A disseminação de novas publicações – livros, revistas, portais e outros produtos de difusão acadêmica – chega com força no 48º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação (Intercom). Em mais uma edição do Publicom, o espaço contará com o lançamento de 71 obras de autoria de sócios(as) e de participantes inscritos(as) no congresso anual da Intercom.

“Serão 15 lançamentos na etapa remota do Congresso Nacional e 56 na etapa presencial. Tivemos, nesse sentido, um aumento expressivo em relação aos números do ano passado, quando foram lançados 42 livros (04 na etapa remota e 38 na etapa presencial)”, detalha a diretora editorial da Intercom e coordenadora geral do Publicom, Nara Scabin (PUC Minas).

Criado para atuar como um espaço que oportunize aos(às) autores(as) ou editores(as), dentro do Congresso, a apresentação de suas obras e promova o diálogo com leitores(as) ou usuários(as) potenciais, o Publicom tem enriquecido, ano a ano, não somente o volume de trabalhos, mas sua abrangência temática, como pontua Nara.

“A principal marca do conjunto de obras que serão lançadas em 2025 é a diversidade, aspecto que está em sintonia com o papel e identidade da Intercom, em sua proposta interdisciplinar. Temos perfis de autores(as) diversos, de diferentes regiões brasileiras, com diferentes formações e subáreas de atuação dentro da Comunicação, além de diversidade de titulação, com doutorandos(as) e mestrando(as) publicando – além de doutores(as) -, o que evidencia a característica da Intercom como espaço formativo aberto”.

Com diversas abordagens teóricas e metodológicas, os temas e objetos abordados também são destaque. A lista de obras que serão publicadas no Congresso 2025 refletem sobre subáreas mais tradicionais, como estudos de Jornalismo e Teorias da Comunicação, por exemplo; a relação entre mídia, democracia, direitos humanos e fenômenos que ameaçam uma Comunicação democrática. Trabalhos que pensam formas de resistência, materializados em práticas populares e de Comunicação Pública também estão presentes.

“Merece destaque no Publicom 2025 o volume robusto de trabalhos sobre telejornalismo resultantes, sobretudo, de articulações em redes de pesquisa. Também há uma discussão sobre as chamadas inteligências artificiais. Seis obras trazem esse assunto já no título. Esse é um dado bastante relevante, uma vez que as chamadas inteligências artificiais estiveram presentes no tema central dos Congressos da Intercom em 2024, o que mostra o protagonismo da nossa entidade nos debates e no conhecimento produzido no campo da Comunicação”, acrescenta Nara.

Dentro da programação do Congresso Nacional 2025, o Publicom ocorrerá nos dias 12 e 13 de agosto adiado para o dia 15 de agosto, na etapa remota, a partir das 19h, pelo Youtube da Intercom. Já na etapa presencial, as atividades do Publicom serão no dia 4 de setembro, a partir das 17h, no Sesc Glória, em Vitória (ES).

Abaixo, confira os títulos que farão parte do Publicom 2025:

𛰀 Ameaças para silenciar o mensageiro: ataques e agressões aos jornalistas brasileiros em cena;

𛰀 Compreender metodologia desde textos científicos na comunicação;

𛰀 Comunicação, Inteligência Artificial e Desigualdades Sociais: Debates Desde o Percurso Formativo;

𛰀 Comunicação e pesquisa em tempos de inteligência artificial;

𛰀 Credibilidade como valor personalizado no Jornalismo;

𛰀 A Desconstrução do Capacitismo em Pauta: Manual Temático para a Imprensa;

𛰀 Educomunicação em foco: caminhos interdisciplinares entre a mídia e a educação;

𛰀 Ficção seriada: estudos e pesquisas (volume 8);

𛰀 Imagem e reputação: percepções sobre o Centro Multidisciplinar de Santa Maria da Vitória (UFOB) e a importância da comunicação nas organizações;

𛰀 Jornalismo e informação em telas: Poderes, diálogo e disputa por legitimidade;

𛰀 Mídia e espaço urbano;

𛰀 Publicidade de causa: a interação entre jovens e marcas, influenciando cotidiano, consumo e ação social;

𛰀 Narrativa transmídia e publicidade;

𛰀 A rádio que Paulo Freire sonhou;

𛰀 Sobre o romance social: ideologia e significação em Capitães da Areia;

𛰀 Anais da XXI Conferência Brasileira de Folkcomunicação – Processos folkcomunicacionais e ativismos antirracistas;

𛰀 Autores da Geografia na Comunicação e da Comunicação na Geografia;

𛰀 Belchior: a construção de um mito na literatura de cordel;

𛰀 O Brasil de Jack Smith: arte queer, tropicalista e underground;

𛰀 Bumba Meu Boi maranhense e seus elementos folk;

𛰀 Cine Guaraci: um filme nunca morre;

𛰀 Clube de leitura audiovisual: o que é, como se faz?

𛰀 Comunicação Comunitária e Inclusão Digital: uma experiência em telecentros comunitários nos primeiros anos do governo Lula;

𛰀 Comunicação e Ecologia Integral: Transformação e Sustentabilidade Justa;

𛰀 Comunicação em disputa: a luta pelo imaginário da América Latina na era Trump;

𛰀 Conexões entre Educomunicação e Marshall McLuhan;

𛰀 Documentário biográfico: recriar uma vida nas telas;

𛰀 A dor midiatizada: o suicídio de jovens nas redes sociais digitais;

𛰀 O Exterminador do Futuro. Mídia, horror e política em Nick Land;

𛰀 A favela na imprensa carioca: da redemocratização às UPPs;

𛰀 The Folkcommunication Theory;

𛰀 Formatos e inovação em Jornalismo Audiovisual;

𛰀 O ‘Glocal’ no Ciberjornalismo Regional: Análise dos sítios de webnotícias de Dourados – MS;

𛰀 Governança Digital: plataformas de internet, soberania digital e inteligência artificial;

𛰀 Griots e Tecnologias Digitais;

𛰀 Uma História Conectada do Jornalismo na América Latina: Gênese do Jornalismo Latino-Americano;

𛰀 I Ciclo de Diálogos e Interfaces (Interlocuções) dos Estudos Radiofônicos e Meios Sonoros com Campo de Conhecimento: atravessamentos e transdisciplinares;

𛰀 Integridade da informação;

𛰀 Inteligência Artificial Generativa: Discriminação e Impactos Sociais;

𛰀 Inteligência Artificial para Manés… como eu;

𛰀 Introdução à Direção de Fotografia: como transformar o seu roteiro em filme;

𛰀 Jornal Ferramenta – a comunicação popular na luta conta ditadura no Espírito Santo;

𛰀 Jornalismo entre Picos: diário de memórias da UESPI;

𛰀 Jornalismo, trabalho e marxismo;

𛰀 Laboratório de tecnologias e artes: perspectivas para contracolonizar o pensamento – Encruzilhadas: tecnologias ancestrais e tecnologias artificiais;

𛰀 Lava Jato x Vaza Jato: enfrentamentos entre estratégias jornalísticas;

𛰀 Mapa da Mídia do Tocantins: processos e perspectivas;

𛰀 Maré em transe, na lama subsistem caranguejos;

𛰀 Mediatização e circulação: reflexões e práticas de pesquisa;

𛰀 Mentalidade Censória e Telenovela na Ditadura Militar: era Rogério Nunes;

𛰀 Metodologias em pesquisas acadêmico-científicas: subjetividades, afetações e práticas;

𛰀 Midiartivismo: sobre usos e abusos da arte e mídia ativistas;

𛰀 A Mulher do Futuro: Filmes, Feminismos e Distopias brasileiras;

𛰀 Não era só uma gripezinha, mas desinformação;

𛰀 Narrativas de consumo: política, justiça e cidadanias possíveis;

𛰀 Narrativas de urgência;

𛰀 Novos horizontes entre a pandemia e o pós-pandemia;

𛰀 Ofícios de uma mestra: Maria Immacolata Vassallo de Lopes e o campo da Comunicação;

𛰀 A paixão de Tito: memorabília – Cartas de uma retirância;

𛰀 Perfis de Quem Vive a Cultura;

𛰀 Sem intervalo para sorrir: memórias de 29 de abril de 2015, o dia em que professores entraram em batalha para defender o ensino público;

𛰀 A Seta do Tempo: Plataformas, Inteligência Artificial e Desinformação;

𛰀 O suicídio de jovens na mídia: a dor irreversível nas telas;

𛰀 Suite Master Quarto de Empregada;

𛰀 Tecnologias do cuidado de si: o uso de aplicativos de saúde para o gerenciamento do câncer;

𛰀 Terreiro Onyndancor: o Axé na história negra de Juazeiro (BA);

𛰀 Tropicália em tela: política e desbunde na TV;

𛰀 A TV na internet – streaming, Twitch.Tv e tendências;

𛰀 A Viagem de Gotinha e Seus Amigos no Rio Doce;

𛰀 Vozes Negras em Comunicação II: Interseções, diálogos e caminhos.

A lista completa com os(as) autores(as) e as editoras responsáveis pelas obras, bem como a descrição sobre em quais etapas cada livro será lançado – remota ou presencial- , está disponível no site da Intercom, neste link.

Vale destacar que, além do evento de lançamento das obras, os materiais lançados no Publicom estarão disponíveis para vendas, em alguns casos, para distribuição gratuita – a depender do material – , algumas obras físicas podem ser autografadas no evento, outras são obras digitais e os(as) congressistas poderão baixar por meio de QR Code disponíveis.

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