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EMENTA CONGRESSO 2023

Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução

A comunicação exerce um papel estratégico para a difusão da ciência, da inovação e das tecnologias geradas nos centros de investigação das mais diversas áreas do conhecimento. O debate em defesa do estabelecimento de políticas públicas científicas junto aos mais diversos atores e segmentos sociais e para uma ciência cidadã passa necessariamente por ações integradas do campo comunicacional.

A Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação traz para seu o 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação o debate do tema central Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução. Uma de suas políticas ao longo de sua trajetória é justamente, nos seus congressos anuais, abordar os grandes temas contemporâneos da sociedade e suas interfaces com as ciências da comunicação.

Neste ano 2023, depois de nos últimos anos a sociedade brasileira ter vivenciado um processo disruptivo de investimentos públicos da ciência, tecnologia e inovação, o tema proposto não poderia ser mais apropriado e necessário. Destacar esses três pilares, ciência, tecnologia e inovação, como motores para o desenvolvimento integral de um país e a contribuição que a área de comunicação pode oferecer é um dos propósitos deste 46º Congresso Intercom.

São muitos os desafios a serem enfrentados depois de um período de total escassez e contingenciamento de recursos, quando muitos centros e laboratórios de pesquisa de universidades foram obrigados a paralisar suas atividades. Muitos jovens cientistas perderam os apoios necessários, e o negacionismo da ciência perdurou em plena pandemia da Covid 19. Tudo isto provocou o enfraquecimento das instituições científicas e das universidades públicas no país, e o desmonte de estruturas e processos já consolidados foi avançando. Apesar de tudo, partes dessas instituições puderam mostrar para a sociedade, via espaços midiáticos, a proatividade que tiveram no desenvolvimento da vacina contra a Covid 19 e como o investimento financeiro até então disponível foi revertido para salvar vidas e para o bem público.

No Livro Azul da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovida pelo então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, em 2010, momento promissor de investimentos científicos no país, são muitas as recomendações defendidas na época que, se tivessem sido aplicadas na íntegra nos anos subsequentes, certamente o país estaria hoje em outro patamar de desenvolvimento social e econômico. Ocorre que a partir de 2013, com a crescente estagnação econômica, os recursos públicos para ciência foram sendo diminuídos, cujo agravamento e maior escassez ocorrem de forma destrutiva entre os anos 2019 e 2022, provocando sérias consequências já bastante conhecidas e avaliadas, sobretudo pela comunidade científica.

São muitos os desafios para reconstruir a capacidade científica no país. Não é uma tarefa só dos poderes públicos responsáveis, mas de todos os atores sociais envolvidos.

A ciência que vem sendo produzida nos vários campos do saber, tratando dos mais diversos temas, precisa chegar à população, com vistas à saúde e à melhoria da qualidade de vida. A prática de uma comunicação pública da ciência é um dos caminhos viáveis. As pesquisas científicas e os novos conhecimentos gerados nas universidades e nos centros especializados de investigação necessitam ser mais democratizados e contribuir para uma ciência cidadã e para as transformações sociais. Empreender para tanto a difusão científica sistematizada e permanente pressupõe decisões políticas e bases estruturantes, com equipes de profissionais capacitados na disseminação, divulgação e popularização da ciência e da tecnologia.

Por sua vez, o campo das ciências da comunicação é amplo e poderá contribuir em muito nas mediações entre a ciência e a sociedade. Entre variados exemplos, é possível destacar: análise e avaliação da circulação da comunicação científica nas mídias e redes sociais; análise crítica da desinformação, dos movimentos anti ciência, negacionismo e pseudociência na mídia e plataformas digitais; práticas de divulgação científica; propostas de políticas científicas; criação de redes de cooperação Sul-Sul, Norte-Sul; análises sobre a produção de ciência na área. Demarca-se, assim, que o sentido último da interface entre comunicação, ciência e sociedade é o de demonstrar as múltiplas contribuições que o campo da comunicação pode dar às demandas urgentes de reconstrução da ciência no Brasil.

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