, que culminam no nome “Avança Intercom DA GENTE”:
● Avança Intercom DA ESCUTA
● Avança Intercom DO ANTIRRACISMO
● Avança Intercom DA DIVERSIDADE
● Avança Intercom DA COLABORAÇÃO
● Avança Intercom DA IGUALDADE

● Avança Intercom DE TODES

Guiadas por essas diretrizes, as propostas estão organizadas em três itens:

1. Envolvimento Intercom-Sócias/Sócios: implementar canais permanentes de escuta e diálogo com associados(as); ser um canal de intermediação entre associados(as) e organizações governamentais e não governamentais; valorizar a associação a partir da expansão das possibilidades de participação; viabilizar espaços para apresentações de projetos de pesquisa e extensão nas atividades da entidade; reduzir as assimetrias regionais por meio da escuta ativa voltada à proposição de ações institucionais, em articulação com as diretorias regionais.

2. Relações institucionais e políticas afirmativas: promover encontros abertos e regulares em modalidade on-line para discutir temas ligados à pauta da construção de políticas governamentais de educação, comunicação, arte e cultura; assumir protagonismo quanto ao debate e proposição de políticas afirmativas e de ampliação da diversidade e pluralismo, na própria entidade e para além dela; buscar a equidade de gênero e diversidade étnico-racial e territorial nas ações da entidade; planejar e implementar políticas inclusivas para participação na entidade; estabelecer parâmetros estatutários e regimentais que garantam uma composição plural na gestão da entidade com relação às diversidades territorial, de gênero e ético-racial.

3. Políticas de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informação: reforçar o histórico papel da entidade junto a agências de fomento e aos poderes públicos em defesa do campo da Comunicação, bem como no acompanhamento de iniciativas de políticas de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informação; buscar formas alternativas de financiamento e apoio/parcerias nacionais e internacionais para ações da entidade e/ou que permitam a participação de sócias/sócios; participar ativamente do debate sobre políticas de comunicação em diferentes instâncias governamentais em parceria com entidades da sociedade civil; promover, discutir e publicar obras e temas importantes contemporâneos da Comunicação e Informação, estabelecendo acordos com parceiros internacionais, com ênfase aos países da CPLP, da América Latina e de África; proporcionar, nas atividades da entidade, o máximo de diversidade e pluralidade de abordagens temáticas e teórico-metodológicas da pesquisa em Comunicação.

O JORNAL INTERCOM conversou com Juliano Domingues (Unicap), atual vice-presidente e candidato a presidente, e Ariane Pereira (Unicentro), atual diretora Cultural e candidata a vice-presidente da Intercom, sobre as diretrizes e propostas da chapa. Confira:

JORNAL INTERCOM – A primeira diretriz da chapa é relativa à escuta e ao envolvimento dos associados e associadas. Por que iniciativas como estasão importantes e o que a comunidade da Intercom pode esperar nesse sentido?
JULIANO DOMINGUES – Uma associação é, por definição, uma construção coletiva, o que pressupõe participação das associadas e dos associados. E o convite que fazemos à comunidade neste momento vai além do processo eleitoral. Isso porque entendemos participação como algo que deve ser permanente, sobretudo no atual momento de reconstrução de políticas de comunicação, educação, ciência, tecnologia e inovação. A Intercom tem a democracia em seu DNA e em sua história. Nossa intenção é reforçar esse traço em torno de um objetivo comum: o fortalecimento da nossa entidade em defesa das Ciências da Comunicação.

JORNAL INTERCOM – A atual gestão tem aprofundado as relações com outras entidades brasileiras e internacionais, a exemplo de SBPC, Instituto Vladimir Herzog, RNDC, FCHSSALLA e Alaic, o que é um dos princípios fundadores da Intercom. Quais inovações são previstas nesse sentido e como isso beneficia a comunidade acadêmica da Comunicação?
JULIANO DOMINGUES – Nossa proposta é de continuidade, fiel ao histórico aglutinador da Intercom. Pretendemos manter esses laços e reforçá-los por meio de uma relação mais próxima com movimentos sociais e entidades da sociedade civil, sobretudo aquelas que têm a garantia do direito à comunicação e à liberdade de expressão como bandeira. Também pretendemos ampliar o leque dessas relações, no âmbito internacional, de modo a estabelecer uma interação mais intensa com países de África e Ásia. Vale destacar, ainda, o papel da Federação Lusófona de Ciências da Comunicação (Lusocom) nesse contexto e lembrar que seremos sede do encontro em 2024, o que nos dará uma ótima oportunidade de fortalecer essas relações com os países lusófonos.

JORNAL INTERCOM – Outro ponto importante da proposta da chapa é relativa a ações afirmativas. Por que a chapa as vê necessárias no âmbito da Intercom? Há ações já previstas?
ARIANE PEREIRA – As políticas afirmativas são necessárias em qualquer esfera da nossa sociedade, na medida em que temos muitas distorções sociais, culturais, regionais, entre outras. E, portanto, no âmbito de uma entidade científica, como a Intercom, não é diferente. Nosso objetivo, como chapa, é que a Intercom seja a Intercom da igualdade, da diversidade, do antirracismo – enfim, de todes, da gente. Procuramos observar esse preceito desde a montagem/configuração da chapa e ele pode ser observado na pluralidade de gênero, de raça, de região das e dos integrantes. Mas temos convicção de que não vamos conseguir alcançar essa equidade sozinhos, precisamos de todas as associadas e de todos os associados envolvidos nesse processo. Por isso, uma das nossas propostas é construir encontros on-line regulares, que terão como tema a construção de políticas internas e de envolvimento com as decisões governamentais no que diz respeito à educação, à comunicação, à cultura e à arte. Também nos comprometemos a buscar a equidade de gênero e a diversidade étnico-racial e territorial nas ações da Intercom.

JORNAL INTERCOM – Quanto às políticas científicas: o tema da Intercom em 2023 – "Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução" – gira em torno da reconstrução do ambiente de produção científica no Brasil. Qual deve ser, em sua visão, o papel da Intercom nesse importante processo?
JULIANO DOMINGUES – Os últimos anos foram de sobrevivência, tanto de preservação das nossas vidas quanto da manutenção da nossa entidade. Agora, o momento é de reconstrução, e a Intercom, honrando sua história, se colocará ainda mais à disposição para contribuir criticamente com esse processo. Temos uma massa crítica extremamente qualificada no nosso quadro de associadas e associados, sobretudo nos nossos Grupos de Pesquisa, disposta a aplicar o conhecimento que produz nas mais diversas arenas de tomada de decisão.

JORNAL INTERCOM – Qual é a principal contribuição que a chapa vislumbra para ensino e extensão em Comunicação?
ARIANE PEREIRA – A Intercom, como entidade científica, sempre deu muita atenção à área da pesquisa, trabalhando incessantemente há quase cinco décadas no fortalecimento da Comunicação como campo científico, do conhecimento. Nesse período, ela nunca deixou o ensino de lado, tanto é que somos pioneiros na área no que diz respeito à inclusão de atividades específicas para os estudantes de graduação nos nossos congressos – como o Intercom Júnior e o Expocom – e para os professores – a exemplo do Ensicom. Porém, o momento que a gente vive impõe uma atenção especial ao ensino, já que temos cursos de graduação e pós-graduação sendo fechados, professores sendo mandados embora, precarização das condições de trabalho, redução dos concursos públicos. Recuperar esses aspectos passa, no nosso entendimento, por uma valorização da educação e da Comunicação como área de formação no campo institucional/governamental e, também, por uma valorização do papel social dos profissionais de comunicação e das escolas de Comunicação. É por isso que vamos reativar o Fórum Ensicom, promover debates sobre as diretrizes curriculares e matrizes dos cursos, estimular projetos de alfabetização midiática. Já a extensão é o menos valorizado dos três pilares do ensino superior, e a gente entende que ele é fundamental. Por isso, a chapa como um todo, junta, vai chamar as associadas e os associados para pensar em ações e como implementá-las no âmbito da Intercom, a fim de compartilhar experiências extensionistas e discutir o envolvimento da Comunicação nas políticas de extensão.

JORNAL INTERCOM – Em linhas gerais, qual é o principal foco da proposta? Em outras palavras: o que a comunidade da Intercom pode esperar de vocês?

ARIANE PEREIRA – Nosso principal compromisso – entre nós, integrantes da chapa, e para com as associadas e os associados – é ser a Intercom da escuta. Nossa perspectiva é que só vamos conseguir avançar quando todas e todos se sentirem parte da nossa associação. Entre as pesquisadoras de gênero e os grupos feministas, dizemos que, "quando uma mulher cresce, ela leva com ela todas as outras", porque a vitória de uma possibilita que muitas outras sejam vistas e ouvidas. Eu posso dizer que, por analogia, é o que a gente espera da próxima gestão, caso as associadas e associados avaliem que somos uma boa opção para a entidade: que a diversidade de gênero, de raça e territorial dê voz e face a grupos distintos e que, assim, todos estejam presentes nas decisões e, consequentemente, no presente e no futuro da Intercom.

Se você é associado ou associada da Intercom e está apto(a) a votar, participe! A Intercom precisa de você para continuar avançando democraticamente.

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