8 de novembro de 2023
Responsável por conduzir as atividades científicas da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) – incluindo Grupos de Pesquisa, Intercom Júnior, programação dos congressos nacionais e articulação com outras associações e entidades –, a Diretoria Científica tem papel central no fomento à pesquisa e à produção de conhecimento no campo da Comunicação no Brasil. Para o triênio 2023-2026, a frente científica da Intercom é comandada por Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF), associada desde o início dos anos 2000 e que tem dado importantes contribuições para a entidade e sua comunidade.
“Minha história com a Intercom começou no século passado [risos]. Apresentei meu primeiro trabalho, de iniciação científica, no congresso nacional de 1992, realizado em São Bernardo do Campo. No ano seguinte, em Vitória, participei como estudante da organização do congresso nacional, que também cobri como jornalista”, lembra a professora Iluska, que é capixaba e graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Sua participação em congressos da Intercom teve um hiato de cinco anos, período em que se dedicou à profissão no telejornalismo e ao mestrado, realizado na Universidade de Brasília (UnB). Já como professora, retornou à Intercom no congresso de 1998, em Recife. “Desde então, participei de todos os congressos da entidade. Durante o doutorado, iniciado em 2000 na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), me tornei associada da Intercom e passei a participar mais ativamente como expositora. Em 2001, integrei a comissão organizadora do SIPEC Sudeste, antiga nomenclatura dos congressos regionais, realizado em Vitória. Em 2009, quando foram criados os Grupos de Pesquisa, apresentei a proposta do GP Telejornalismo, que coordenei por quatro anos. Outra atividade da entidade com a qual tive envolvimento intenso foi o Fórum de Rádios e TVs Universitárias, proposto em parceria com colegas do GP Rádio e Mídias Sonoras, e realizado anualmente entre 2017 e 2022”, resume. Além da participação como pesquisadora e professora, ela também foi diretora Regional Sudeste, nas gestões 2008-2011 e 2011-2014; diretora Científica, em 2014-2017; membro do Conselho Consultivo e, em seguida, do Conselho Fiscal, nas duas últimas gestões. “Intercom acompanhou minha formação, e tem sido um local de afeto e encontros”, completa.
Hoje professora titular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde coordena a graduação em Jornalismo e o grupo de pesquisa Núcleo de Jornalismo e Audiovisual (NJA), Iluska Coutinho volta à Diretoria Científica da Intercom para, juntamente com o time de diretores e diretoras, “tornar a proposta de Intercom da Gente, da Escuta, do Diálogo, uma realidade no cotidiano dos Grupos de Pesquisa, do Intercom Júnior, do Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e de eventos que integram o congresso nacional, mas não apenas”.
Em entrevista concedida por e-mail ao JORNAL INTERCOM, a professora Iluska contou um pouco sobre sua visão para a gestão iniciada em setembro. Confira:
JORNAL INTERCOM – Quais são suas expectativas e sua visão para a gestão da Intercom nos próximos três anos?
ILUSKA COUTINHO – O projeto eleito propõe sermos uma entidade com uma escuta qualificada, de seus associados e da sociedade como um todo, capaz de ser um espaço importante para as reflexões sobre a Comunicação e sua importância na contemporaneidade. Além disso, que possa, a partir de sua atuação e de seus associados, contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas de comunicação mais inclusivas e cidadãs, capazes de transformar uma sociedade ainda marcada pela desigualdade e por preconceitos de raça, gênero, religiosos, em uma sociedade da gente.
JORNAL INTERCOM – E para a Diretoria Científica, mais especificamente?
ILUSKA COUTINHO – No caso da Diretoria Científica, a proposta é ser capaz de articular, nos congressos nacionais da Intercom e para além deles, discussões científicas capazes de abordar esses desafios de maneira aprofundada e transformadora. A ideia é atuar com os colegas de Diretoria para tornar a Intercom da Gente, da Escuta, do Diálogo, uma realidade no cotidiano dos Grupos de Pesquisa, do Intercom Júnior, do Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e de eventos que integram o congresso nacional, mas não apenas. Assim, é mais coletiva do que individual.
Para o congresso nacional, isso inclui consolidar o evento realizado em formato híbrido, com etapas remota e presencial, ampliando as possibilidades de participação. Após o Intercom 2024, outro desafio será a avaliação dos Grupos de Pesquisa, que concluirão este ciclo, e de eventuais propostas de GPs.
Também há os projetos em desenvolvimento, incluindo parcerias para a realização do Pensacom, por exemplo. Ainda em 2023, a Intercom deve participar da proposta de ampliação da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), com a realização de um evento remoto para aproximar EBC e professores, profissionais e pesquisadores da Comunicação.
JORNAL INTERCOM – Como a Diretoria Científica poderá contribuir para a concretização da proposta da nova Diretoria, baseada nos pilares Escuta, Antirracismo, Diversidade, Colaboração e Igualdade?
ILUSKA COUTINHO – A proposta de ser uma Intercom da Escuta, do Antirracismo, da Diversidade, da Colaboração, da Igualdade, define as premissas de atuação de cada uma das diretorias. No caso da Científica, isso envolve estar em sintonia e diálogo constante com associados, coordenadores de Grupos de Pesquisa e Intercom Júnior, com as demais diretorias da entidade e também com a sociedade e entidades científicas e representativas.
JORNAL INTERCOM – Em seu ponto de vista, qual é a importância – histórica e atual – da Intercom para o campo das Ciências da Comunicação e para a sociedade brasileira?
ILUSKA COUTINHO – A Intercom é uma entidade comprometida com uma sociedade democrática, o que passa necessariamente pela Comunicação. Por isso, há quase 47 anos desempenha papel importante na consolidação das Ciências da Comunicação, não apenas no Brasil, mas com atuação de destaque na América Latina e no mundo ibérico. Seus congressos nacionais e regionais têm sido oportunidades importantes não apenas para a realização de debates e reflexões – cujos resultados têm sido a atualização e o aprofundamento conceituais –, mas também para a formação tanto de professores e pesquisadores como dos futuros profissionais da comunicação.
Acompanhe, aqui no JORNAL INTERCOM e nas redes sociais da entidade no Facebook @intercomcomunicacao e no Instagram @intercom_oficial, a série sobre a Diretoria Executiva 2023-2026.
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