25 de setembro de 2025
As contribuições científicas submetidas ao Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) são um dos pilares do evento promovido anualmente pela entidade. Pesquisadores(as) de diferentes níveis de formação como estudantes, professores(as), mestres(as), doutores(as) e profissionais da área se encontram para apresentar, dialogar e refletir sobre estudos científicos relacionados à áreas diversas da Comunicação, propostos e desenvolvidos nas cincos regiões do país, com suas regionalidades em destaque.
Uma mostra dessa relevância e força cada vez mais crescente são as participações no Intercom Júnior (IJ) e nos Grupos de Pesquisa (GP) do Congresso Nacional, espaço que recebe ano a ano mais participações, com submissões, apresentações e troca de experiências entre congressistas. Conforme a diretora científica da Intercom, Iluska Coutinho (UFJF), mais do que fundamentais, as sessões dos Grupos de Pesquisa e do IJ são parte da alma do Congresso.
“São espaços em que as temáticas e contribuições de pesquisadores(as) nacionais e internacionais de referência que integraram a Conferência e os Ciclos de Estudo podem ser debatidas e aprofundadas à luz do conhecimento que é produzido na ponta, a partir da inserção de investigadores(as) nas instituições de ensino e pesquisa. O diferencial dos GPs e IJs é que essas discussões e reflexões são realizadas por pesquisadores(as) de diferentes graus de formação, e potencializados em pesquisas coletivas e redes realizadas ao longo do ano. A realização das sessões no Congresso Nacional é um dos pontos altos de um processo de muitos saberes (com)partilhados”, avalia.
O 48º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que teve sua etapa presencial no Centro Universitário Faesa, em Vitória (ES), teve 2.052 trabalhos submetidos, sendo 1.479 deles integrando os GPs e 471 participando do Intercom Júnior. A distribuição das submissões evidencia o protagonismo dos Grupos de Pesquisa (GPs) e a relevância do Intercom Júnior. Ambos tiveram crescimento com relação ao Congresso Nacional de 2024, chegando a 39,3% no caso do IJ. Resultado que, segundo Iluska, pode ser atribuído à uma associação de fatores, como a regularização de alguns calendários de instituições de ensino antes afetados por greves ou pela tragédia ambiental no Rio Grande do Sul em 2024; a reestruturação dos GPs e dos IJs, com novas temáticas e ementas mais próximos dos interesses de pesquisa de pesquisadores(as) e estudantes; além da própria temática do Congresso, que em 2025 funcionou como um convite-alerta: é preciso (re)pensar a Comunicação.
“Esse chamado foi compartilhado de múltiplas formas, com destaque para materiais produzidos pelos organizadores(as) locais e pela equipe de comunicação que conseguiu se comunicar com vários públicos. E a oferta de duas etapas, uma remota e outra presencial, consolida o Congresso em um modelo que permite a participação também sem deslocamento, reduzindo o peso da localização da sede no número de submissões”, pontua Iluska.
Assim, para 2026, a expectativa é de um Congresso ainda mais participativo com submissões e trocas entre os(as) participantes ouvintes e pesquisadores(as), iniciados já nos eventos regionais promovidos pela entidade ao longo do primeiro semestre. “Será uma oportunidade para reforçar esses laços de trocas de conhecimento, estratégias de pesquisa e também de apresentação dos resultados de investigações realizadas ao longo do ano, muitas a partir dos encontros celebrados a cada Intercom, em cada sessão de GP. E parte desses encontros começam já nos Congressos Regionais. Muitos grupos de pesquisa têm estado presentes também em GTs que são propostos a cada evento regional, a partir do trabalho de seus(uas) pesquisadores(as) presentes em todo o país”.
Vale destacar que os(as) congressistas que participaram do evento nacional da Intercom este ano já podem acessar os anais do evento e seus certificados, clicando aqui.

